View allAll Photos Tagged INFAM,
English
Rafael Bordalo Pinheiro (21 March 1846 - 23 January 1905) was a Portuguese artist known for his illustration, caricatures, sculpture and ceramics designs, and is considered the first Portuguese comics creator.
Life
He was a disciple of his father, the painter Manuel Maria Bordalo Pinheiro, and brother of painter Columbano and mother D. Maria Augusta do Ó Carvalho Prostes. He started publishing illustrations and caricatures in humoristic magazines such as A Berlinda and O Calcanhar de Aquiles, frequently demonstrating a sarcastic humour with a political or social message.
In 1875 he travelled to Brazil to work as an illustrator and cartoonist for the publication Mosquito (and later,another publication called O Besouro), which was also employing the Italian/Brazilian illustrator Angelo Agostini, until then the unrivaled cartooning authority of Brazil. Pinheiro eventually became editor of other humorous, politically critical magazines. His fame as a caricaturist led the Illustrated London News to become one of his collaborators.
In 1875, Bordalo Pinheiro created the cartoon character Zé Povinho, a Portuguese everyman, portrayed as a poor peasant. Zé Povinho became, and still is, the most popular character in Portugal.
In Zé Povinho, as in his other works, Bordalo Pinheiro's drawing style was innovative and influential, making extensive use of onomatopoeia, graphical signs (such as those to used represent movement), strong images (the manguito), and his unique style of mixing punctuation marks, such as brackets, with drawing.
In 1885, he founded a ceramics factory in Caldas da Rainha, where he created many of the pottery designs for which this city is known. The factory is still in business.
Português
Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro (Lisboa, 21 de Março de 1846 — 23 de Janeiro de 1905) foi um artista português, de obra vasta dispersa por largas dezenas de livros e publicações, precursor do cartaz artístico em Portugal, desenhador, aguarelista, ilustrador, decorador, caricaturista político e social, jornalista, ceramista e professor. O seu nome está intimamente ligado à caricatura portuguesa, à qual deu um grande impulso, imprimindo-lhe um estilo próprio que a levou a uma visibilidade nunca antes atingida. É o autor da representação popular do Zé Povinho, que se veio a tornar num símbolo do povo português. Entre seus irmãos estava o pintor Columbano Bordalo Pinheiro.
O Museu Rafael Bordalo Pinheiro, em Lisboa, reúne a sua obra.
Biografia
Nascido Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro , filho de Manuel Maria Bordalo Pinheiro (1815-1880) e D. Maria Augusta do Ó Carvalho Prostes, em família de artistas, cedo ganhou o gosto pelas artes. Em 1860 inscreveu-se no Conservatório e posteriormente matriculou-se sucessivamente na Academia de Belas Artes (desenho de arquitectura civil, desenho antigo e modelo vivo), no Curso Superior de Letras e na Escola de Arte Dramática, para logo de seguida desistir. Estreou-se no Teatro Garrett embora nunca tenha vindo a fazer carreira como actor.
Em 1863, o pai arranjou-lhe um lugar na Câmara dos Pares, onde acabou por descobrir a sua verdadeira vocação, derivado das intrigas políticas dos bastidores.
Desposou Elvira Ferreira de Almeida em 1866 e no ano seguinte nasceu o seu filho Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro.
Começou por tentar ganhar a vida como artista plástico com composições realistas apresentando pela primeira vez trabalhos seus em 1868 na exposição promovida pela Sociedade Promotora de Belas-Artes, onde apresentou oito aguarelas inspiradas nos costumes e tipos populares, com preferência pelos campinos de trajes vistosos. Em 1871 recebeu um prémio na Exposição Internacional de Madrid. Paralelamente foi desenvolvendo a sua faceta de ilustrador e decorador.
Em 1875 criou a figura do Zé Povinho, publicada n'A Lanterna Mágica. Nesse mesmo ano, partiu para o Brasil onde colaborou em alguns jornais e enviava a sua colaboração para Lisboa, voltando a Portugal em 1879, tendo lançado O António Maria.
Experimentou trabalhar o barro em 1885 e começou a produção de louça artística na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.
Faleceu a 23 de Janeiro de 1905 em Lisboa, no nº 28 da rua da Abegoaria (actual Largo Raphael Bordallo-Pinheiro), no Chiado, freguesia do Sacramento, em Lisboa.
O desenhador
Raphael Bordallo-Pinheiro deixou um legado iconográfico verdadeiramente notável,tendo produzido dezenas de litografias. Compôs inúmeros desenhos para almanaques, anúncios e revistas estrangeiras como El Mundo Comico (1873-74), Ilustrated London News, Ilustracion Española y Americana (1873), L'Univers Illustré e El Bazar. Fez desenhos em álbuns de senhoras, foi o autor de capas e de centenas de ilustrações em livros, e em folhas soltas deixou portraits-charge de diversas personalidades. Começou a fazer caricatura por brincadeira como aconteceu nas paredes dos claustros do edifício onde dava aulas o Professor Jaime Moniz, onde apareceram, desenhados a ponta de charuto, as caricaturas dos mestres. Mas é a partir do êxito alcançado pel'O Dente da Baronesa (1870), folha de propaganda a uma comédia em 3 actos de Teixeira de Vasconcelos, que Bordalo entra definitivamente para a cena do humorismo gráfico.
Dotado de um grande sentido de humor mas também de uma crítica social bastante apurada e sempre em cima do acontecimento, caricaturou todas as personalidades de relevo da política, da Igreja e da cultura da sociedade portuguesa. Apesar da crítica demolidora de muitos dos seus desenhos, as suas características pessoais e artísticas cedo conquistaram a admiração e o respeito público que tiveram expressão notória num grande jantar em sua homenagem realizado na sala do Teatro Nacional D. Maria II, em 6 de Junho de 1903 que, de forma inédita, congregou à mesma mesa praticamente todas as figuras que o artista tinha caricaturado.
Na sua figura mais popular, o Zé Povinho, conseguiu projectar a imagem do povo português de uma forma simples mas simultaneamente fabulosa, atribuindo um rosto ao país. O Zé Povinho continua ainda hoje a ser retratado e utilizado por diversos caricaturistas para revelar de uma forma humorística os podres da sociedade.
Foi ele que se fez "ouvir" com as suas caricaturas da queda da monarquia.
O ceramista
Tendo aceitado o convite para chefiar o setor artístico da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha (1884), aí criou o segundo momento de renovação da cerâmica Caldense. Raphael Bordallo-Pinheiro dedicou-se à produção de peças de cerâmica que, nas suas mãos, rapidamente, adquiriram um cunho original. Jarras, vasos, bilhas, jarrões, pratos e outras peças demonstram um labor tão frenético e criativo quanto barroco e decorativista, características, aliás, também presentes nos seus trabalhos gráficos. Mas Bordalo não se restringiu apenas à fabricação de loiça ornamental. Além de ter desenhado uma baixela de prata da qual se destaca um originalíssimo faqueiro que executou para o 3º visconde de S. João da Pesqueira, satisfez dezenas de pequenas e grandes encomendas para a decoração de palacetes: azulejos, painéis, frisos, placas decorativas, floreiras, fontes-lavatório, centros de mesa, bustos, molduras, caixas, e também broches, alfinetes, perfumadores, etc.
No entanto, a cerâmica também não poderia excluir as figuras do seu repertório. A par das esculturas que modelou para as capelas do Buçaco representando cinquenta e duas figuras da Via Sacra, Bordalo apostou sobretudo nas que lhe eram mais gratas: O Zé Povinho (que será representado em inúmeras atitudes), a Maria Paciência, a mamuda ama das Caldas, o polícia, o padre tomando rapé e o sacristão de incensório nas mãos, a par de muitos outros.
Embora financeiramente, a fábrica se ter revelado um fracasso, a genialidade deste trabalho notável teve expressão nos prémios conquistados: uma medalha de ouro na Exposição Colombiana de Madrid em 1892, em Antuérpia (1894), novamente em Madrid (1895), em Paris (1900), e nos Estados Unidos, em St. Louis (1904).
O Jornalista
Raphael Bordallo-Pinheiro destacou-se sobretudo como um homem de imprensa. Durante cerca de 35 anos (de 1870 a 1905) foi a alma de todos os periódicos que dirigiu quer em Portugal, quer nos três anos que trabalhou em terras brasileiras.
Semanalmente, durante as décadas referidas, os seus periódicos debruçaram-se sobre a sociedade portuguesa nos mais diversos quadrantes, de uma forma sistemática e pertinente.
Em 1870 lançou três publicações: "O Calcanhar de Aquiles", "A Berlinda" e "O Binóculo", este último, um semanário de caricaturas sobre espectáculos e literatura, talvez o primeiro jornal, em Portugal, a ser vendido dentro dos teatros. Seguiu-se o "M J ou a História Tétrica de uma Empresa Lírica", em 1873. Todavia, foi "A Lanterna Mágica", em 1875, que inaugurou a época da actividade regular deste jornalista "sui generis" que, com todo o desembaraço, ao longo da sua actividade, fez surgir e também desaparecer inúmeras publicações. Seduzido pelo Brasil, também aí (de 1875 a 1879) animou "O Mosquito", o "Psit!!!" e "O Besouro", tendo tido tanto impacto que, numa obra recente, intitulada "Caricaturistas Brasileiros", Pedro Corrêa do Lago lhe dedica diversas páginas, enfatizando o seu papel,,,,
"O António Maria", nas suas duas séries (1879-1885 e 1891-1898), abarcando quinze anos de actividade jornalística, constitui a sua publicação de referência. Ainda fruto do seu intenso labor, "Pontos nos ii" são editados entre 1885-1891 e "A Paródia", o seu último jornal, surge em 1900.
A seu lado, nos periódicos, estiveram Guilherme de Azevedo, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão, João Chagas, Marcelino Mesquita e muitos outros, com contributos de acentuada qualidade literária. Daí que estas publicações constituam um espaço harmonioso em que o material textual e o material icónico se cruzam de uma forma polifónica.
Vivendo numa época caracterizada pela crise económica e política, Raphael enquanto homem de imprensa soube manter uma indiscutível independência face aos poderes instituídos, nunca calando a voz, pautando-se sempre pela isenção de pensamento e praticando o livre exercício de opinião. Esta atitude granjeou um apoio público tal que, não obstante as tentativas, a censura nunca logrou silenciá-lo. E, todas as quintas-feiras, dia habitual da saída do jornal, o leitor e observador podia contar com os piparotes costumeiros, com uma crítica a que se juntava o divertimento. Mas como era natural, essa independência e o enfrentar dos poderes instituídos originaram-lhe alguns problemas como por exemplo o retirar do financiamento d'O António Maria como represália pela crítica ao partido do seu financiador. Também no Brasil arranjou problemas, onde chegou mesmo a receber um cheque em branco para se calar com a história de um ministro conservador metido com contrabandistas. Quando percebe que a sua vida começa a correr perigo, volta a Portugal, não sem antes deixar uma mensagem:
".... não estamos filiados em nenhum partido; se o estivéssemos, não seríamos decerto conservadores nem liberais. A nossa bandeira é a VERDADE. Não recebemos inspirações de quem quer que seja e se alguém se serve do nosso nome para oferecer serviços, que só prestamos à nossa consciência e ao nosso dever, - esse alguém é um infame impostor que mente." ( O Besouro, 1878)
O Homem e o Teatro
Com 14 anos apenas, integrado num grupo de amadores, pisou como actor o palco do teatro Garrett, inscrevendo-se depois na Escola de Arte Dramática que, devido à pressão da parte do pai, acabou por abandonar. Estes inícios — se revelaram que o talento de Raphael Bordallo-Pinheiro não se direccionava propriamente para a carreira de actor — selaram, porém, uma relação com a arte teatral que não mais abandonou.
Tendo esporadicamente desenhado figurinos e trabalhado em cenários, Raphael Bordallo-Pinheiro foi sobretudo um amante do teatro. Era espectador habitual das peças levadas à cena na capital, frequentava assiduamente os camarins dos artistas, participava nas tertúlias constituídas por críticos, dramaturgos e actores. E transpunha, semana a semana, o que via e sentia, graficamente, nos jornais que dirigia. O material iconográfico legado por Raphael Bordallo-Pinheiro adquire, neste contexto, uma importância extrema porque permite perceber muito do que foi o teatro, em Portugal, nessas décadas.
Em centenas de caricaturas, Raphael Bordallo-Pinheiro faz aparecer o espectáculo, do ponto de vista da produção: desenha cenários, revela figurinos, exibe as personagens em acção, comenta prestações e critica 'gaffes'. A par disso, pelo seu lápis passam também as mais variadas reacções do público: as palmas aos sucessos, muitos deles obra de artistas estrangeiros, já que Lisboa fazia parte do circuito internacional das companhias; as pateadas estrondosas quando o público se sentia defraudado; os ecos dos bastidores; as anedotas que circulavam; as bisbilhotices dos camarotes enfim, todo um conjunto de aspectos que têm a ver com a recepção do espectáculo e que ajudam a compreender o que era o teatro e qual o seu papel na Lisboa oitocentista.
gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b8451116z/f693.item.zoom Valère Maxime [Valerius Maximus], Faits et dits mémorables [Facta et dicta memorabilia], traduit par Simon de Hesdin et Nicolas de Gonesse.
Date d'édition : 1400-1425
Type : manuscrit
Langue : Français
Format : Paris. - Écriture bâtarde. Probablement un copiste, malgré les différences de module aux ff. 244-249, 255-266, 315, l. 20-411. Hastes à cadelures. - Décoration :M. Meiss a attribué la décoration du manuscrit à l’atelier du Maître de Virgile (ainsi désigné d’après le Virgile, ms. Florence, Bibl. Laurenziana, Med. Pal. 69), connu dans les ateliers parisiens entre 1390 et la deuxième décade du XVe siècle : cf. Meiss, French Painting in the Time of Jean de Berry. The Limbourgs and Their Contemporaries, p. 408-412. L’artiste travailla à plusieurs reprises pour le duc de Berry : on lui doit notamment l’illustration d’un exemplaire des Bucoliques et de l’Énéide de Virgile (Florence, Bibl. Laurenziana, Med. Pal. 69), d’une copie de la Cité de Dieu (Bruxelles, Bibl. Royale, 9294-95), d’une chronique de la campagne de Richard II en Irlande (Londres, Brit. Museum, Harley 1319). Onze peintures de petit format au début du volume (introduction), du prologue et des livres II-IX. Une peinture au début du chap. VIII du livre III. Légende des peintures : F. 1 (introduction) : Valère Maxime enseignant ; f. 2v (prologue) : jugement ? ; f. 71 (Livre II) : armement d’un chevalier ; procession triomphale ; f. 131v (Livre III) : Caton d’Utique et Poppaedius ; Caton d’Utique et Sylla ; f. 168v (Livre III, début du chap. VIII) : exécution des sénateurs capouans ; f. 173 (Livre IV) :réconciliation ; libéralité ; f. 208 (Livre V) : libération des prisonniers carthaginois ; f. 242 (Livre VI) : viol et suicide de Lucrèce ; f. 267v (Livre VII) : Metellus Macedonicus et sa famille ; f. 302v (Livre VIII) : les Horaces et les Curiaces en présence ; f. 345 (Livre IX) : luxure et cruauté (cf. la base mandragore.bnf.fr). Décoration secondaire : Les bordures offrent des similitudes avec celles des manuscrits datés de 1401-1402. Les riches encadrements de rinceaux de vignettes de certains feuillets du Français 282 (f. 1, 71, 131v, 169, 173) rappellent le travail du peintre Paul de Limbourg sur un autre ouvrage de la librairie de Jean de Berry : les Belles Heures actuellement conservées au Metropolitan Museum of Art de New York, Cloisters (f. 80, Meiss, op. cit., fig. 492). Les petites jarres éparpillées sur la baguette formant l’encadrement le f. 71 du Français 282 se retrouvent à l’identique sur la bordure du f. 191 des Belles Heures (Meiss, op. cit., fig. 409). Oiseaux (f. 1), faune (f. 1), papillon (f. 1), dragon (f. 71, 169) ornent la bordure. Au f. 131v, décor de gobelets d'or. - Au début de l’introduction (f. 1), initiale (8 lignes) ornée de vignettes avec riche bordure marginale (cf. - supra. - ). - Au début du prologue (f. 2), initiale ornée (7 lignes), à prolongement de baguette avec vignettes. - Au début des différents livres, initiales ornées (5 à 7 lignes), à prolongement de rinceaux de vignettes. - Au début des différents chapitres et des paragraphes, initiales ornées (3 lignes), à prolongement de rinceaux de vignettes. Quelques initiales de 4 à 5 lignes. - Pieds de mouche champis, à l’intérieur du texte et dans la marge signalant les notes. - Parchemin. - 411 ff. précédés et suivis d’un feuillet de garde en parchemin. - 390 x 280 mm (justification : 255/260 x 180 mm). - 52 cahiers : 18 (f. 1-8) ; 28 (f. 9-16) ; 38 (f. 17-24) ; 48 (f. 25-32) ; 58 (f. 33-40) ; 68 (f. 41-48) ; 78 (f. 49-56) ; 88 (f. 57-64) ; 98 (f. 65-72) ; 108 (f. 73-80) ; 118 (f. 81-88) ; 128 (f. 89-96) ; 138 (f. 97-104) ; 148 (f. 105-112) ; 158 (f. 113-120) ; 168 (f. 121-128) ; 178 (f. 129-136) ; 188 (f. 137-144) ; 198 (f. 145-152) ; 208 (f. 153-160) ; 218 (f. 161-169) ; 228 (f. 169-176) ; 238 (f. 177-184) ; 248 (f. 185-192) ; 258 (f. 193-200) ; 268 (f. 201-208) ; 278 (f. 209-216) ; 288 (f. 217-224) ; 298 (f. 225-232) ; 308 (f. 233-240) ; 3114 (12+2) (f. 241-254, pas de réclame apparente entre les ff. 241 et 254 ; reliure trop serrée pour faire le décompte des cahiers) ; 328 (f. 255-262) ; 334 (f. 263-266) ; 348 (f. 267-274) ; 358 (f. 275-282) ; 368 (f. 283-290) ; 378 (f. 291-298) ; 388 (f. 299-306) ; 396 (f. 307-312) ; 404 (f. 313-316) ; 418 (f. 317-324) ; 428 (f. 325-332) ; 438 (f. 333-340) ; 448 (f. 341-348) ; 458 (f. 349-356) ; 468 (f. 357-364) ; 478 (f. 365-372) ; 488 (f. 373-380) ; 498 (f. 381-388) ; 508 (f. 389-396) ; 518 (f. 397-404) ; 528 (f. 405-412). Réclames ornées, avec hastes montantes (f. 168v). Une signature de feuillets apparente au f. 376. F. 255-255v : Titres courants indiquant la numérotation des livres disposés en bandeaux sur fond or orné de vignettes : « Incipium I » (f. 2) ; « Liber I » etc. Bordure inférieure du f. 70 déchirée. - Mise en page :. - La traduction du texte de Valère Maxime qui fut commencée, sur l’ordre du roi Charles V, par Simon de Hesdin ( ?-1383), fut interrompue en 1383. Reprise, à l’instigation du duc de Berry, elle fut achevée par Nicolas de Gonesse (v. 1364-ap. 1415) le 28 septembre 1401. Au f. 287v, une annotation marginale indique le changement de traducteur : « Cy commence la translacion que maistre Nicole de Gonesse a faite et ycelle continue jusques a la fin (. - à l’encre bleue. - ) ». - Chez les deux auteurs, la traduction est accompagnée de « gloses encyclopédiques » (cf. Bruckner, dans. - Traduction et adaptation. - , p. 75). - La mise en page reflète l’étroite imbrication du commentaire et du texte en français de Valère Maxime. La transition de l’un à l’autre n’est pas toujours nette : au f. 103v, une note marginale souligne le passage de la traduction au commentaire : « Addicationes du translator sur le premier chapitre du second livre ». Aux ff. 1-106v, la transition est annoncée par les mots : « auctor » et « translator », calligraphiés à l’encre alternativement bleue et or aux ff. 1-106v, avec lettres d’attente (« au » ; « t » ; « tran »). On note le passage du latin en français (« aucteur », « translateur ») et la différence de calligraphie aux ff. 185-411. Aux ff. 107-145v, la transition est indiquée par les seuls pieds de mouche (texte) et lettres ornées (commentaires). Aux ff. 146-173v, les mots « le acteur », « le translateur », écrits à l’encre brune, se repèrent grâce aux pieds de mouche qui les précèdent. Quelques corrections se remarquent au f. 314 : le mot « translateur » a été gratté à plusieurs reprises. - Incipit du texte de Valère Maxime d’un module plus grand du f. 1 au f. 20. Têtes de chapitres, indications indiquant un passage à supprimer à l’encre bleue (f. 250 : passage encadré à l’encre bleue avec l’indication « vacat » ; f. 266v: « Vacat jusques a l’ystoire du .VII. - e. - livre qui est ou premier foillet ensuivant ») : cf. - infra. - Contenu). Incipit des différents livres notés à l’encre bleue ou or dans la traduction de Simon de Hesdin, à l’encre or dans celle de Nicolas de Gonesse. Explicit à l’encre or. - Quelques corrections à l’encre rouge à l’intérieur du texte. Annotations marginales contemporaines du manuscrit, indiquant notamment les sources, le plus souvent introduites dans la marge par des pieds de mouche identiques à ceux du texte. - À partir du f. 287 (début de la traduction de Nicolas de Gonesse), les citations latines sont soulignées à l’encre brune. Apparaissent des « Addicions », inscrites à l’encre dorée, le traducteur ayant inséré dans son texte de nombreux emprunts aux commentaires de Dionigi da Borgo S. Sepolcro et Luca de Penne, ainsi qu’à Boccace (. - De casibus virorum illustrium. - et. - De mulieribus claris. - ), Pierre Comestor, Salluste, Suétone et Plutarque : cf. J. Monfrin, dans. - The Late Middle Ages and the Dawn of Humanism outside Italy. - , Leuven-The Hague, 1972, p. 139. - Annotation (XIX. - e. - s.) : f. 411v. - Réglure à l’encre, peu visible par endroit. - Reliure de maroquin rouge restaurée en 1973, avec armes et chiffre royaux (XVIIe-XVIIIe s.). Tranche dorée. Au dos titre en capitales : « VALERE LE GRAND ». D’après l’inventaire de 1413, le volume était recouvert de velours écarlate (vermeil) et garni de quatre fermoirs d’argent doré aux armes du duc : cf. infra Historique. - F. 1 et 411 : estampilles de la « BIBLIOTHECAE REGIAE » (Ancien Régime, avant 1725), correspondant au modèle Josserand-Bruno, type A, n° 1
Description : Le manuscrit contient la traduction des Dits et faits mémorables de Valère Maxime. Commencée en 1375 par Simon de Hesdin pour le roi Charles V (livres I-VII, 4e chapitre : f. 1-287v), elle fut achevée par Nicolas de Gonesse en septembre 1401, pour le duc de Berry (5e chapitre du livre VII-IX : f. 287v-411). Les deux traductions sont accompagnées d’un commentaire qui s’inspire partiellement de celui de Dionigi de Borgo San Sepolcro : cf. A. Valentini, « Entre traduction et commentaire érudit… », La traduction vers le moyen français, 2007, p.355-367. F. 1-v. [Préface]. « La briefté et fragilité de ceste douleureuse vie temporelle et la constance de le inconstance et variableté de fortune …-… en l’onneur et reverance duquel, aprés Dieu, je ay entrepris cest oeuvre a fere ». F. 2-71. [Livre I]. « Urbis Rome et cetera : C’est le commencement du proheme de ce livre pour l’entendement duquel avoir …-… laquelle avoit cinquante coustes de long et avoit afeublé un mantel de pourpre. Et yci fine de ceste (de ceste : répété) matiere et par consequent du premier Livre ». « Icy fine la translacion du premier livre de Valerius Maximus, avec la declaracion d’icellui et addicions plusieurs, faite et compillee l’an mil .CCC. soixante et quinze, par frere Simon de Hesdin, de l’ordre de Saint Jehan de Jherusalem, docteur en theologie ». F. 71-131v. [Livre II]. « Dives et prepo[tens] ». « Translat[or] (à l’encre or) ». « Aprés ce que Valerius a parlé ou premier Livre des choses qui appartiennent au service et honneur des dieux …-… quant ilz devoient rendre sentence aucune, il leur convenoit jurer qu’ilz la rendirent vraye et juste. Et ycy fine la translacion du second Livre de Valerius Maximus, faicte et acomplie par frere Simon de Hesdin, l’an mil .CCC. .LXXVII., le second jour de may ». F. 131v-173. [Livre III]. « En cest tiers Livre a .VIII. chapitles. Le premier est de indole, le secont de force, le tiers de pacience …-… et quant il vit que Phelipe n’en faisoit compte et que la couleur ne lei (sic) contenance ne lui muoit point, Alixandre fut tout asseuré et fut guéri ou quart jour ». « Et icy fine le tiers Livre et commence le quart, et cetera ». F. 173-208. [Livre IV]. « Transgrediatur et cetera : En ceste partie Valerius commence son quart Livre, ouquel il a .VIII. chappitres : le premier de moderacion, le second de ceulx qui furent ennemis et puis redevindrent amis …-… Il n’est plus male chose que de aver, ne il n’est plus chose inique que amer peccune ». « Et ycy fine ce quart Livre ». F. 208-242. [Livre V]. « Cy commence le quint Livre (à l’encre bleue) ». « Translateur ». « Libertati et cetera : Icy commence Valerius son quint Livre, lequel a dix chappitres, selon ce que il appert en la poursuite …-… aussy qu’il ne muert nul qu’il n’ait vescu, aussi ne puet il nulz vivre qu’il n’ait a mourir ». « Et ycy fine le chapitre de tout le quint Livre ». F. 242-266v. |Livre VI]. « Cy commence Valerius le .VI.e Livre (à l’encre or) ». « Unde te virorum et cetera : Cy commence Valerius le .VI.e livre, et est le premier chappitre de chasté, pour laquelle recommander il fait un petit prologue …-… Et pour ce que petis enffans les ont tost perdues et usees, compare il les biens de fortune a celle maniere d’echaussement ». « Et ycy fine le .VI.e livre ». F. 267r-v : fin du 3e chapitre du Livre VI à supprimer : « … on notter que les femmes …-… Icy fine le chapitre de severité et aussi le .VI.e Livre » [déjà copié aux ff. 255r-v].Note explicative : « Vacat jusques a l’ystoyre du .VII.e Livre, qui est ou premier foillet ensuivant (à l’encre bleue) ». F. 267v-302v. [Livre VII]. F. 267v-287v. [Chap. I-IV : traduction de Simon de Hesdin] « Volubilis fortune et cetera : Icy commence le .VII.e Livre, lequel selon mon advis n’a que six chappitres a translater …-… Scipio disoit c’on ne devoit pas seulement donner voye a son ennemi de fouir mais lui aidier a le faire et trouver ». F. 287v-302v. [Chap. V-X : traduction de Nicolas de Gonesse]. « Le Ve chapitre qui est diz Repulses (à l’encre or) ». « Aprés ce que Valerius ou chapitre precedent a parlé des fais soubtis en armes appellés stratigemes …-… c'est-à-dire que a decente dacion doit estre decente accepcion correspondent ». « Et en ce se termine le Xe chapitre de ce VII.e Livre. Aprés s’ensuit le .VIII.e Livre ». F. 302v-345. [Livre VIII]. « Le premier chapitre du .VIII.e Livre qui est des causes pour lesquelles les infames coupables furent absoubz ou condempnés (à l’encre or) ». « Tunc quoque ». « Translateur (à l’encre or) ». « Yci commence le .VIII.e Livre qui contient .XVI. chapitres. Le premier est des causes pour lesquelles aucuns coupables furent absolz ou condempnés …-… et par ce moyen fu Arbogastes desconfit avec sa poissance, et en ce je feray fin de la translacion du .VIII.e Livre de Valere. Cy après s’ensuit le .IX.e ouquel Valerius determine des vices ». F. 345-411. [Livre IX]. « Cy commence le .IX.e Livre qui parle de luxure et de superfluité. Le premier chapitre (à l’encre or) ». « Blandum eciam ». « Translateur (à l’encre bleue) ». « En ceste partie commence le .IX.e Livre de Valerius, qui est des fais et des dis dignes de memoire de la cité de Romme …-… Des exemples dessus dis, il appert assez que ceulz qui par mensongerie ont esté eslevés aus grans et nobles estas en sont decheu aprés ignominieusement et en ce je feray fin de ce livre ». F. 411v. « Par l’aide divine sans laquelle (la : dans l’interligne) nulle chose n’est droitement commencee (e : dans l’interligne) ne profitablement continuee (e : dans l’interligne) ne menee affin, est la translation de Valere le Grant terminee. Laquelle commence tres reverent maistre Symon de Haydin, maistre (maistre : répété à l’encre rouge dans l’interligne) en theologie, re(i)ligieulx des Hospitaliers de Saint Jehan de Jherusalem, qui poursuivi jusques au .VII.e livre ou chapitre des stratagemes, et la lissa des la en avant jusques a la fin du livre. Je, Nicholas de Gonesse, maistre es ars et en theologie, ay poursuivi ladicte translation au mains mal que ay peu, du commendement et ordennance de tres excellent et puissent prince, mon seigneur le duc de Berri et d’Auvergne, conte de Poitou, de Bouloingne et d’Auvergne, et a la requeste de Jacquemin Coureau son tresorier. Et ne doubte point que mon stile de translater n’est ne si bel ne si parfait comme est celui devant. Mais je prie a ceulx qui la liront qu’il le me pardonnent. Car je ne suiz mie si expert es histoires comme il estoit. Et fut finee l’an mil .CCCC. et .I. la veille Saint Michiel l’archange (à l’encre or) ».
Description : Le manuscrit fut offert à Jean de Berry, le 1er janvier 1402, par son trésorier et maître d’hôtel Jacques Coureau. Au f. 411v se lit à la lampe de wood l’ex-libris du duc : « Ce livre est au duc de Berry. – JEHAN ». Le volume figure dans les inventaires de la bibliothèque établis en 1413 et 1416 : 1° inventaire de 1413-1416 : « Item un grant Livre de Valerius Maximus, historié et escript de lettre de court ; et au commancement du second fueillet a escript : Urbis Rome ; couvert de veluiau vermeil, garni de .IIII. fermouers d’argent dorez, esmaillez aux armes de Monseigneur ; lequel sire Jaques Courau lui envoia a estraines le premier jour de janvier l’an mil .CCCC. et .I ». Addition : « Ista pars, cum duabus partibus sequentibus [nos 912-913] reddite fuerunt per dictum Robinetum, ut supra » (Arch., nat. KK 258, n° 911 ; cité par Guiffrey, I, p. 236, n° 911). 2° compte de Jean Lebourne, exécuteur testamentaire du duc de Berry (Bibl. Sainte-Geneviève, ms. 841, n° 1097). Le volume est alors prisé 75 livres tournois. L’incipit indiqué dans l’inventaire de 1413 peut être repéré au f. 2 : « Urbis Rome [et cetera]…» . On perd la trace du manuscrit après la dispersion de la librairie du duc de Berry. Il entra à une date indéterminée dans la bibliothèque royale. La mention d’un exemplaire de « Valère le Grand, françois », notée dans l’inventaire de la fin du XVIe s. (Paris), est trop succincte pour affirmer qu’elle correspond au Français 282. Le volume est, en revanche, répertorié dans les catalogues postérieurs : 1° inventaire de Rigault (1622), n° 313 ; 2° inv. des frères Dupuy (1645), n° 519 ; 3° inventaire de Clément (1682), n° 6911.Cotes inscrites au f. 1 : [Rigault II] « trois cents treize » ; [Dupuy II] 519 ; [Regius] 6911. Inventaire 1622 : « Valere le Grand, traduit de latin en françois, les VII premiers livres par Simon de Hesdin, et les autres par Nicolas de Gonnesse, maitre es arts et de theologie ». Inventaire 1645 : « Valere le Grand, mis en françois par Simon de Hesdin et Nicolas de Gonnesse, avec commentaires ».
Droits : domaine public
Identifiant : ark:/12148/btv1b8451116z
Source : Bibliothèque nationale de France, Département des Manuscrits, Français 282
Provenance : Bibliothèque nationale de France
Date de mise en ligne : 28/11/2011
Quadrinhos De Quatro
É uma série de quadrinhos gozadinhos que o próprio trocadilho infame já sugere. Para completar,
todas as histórias têm quatro páginas. São quadrinhos de humor
levemente apimentados com o objetivo único e simples de divertir.
Descrição: ISBN: 978-85-909269-1-7 Formato: 17 x 25 cm Páginas: 48 – 4 cores.
Pré - venda www.facebook.com/cartunistagilmar/app_206803572685797
English
Rafael Bordalo Pinheiro (21 March 1846 - 23 January 1905) was a Portuguese artist known for his illustration, caricatures, sculpture and ceramics designs, and is considered the first Portuguese comics creator.
Life
He was a disciple of his father, the painter Manuel Maria Bordalo Pinheiro, and brother of painter Columbano and mother D. Maria Augusta do Ó Carvalho Prostes. He started publishing illustrations and caricatures in humoristic magazines such as A Berlinda and O Calcanhar de Aquiles, frequently demonstrating a sarcastic humour with a political or social message.
In 1875 he travelled to Brazil to work as an illustrator and cartoonist for the publication Mosquito (and later,another publication called O Besouro), which was also employing the Italian/Brazilian illustrator Angelo Agostini, until then the unrivaled cartooning authority of Brazil. Pinheiro eventually became editor of other humorous, politically critical magazines. His fame as a caricaturist led the Illustrated London News to become one of his collaborators.
In 1875, Bordalo Pinheiro created the cartoon character Zé Povinho, a Portuguese everyman, portrayed as a poor peasant. Zé Povinho became, and still is, the most popular character in Portugal.
In Zé Povinho, as in his other works, Bordalo Pinheiro's drawing style was innovative and influential, making extensive use of onomatopoeia, graphical signs (such as those to used represent movement), strong images (the manguito), and his unique style of mixing punctuation marks, such as brackets, with drawing.
In 1885, he founded a ceramics factory in Caldas da Rainha, where he created many of the pottery designs for which this city is known. The factory is still in business.
Português
Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro (Lisboa, 21 de Março de 1846 — 23 de Janeiro de 1905) foi um artista português, de obra vasta dispersa por largas dezenas de livros e publicações, precursor do cartaz artístico em Portugal, desenhador, aguarelista, ilustrador, decorador, caricaturista político e social, jornalista, ceramista e professor. O seu nome está intimamente ligado à caricatura portuguesa, à qual deu um grande impulso, imprimindo-lhe um estilo próprio que a levou a uma visibilidade nunca antes atingida. É o autor da representação popular do Zé Povinho, que se veio a tornar num símbolo do povo português. Entre seus irmãos estava o pintor Columbano Bordalo Pinheiro.
O Museu Rafael Bordalo Pinheiro, em Lisboa, reúne a sua obra.
Biografia
Nascido Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro , filho de Manuel Maria Bordalo Pinheiro (1815-1880) e D. Maria Augusta do Ó Carvalho Prostes, em família de artistas, cedo ganhou o gosto pelas artes. Em 1860 inscreveu-se no Conservatório e posteriormente matriculou-se sucessivamente na Academia de Belas Artes (desenho de arquitectura civil, desenho antigo e modelo vivo), no Curso Superior de Letras e na Escola de Arte Dramática, para logo de seguida desistir. Estreou-se no Teatro Garrett embora nunca tenha vindo a fazer carreira como actor.
Em 1863, o pai arranjou-lhe um lugar na Câmara dos Pares, onde acabou por descobrir a sua verdadeira vocação, derivado das intrigas políticas dos bastidores.
Desposou Elvira Ferreira de Almeida em 1866 e no ano seguinte nasceu o seu filho Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro.
Começou por tentar ganhar a vida como artista plástico com composições realistas apresentando pela primeira vez trabalhos seus em 1868 na exposição promovida pela Sociedade Promotora de Belas-Artes, onde apresentou oito aguarelas inspiradas nos costumes e tipos populares, com preferência pelos campinos de trajes vistosos. Em 1871 recebeu um prémio na Exposição Internacional de Madrid. Paralelamente foi desenvolvendo a sua faceta de ilustrador e decorador.
Em 1875 criou a figura do Zé Povinho, publicada n'A Lanterna Mágica. Nesse mesmo ano, partiu para o Brasil onde colaborou em alguns jornais e enviava a sua colaboração para Lisboa, voltando a Portugal em 1879, tendo lançado O António Maria.
Experimentou trabalhar o barro em 1885 e começou a produção de louça artística na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.
Faleceu a 23 de Janeiro de 1905 em Lisboa, no nº 28 da rua da Abegoaria (actual Largo Raphael Bordallo-Pinheiro), no Chiado, freguesia do Sacramento, em Lisboa.
O desenhador
Raphael Bordallo-Pinheiro deixou um legado iconográfico verdadeiramente notável,tendo produzido dezenas de litografias. Compôs inúmeros desenhos para almanaques, anúncios e revistas estrangeiras como El Mundo Comico (1873-74), Ilustrated London News, Ilustracion Española y Americana (1873), L'Univers Illustré e El Bazar. Fez desenhos em álbuns de senhoras, foi o autor de capas e de centenas de ilustrações em livros, e em folhas soltas deixou portraits-charge de diversas personalidades. Começou a fazer caricatura por brincadeira como aconteceu nas paredes dos claustros do edifício onde dava aulas o Professor Jaime Moniz, onde apareceram, desenhados a ponta de charuto, as caricaturas dos mestres. Mas é a partir do êxito alcançado pel'O Dente da Baronesa (1870), folha de propaganda a uma comédia em 3 actos de Teixeira de Vasconcelos, que Bordalo entra definitivamente para a cena do humorismo gráfico.
Dotado de um grande sentido de humor mas também de uma crítica social bastante apurada e sempre em cima do acontecimento, caricaturou todas as personalidades de relevo da política, da Igreja e da cultura da sociedade portuguesa. Apesar da crítica demolidora de muitos dos seus desenhos, as suas características pessoais e artísticas cedo conquistaram a admiração e o respeito público que tiveram expressão notória num grande jantar em sua homenagem realizado na sala do Teatro Nacional D. Maria II, em 6 de Junho de 1903 que, de forma inédita, congregou à mesma mesa praticamente todas as figuras que o artista tinha caricaturado.
Na sua figura mais popular, o Zé Povinho, conseguiu projectar a imagem do povo português de uma forma simples mas simultaneamente fabulosa, atribuindo um rosto ao país. O Zé Povinho continua ainda hoje a ser retratado e utilizado por diversos caricaturistas para revelar de uma forma humorística os podres da sociedade.
Foi ele que se fez "ouvir" com as suas caricaturas da queda da monarquia.
O ceramista
Tendo aceitado o convite para chefiar o setor artístico da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha (1884), aí criou o segundo momento de renovação da cerâmica Caldense. Raphael Bordallo-Pinheiro dedicou-se à produção de peças de cerâmica que, nas suas mãos, rapidamente, adquiriram um cunho original. Jarras, vasos, bilhas, jarrões, pratos e outras peças demonstram um labor tão frenético e criativo quanto barroco e decorativista, características, aliás, também presentes nos seus trabalhos gráficos. Mas Bordalo não se restringiu apenas à fabricação de loiça ornamental. Além de ter desenhado uma baixela de prata da qual se destaca um originalíssimo faqueiro que executou para o 3º visconde de S. João da Pesqueira, satisfez dezenas de pequenas e grandes encomendas para a decoração de palacetes: azulejos, painéis, frisos, placas decorativas, floreiras, fontes-lavatório, centros de mesa, bustos, molduras, caixas, e também broches, alfinetes, perfumadores, etc.
No entanto, a cerâmica também não poderia excluir as figuras do seu repertório. A par das esculturas que modelou para as capelas do Buçaco representando cinquenta e duas figuras da Via Sacra, Bordalo apostou sobretudo nas que lhe eram mais gratas: O Zé Povinho (que será representado em inúmeras atitudes), a Maria Paciência, a mamuda ama das Caldas, o polícia, o padre tomando rapé e o sacristão de incensório nas mãos, a par de muitos outros.
Embora financeiramente, a fábrica se ter revelado um fracasso, a genialidade deste trabalho notável teve expressão nos prémios conquistados: uma medalha de ouro na Exposição Colombiana de Madrid em 1892, em Antuérpia (1894), novamente em Madrid (1895), em Paris (1900), e nos Estados Unidos, em St. Louis (1904).
O Jornalista
Raphael Bordallo-Pinheiro destacou-se sobretudo como um homem de imprensa. Durante cerca de 35 anos (de 1870 a 1905) foi a alma de todos os periódicos que dirigiu quer em Portugal, quer nos três anos que trabalhou em terras brasileiras.
Semanalmente, durante as décadas referidas, os seus periódicos debruçaram-se sobre a sociedade portuguesa nos mais diversos quadrantes, de uma forma sistemática e pertinente.
Em 1870 lançou três publicações: "O Calcanhar de Aquiles", "A Berlinda" e "O Binóculo", este último, um semanário de caricaturas sobre espectáculos e literatura, talvez o primeiro jornal, em Portugal, a ser vendido dentro dos teatros. Seguiu-se o "M J ou a História Tétrica de uma Empresa Lírica", em 1873. Todavia, foi "A Lanterna Mágica", em 1875, que inaugurou a época da actividade regular deste jornalista "sui generis" que, com todo o desembaraço, ao longo da sua actividade, fez surgir e também desaparecer inúmeras publicações. Seduzido pelo Brasil, também aí (de 1875 a 1879) animou "O Mosquito", o "Psit!!!" e "O Besouro", tendo tido tanto impacto que, numa obra recente, intitulada "Caricaturistas Brasileiros", Pedro Corrêa do Lago lhe dedica diversas páginas, enfatizando o seu papel,,,,
"O António Maria", nas suas duas séries (1879-1885 e 1891-1898), abarcando quinze anos de actividade jornalística, constitui a sua publicação de referência. Ainda fruto do seu intenso labor, "Pontos nos ii" são editados entre 1885-1891 e "A Paródia", o seu último jornal, surge em 1900.
A seu lado, nos periódicos, estiveram Guilherme de Azevedo, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão, João Chagas, Marcelino Mesquita e muitos outros, com contributos de acentuada qualidade literária. Daí que estas publicações constituam um espaço harmonioso em que o material textual e o material icónico se cruzam de uma forma polifónica.
Vivendo numa época caracterizada pela crise económica e política, Raphael enquanto homem de imprensa soube manter uma indiscutível independência face aos poderes instituídos, nunca calando a voz, pautando-se sempre pela isenção de pensamento e praticando o livre exercício de opinião. Esta atitude granjeou um apoio público tal que, não obstante as tentativas, a censura nunca logrou silenciá-lo. E, todas as quintas-feiras, dia habitual da saída do jornal, o leitor e observador podia contar com os piparotes costumeiros, com uma crítica a que se juntava o divertimento. Mas como era natural, essa independência e o enfrentar dos poderes instituídos originaram-lhe alguns problemas como por exemplo o retirar do financiamento d'O António Maria como represália pela crítica ao partido do seu financiador. Também no Brasil arranjou problemas, onde chegou mesmo a receber um cheque em branco para se calar com a história de um ministro conservador metido com contrabandistas. Quando percebe que a sua vida começa a correr perigo, volta a Portugal, não sem antes deixar uma mensagem:
".... não estamos filiados em nenhum partido; se o estivéssemos, não seríamos decerto conservadores nem liberais. A nossa bandeira é a VERDADE. Não recebemos inspirações de quem quer que seja e se alguém se serve do nosso nome para oferecer serviços, que só prestamos à nossa consciência e ao nosso dever, - esse alguém é um infame impostor que mente." ( O Besouro, 1878)
O Homem e o Teatro
Com 14 anos apenas, integrado num grupo de amadores, pisou como actor o palco do teatro Garrett, inscrevendo-se depois na Escola de Arte Dramática que, devido à pressão da parte do pai, acabou por abandonar. Estes inícios — se revelaram que o talento de Raphael Bordallo-Pinheiro não se direccionava propriamente para a carreira de actor — selaram, porém, uma relação com a arte teatral que não mais abandonou.
Tendo esporadicamente desenhado figurinos e trabalhado em cenários, Raphael Bordallo-Pinheiro foi sobretudo um amante do teatro. Era espectador habitual das peças levadas à cena na capital, frequentava assiduamente os camarins dos artistas, participava nas tertúlias constituídas por críticos, dramaturgos e actores. E transpunha, semana a semana, o que via e sentia, graficamente, nos jornais que dirigia. O material iconográfico legado por Raphael Bordallo-Pinheiro adquire, neste contexto, uma importância extrema porque permite perceber muito do que foi o teatro, em Portugal, nessas décadas.
Em centenas de caricaturas, Raphael Bordallo-Pinheiro faz aparecer o espectáculo, do ponto de vista da produção: desenha cenários, revela figurinos, exibe as personagens em acção, comenta prestações e critica 'gaffes'. A par disso, pelo seu lápis passam também as mais variadas reacções do público: as palmas aos sucessos, muitos deles obra de artistas estrangeiros, já que Lisboa fazia parte do circuito internacional das companhias; as pateadas estrondosas quando o público se sentia defraudado; os ecos dos bastidores; as anedotas que circulavam; as bisbilhotices dos camarotes enfim, todo um conjunto de aspectos que têm a ver com a recepção do espectáculo e que ajudam a compreender o que era o teatro e qual o seu papel na Lisboa oitocentista.
"Así era yo en el fondo. ¡Yo, que despreciaba a todo el mundo! ¡Yo, que sentía el orgullo de la inteligencia y compartía los pensamientos de Demián! Así era yo: una infame basura, borracho y sucio, asqueroso y grosero, una bestia salvaje dominada por horribles instintos. Este era yo, el que venía de los jardines donde todo era pureza, luz y suave delicadeza, el qeu había disfrutado con la música de Bach y los bellos poemas. Aún me parecía escuchar con asco y con indignacion mi propia risa, una risa borracha, descontrolada, que brotaba estúpidamente a borbotones. Así era yo."
English
Rafael Bordalo Pinheiro (21 March 1846 - 23 January 1905) was a Portuguese artist known for his illustration, caricatures, sculpture and ceramics designs, and is considered the first Portuguese comics creator.
Life
He was a disciple of his father, the painter Manuel Maria Bordalo Pinheiro, and brother of painter Columbano and mother D. Maria Augusta do Ó Carvalho Prostes. He started publishing illustrations and caricatures in humoristic magazines such as A Berlinda and O Calcanhar de Aquiles, frequently demonstrating a sarcastic humour with a political or social message.
In 1875 he travelled to Brazil to work as an illustrator and cartoonist for the publication Mosquito (and later,another publication called O Besouro), which was also employing the Italian/Brazilian illustrator Angelo Agostini, until then the unrivaled cartooning authority of Brazil. Pinheiro eventually became editor of other humorous, politically critical magazines. His fame as a caricaturist led the Illustrated London News to become one of his collaborators.
In 1875, Bordalo Pinheiro created the cartoon character Zé Povinho, a Portuguese everyman, portrayed as a poor peasant. Zé Povinho became, and still is, the most popular character in Portugal.
In Zé Povinho, as in his other works, Bordalo Pinheiro's drawing style was innovative and influential, making extensive use of onomatopoeia, graphical signs (such as those to used represent movement), strong images (the manguito), and his unique style of mixing punctuation marks, such as brackets, with drawing.
In 1885, he founded a ceramics factory in Caldas da Rainha, where he created many of the pottery designs for which this city is known. The factory is still in business.
Português
Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro (Lisboa, 21 de Março de 1846 — 23 de Janeiro de 1905) foi um artista português, de obra vasta dispersa por largas dezenas de livros e publicações, precursor do cartaz artístico em Portugal, desenhador, aguarelista, ilustrador, decorador, caricaturista político e social, jornalista, ceramista e professor. O seu nome está intimamente ligado à caricatura portuguesa, à qual deu um grande impulso, imprimindo-lhe um estilo próprio que a levou a uma visibilidade nunca antes atingida. É o autor da representação popular do Zé Povinho, que se veio a tornar num símbolo do povo português. Entre seus irmãos estava o pintor Columbano Bordalo Pinheiro.
O Museu Rafael Bordalo Pinheiro, em Lisboa, reúne a sua obra.
Biografia
Nascido Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro , filho de Manuel Maria Bordalo Pinheiro (1815-1880) e D. Maria Augusta do Ó Carvalho Prostes, em família de artistas, cedo ganhou o gosto pelas artes. Em 1860 inscreveu-se no Conservatório e posteriormente matriculou-se sucessivamente na Academia de Belas Artes (desenho de arquitectura civil, desenho antigo e modelo vivo), no Curso Superior de Letras e na Escola de Arte Dramática, para logo de seguida desistir. Estreou-se no Teatro Garrett embora nunca tenha vindo a fazer carreira como actor.
Em 1863, o pai arranjou-lhe um lugar na Câmara dos Pares, onde acabou por descobrir a sua verdadeira vocação, derivado das intrigas políticas dos bastidores.
Desposou Elvira Ferreira de Almeida em 1866 e no ano seguinte nasceu o seu filho Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro.
Começou por tentar ganhar a vida como artista plástico com composições realistas apresentando pela primeira vez trabalhos seus em 1868 na exposição promovida pela Sociedade Promotora de Belas-Artes, onde apresentou oito aguarelas inspiradas nos costumes e tipos populares, com preferência pelos campinos de trajes vistosos. Em 1871 recebeu um prémio na Exposição Internacional de Madrid. Paralelamente foi desenvolvendo a sua faceta de ilustrador e decorador.
Em 1875 criou a figura do Zé Povinho, publicada n'A Lanterna Mágica. Nesse mesmo ano, partiu para o Brasil onde colaborou em alguns jornais e enviava a sua colaboração para Lisboa, voltando a Portugal em 1879, tendo lançado O António Maria.
Experimentou trabalhar o barro em 1885 e começou a produção de louça artística na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.
Faleceu a 23 de Janeiro de 1905 em Lisboa, no nº 28 da rua da Abegoaria (actual Largo Raphael Bordallo-Pinheiro), no Chiado, freguesia do Sacramento, em Lisboa.
O desenhador
Raphael Bordallo-Pinheiro deixou um legado iconográfico verdadeiramente notável,tendo produzido dezenas de litografias. Compôs inúmeros desenhos para almanaques, anúncios e revistas estrangeiras como El Mundo Comico (1873-74), Ilustrated London News, Ilustracion Española y Americana (1873), L'Univers Illustré e El Bazar. Fez desenhos em álbuns de senhoras, foi o autor de capas e de centenas de ilustrações em livros, e em folhas soltas deixou portraits-charge de diversas personalidades. Começou a fazer caricatura por brincadeira como aconteceu nas paredes dos claustros do edifício onde dava aulas o Professor Jaime Moniz, onde apareceram, desenhados a ponta de charuto, as caricaturas dos mestres. Mas é a partir do êxito alcançado pel'O Dente da Baronesa (1870), folha de propaganda a uma comédia em 3 actos de Teixeira de Vasconcelos, que Bordalo entra definitivamente para a cena do humorismo gráfico.
Dotado de um grande sentido de humor mas também de uma crítica social bastante apurada e sempre em cima do acontecimento, caricaturou todas as personalidades de relevo da política, da Igreja e da cultura da sociedade portuguesa. Apesar da crítica demolidora de muitos dos seus desenhos, as suas características pessoais e artísticas cedo conquistaram a admiração e o respeito público que tiveram expressão notória num grande jantar em sua homenagem realizado na sala do Teatro Nacional D. Maria II, em 6 de Junho de 1903 que, de forma inédita, congregou à mesma mesa praticamente todas as figuras que o artista tinha caricaturado.
Na sua figura mais popular, o Zé Povinho, conseguiu projectar a imagem do povo português de uma forma simples mas simultaneamente fabulosa, atribuindo um rosto ao país. O Zé Povinho continua ainda hoje a ser retratado e utilizado por diversos caricaturistas para revelar de uma forma humorística os podres da sociedade.
Foi ele que se fez "ouvir" com as suas caricaturas da queda da monarquia.
O ceramista
Tendo aceitado o convite para chefiar o setor artístico da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha (1884), aí criou o segundo momento de renovação da cerâmica Caldense. Raphael Bordallo-Pinheiro dedicou-se à produção de peças de cerâmica que, nas suas mãos, rapidamente, adquiriram um cunho original. Jarras, vasos, bilhas, jarrões, pratos e outras peças demonstram um labor tão frenético e criativo quanto barroco e decorativista, características, aliás, também presentes nos seus trabalhos gráficos. Mas Bordalo não se restringiu apenas à fabricação de loiça ornamental. Além de ter desenhado uma baixela de prata da qual se destaca um originalíssimo faqueiro que executou para o 3º visconde de S. João da Pesqueira, satisfez dezenas de pequenas e grandes encomendas para a decoração de palacetes: azulejos, painéis, frisos, placas decorativas, floreiras, fontes-lavatório, centros de mesa, bustos, molduras, caixas, e também broches, alfinetes, perfumadores, etc.
No entanto, a cerâmica também não poderia excluir as figuras do seu repertório. A par das esculturas que modelou para as capelas do Buçaco representando cinquenta e duas figuras da Via Sacra, Bordalo apostou sobretudo nas que lhe eram mais gratas: O Zé Povinho (que será representado em inúmeras atitudes), a Maria Paciência, a mamuda ama das Caldas, o polícia, o padre tomando rapé e o sacristão de incensório nas mãos, a par de muitos outros.
Embora financeiramente, a fábrica se ter revelado um fracasso, a genialidade deste trabalho notável teve expressão nos prémios conquistados: uma medalha de ouro na Exposição Colombiana de Madrid em 1892, em Antuérpia (1894), novamente em Madrid (1895), em Paris (1900), e nos Estados Unidos, em St. Louis (1904).
O Jornalista
Raphael Bordallo-Pinheiro destacou-se sobretudo como um homem de imprensa. Durante cerca de 35 anos (de 1870 a 1905) foi a alma de todos os periódicos que dirigiu quer em Portugal, quer nos três anos que trabalhou em terras brasileiras.
Semanalmente, durante as décadas referidas, os seus periódicos debruçaram-se sobre a sociedade portuguesa nos mais diversos quadrantes, de uma forma sistemática e pertinente.
Em 1870 lançou três publicações: "O Calcanhar de Aquiles", "A Berlinda" e "O Binóculo", este último, um semanário de caricaturas sobre espectáculos e literatura, talvez o primeiro jornal, em Portugal, a ser vendido dentro dos teatros. Seguiu-se o "M J ou a História Tétrica de uma Empresa Lírica", em 1873. Todavia, foi "A Lanterna Mágica", em 1875, que inaugurou a época da actividade regular deste jornalista "sui generis" que, com todo o desembaraço, ao longo da sua actividade, fez surgir e também desaparecer inúmeras publicações. Seduzido pelo Brasil, também aí (de 1875 a 1879) animou "O Mosquito", o "Psit!!!" e "O Besouro", tendo tido tanto impacto que, numa obra recente, intitulada "Caricaturistas Brasileiros", Pedro Corrêa do Lago lhe dedica diversas páginas, enfatizando o seu papel,,,,
"O António Maria", nas suas duas séries (1879-1885 e 1891-1898), abarcando quinze anos de actividade jornalística, constitui a sua publicação de referência. Ainda fruto do seu intenso labor, "Pontos nos ii" são editados entre 1885-1891 e "A Paródia", o seu último jornal, surge em 1900.
A seu lado, nos periódicos, estiveram Guilherme de Azevedo, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão, João Chagas, Marcelino Mesquita e muitos outros, com contributos de acentuada qualidade literária. Daí que estas publicações constituam um espaço harmonioso em que o material textual e o material icónico se cruzam de uma forma polifónica.
Vivendo numa época caracterizada pela crise económica e política, Raphael enquanto homem de imprensa soube manter uma indiscutível independência face aos poderes instituídos, nunca calando a voz, pautando-se sempre pela isenção de pensamento e praticando o livre exercício de opinião. Esta atitude granjeou um apoio público tal que, não obstante as tentativas, a censura nunca logrou silenciá-lo. E, todas as quintas-feiras, dia habitual da saída do jornal, o leitor e observador podia contar com os piparotes costumeiros, com uma crítica a que se juntava o divertimento. Mas como era natural, essa independência e o enfrentar dos poderes instituídos originaram-lhe alguns problemas como por exemplo o retirar do financiamento d'O António Maria como represália pela crítica ao partido do seu financiador. Também no Brasil arranjou problemas, onde chegou mesmo a receber um cheque em branco para se calar com a história de um ministro conservador metido com contrabandistas. Quando percebe que a sua vida começa a correr perigo, volta a Portugal, não sem antes deixar uma mensagem:
".... não estamos filiados em nenhum partido; se o estivéssemos, não seríamos decerto conservadores nem liberais. A nossa bandeira é a VERDADE. Não recebemos inspirações de quem quer que seja e se alguém se serve do nosso nome para oferecer serviços, que só prestamos à nossa consciência e ao nosso dever, - esse alguém é um infame impostor que mente." ( O Besouro, 1878)
O Homem e o Teatro
Com 14 anos apenas, integrado num grupo de amadores, pisou como actor o palco do teatro Garrett, inscrevendo-se depois na Escola de Arte Dramática que, devido à pressão da parte do pai, acabou por abandonar. Estes inícios — se revelaram que o talento de Raphael Bordallo-Pinheiro não se direccionava propriamente para a carreira de actor — selaram, porém, uma relação com a arte teatral que não mais abandonou.
Tendo esporadicamente desenhado figurinos e trabalhado em cenários, Raphael Bordallo-Pinheiro foi sobretudo um amante do teatro. Era espectador habitual das peças levadas à cena na capital, frequentava assiduamente os camarins dos artistas, participava nas tertúlias constituídas por críticos, dramaturgos e actores. E transpunha, semana a semana, o que via e sentia, graficamente, nos jornais que dirigia. O material iconográfico legado por Raphael Bordallo-Pinheiro adquire, neste contexto, uma importância extrema porque permite perceber muito do que foi o teatro, em Portugal, nessas décadas.
Em centenas de caricaturas, Raphael Bordallo-Pinheiro faz aparecer o espectáculo, do ponto de vista da produção: desenha cenários, revela figurinos, exibe as personagens em acção, comenta prestações e critica 'gaffes'. A par disso, pelo seu lápis passam também as mais variadas reacções do público: as palmas aos sucessos, muitos deles obra de artistas estrangeiros, já que Lisboa fazia parte do circuito internacional das companhias; as pateadas estrondosas quando o público se sentia defraudado; os ecos dos bastidores; as anedotas que circulavam; as bisbilhotices dos camarotes enfim, todo um conjunto de aspectos que têm a ver com a recepção do espectáculo e que ajudam a compreender o que era o teatro e qual o seu papel na Lisboa oitocentista.
#Cité #loire42 #quartier #Souvenirs #HLM #logementsocial #logementcollectif #2023 #ANRU #Résidençe #DELAYNAUD #immeuble des années #1960 #ricamarie #demolition #NPNRU #photo #Mémoire2cité #Banlieue #LOIRE #ophlm #Mémoire2Ville #Résidençe #LogementsSociaux #socialhousing #loirehabitat 42 SAINT ETIENNE LA RICAMARIE PHOTOS SOUVENIRS DES H.L.M. GROUPE DELAYNAUD ANRU2 Les 3 blocs aujourd'hui vide, murés, condamnés de 140lgts HLM construits en 1960 vont disparaitre à partir de cet été 2023 bailleur LOIRE HABITAT, fera une autre série lors de sa démolition D’ici l’automne 2026, 35 nouvelles habitations seront construites sur le site. leprogres.fr/.../a-delaynaud-les-trois-immeubles...
Quartier cité moderne Grand Ensemble...le logement collectif des années 60. Plus communément appelés cages à poules..cages à lapins La Ville Invisible L’habitat social est loin d’être reconnu unanimement comme objet patrimonial. Les divers regards qu’il a suscités depuis son apparition dans les années 1950 peuvent encore être discernés dans la cacophonie des débats actuels. De façon générale, il n’a pas bonne presse et une opinion commune semble le reléguer parmi les pires erreurs d’un passé proche.
Les dénaturations brouillonnes
À côté de la forme absolue du déni qu’est la démolition, se constate toute une série de raisonnements partiels induisant des interventions brouillonnes dont le résultat final est une dénaturation profonde de la forme et de l’esprit des grands ensembles. Ces interventions se conjuguent d’ailleurs toujours avec des démolitions partielles. L’analyse de trois de ces thèmes que l’on retrouve peu ou prou dans la plupart des dossiers de rénovation urbaine est édifante : la décoration en façade, le désenclavement, le retour à une typologie d’habitat individuel.
Le relookage des façades a été fort à la mode dans les années 1980 et a trouvé son support opérationnel dans les primes à l’amélioration des logements à usage locatif et d’occupation sociale (Palulos), créées en 1977. L’idée principale était de lutter contre le sentiment d’uniformité donné par les façades répétitives dont on casse l’image par des bardages variés et multicolores les transformant en tapisseries multicolores, ou mieux (ou pis) encore en substituant à l’image de la barre uniforme celle d’une succession de villas folkloriques régionalistes ou médiévalisantes. Divers ajouts de type décoratif tels de faux frontons ou des porches saillants tentaient de mettre en scène l’illusion d’un retour à la ville traditionnelle. Ces bariolages épidermiques étaient aussi l’occasion de procéder à des ravalements que l’on n’avait pas réalisés depuis vingt ans, ainsi que des isolations par l’extérieur que la crise de l’énergie commençait à rendre nécessaires. Certains architectes auteurs des réalisations originelles ont parfois même, faute de pouvoir s’y opposer, prêté la main à ces ajouts en tentant d’en minorer l’effet. C’est ainsi qu’Émile Aillaud, à la fin de sa vie, a signé les revêtements en bardage des tours tribodes de la cité des Courtillières à Pantin. Ce n’est pas sa meilleure intervention, mais on doit quand même noter qu’elle a été faite avec soin et sans remettre en cause l’appréhension de la forme globale. Tel n’est pas le cas de la plupart des Palulos. Le résultat global est celui d’une cacophonie stridente d’effets de couleurs et de matériaux, bien différente de la naturelle, je dirais presque biologique, diversité de la ville ancienne, sans réussir évidemment à masquer la planéité réelle du bâti primitif. C’est pourquoi une variante sophistiquée a vite été inventée. Elle consiste à tendre devant l’ancienne façade une nouvelle façade plus ou moins pleine, intégrant balcons, loggias, extensions de surfaces et même nouvelles circulations. L’idée d’une nouvelle façade intégrant de nouvelles prestations n’est pas critiquable en soi. Ce qui l’est, c’est son systématisme, ainsi que sa réalisation souvent à l’économie (financement oblige). L’effet est souvent celui d’un fragile échafaudage dressé devant l’ancienne façade encore bien perceptible. Au total, les relookages des années 1980 apparaissent comme une solution peu sérieuse, une phase infantile de la politique de rénovation urbaine. À partir des années 1990 se développe la pratique des trouées et des ouvertures par lesquelles les démolitions partielles prétendent concourir au désenclavement des cités. On ne lutte pas contre l’uniformité, mais contre l’isolement des grands ensembles. On veut les ouvrir sur l’extérieur, sur un autre pôle urbain existant ou à créer. On veut rompre le sentiment d’enfermement et créer dans la cité des mouvements centrifuges. C’est un raisonnement qui donne bonne conscience et auquel aucun élu de bonne foi ne saurait résister. Hélas, il ne s’agit le plus souvent que d’un raisonnement assez platement sécuritaire visant à casser l’image de la “citadelle ouvrière” et à faciliter l’intervention rapide et groupée des forces de l’ordre. Alors chef du SDAP de Paris, j’en eus une bonne illustration lors des travaux entrepris au début des années 1990 sur la cité Bonnier, exceptionnel ensemble HLM des années 1920 construit par Henri Bonnier, architecte voyer de la ville de Paris, au 140, rue de Ménilmontant. Outre la démolition de quelques îlots d’immeubles, le projet se singularisait par la démolition d’une partie du bâti pour donner une sortie arrière à la cité. Sensible aux impératifs de sécurité, je proposai, plutôt qu’une démolition, un haut porche donnant aux forces de police l’issue souhaitée et sauvegardant l’intégralité du skyline médiéval de cette cité. La démolition fut préférée car elle avait l’avantage psychologique et symbolique de casser l’image de la citadelle ouvrière. Je subodore que l’avantage sécuritaire est souvent plus symbolique que réel, car toute ouverture créée peut fonctionner dans les deux sens, et les fuyards s’échapper comme les forces de sécurité entrer. J’ai d’ailleurs pu constater que les techniciens de la sécurité étaient plus réservés que les politiques sur les solutions d’ouverture, mais ce n’était pas eux qui décidaient. Si la sécurité, incontestable demande sociale, doit bien être prise en compte dans les stratégies de rénovation du bâti, il ne faut pas être dupe de son instrumentalisation possible à des fins qui ne sont plus vraiment urbanistiques. Après les bariolages cosmétiques, puis les démolitions sécuritaires, viennent enfin les tentatives de retour à l’habitat individuel. Beaucoup de projets ANRU présentent actuellement l’insertion, à travers la trame ancienne plus ou moins conservée des grands blocs caractéristiques, d’une micro-trame de petits collectifs et de petit habitat individuel en bande, éventuellement dotés de petits jardins privatifs réactualisant ainsi l’abbé Lemire et sa Ligue française du coin de terre et du foyer de la fin du XIXe siècle. Je me garderai pourtant de critiquer a priori toutes ces initiatives. Il est hors de doute, en effet, que les grands ensembles ne souffrent pas d’un excès, mais d’un déficit de densité. Les espaces verts abusivement présentés à l’origine comme nature, mais non vécus comme tels, sont effectivement, au sein des cités, une réserve pour de nouveaux équipements, de nouvelles constructions, de nouveaux usages, pour peu qu’on veuille bien y investir de la réflexion, y compris avec les habitants. Et même la privatisation, sous forme de jardins ouvriers nouvelle manière, y est envisageable si elle doit bénéficier à tous. En revanche, glisser du pseudo où du quasi-pavillonnaire dans la trame des grands ensembles élargie par quelques démolitions paraît une démarche sans issue, sinon même dangereuse. Telle est pourtant l’impression que donnent encore nombre de projets ANRU qui présentent des petites lignes ondulantes de quasi-pavillonnaires enserrées ou encagées dans ce qui reste de la sévère trame d’origine. Il faut admettre une densification et de nouvelles constructions pensées dans l’esprit et la continuation de la trame d’origine dont elles offriraient comme une modulation sur le mode mineur, mais non un brouillage des typologies urbaines. Une visite à Chanteloup-les-Vignes
Pour se rendre compte des dégâts, malheureusement irréversibles, causés à une réalisation exemplaire des années 1960 par une série d’interventions brouillonnes et sans réflexion, il faut se rendre à Chanteloup-les-Vignes, d’Émile Aillaud. Celui qui se souviendrait de la réception enthousiaste de cette œuvre en son temps, ou qui aurait encore devant les yeux le témoignage éblouissant du livre paru chez Fayard en 1978 risque un infarctus, un coup de sang ou un coup de colère, au choix. Permanentes depuis la fin des années 1970, les interventions conjuguent, avec une belle allégresse, une rare constance à s’acharner sur cette œuvre, à la défigurer, ainsi qu’une volonté sans faille d’en rendre impossible toute lisibilité. La composition d’Aillaud se caractérisait par une série de petites ambiances urbaines reliées par des articulations très subtiles et unifiées par une vision artistique s’exprimant par un traitement de sol sophistiqué, des œuvres d’art poétiques et des pignons monumentaux dus à Fabio Rieti célébrant Nerval, Baudelaire, Hugo, Rimbaud et Valéry. Tout ce travail est saccagé. Plusieurs de ces pièces urbaines ont été purement et simplement détruites, le traitement de sol en pierres appareillées constituant en lui-même une œuvre d’art a été remplacé par un nouveau nivellement totalement banal et macadamisé. Les œuvres d’art non entretenues émergent encore, mais font pitié au milieu de leur nouvel environnement. L’hippopotame semble vivre les derniers spasmes d’une espèce condamnée. L’un des portraits de poêtes a disparu avec le bâtiment qui en était le support et les quatre autres pignons sont défigurés par d’obscènes adjonctions : faux frontons triangulaires juchés en équilibre instable au-dessus des pignons cubiques et dont une vue latérale fait apparaître les tirants destinés à les maintenir et, surtout, faux pilastres classiques préfabriqués, scotchés sur les compositions de Rieti et encadrant le visage de Rimbaud… À la place de l’acrotère filant uniformément sur tous les bâtiments prolifère maintenant toute une gamme de faux pignons, faux frontons issus du délire décoratif post-moderne que les politiques de Palulos avaient favorisé dans les années 1980. Toutes les gammes de l’outrage semblent avoir été essayées en cumulant leurs effets : destruction de la forme urbaine, effacement du traitement de sol, travestissement caricatural des œuvres d’art. Comment expliquer un tel acharnement ? Chanteloup-les-Vignes peut être considéré comme un musée des erreurs, des tics, des modes et des faux-semblants de la politique des quartiers sensibles depuis trente ans. La seule politique menée avec constance, c’est la volonté de défigurer le lieu. Si seulement de ce désastre pouvait émerger une promesse, un espoir d’un nouveau quartier de ville ! En fait, la forme urbaine d’Aillaud brisée, celle qui s’élabore sous nos yeux est chaotique, sans idée-force, sans aménité. Les quelques traces d’Aillaud encore repérables apparaissent comme flottant à la dérive, incompréhensibles et, pour le coup, vaines et inutiles. Aujourd’hui la critique avancée par certains à l’époque, mais alors non fondée, de la vacuité de ces figures de poètes égarés dans un non-lieu, devient réalité. Oui, par respect pour Aillaud et son souvenir, il vaudrait mieux qu’il ne reste rien à Chanteloup-les-Vignes de son œuvre ; il vaudrait mieux effacer le blasphème et, pour une fois, tout reprendre à la base.
La redécouverte de l’habitat social Cette redécouverte passe par de nouveaux regards : celui de l’histoire économique et sociale, celui de l’historien de l’architecture et de la ville, celui de l’institution culturelle et, enfin, celui la culture architecturale réinjectée dans le projet de réhabilitation. Le regard de l’histoire sociale et économique La saga du logement social marque une grande page de l’histoire de France dont il n’y a pas lieu de rougir et il fut un temps où ce logement était associé au bonheur. En 1945, la France avait été largement dévastée par deux guerres mondiales et les reconstructions d’après 1918 et de Vichy étaient bien loin d’avoir rétabli le stock. D’autant que la politique du blocage des loyers avait totalement asséché l’initiative privée. À partir des années 1950, la politique de modernisation agricole chassait de leurs exploitations une masse croissante de petits fermiers et de journaliers agricoles. Enfin, à partir de 1957-1958, et massivement à partir de 1962, des millions de Français rapatriés des colonies et ayant en général tout perdu, se présentaient sans moyens sur un marché du logement totalement débordé. Sans compter une relance massive de l’immigration étrangère organisée par le patronat dès les années 1950 pour pallier le déficit de main-d’œuvre (et aussi pour peser sur les salaires). La situation catastrophique, potentiellement explosive, requérait une intervention urgente et massive de l’État. Ce dernier fut à la hauteur et, pendant trente ans, l’augmentation annuelle des logements livrés fut l’un des indicateurs les plus sacrés de l‘“ardente obligation” planificatrice. Il a fallu combler en trente ans un immense retard. Une des pages les plus glorieuses de toute l’histoire économique française et la meilleure contribution à la paix sociale retrouvée se sont ainsi écrites sur le terrain. Les nouveaux logements ont été au début reçus avec enthousiasme. Comment en aurait il été autrement pour ces millions de gens qui n’avaient jamais connu que l’absence de point d’eau ou de toilettes, la cohabitation forcée de plusieurs générations, la privation de tout confort et même, pour beaucoup d’entre eux, le sol en terre battue, la cahute, la zone, le gourbi, le bidonville. L’HLM a été un progrès, mieux une libération, une accession à la dignité de l’être humain. Le bonheur d’y vivre est attesté par tous les témoignages et toutes les enquêtes rétrospectives. D’autant que la mixité y était à l’époque bien réelle, comme le rappelle Gérard Monnier. Au début des années 1960, les Courtillières à Pantin se présentaient comme un habitat plutôt petit-bourgeois, pacifié, et où fonctionnaient parfaitement les dispositifs spatiaux inventés en rez-de-chaussée par Émile Aillaud, à savoir les lieux de bricolage mi-publics mi-privés, ouverts sur l’extérieur et sur le parc central, en fait de vrais lieux de convivialité. Les petits employés en quête d’un logement décent, les victimes de l’exode rural ou les premiers rescapés de la débâcle coloniale s’y retrouvaient en bonne harmonie, communiant dans l’espérance d’un progrès promis et déjà largement constatable. Le pari semblait tenu. La mémoire de ce bonheur initial doit être mentionnée car elle démontre que ces lieux n’ont pas été créés pour être des lieux de malheur et de désespérance. Ils ont été des lieux de promotion sociale et ne sont devenus lieux de relégation que parce que l’intendance n’a pas suivi et a été remplacée par une gestion à courte vue. Ils peuvent redevenir ce qu’ils furent si tous le veulent. Le regard de l’historien de l’architecture et de la ville Dans son plaidoyer pour le logement social, l’historien de l’architecture et de la ville peut tenir deux discours complémentaires. Le premier discours -le discours positif- est de montrer la place éminente du logement social dans l’histoire de l’architecture. Le second discours, plutôt tenu par des historiens de la ville, et que j’appellerai discours a contrario, est de montrer que la disgrâce actuelle de l’habitat social n’est pas un cas isolé ou unique et que d’autres configurations urbaines sont elles aussi passées par une phase infamante avant d’être triomphalement réhabilitées devant le tribunal de l’opinion. Le logement social, de 1950 à 1980, a été le laboratoire et le lieu d’excellence de l’architecture française. Certes, il ne résume pas à lui tout seul toute l’architecture. Il y eut des artistes indépendants : Chaneac, Bruyère, par exemple. Il y eut dans le domaine des loisirs des réalisations remarquables à la Grande-Motte où à Avoriaz. Il y eut le dernier Le Corbusier ou Claude Parent. C’est dans le logement social qu’ont eu lieu les grandes recherches (et trouvailles) sur la cellule logement -alors que l’habitat bourgeois restait désespérément standardisé-, ainsi que les grandes recherches du type pyramides ou proliférant qui essayaient d’embrasser en un même geste l’architecture et la ville. Ce moment historique a été celui d’une folle inventivité ; Honegger, Aillaud, Candilis et Renaudie ont mis le meilleur d’eux-mêmes dans l’habitat social dont ils formulent les propositions les plus variées. Les historiens de l’architecture comme G. Monnier où J. Lucan l’ont bien montré, et cette production fut fort admirée à l’étranger, comme en attestent les pèlerinages internationaux aux Courtillières ou le salut adressé par Bruno Zevi à Renaudie. Il y a un esprit de cette période qui est celui d’une expérimentation parfois intrépide et même déchaînée. Qui est aussi celui d’une commande d’État : ce fut à mon sens le dernier chapitre d’une histoire bien française et qui remonte à l’Ancien Régime, celle de l’architecte du Prince, directement branché sur la commande publique. Le chapitre qui s’ouvre après 1974 (disons après le concours de la Roquette qui vit émerger Christian de Portzamparc) sera celui de l’architecture urbaine fondée sur les études historiques de typo-morphologie à l’italienne. Ce sera aussi, après la décentralisation en 1982, une explosion de la commande auprès de nouveaux acteurs locaux. Ce sera, enfin, une période où la créativité aura quitté le logement social pour investir les musées, les médiathèques et finalement les sièges sociaux des grandes entreprises internationales. Entre 1950 et 1980, un chapitre bien particulier de l’histoire de l’architecture française, énorme en quantité de mètres carrés produits et tout à fait impressionnant en termes de réalisations remarquables, à l’inverse des périodes qui l’ont précédé et suivi, se sera concentré sur un seul produit : l’habitat social, et accroché à un acteur principal : l’État. C’est ce chapitre bien particulier de l’histoire de l’architecture qui doit être revisité et dont il importe, comme pour toutes les grandes époques, de garder les témoignages les plus significatifs. Cette production a un immense intérêt, soit, et c’est une raison pour ne pas tirer un trait dessus. Il en est également une autre : d’autres formes architecturales et urbaines avaient, en leur temps, fait l’objet de critiques tout aussi vives que la postérité n’a pas confirmées. À l’époque de la création, en 1907, du fichier sanitaire et de la définition des premiers îlots insalubres, il paraissait évident que certains quartiers historiques en centre-ville devaient être démolis. La maladie, la pauvreté, la crasse, la vétusté, tout condamnait ces îlots et les démolitions souhaitées par l’ensemble des édiles, architectes, urbanistes et hygiénistes, commençaient à se réaliser. Or une génération après, changement complet de décor, les mêmes quartiers deviennent le nec plus ultra de la civilisation urbaine. Aux opérations de démolition succèdent les opérations de restauration. Les bourgeois éclairés, l’avant-garde de l’élite et des prescripteurs de mode chassent les pauvres. De stigmatisés, ces mêmes quartiers redeviennent désirés. Du statut juridique d’îlots à détruire, ils deviennent secteurs sauvegardés. Qui se souvient que jusque vers 1970, le vieux quartier Galande-Montebello, face à Notre-Dame, était voué à la démolition ? Il fut sauvé grâce aux amoureux des vieilles pierres, et aujourd’hui (fin 2010), le mètre carré s’y vend quinze mille euros. Les causes de cette mutation rapide et spectaculaire sont complexes. Elles tiennent sans doute à une nouvelle manière de penser l’hygiène sociale et la politique urbaine. Ainsi, dans un passé pas si lointain une forme architecturale et urbaine totalement stigmatisée a été sauvegardée. Les leçons de l’histoire doivent nous amener à réfléchir sur les prétendus consensus et les prétendues évidences. Le regard institutionnel : la longue histoire de la patrimonialisation
La protection monument historique Parmi les institutions d’État à l’origine lointaine du ministère de la Culture, celle des Monuments historiques est la plus ancienne. Spécifiquement créée en 1831 pour protéger un patrimoine médiéval fort menacé depuis la vente des biens nationaux, elle eut longtemps cette particularité doctrinale. La protection monuments historiques s’élargit ensuite à l’architecture classique, puis vers 1960 à l’art1900, vers 1970 à l’architecture du XXe siècle en tant que telle, vers 1980 à l’architecture industrielle, puis à des patrimoines thématiques : balnéaire, maritime, etc. Rien ne s’opposait donc, en théorie, à ce que le patrimoine du logement social fût progressivement concerné par la demande de protection. Chaque fois qu’un patrimoine bâti émerge du rejet, c’est le ministre de la Culture que l’on interpelle, comme on le vit après 2004, notamment dans le cas des logements de Jean Renaudie à Villetaneuse ou à la cité des Courtillières d’Émile Aillaud, à Pantin. Mais le bilan de la protection MH appliquée au logement social est actuellement (en 2011) des plus maigres. Les cités radieuses de Le Corbusier, d’abord Marseille, puis progressivement l’ensemble des autres cités, Briey, Nantes, Firminy, ont été protégées. Cependant, elles ont une histoire particulière, qui n’est pas exactement celle du logement social, mais plutôt celle de la commande d’exception, confiée à un architecte prestigieux, et c’est comme telles qu’elles sont entrées dans la grande famille des monuments historiques. La cité de la Muette construite dans les années 1930 à Drancy par Beaudoin et Lods, après destruction des tours en 1976, fut protégée pendant les années 2000 comme lieu de mémoire de la déportation des Juifs de France, mais aussi comme remarquable réalisation architecturale de son temps. Françoise Choay avait d’ailleurs à l’époque relevé les apories d’une telle protection et il est de fait que, pour utile qu’elle ait été, la protection fut difficile à mettre en œuvre et les travaux, menés sous maîtrise MH, ne purent empêcher une large utilisation de fenêtres en PVC en lieu et place des menuiseries métalliques d’origine. La protection MH fut accordée à la tour Perret, à Amiens, dans le même esprit grand œuvre dont avait bénéficié Le Corbusier puis, dans les années 1990, à la tour Croulebarbe construite par Édouard Albert à Paris. Les protections ne furent pas inutiles, non pas pour éviter une destruction qui ne fut jamais réellement envisagée mais pour garantir, grâce à l’intervention de spécialistes et à la procédure de débats en commission, un traitement architectural digne de la réputation de l’œuvre et de l’auteur -notamment, pour Albert, sauvegarder cette délicate structure métallique que l’on ne pourrait plus construire aujourd’hui. Quant à la protection MH accordée à la Grand’Mare à Rouen (Beaudoin et Lods), elle apparaît comme un unicum. Finalement, il a fallu attendre 2010 pour que le ministère de la Culture, sans doute effrayé de sa propre audace, prenne une instance de protection concernant la cité de l’Étoile construite en 1955 par Georges Candilis, à Bobigny, pour le compte de l’abbé Pierre et de la société Emmaüs. Première réalisation après le célèbre appel de 1954, la cité, quoique construite en urgence, ne fut pas une cité “d’urgence” et Candilis y mit beaucoup de soin. Cette valeur historique et architecturale ne fut pas reconnue par les responsables actuels d’Emmaüs, on peut le déplorer, mais le cas n’est pas rare de propriétaires peu soucieux de la valeur historique de leur bien et c’est ce qui légitime une instance de protection prononcée par les pouvoirs publics. Il n’est pas certain qu’au bout d’un an, cette instance se dénoue par une protection définitive, mais ce délai aura au moins permis de mettre en place une procédure de débat contradictoire enrichissant le projet dans un sens patrimonial. Les diverses applications ci-dessus décrites de la loi du 31 décembre 1913 ne touchent le logement social que marginalement. Soit il ne s’agit guère de logement social stricto sensu : cas de Perret, de Le Corbusier ou d’Albert, soit la protection MH est en fait commandée par un motif extérieur autrement plus puissant que la qualité architecturale, comme ce fut le cas à Drancy. En fait c’est seulement en 2010 que dans le cas de la cité de l’Étoile à Bobigny, le ministère de la Culture s’attaqua frontalement au problème de la protection d’un habitat social menacé sous la forme d’une instance de classement.
Fundada en 1976 por alumnos y frailes Agustinos.
El 13 de julio del año 1976 se aprueban los Estatutos de la Hermandad. La primera salida procesional se realizó el 8 de abril de 1977,como invitados de la Sangre de Cristo en la Procesión del Santo Entierro de Zaragoza. Es la única cofradía de Zaragoza que no es filial de la Sangre de Cristo. El domingo de Resurrección de ese mismo año se realizó la primera procesión de Pascua por el interior del Colegio de San Agustín , todavía sin imágenes.
Ese mismo año se crea la sección de instrumentos: tambores, timbales y bombos. En 1989 se añaden cornetas y heraldos a la sección.
En sus orígenes todas las secciones de la Hermandad llevaban cubierto el rostro mediante capirote o tercerol indistintamente, excepto la de instrumentos que llevaba tercerol exclusivamente. En 1980 se acordó definitivamente que todos los hermanos portasen tercerol.
El Domingo de Resurrección de 1979 se realizó el primer Encuentro delante de la Basílica de Santa Engracia, donde se encontraron Cristo Resucitado con una Virgen propiedad de dicha Basílica.
El Jueves Santo de 1981 procesionó por primera vez la imagen de la Virgen de la Esperanza y del Consuelo en un Vía Crucis junto a la Cofradía de Jesús Camino del Calvario. El Domingo de Resurrección de dicho año fue la primera vez que realiza el Encuentro Glorioso en la Plaza del Pilar, donde se encontraron la Virgen de la Esperanza, en procesión desde el Convento de San Agustín (Hnas. Agustinas), con el Cristo Resucitado, desde el Colegio de los PP. Agustinos. En el momento del encuentro los hermanos se descubren el rostro como signo de alegría y gozo por la Resurrección del Señor, volviendo de esta forma hasta el Colegio de San Agustín. Este acto se repitió en esta forma hasta el año 1.984, en que fueron invitados a colaborar con el Arzobispado en la celebración de la Vigilia Pascual en la Basilica del Pilar, estando presente la Imagen del Cristo Resucitado y presidida por el Excmo. Arzobispo de Zaragoza. Al tener el gran honor de poder pernoctar el Cristo Resucitado dentro de la Basílica, se realizaron los cambios procesionales necesarios para poder celebrar el Encuentro Glorioso, en la Plaza del Pilar el Domingo de Resurrección a mediodía.
En 1990, se incorpora la Imagen del Cristo del Buen Amor; la primera vez salió a la calle para celebrar un Vía Crucis el Viernes de Dolor. Posteriormente, este Via Crucis se realiza por el interior de la Iglesia Parroquial de Santa Rita de Casia con la colaboración de todos los grupos parroquiales. Dejando su salida procesional en Peana a hombros de 8 hermanos y hermanas el Jueves Santo.
Esta Hermandad, estrena en la Semana Santa del año 2003 una nueva Cruz Inmemorian.
SEDE CANONICA: Iglesia de Sta. Rita de Casia (PP Agustinos).
PASOS: Sacan procesionalmente dos pasos Cristo Resucitado (1977) y Nuestra Sra. de la Esperanza (1981), realizados por D. Jorge Albareda.
Paso del Cristo Resucitado. Dimensiones: 3 m.x 2 m. Procesiona sobre ruedas empujado por 10 hermanos (hombres). Peso aprox. desconocido. Lleva grecas de tipo neoclásico muy sencillas, y faldas de terciopelo azul desde las grecas hasta el suelo. Lleva 4 faroles dorados, con cristales translúcidos, en los que se ha grabado el escudo de la Hermandad. Cuatro barras doradas sirven para empujar el paso.
La imagen del Cristo Resucitado fue tallada por Jorge Albareda en el año 1978. Mide 2,5 metros, es de madera de cedro finlandés ligeramente policromada, y representa a Nuestro Señor en actitud de elevarse hacia los cielos, con los brazos ligeramente extendidos y mirando hacia arriba.
Paso de Nuestra Señora de la Esperanza. Dimensiones: 3 m.x 2 m. Procesiona empujado por 10 hermanas (mujeres). Al igual que el anterior, tiene unas sencillas grecas y un farol plateado - de 3 brazos - en cada una de las cuatro esquinas. También lleva faldas, del mismo color azul que las del Paso del Cristo. Cuatro barras, en este caso plateadas, sirven para empujar el paso.
La imagen de Nuestra Señora de la Esperanza y del Consuelo, también tallada por Jorge Albareda, data del año 1980. Es de madera policromada, y representa a una mujer de unos 40 años -la Virgen- caminando con los brazos abiertos y con un gesto de dulzura en el rostro.
Peana del Cristo del Buen Amor. Es llevada a hombros por 8 hermanas/os. Sobre un soporte metálico se levanta el armazón de madera (que sostiene al Cristo Crucificado), decorado con grecas sencillas y faldas de terciopelo azul. Las dos barras que sirven para portar la peana, provistas de 8 almohadillas, se apoyan en los hombros de los portadores/as. Un pequeño foco halógeno ilumina el rostro del Crucificado.
El Cristo del Buen Amor es una imagen, de autor desconocido, que probablemente date de los años 30, época en la que fue fundado el Colegio de San Agustín. Es de dimensiones reducidas (1,5 metros) y representa a Cristo crucificado.
ANAGRAMA: Formado por las letras H, C y R, iniciales de Hermandad de Cristo Resucitado, en color azul. Alrededor, en forma de orla, aparece la inscripcion: "Santa Maria de la Esperanza y del Consuelo-Zaragoza", bordada en color amarillo. Se remata el conjunto con una cruz de color marron, de donde surgen rayos dorados. Simboliza la cruz desnuda que recibe los rayos del sol en el alba del Domingo de Pascua y nos recuerda la Resurreccion del Señor.
La Real Hermandad de Cristo Resucitado decidió, en Capítulo General celebrado el pasado diciembre, la sustitución de su escudo. El nuevo diseño está compuesto por una cruz florenzada radiante en color oro, timbrada por la corona real española, sobre cuya cruceta se entrecruzan las iniciales H, C, R (de Hermandad de Cristo Resucitado), formando un anagrama de diseño curvo de color azul. A los pies de la cruz, en una cinta, aparece el lema “Resurrexit sicut dixit” (Lc 21, 40). Tanto la cruz radiante como el versículo bíblico aluden a la Resurrección del Señor, tras la cual, la cruz pasó de ser infamante instrumento de tortura a ser signo glorioso de Redención. Desde ella irradia la luz de Cristo que “libra de la tiniebla que cubría el orbe entero” (de la liturgia de la Vigilia Pascual). La corona real cerrando el escudo por la parte superior recuerda el título de Real concedido el 18 de diciembre de 2001 por S.M. D. Juan Carlos I.
HABITO: Visten túnica blanca, cíngulo blanco y tercerol azul claro.
ESTANDARTE: Es de raso blanco bordado con hilos de seda y oro, fue realizado en 1977 por algunas hermanas, para lo que aprovecharon bordados procedentes de una bandera que se encontraba en el Colegio de San Agustin y que debia de ser de los años 40.
En 1994 se cambio la tela y se restauro.
En su anverso figura el anagrama de la Hermandad y en el reverso el escudo de San Agustin y la inscripcion: "PP. Agustinos - 1977".
ATRIBUTOS: Guion (Hermanas de la Hermandad 1977), Cruz guia (1983), Guion de la Virgen (Hermanas de la Hermandad 1983), Guion de tambores (Hermanas de la Hermandad 1984), Pebeteros (2) (1985, Cruz In-memorian (Jose Felez, 1985 y reformada por Marzal-Sierra 20034), Mazas de cierre (4) (Talleres Juste 1991), Cetros (8) (Arte Religioso "El Angel" Madrid 2002), Reposteros (7) (Hermanas de la Hermandad 1988).
Más sobre la Semana Santa de Zaragoza, en mi web: www.capirotesyterceroles.com
Dramatización de un objeto verdaderamente infamante. Se trata de un fierro de marcaje para esclavos. Utilizado en méxico durante la época colonial
Drammatizzazione di un oggetto veramente infame . E ' un marker di ferro per gli slave . Utilizzato in Messico durante l'era coloniale
Dramatization of a truly shameful object. It is an iron to mark slaves. Used in Mexico during the colonial era
Año tras año la Gamescom va ganando en repercusión y relevancia. Anuncios muy potentes y un compromiso en aumento por parte de las empresas más grandes del sector de los videojuegos. Ayer le dimos un repaso a las novedades que anunció Microsoft y hoy nos toca hacer lo propio con Sony Playstation.
La compañía nipona no presentó tantas novedades en las próximas actualizaciones de la consola pero nos dejó una gran cantidad de vídeos con los próximos juegos que veremos a finales de año y principios del 2015. ¿Quién dijo que la PS4 no tenía catálogo y que solo vivía de los indies? Ahí va una recopilación con los principales anuncios.
inFamous: First Light está muy cerca
Empecemos por uno de los lanzamientos que llegará en breve a Playstation 4: inFamous: First Light. Un título algo difícil de encajar ya que si bien se puede considerar un DLC de inFamous: Second Son realmente será un spin off que podremos jugar de forma independiente al juego original. Buenas noticias para quien quiera adentrarse en la saga y tener una toma de contacto con ella.
Fetch nos espera con ganas y el trailer presentado en Gamescom nos deja con ganas de usar los super poderes de esta infame heroína. Llegará a España el 27 de agosto en formato digital y el 10 de septiembre podremos hacernos con él en formato físico. Luces de neón y una premisa igual de potente que el juego original, veremos.
Nikola Tesla se une a The Order: 1886
Sí, amigos. Nikola Tesla será un personaje más en esta exclusiva de Sony. Uno de los científicos más famosos de la historia se unirá al resto de protagonistas para repartir estopa con sus armas de corriente alterna. Original desde luego es, no todo va ser liarse a tiros con personajes hipermusculados.
Criaturas mitológicas en la Londres victoriana y acción en tercera persona. La propuesta suena bien. El juego poco a poco se deja ver aunque de momento nos tocará esperar para poder catarlo en Playstation 4. Id apuntando la fecha: 20 de febrero de 2015. ¿Qué lejos queda, verdad?
The Tomorrow Children, lo nuevo de Q-Games
Música tipo soviética, estética de juguetes, monstruos de ficción. Hay que reconocerle a los creadores de Pixeljunk que se han salido de lo que nos tenían acostumbrados para traernos una idea muy vistosa pero a la vez muy atractiva. Podremos elegir entre diferentes personajes para explorar un mundo casi extinto pero lleno de peligros.
El concepto es muy bueno y demuestra que los estudios pequeños siguen teniendo mucho protagonismo entre tanto juego triple A. Un juego muy atractivo que esperemos se deje ver dentro de poco por nuestras Playstation 4.
Rime habla español
Hora de sacar el orgullo patrio con Rime de los españoles Tequila Works. Se ha ganado el puesto por algo más que ser un juego español. Su propuesta en vídeo es muy potente y aunque la idea es sencilla resulta imposible quedarse enamorado de una estética que recuerda inevitablemente a The Legend of Zelda: Wind Waker.
Nuestro objetivo será salir de una isla desierta pero a la vez llena de misterios. No parece que sea un juego de acción sino más bien de exploración donde tendremos que recorrer cada recoveco de la isla para encontrar la solución a los retos que nos vaya planteando el juego. Será una exclusiva para PS4.
Hellblade es la nueva IP de Ninja Theory
Ninja Theory nos ha acostumbrado a unos hack and slash con una velocidad vertiginosa y una dificultad que pone a prueba nuestra habilidad con el mando. Tras el spin off que se marcaron con Devil May Cry: DmC es hora de volver al campo de batalla con una nueva franquicia, su nombre es Hellblade.
De momento solo se trata de un vídeo CGI pero no se puede negar que la propuesta tiene muy buena pinta. Una heroína dispuesta a repartir guantazos a diestro y siniestro. Estad atentos, aunque probablemente hasta el 2015 no podremos disfrutar de este juego.
Until Dawn da miedito
El caso de Until Dawn es muy curioso. Primero iba a ser una exclusiva para PS3 pero al final ha terminado saltando a la nueva generación de consolas de sobremesas. Una buena noticia, porque desde finales del 2012 no teníamos noticias de esta nueva franquicia.
Mucho miedo e intriga en esta aventura de terror donde tendremos que sobrevivir en lo alto de una montaña donde seremos nosotros quienes decidamos quién sobrevive a lo largo del juego. Intriga, agobio… Sin embargo, no fue el único juego que nos dejó con mal cuerpo en la Gamescom.
Alienation, la caza de aliens comienza
¿Os acordáis de Dead Nation? Sí, aquel shoot ‘em up de zombies donde teníamos que sobrevivir a hordas infinitas de muertos vivientes con un arsenal de lo más variado. Bien, si os gustó seguro que lo nuevo de Housermarque os encanta. ¡Dentro vídeo!
Aliens y más aliens de los que tendremos que escapar o bien hacerlos frentes. La decisión será nuestra pero armas no nos van a faltar para darles caña. Tiene muy buena pinta y seguro que podremos disfrutarlo en modo multijugador con más amigos. No lo esperéis muy pronto eso sí, hasta 2015 nada.
Wild, una aventura salvaje que la quieres para ayer
¿Te gustó la idea de No Man’s Sky? Bien, entonces Wild te va a encantar. No parte del concepto del diseño procedural pero sí de meternos también en un mundo salvaje y lleno de peligros donde podremos encarnar a diferentes criaturas y explorar todo lo que hay a nuestro alrededor. Cazadores, animales de todo tipo…incluso gigantes.
La mala noticia es que no sabemos nada más de él. La gran incógnita es su lanzamiento pero lo lógico es que hasta 2015 no sepamos nada sobre Wild. Una pena, porque es un juego al que nos gustaría jugar desde hoy mismo. Echadle un ojo al teaser sí o sí, fue de lo mejor que presentó Sony ayer en su conferencia.
Journey llega a PS4 con crossbuy
Si os gustó el concepto de Journey y no pudisteis jugarlo en su día, dentro de poco lo podréis hacer en Playstation 4. Lo mejor de todo es que si ya tenías el juego en PS3 no será necesario que lo compres ya que será cross buy y podremos descargarlo de forma gratuita.
Fue una de las sorpresas del 2012 y aunque llega con pocas novedades a Playstation 4 es un título que sigue siendo igual de recomendable a pesar de que ya tiene un par de años. Un viaje único que nos unirá con jugadores de todo el mundo. A veces lo importante es el trayecto y no la meta.
Dos minutos de gameplay de Bloodborne
Lo nuevo de From Software tiene muy buena pinta y su anuncio en el E3 nos dejó con ganas de saber más sobre él. En Gamescom hemos tenido oportunidad de ver dos minutos de gameplay y aunque no ha saciado nuestra curiosidad es suficiente para ir abriendo boca.
En el vídeo podéis ver algunos detalles importantes del juego como la utilización de armas de corta y larga distancia amen de las simpáticas y dulces criaturas que nos acompañarán en este mundo tan inhóspito. Otro que se va a 2015 pero que le esperamos con muchísimas ganas igualmente.
Tearaway Unfolded, papiroflexia para PS4
Tearway fue uno de los juegos más interesantes de PS Vita y ahora hace su debut en PS4. Por supuesto no se trata de un port tal cual ya que la versión original hace un uso extenso de los controles táctiles de la consola. Media Molecule ha pensado en ello.
Esta versión aprovechará el potencial de la zona táctil del Dual Shock 4 para que podamos hacer los movimientos de forma natural y con más sentido. Una versión bien planteada que, esperemos, sea igual de divertida que su hermana portátil.
El retorno de Silent Hill por la puerta grande
Hideo Kojima, Guillermo del Toro y Norman Reedus haciendo un videojuego. Suena bien, ¿verdad? Pues imaginaos que el juego que van a hacer juntos es Silent Hill. Pues sí, lo nuevo de Konami vendrá firmado por estos tres señores y tras trollear a todo el mundo con P.T, un teaser interactivo que podéis jugar ya en vuestra PS4, nos llega una nueva entrega de esta franquicia de horror.
Fue sin duda el gran anuncio de Sony Playstation: la exclusiva de Silent Hills (con s, sí) para PS4. Mientras Microsoft se queda con Lara, los nipones nos ofrecerán esta aventura de terror que llegará el año que viene. Las cartas ya están sobre la mesa y por fin la nueva generación empieza a coger forma.
– La noticia Así son los nuevos juegos para PS4 que llegan desde Gamescom fue publicada originalmente en Xataka por Juan Carlos.
- www.diariototal.com/2014/10/21/asi-son-los-nuevos-juegos-...
http://www.diariototal.com/2014/10/21/asi-son-los-nuevos-juegos-para-ps4-que-llegan-desde-gamescom/
tecnologia
#tecnologia
English
Rafael Bordalo Pinheiro (21 March 1846 - 23 January 1905) was a Portuguese artist known for his illustration, caricatures, sculpture and ceramics designs, and is considered the first Portuguese comics creator.
Life
He was a disciple of his father, the painter Manuel Maria Bordalo Pinheiro, and brother of painter Columbano and mother D. Maria Augusta do Ó Carvalho Prostes. He started publishing illustrations and caricatures in humoristic magazines such as A Berlinda and O Calcanhar de Aquiles, frequently demonstrating a sarcastic humour with a political or social message.
In 1875 he travelled to Brazil to work as an illustrator and cartoonist for the publication Mosquito (and later,another publication called O Besouro), which was also employing the Italian/Brazilian illustrator Angelo Agostini, until then the unrivaled cartooning authority of Brazil. Pinheiro eventually became editor of other humorous, politically critical magazines. His fame as a caricaturist led the Illustrated London News to become one of his collaborators.
In 1875, Bordalo Pinheiro created the cartoon character Zé Povinho, a Portuguese everyman, portrayed as a poor peasant. Zé Povinho became, and still is, the most popular character in Portugal.
In Zé Povinho, as in his other works, Bordalo Pinheiro's drawing style was innovative and influential, making extensive use of onomatopoeia, graphical signs (such as those to used represent movement), strong images (the manguito), and his unique style of mixing punctuation marks, such as brackets, with drawing.
In 1885, he founded a ceramics factory in Caldas da Rainha, where he created many of the pottery designs for which this city is known. The factory is still in business.
Português
Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro (Lisboa, 21 de Março de 1846 — 23 de Janeiro de 1905) foi um artista português, de obra vasta dispersa por largas dezenas de livros e publicações, precursor do cartaz artístico em Portugal, desenhador, aguarelista, ilustrador, decorador, caricaturista político e social, jornalista, ceramista e professor. O seu nome está intimamente ligado à caricatura portuguesa, à qual deu um grande impulso, imprimindo-lhe um estilo próprio que a levou a uma visibilidade nunca antes atingida. É o autor da representação popular do Zé Povinho, que se veio a tornar num símbolo do povo português. Entre seus irmãos estava o pintor Columbano Bordalo Pinheiro.
O Museu Rafael Bordalo Pinheiro, em Lisboa, reúne a sua obra.
Biografia
Nascido Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro , filho de Manuel Maria Bordalo Pinheiro (1815-1880) e D. Maria Augusta do Ó Carvalho Prostes, em família de artistas, cedo ganhou o gosto pelas artes. Em 1860 inscreveu-se no Conservatório e posteriormente matriculou-se sucessivamente na Academia de Belas Artes (desenho de arquitectura civil, desenho antigo e modelo vivo), no Curso Superior de Letras e na Escola de Arte Dramática, para logo de seguida desistir. Estreou-se no Teatro Garrett embora nunca tenha vindo a fazer carreira como actor.
Em 1863, o pai arranjou-lhe um lugar na Câmara dos Pares, onde acabou por descobrir a sua verdadeira vocação, derivado das intrigas políticas dos bastidores.
Desposou Elvira Ferreira de Almeida em 1866 e no ano seguinte nasceu o seu filho Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro.
Começou por tentar ganhar a vida como artista plástico com composições realistas apresentando pela primeira vez trabalhos seus em 1868 na exposição promovida pela Sociedade Promotora de Belas-Artes, onde apresentou oito aguarelas inspiradas nos costumes e tipos populares, com preferência pelos campinos de trajes vistosos. Em 1871 recebeu um prémio na Exposição Internacional de Madrid. Paralelamente foi desenvolvendo a sua faceta de ilustrador e decorador.
Em 1875 criou a figura do Zé Povinho, publicada n'A Lanterna Mágica. Nesse mesmo ano, partiu para o Brasil onde colaborou em alguns jornais e enviava a sua colaboração para Lisboa, voltando a Portugal em 1879, tendo lançado O António Maria.
Experimentou trabalhar o barro em 1885 e começou a produção de louça artística na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.
Faleceu a 23 de Janeiro de 1905 em Lisboa, no nº 28 da rua da Abegoaria (actual Largo Raphael Bordallo-Pinheiro), no Chiado, freguesia do Sacramento, em Lisboa.
O desenhador
Raphael Bordallo-Pinheiro deixou um legado iconográfico verdadeiramente notável,tendo produzido dezenas de litografias. Compôs inúmeros desenhos para almanaques, anúncios e revistas estrangeiras como El Mundo Comico (1873-74), Ilustrated London News, Ilustracion Española y Americana (1873), L'Univers Illustré e El Bazar. Fez desenhos em álbuns de senhoras, foi o autor de capas e de centenas de ilustrações em livros, e em folhas soltas deixou portraits-charge de diversas personalidades. Começou a fazer caricatura por brincadeira como aconteceu nas paredes dos claustros do edifício onde dava aulas o Professor Jaime Moniz, onde apareceram, desenhados a ponta de charuto, as caricaturas dos mestres. Mas é a partir do êxito alcançado pel'O Dente da Baronesa (1870), folha de propaganda a uma comédia em 3 actos de Teixeira de Vasconcelos, que Bordalo entra definitivamente para a cena do humorismo gráfico.
Dotado de um grande sentido de humor mas também de uma crítica social bastante apurada e sempre em cima do acontecimento, caricaturou todas as personalidades de relevo da política, da Igreja e da cultura da sociedade portuguesa. Apesar da crítica demolidora de muitos dos seus desenhos, as suas características pessoais e artísticas cedo conquistaram a admiração e o respeito público que tiveram expressão notória num grande jantar em sua homenagem realizado na sala do Teatro Nacional D. Maria II, em 6 de Junho de 1903 que, de forma inédita, congregou à mesma mesa praticamente todas as figuras que o artista tinha caricaturado.
Na sua figura mais popular, o Zé Povinho, conseguiu projectar a imagem do povo português de uma forma simples mas simultaneamente fabulosa, atribuindo um rosto ao país. O Zé Povinho continua ainda hoje a ser retratado e utilizado por diversos caricaturistas para revelar de uma forma humorística os podres da sociedade.
Foi ele que se fez "ouvir" com as suas caricaturas da queda da monarquia.
O ceramista
Tendo aceitado o convite para chefiar o setor artístico da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha (1884), aí criou o segundo momento de renovação da cerâmica Caldense. Raphael Bordallo-Pinheiro dedicou-se à produção de peças de cerâmica que, nas suas mãos, rapidamente, adquiriram um cunho original. Jarras, vasos, bilhas, jarrões, pratos e outras peças demonstram um labor tão frenético e criativo quanto barroco e decorativista, características, aliás, também presentes nos seus trabalhos gráficos. Mas Bordalo não se restringiu apenas à fabricação de loiça ornamental. Além de ter desenhado uma baixela de prata da qual se destaca um originalíssimo faqueiro que executou para o 3º visconde de S. João da Pesqueira, satisfez dezenas de pequenas e grandes encomendas para a decoração de palacetes: azulejos, painéis, frisos, placas decorativas, floreiras, fontes-lavatório, centros de mesa, bustos, molduras, caixas, e também broches, alfinetes, perfumadores, etc.
No entanto, a cerâmica também não poderia excluir as figuras do seu repertório. A par das esculturas que modelou para as capelas do Buçaco representando cinquenta e duas figuras da Via Sacra, Bordalo apostou sobretudo nas que lhe eram mais gratas: O Zé Povinho (que será representado em inúmeras atitudes), a Maria Paciência, a mamuda ama das Caldas, o polícia, o padre tomando rapé e o sacristão de incensório nas mãos, a par de muitos outros.
Embora financeiramente, a fábrica se ter revelado um fracasso, a genialidade deste trabalho notável teve expressão nos prémios conquistados: uma medalha de ouro na Exposição Colombiana de Madrid em 1892, em Antuérpia (1894), novamente em Madrid (1895), em Paris (1900), e nos Estados Unidos, em St. Louis (1904).
O Jornalista
Raphael Bordallo-Pinheiro destacou-se sobretudo como um homem de imprensa. Durante cerca de 35 anos (de 1870 a 1905) foi a alma de todos os periódicos que dirigiu quer em Portugal, quer nos três anos que trabalhou em terras brasileiras.
Semanalmente, durante as décadas referidas, os seus periódicos debruçaram-se sobre a sociedade portuguesa nos mais diversos quadrantes, de uma forma sistemática e pertinente.
Em 1870 lançou três publicações: "O Calcanhar de Aquiles", "A Berlinda" e "O Binóculo", este último, um semanário de caricaturas sobre espectáculos e literatura, talvez o primeiro jornal, em Portugal, a ser vendido dentro dos teatros. Seguiu-se o "M J ou a História Tétrica de uma Empresa Lírica", em 1873. Todavia, foi "A Lanterna Mágica", em 1875, que inaugurou a época da actividade regular deste jornalista "sui generis" que, com todo o desembaraço, ao longo da sua actividade, fez surgir e também desaparecer inúmeras publicações. Seduzido pelo Brasil, também aí (de 1875 a 1879) animou "O Mosquito", o "Psit!!!" e "O Besouro", tendo tido tanto impacto que, numa obra recente, intitulada "Caricaturistas Brasileiros", Pedro Corrêa do Lago lhe dedica diversas páginas, enfatizando o seu papel,,,,
"O António Maria", nas suas duas séries (1879-1885 e 1891-1898), abarcando quinze anos de actividade jornalística, constitui a sua publicação de referência. Ainda fruto do seu intenso labor, "Pontos nos ii" são editados entre 1885-1891 e "A Paródia", o seu último jornal, surge em 1900.
A seu lado, nos periódicos, estiveram Guilherme de Azevedo, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão, João Chagas, Marcelino Mesquita e muitos outros, com contributos de acentuada qualidade literária. Daí que estas publicações constituam um espaço harmonioso em que o material textual e o material icónico se cruzam de uma forma polifónica.
Vivendo numa época caracterizada pela crise económica e política, Raphael enquanto homem de imprensa soube manter uma indiscutível independência face aos poderes instituídos, nunca calando a voz, pautando-se sempre pela isenção de pensamento e praticando o livre exercício de opinião. Esta atitude granjeou um apoio público tal que, não obstante as tentativas, a censura nunca logrou silenciá-lo. E, todas as quintas-feiras, dia habitual da saída do jornal, o leitor e observador podia contar com os piparotes costumeiros, com uma crítica a que se juntava o divertimento. Mas como era natural, essa independência e o enfrentar dos poderes instituídos originaram-lhe alguns problemas como por exemplo o retirar do financiamento d'O António Maria como represália pela crítica ao partido do seu financiador. Também no Brasil arranjou problemas, onde chegou mesmo a receber um cheque em branco para se calar com a história de um ministro conservador metido com contrabandistas. Quando percebe que a sua vida começa a correr perigo, volta a Portugal, não sem antes deixar uma mensagem:
".... não estamos filiados em nenhum partido; se o estivéssemos, não seríamos decerto conservadores nem liberais. A nossa bandeira é a VERDADE. Não recebemos inspirações de quem quer que seja e se alguém se serve do nosso nome para oferecer serviços, que só prestamos à nossa consciência e ao nosso dever, - esse alguém é um infame impostor que mente." ( O Besouro, 1878)
O Homem e o Teatro
Com 14 anos apenas, integrado num grupo de amadores, pisou como actor o palco do teatro Garrett, inscrevendo-se depois na Escola de Arte Dramática que, devido à pressão da parte do pai, acabou por abandonar. Estes inícios — se revelaram que o talento de Raphael Bordallo-Pinheiro não se direccionava propriamente para a carreira de actor — selaram, porém, uma relação com a arte teatral que não mais abandonou.
Tendo esporadicamente desenhado figurinos e trabalhado em cenários, Raphael Bordallo-Pinheiro foi sobretudo um amante do teatro. Era espectador habitual das peças levadas à cena na capital, frequentava assiduamente os camarins dos artistas, participava nas tertúlias constituídas por críticos, dramaturgos e actores. E transpunha, semana a semana, o que via e sentia, graficamente, nos jornais que dirigia. O material iconográfico legado por Raphael Bordallo-Pinheiro adquire, neste contexto, uma importância extrema porque permite perceber muito do que foi o teatro, em Portugal, nessas décadas.
Em centenas de caricaturas, Raphael Bordallo-Pinheiro faz aparecer o espectáculo, do ponto de vista da produção: desenha cenários, revela figurinos, exibe as personagens em acção, comenta prestações e critica 'gaffes'. A par disso, pelo seu lápis passam também as mais variadas reacções do público: as palmas aos sucessos, muitos deles obra de artistas estrangeiros, já que Lisboa fazia parte do circuito internacional das companhias; as pateadas estrondosas quando o público se sentia defraudado; os ecos dos bastidores; as anedotas que circulavam; as bisbilhotices dos camarotes enfim, todo um conjunto de aspectos que têm a ver com a recepção do espectáculo e que ajudam a compreender o que era o teatro e qual o seu papel na Lisboa oitocentista.
Sheep Station:
Michael Shvo e Paul Kasmin Gallery têm o prazer de apresentar Sheep Station, que caracteriza o trabalho do artista falecido François-Xavier Lalanne como a exposição inaugural da Estação Getty, um novo programa de arte pública, localizada em um antigo posto de combustível. Esta exposição inovadora vai estrear em 17 de setembro de 2013 na 10th Avenue.
Sheep Station mostra 25 ovelhas, e marcar a maior coleção de sempre ser exibido publicamente numa apresentação ao ar livre. Primeira iteração das esculturas de Lalanne era seu infame "Moutons de Laine 'em 1965, gradualmente expandindo este corpo especial de trabalho para incluir variações adicionais da escultura em pedra epóxi e bronze em 1977. Estação Sheep incluirá obras de sua série" Les Nouveaux Moutons '- composta pelo Belier (1994), o Brebis (1994), o borrego (1996), e Le Mouton Transumantes (1988). Também é mostrado uma série anterior intitulado "Mouton de Pierre", executado entre 1979 e 1984.
Situado numa paisagem surrealista em meio à arquitetura estação de gás industrial existente, as ovelhas simbolizam a missão de Lalanne para desmistificar a arte e capturar sua joie de vivre. 'Moutons "tornaram-se a obra mais emblemática de Lalanne, incorporando sua própria abordagem à arte ao comentar sobre a natureza da própria arte.
Mais infos:
EXIF:
Camera: Fujifim X-PRO 1
Lens: 18 mm
Exposure: Manual exposure, 1/125 sec, f/16, ISO 200
*FUJI Film X-PRO 1 + Fujinon XF 18 mm f/4 R
*Copyright © 2008 Naldo Mundim. All rights reserved.
*Reprodução proibida. © Todos os direitos reservados.
*Imagem protegida pela Lei do Direito Autoral Nº 9.610 de 19/02/1998
gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b8451116z/f693.item.zoom Valère Maxime [Valerius Maximus], Faits et dits mémorables [Facta et dicta memorabilia], traduit par Simon de Hesdin et Nicolas de Gonesse.
Date d'édition : 1400-1425
Type : manuscrit
Langue : Français
Format : Paris. - Écriture bâtarde. Probablement un copiste, malgré les différences de module aux ff. 244-249, 255-266, 315, l. 20-411. Hastes à cadelures. - Décoration :M. Meiss a attribué la décoration du manuscrit à l’atelier du Maître de Virgile (ainsi désigné d’après le Virgile, ms. Florence, Bibl. Laurenziana, Med. Pal. 69), connu dans les ateliers parisiens entre 1390 et la deuxième décade du XVe siècle : cf. Meiss, French Painting in the Time of Jean de Berry. The Limbourgs and Their Contemporaries, p. 408-412. L’artiste travailla à plusieurs reprises pour le duc de Berry : on lui doit notamment l’illustration d’un exemplaire des Bucoliques et de l’Énéide de Virgile (Florence, Bibl. Laurenziana, Med. Pal. 69), d’une copie de la Cité de Dieu (Bruxelles, Bibl. Royale, 9294-95), d’une chronique de la campagne de Richard II en Irlande (Londres, Brit. Museum, Harley 1319). Onze peintures de petit format au début du volume (introduction), du prologue et des livres II-IX. Une peinture au début du chap. VIII du livre III. Légende des peintures : F. 1 (introduction) : Valère Maxime enseignant ; f. 2v (prologue) : jugement ? ; f. 71 (Livre II) : armement d’un chevalier ; procession triomphale ; f. 131v (Livre III) : Caton d’Utique et Poppaedius ; Caton d’Utique et Sylla ; f. 168v (Livre III, début du chap. VIII) : exécution des sénateurs capouans ; f. 173 (Livre IV) :réconciliation ; libéralité ; f. 208 (Livre V) : libération des prisonniers carthaginois ; f. 242 (Livre VI) : viol et suicide de Lucrèce ; f. 267v (Livre VII) : Metellus Macedonicus et sa famille ; f. 302v (Livre VIII) : les Horaces et les Curiaces en présence ; f. 345 (Livre IX) : luxure et cruauté (cf. la base mandragore.bnf.fr). Décoration secondaire : Les bordures offrent des similitudes avec celles des manuscrits datés de 1401-1402. Les riches encadrements de rinceaux de vignettes de certains feuillets du Français 282 (f. 1, 71, 131v, 169, 173) rappellent le travail du peintre Paul de Limbourg sur un autre ouvrage de la librairie de Jean de Berry : les Belles Heures actuellement conservées au Metropolitan Museum of Art de New York, Cloisters (f. 80, Meiss, op. cit., fig. 492). Les petites jarres éparpillées sur la baguette formant l’encadrement le f. 71 du Français 282 se retrouvent à l’identique sur la bordure du f. 191 des Belles Heures (Meiss, op. cit., fig. 409). Oiseaux (f. 1), faune (f. 1), papillon (f. 1), dragon (f. 71, 169) ornent la bordure. Au f. 131v, décor de gobelets d'or. - Au début de l’introduction (f. 1), initiale (8 lignes) ornée de vignettes avec riche bordure marginale (cf. - supra. - ). - Au début du prologue (f. 2), initiale ornée (7 lignes), à prolongement de baguette avec vignettes. - Au début des différents livres, initiales ornées (5 à 7 lignes), à prolongement de rinceaux de vignettes. - Au début des différents chapitres et des paragraphes, initiales ornées (3 lignes), à prolongement de rinceaux de vignettes. Quelques initiales de 4 à 5 lignes. - Pieds de mouche champis, à l’intérieur du texte et dans la marge signalant les notes. - Parchemin. - 411 ff. précédés et suivis d’un feuillet de garde en parchemin. - 390 x 280 mm (justification : 255/260 x 180 mm). - 52 cahiers : 18 (f. 1-8) ; 28 (f. 9-16) ; 38 (f. 17-24) ; 48 (f. 25-32) ; 58 (f. 33-40) ; 68 (f. 41-48) ; 78 (f. 49-56) ; 88 (f. 57-64) ; 98 (f. 65-72) ; 108 (f. 73-80) ; 118 (f. 81-88) ; 128 (f. 89-96) ; 138 (f. 97-104) ; 148 (f. 105-112) ; 158 (f. 113-120) ; 168 (f. 121-128) ; 178 (f. 129-136) ; 188 (f. 137-144) ; 198 (f. 145-152) ; 208 (f. 153-160) ; 218 (f. 161-169) ; 228 (f. 169-176) ; 238 (f. 177-184) ; 248 (f. 185-192) ; 258 (f. 193-200) ; 268 (f. 201-208) ; 278 (f. 209-216) ; 288 (f. 217-224) ; 298 (f. 225-232) ; 308 (f. 233-240) ; 3114 (12+2) (f. 241-254, pas de réclame apparente entre les ff. 241 et 254 ; reliure trop serrée pour faire le décompte des cahiers) ; 328 (f. 255-262) ; 334 (f. 263-266) ; 348 (f. 267-274) ; 358 (f. 275-282) ; 368 (f. 283-290) ; 378 (f. 291-298) ; 388 (f. 299-306) ; 396 (f. 307-312) ; 404 (f. 313-316) ; 418 (f. 317-324) ; 428 (f. 325-332) ; 438 (f. 333-340) ; 448 (f. 341-348) ; 458 (f. 349-356) ; 468 (f. 357-364) ; 478 (f. 365-372) ; 488 (f. 373-380) ; 498 (f. 381-388) ; 508 (f. 389-396) ; 518 (f. 397-404) ; 528 (f. 405-412). Réclames ornées, avec hastes montantes (f. 168v). Une signature de feuillets apparente au f. 376. F. 255-255v : Titres courants indiquant la numérotation des livres disposés en bandeaux sur fond or orné de vignettes : « Incipium I » (f. 2) ; « Liber I » etc. Bordure inférieure du f. 70 déchirée. - Mise en page :. - La traduction du texte de Valère Maxime qui fut commencée, sur l’ordre du roi Charles V, par Simon de Hesdin ( ?-1383), fut interrompue en 1383. Reprise, à l’instigation du duc de Berry, elle fut achevée par Nicolas de Gonesse (v. 1364-ap. 1415) le 28 septembre 1401. Au f. 287v, une annotation marginale indique le changement de traducteur : « Cy commence la translacion que maistre Nicole de Gonesse a faite et ycelle continue jusques a la fin (. - à l’encre bleue. - ) ». - Chez les deux auteurs, la traduction est accompagnée de « gloses encyclopédiques » (cf. Bruckner, dans. - Traduction et adaptation. - , p. 75). - La mise en page reflète l’étroite imbrication du commentaire et du texte en français de Valère Maxime. La transition de l’un à l’autre n’est pas toujours nette : au f. 103v, une note marginale souligne le passage de la traduction au commentaire : « Addicationes du translator sur le premier chapitre du second livre ». Aux ff. 1-106v, la transition est annoncée par les mots : « auctor » et « translator », calligraphiés à l’encre alternativement bleue et or aux ff. 1-106v, avec lettres d’attente (« au » ; « t » ; « tran »). On note le passage du latin en français (« aucteur », « translateur ») et la différence de calligraphie aux ff. 185-411. Aux ff. 107-145v, la transition est indiquée par les seuls pieds de mouche (texte) et lettres ornées (commentaires). Aux ff. 146-173v, les mots « le acteur », « le translateur », écrits à l’encre brune, se repèrent grâce aux pieds de mouche qui les précèdent. Quelques corrections se remarquent au f. 314 : le mot « translateur » a été gratté à plusieurs reprises. - Incipit du texte de Valère Maxime d’un module plus grand du f. 1 au f. 20. Têtes de chapitres, indications indiquant un passage à supprimer à l’encre bleue (f. 250 : passage encadré à l’encre bleue avec l’indication « vacat » ; f. 266v: « Vacat jusques a l’ystoire du .VII. - e. - livre qui est ou premier foillet ensuivant ») : cf. - infra. - Contenu). Incipit des différents livres notés à l’encre bleue ou or dans la traduction de Simon de Hesdin, à l’encre or dans celle de Nicolas de Gonesse. Explicit à l’encre or. - Quelques corrections à l’encre rouge à l’intérieur du texte. Annotations marginales contemporaines du manuscrit, indiquant notamment les sources, le plus souvent introduites dans la marge par des pieds de mouche identiques à ceux du texte. - À partir du f. 287 (début de la traduction de Nicolas de Gonesse), les citations latines sont soulignées à l’encre brune. Apparaissent des « Addicions », inscrites à l’encre dorée, le traducteur ayant inséré dans son texte de nombreux emprunts aux commentaires de Dionigi da Borgo S. Sepolcro et Luca de Penne, ainsi qu’à Boccace (. - De casibus virorum illustrium. - et. - De mulieribus claris. - ), Pierre Comestor, Salluste, Suétone et Plutarque : cf. J. Monfrin, dans. - The Late Middle Ages and the Dawn of Humanism outside Italy. - , Leuven-The Hague, 1972, p. 139. - Annotation (XIX. - e. - s.) : f. 411v. - Réglure à l’encre, peu visible par endroit. - Reliure de maroquin rouge restaurée en 1973, avec armes et chiffre royaux (XVIIe-XVIIIe s.). Tranche dorée. Au dos titre en capitales : « VALERE LE GRAND ». D’après l’inventaire de 1413, le volume était recouvert de velours écarlate (vermeil) et garni de quatre fermoirs d’argent doré aux armes du duc : cf. infra Historique. - F. 1 et 411 : estampilles de la « BIBLIOTHECAE REGIAE » (Ancien Régime, avant 1725), correspondant au modèle Josserand-Bruno, type A, n° 1
Description : Le manuscrit contient la traduction des Dits et faits mémorables de Valère Maxime. Commencée en 1375 par Simon de Hesdin pour le roi Charles V (livres I-VII, 4e chapitre : f. 1-287v), elle fut achevée par Nicolas de Gonesse en septembre 1401, pour le duc de Berry (5e chapitre du livre VII-IX : f. 287v-411). Les deux traductions sont accompagnées d’un commentaire qui s’inspire partiellement de celui de Dionigi de Borgo San Sepolcro : cf. A. Valentini, « Entre traduction et commentaire érudit… », La traduction vers le moyen français, 2007, p.355-367. F. 1-v. [Préface]. « La briefté et fragilité de ceste douleureuse vie temporelle et la constance de le inconstance et variableté de fortune …-… en l’onneur et reverance duquel, aprés Dieu, je ay entrepris cest oeuvre a fere ». F. 2-71. [Livre I]. « Urbis Rome et cetera : C’est le commencement du proheme de ce livre pour l’entendement duquel avoir …-… laquelle avoit cinquante coustes de long et avoit afeublé un mantel de pourpre. Et yci fine de ceste (de ceste : répété) matiere et par consequent du premier Livre ». « Icy fine la translacion du premier livre de Valerius Maximus, avec la declaracion d’icellui et addicions plusieurs, faite et compillee l’an mil .CCC. soixante et quinze, par frere Simon de Hesdin, de l’ordre de Saint Jehan de Jherusalem, docteur en theologie ». F. 71-131v. [Livre II]. « Dives et prepo[tens] ». « Translat[or] (à l’encre or) ». « Aprés ce que Valerius a parlé ou premier Livre des choses qui appartiennent au service et honneur des dieux …-… quant ilz devoient rendre sentence aucune, il leur convenoit jurer qu’ilz la rendirent vraye et juste. Et ycy fine la translacion du second Livre de Valerius Maximus, faicte et acomplie par frere Simon de Hesdin, l’an mil .CCC. .LXXVII., le second jour de may ». F. 131v-173. [Livre III]. « En cest tiers Livre a .VIII. chapitles. Le premier est de indole, le secont de force, le tiers de pacience …-… et quant il vit que Phelipe n’en faisoit compte et que la couleur ne lei (sic) contenance ne lui muoit point, Alixandre fut tout asseuré et fut guéri ou quart jour ». « Et icy fine le tiers Livre et commence le quart, et cetera ». F. 173-208. [Livre IV]. « Transgrediatur et cetera : En ceste partie Valerius commence son quart Livre, ouquel il a .VIII. chappitres : le premier de moderacion, le second de ceulx qui furent ennemis et puis redevindrent amis …-… Il n’est plus male chose que de aver, ne il n’est plus chose inique que amer peccune ». « Et ycy fine ce quart Livre ». F. 208-242. [Livre V]. « Cy commence le quint Livre (à l’encre bleue) ». « Translateur ». « Libertati et cetera : Icy commence Valerius son quint Livre, lequel a dix chappitres, selon ce que il appert en la poursuite …-… aussy qu’il ne muert nul qu’il n’ait vescu, aussi ne puet il nulz vivre qu’il n’ait a mourir ». « Et ycy fine le chapitre de tout le quint Livre ». F. 242-266v. |Livre VI]. « Cy commence Valerius le .VI.e Livre (à l’encre or) ». « Unde te virorum et cetera : Cy commence Valerius le .VI.e livre, et est le premier chappitre de chasté, pour laquelle recommander il fait un petit prologue …-… Et pour ce que petis enffans les ont tost perdues et usees, compare il les biens de fortune a celle maniere d’echaussement ». « Et ycy fine le .VI.e livre ». F. 267r-v : fin du 3e chapitre du Livre VI à supprimer : « … on notter que les femmes …-… Icy fine le chapitre de severité et aussi le .VI.e Livre » [déjà copié aux ff. 255r-v].Note explicative : « Vacat jusques a l’ystoyre du .VII.e Livre, qui est ou premier foillet ensuivant (à l’encre bleue) ». F. 267v-302v. [Livre VII]. F. 267v-287v. [Chap. I-IV : traduction de Simon de Hesdin] « Volubilis fortune et cetera : Icy commence le .VII.e Livre, lequel selon mon advis n’a que six chappitres a translater …-… Scipio disoit c’on ne devoit pas seulement donner voye a son ennemi de fouir mais lui aidier a le faire et trouver ». F. 287v-302v. [Chap. V-X : traduction de Nicolas de Gonesse]. « Le Ve chapitre qui est diz Repulses (à l’encre or) ». « Aprés ce que Valerius ou chapitre precedent a parlé des fais soubtis en armes appellés stratigemes …-… c'est-à-dire que a decente dacion doit estre decente accepcion correspondent ». « Et en ce se termine le Xe chapitre de ce VII.e Livre. Aprés s’ensuit le .VIII.e Livre ». F. 302v-345. [Livre VIII]. « Le premier chapitre du .VIII.e Livre qui est des causes pour lesquelles les infames coupables furent absoubz ou condempnés (à l’encre or) ». « Tunc quoque ». « Translateur (à l’encre or) ». « Yci commence le .VIII.e Livre qui contient .XVI. chapitres. Le premier est des causes pour lesquelles aucuns coupables furent absolz ou condempnés …-… et par ce moyen fu Arbogastes desconfit avec sa poissance, et en ce je feray fin de la translacion du .VIII.e Livre de Valere. Cy après s’ensuit le .IX.e ouquel Valerius determine des vices ». F. 345-411. [Livre IX]. « Cy commence le .IX.e Livre qui parle de luxure et de superfluité. Le premier chapitre (à l’encre or) ». « Blandum eciam ». « Translateur (à l’encre bleue) ». « En ceste partie commence le .IX.e Livre de Valerius, qui est des fais et des dis dignes de memoire de la cité de Romme …-… Des exemples dessus dis, il appert assez que ceulz qui par mensongerie ont esté eslevés aus grans et nobles estas en sont decheu aprés ignominieusement et en ce je feray fin de ce livre ». F. 411v. « Par l’aide divine sans laquelle (la : dans l’interligne) nulle chose n’est droitement commencee (e : dans l’interligne) ne profitablement continuee (e : dans l’interligne) ne menee affin, est la translation de Valere le Grant terminee. Laquelle commence tres reverent maistre Symon de Haydin, maistre (maistre : répété à l’encre rouge dans l’interligne) en theologie, re(i)ligieulx des Hospitaliers de Saint Jehan de Jherusalem, qui poursuivi jusques au .VII.e livre ou chapitre des stratagemes, et la lissa des la en avant jusques a la fin du livre. Je, Nicholas de Gonesse, maistre es ars et en theologie, ay poursuivi ladicte translation au mains mal que ay peu, du commendement et ordennance de tres excellent et puissent prince, mon seigneur le duc de Berri et d’Auvergne, conte de Poitou, de Bouloingne et d’Auvergne, et a la requeste de Jacquemin Coureau son tresorier. Et ne doubte point que mon stile de translater n’est ne si bel ne si parfait comme est celui devant. Mais je prie a ceulx qui la liront qu’il le me pardonnent. Car je ne suiz mie si expert es histoires comme il estoit. Et fut finee l’an mil .CCCC. et .I. la veille Saint Michiel l’archange (à l’encre or) ».
Description : Le manuscrit fut offert à Jean de Berry, le 1er janvier 1402, par son trésorier et maître d’hôtel Jacques Coureau. Au f. 411v se lit à la lampe de wood l’ex-libris du duc : « Ce livre est au duc de Berry. – JEHAN ». Le volume figure dans les inventaires de la bibliothèque établis en 1413 et 1416 : 1° inventaire de 1413-1416 : « Item un grant Livre de Valerius Maximus, historié et escript de lettre de court ; et au commancement du second fueillet a escript : Urbis Rome ; couvert de veluiau vermeil, garni de .IIII. fermouers d’argent dorez, esmaillez aux armes de Monseigneur ; lequel sire Jaques Courau lui envoia a estraines le premier jour de janvier l’an mil .CCCC. et .I ». Addition : « Ista pars, cum duabus partibus sequentibus [nos 912-913] reddite fuerunt per dictum Robinetum, ut supra » (Arch., nat. KK 258, n° 911 ; cité par Guiffrey, I, p. 236, n° 911). 2° compte de Jean Lebourne, exécuteur testamentaire du duc de Berry (Bibl. Sainte-Geneviève, ms. 841, n° 1097). Le volume est alors prisé 75 livres tournois. L’incipit indiqué dans l’inventaire de 1413 peut être repéré au f. 2 : « Urbis Rome [et cetera]…» . On perd la trace du manuscrit après la dispersion de la librairie du duc de Berry. Il entra à une date indéterminée dans la bibliothèque royale. La mention d’un exemplaire de « Valère le Grand, françois », notée dans l’inventaire de la fin du XVIe s. (Paris), est trop succincte pour affirmer qu’elle correspond au Français 282. Le volume est, en revanche, répertorié dans les catalogues postérieurs : 1° inventaire de Rigault (1622), n° 313 ; 2° inv. des frères Dupuy (1645), n° 519 ; 3° inventaire de Clément (1682), n° 6911.Cotes inscrites au f. 1 : [Rigault II] « trois cents treize » ; [Dupuy II] 519 ; [Regius] 6911. Inventaire 1622 : « Valere le Grand, traduit de latin en françois, les VII premiers livres par Simon de Hesdin, et les autres par Nicolas de Gonnesse, maitre es arts et de theologie ». Inventaire 1645 : « Valere le Grand, mis en françois par Simon de Hesdin et Nicolas de Gonnesse, avec commentaires ».
Droits : domaine public
Identifiant : ark:/12148/btv1b8451116z
Source : Bibliothèque nationale de France, Département des Manuscrits, Français 282
Provenance : Bibliothèque nationale de France
Date de mise en ligne : 28/11/2011
"Buongiorno a tutti,
meno male che i rumeni non sono politici italiani. Pensate se dal 18 febbraio fossero in carcere due politici, mettiamo pure due consiglieri di circoscrizione anche perché fossero parlamentari per definizione non potrebbero essere dentro. Due consiglieri di circoscrizione arrestati per un presunto reato, dopodiché si scopre che non l'hanno commesso ma li tengono dentro lo stesso con accuse che cambiano di giorno in giorno.
Poi arrestano quelli che si ritengono essere i veri colpevoli di quel reato, ma loro rimangono ancora dentro: figuratevi, apriti cielo! Avremmo fiumane di trasmissioni televisive, campagne stampa, articoli di tutti i garantisti di questo mondo – quelli sedicenti. “Ah, errore giudiziario, manette facili! Chissà perché li tengono dentro, forse per fargli confessare un delitto che non hanno commesso.”.
Fortunatamente non stiamo parlando di due politici italiani, ma di due rumeni che solo per la faccia che hanno, a questo punto, sono in galera.
E' bene ricordarseli sempre, questi nomi, perché il degrado che sta subendo il nostro diritto passa attraverso queste storie e quando noi non ci facciamo caso perché “tanto si tratta di rumeni”, “i rumeni sono tutti uguali”, “se non hanno fatto una cosa ne avranno fatta un'altra”, insomma vale per loro il detto cinese “quando torni a casa picchia tua moglie: tu non sai perché la stai picchiando ma lei sì”. Ecco, la stessa cosa vale per il rumeno, il nuovo mostro sul quale scaricare tutte le nostre tensioni e frustrazioni.
Si chiamano Karl Racz e Alexandro Isztoika Loyos. Furono arrestati il 18 febbraio per lo stupro della Caffarella. Il questore Caruso disse – ne abbiamo già parlato – che era un grande successo, li avevano presi con i metodi di indagine tradizionali, con questo che è un modo stranissimo di definire le indagini: è un modo politico di definirle perché c'era, in quel momento e c'è ancora, la polemica sulla legge sulle intercettazioni così il questore, che è il rappresentante della Polizia a Roma e quindi il rappresentante del governo, un dipendente del ministero dell'Interno, si affrettò a offrire sul piatto d'argento al governo un argomento a favore della legge che limita le intercettazioni, ripetendo a pappagallo quello che i politici di centrodestra e spesso anche quelli di centrosinistra dicono: che purtroppo le intercettazioni impigriscono gli investigatori e i magistrati impedendo loro di fare le famose indagini tradizionali.
Maledetta tecnologia
Questa volta si vantavano di avere fatto le indagini tradizionali, di avere usato i metodi tradizionali, il famoso Ogino-Knaus del perfetto detective. Chi volesse divertirsi può andare nell'archivio dell'Ansa e trovare le dichiarazioni esultanti dei famosi ambienti della questura i quali tirano la pietra e nascondono la mano, e si vantavano di avere riesumato le indagini alla Maigret tutte fatte con i metodi tradizionali “senza l'aiuto di nessuna tecnologia” - leggi: senza l'aiuto di nessuna intercettazione, nessun tabulato telefonico.
Dopodiché, purtroppo, arrivano le tecnologie: disgraziatamente abbiamo le tecnologie. Quando sperano di incastrarli definitivamente col DNA, questo smentisce che siano stati loro: e sul DNA non si discute, o sei tu o non sei tu.
Non erano loro.
Problema: può un rumeno non essere stato lui? Può il questore essersi sbagliato? Può il governo avere imperniato tutta la campagna dell'ultima settimana della legge sulle intercettazioni su un fatto falso? No, non si può.
Allora avrà torto il DNA, tant'è che qualcuno cominciava a dire che il DNA non è poi così importante, non è poi così decisivo.
Intanto, però, cosa fecero i magistrati e i poliziotti? Denunciarono e incriminarono i due arrestati per lo stupro per altri reati; uno dei due fu accusato di un altro stupro, quello di Primavalle. L'altro fu accusato di essersi autocalunniato nel famoso interrogatorio di cui abbiamo visto addirittura i filmati in televisione, a Porta a Porta e non. Confessione che poi si è rivelata falsa infatti è stata ritrattata, quindi se confessi un delitto che hai fatto finisci in galera per quel delitto, se confessi un delitto che non hai fatto resti in galera perché ti sei autocalunniato.
Naturalmente il reato di autocalunnia, l'ha spiegato bene Bruno Tinti su La Stampa, presuppone come tutti i reati il dolo, cioè presuppone che uno si autocalunii appositamente per mandare in galera se stesso e per depistare le indagini. Ma dato che di fessi che si autoaccusano di un reato così grave, tra l'altro... che se ti porta in galera hai finito di vivere anche in galera perché il detenuto accusato di molestie sessuali e di stupri, vi assicuro, rimpiange di non aver ammazzato qualcuno o di non avere fatto qualche strage; rischia di subire lo stesso trattamento, in carcere, sapete bene com'è l'ambiente carcerario.
Il rumeno ha sempre qualcosa da nascondere
Ecco, se uno si autoaccusa di un delitto così orrendo, finisce in galera in base a quello che ha detto lui di se stesso e non è proprio pazzo – e qui pazzi non ne abbiamo – allora può darsi che lo abbia fatto o perché l'hanno picchiato e costretto a confessare, che è quello che sostiene lui, oppure perché qualcuno molto feroce che ce l'ha in pugno lo ha costretto ad autoaccusarsi per coprire lui.
In entrambi i casi il tizio avrebbe agito sotto costrizione, avrebbe agito per causa di forza maggiore, per stato di necessità, quindi assolutamente senza il dolo e la volontà di commettere quel reato. Quindi non c'è autocalunnia.
Dopodiché ne aggiungono ancora un pezzo e dicono che ha pure calunniato i poliziotti rumeni, che l'avevano interrogato prima che si accendessero le telecamere e che venisse interrogato dai poliziotti italiani, perché aveva sostenuto che in quel primo interrogatorio davanti ai poliziotti suoi connazionali era stato picchiato e intimidito duramente.
Naturalmente picchiato nelle parti molti, che non si vedono, che non lasciano tracce e lividi. Anche se poi il questore, bontà sua, disse “beh effettivamente presenta alcuni arrossamenti sul collo”.
In ogni caso è stato accusato anche – il famoso biondino – di avere calunniato oltre che se stesso anche i rappresentanti della polizia rumena e per questo è rimasto in galera. Ora, è vero che esistono alcuni casi nei quali la gente finisce in galera anche per calunnia – il famoso caso del falso pentito di mafia Pellegriti che Falcone arrestò perché ritenne che le accuse che lanciava a Salvo Lima e ad altri politici sui grandi delitti di mafia fossero false. Lo stesso accadde a Milano nel 1996-1997 quando furono arrestati due sottufficiali dei Carabinieri, i famosi Strazeri e Corticchia, che avevano testimoniato a Brescia sostenendo di avere le prove del complotto del Pool di Milano, da Di Pietro a Davigo a Colombo, contro il povero Berlusconi; poi si scoprì che erano due peracottari che raccontavano un sacco di fregnacce e che avevano addirittura avuto dei vantaggi dopo avere raccontato quelle fregnacce, visto che erano in contatto con ambienti della Fininvest, e allora furono arrestati.
Ma voi capite che quando uno si inventa un complotto ai danni di un presidente del Consiglio o quando uno si inventa che dei politici siano dei mandanti di omicidi e poi non è vero niente, capite che si tratta di grandi operazioni di depistaggio. Anche Igor Marini fu arrestato per calunnia. Accidenti, era un tale calunniatore che addirittura era arrivato al punto di inventarsi la tangente Telekom Serbia a Prodi!
Stiamo parlando di grandi calunnie; qui cosa volete che sia? E' uno che dice “sono stato io” o “la polizia mi ha picchiato”: si può mai pensare che uno rimanga in galera per un delitto così fumoso, improbabile, ridicolo e poco pericoloso? L'abbiamo capito, non sei stato tu, basta. Ti mettiamo fuori. Questo sarebbe successo – è la mia opinione – se questi due signori fossero stati degli italiani; non dico dei politici italiani: degli italiani.
Il rumeno ha sempre qualcosa da nascondere o da farsi perdonare, quindi rimangono in galera anche se nel frattempo è saltata anche l'accusa a uno dei due per l'altro stupro, quello di Primavalle, e anche se nel frattempo sono stati arrestati altri due rumeni di cui si dice che sono i colpevoli veri!
Noi abbiamo contemporaneamente in galera i presunti colpevoli veri e i sicuri colpevoli falsi.
La cosa stupefacente non è che tengano in galera qualcuno che non c'entra niente, perché per fortuna abbiamo vari gradi di ricorso e prima poi il Tribunale della Libertà, il Riesame, la Cassazione farà giustizia. La cosa paradossale è che non protesta nessuno! Non si leggono editoriali, salvo rarissimi casi, e devo dire abbastanza bipartisan: è intervenuto l'avvocato Ghedini, è intervenuto l'avvocato Calvi, cioè l'avvocato di Berlusconi e quello di D'Alema a dire “ma come vi viene in mente di tenere dentro questa gente?”.
Per il resto, silenzio. Non ho visto dei Porta a Porta col plastico di Primavalle: ho visto dei Porta a Porta che invece tendevano a dimostrare che il tizio, anche se aveva ritrattato la confessione, comunque non aveva motivo di ritrattare e bisognava credere alla confessione. E' uno strano modo di ragionare, se si pensa che invece per quanto riguarda l'avvocato Mills tutti credono alla ritrattazione e non alla confessione, eppure Mills non l'aveva picchiato nessuno quando scrisse la famosa lettera al suo commercialista per dire di avere avuto 600.000 dollari da Mr cioè da Berlusconi, in cambio delle sue testimonianze false o reticenti nei processi milanesi alla Guardia di Finanza e di All Iberian.
Quindi, se Mills confessa per iscritto al suo commercialista in una lettera che mai è destinata a essere pubblicata e poi conferma quella lettera quando i magistrati di Milano lo convocano e poi la smentisce dopo che probabilmente qualcuno gli ha detto di smentirla, tutti credono alla smentita anche sei poi Mills viene condannato ma nessuno lo dice; dall'altra parte, se un rumeno in strane serie di interrogatori, con certi arrossamenti, confessa un delitto che poi si scopre sicuramente non essere suo allora bisogna continuare a credere alla confessione.
C'è chi pagherebbe per vendersi
E' molto pericolosa la deriva verso cui stiamo andando, perché dimostra i danni devastanti che fa un certo clima misto a certe riforme in arrivo. Ne abbiamo parlato, è la riforma che stacca il pubblico ministero dalla polizia giudiziaria. Non è ancora in vigore, ma come voi ben sapete in Italia c'è chi pagherebbe per vendersi; questo lo diceva Victor Hugo ma penso che sia il motto nazionale: c'è un tale conformismo e una tale corsa sul carro dei vincitori che qualcuno tende sempre ad anticipare, addirittura, le riforme che non sono state ancora fatte.
Pensate soltanto a quello che accadde alla procura di Palermo, ai tempi del procuratore Grasso, quando furono eliminati con una specie di “pulizia etnica” i cosiddetti caselliani, i magistrati ritenuti troppo vicini all'ex procuratore Caselli. In realtà non era perché erano amici di Caselli, ma perché avevano condotto i grandi processi ai politici per i rapporti fra mafia e politica; chi si occupava del processo Andreotti, del processo Contrada, del processo Tannino e del processo Dell'Utri soprattutto furono completamente emarginati, furono esclusi da quel circuito di circolazione delle notizie che deve essere la regola principale dei Pool antimafia, per legge, prima ancora che passasse la legge Castelli-Mastella, Castella, Mastelli che affidava al procuratore capo una specie di diritto di vita e di morte su tutta l'attività della procura. Cioè, rifaceva delle procure delle piramidi con un vertice mentre prima il potere delle procure era diffuso e in capo a ogni sostituto procuratore.
Pensate a quello che è accaduto a Catanzaro, dove prima che entrasse in vigore questa riforma che verticalizza le procure e da tutto in mano ai capi, un procuratore capo – Lombardi – e un procuratore generale – Favi – hanno tolto le famose indagini a De Magistris, anticipando le riforme.
Adesso ne sta arrivando un'altra; l'ha firmata Alfano ma potete immaginare chi l'ha scritta: è quella che espropria il pubblico ministero del potere di prendere le indagini e di dirigere la polizia giudiziaria.
Lo dice spesso Berlusconi: il pubblico ministero deve diventare l'avvocato dell'accusa, cioè la longa manus della Polizia. La polizia fa le indagini, il pubblico ministero non può metterci becco e quando la polizia le ha finite il PM va in aula a sostenere l'accusa contro quelli che la polizia, i Carabinieri o la Guardia di Finanza gli hanno impacchettato.
Pensate a tutti quelli che le forze di Polizia non impacchetterebbero più, visto che dipendono dal governo. E pensate a tutte le indagini a cui non avremmo più possibilità di accedere proprio perché il magistrato di sua iniziativa non potrà più farle, dovrà aspettare che le faccia la Polizia che dipende dal governo.
Rischiamo grosso
Contro questa riforma, che è eversiva in un Paese come l'Italia dove la politica va dappertutto, l'associazione degli studiosi del processo penale diretta da tre avvocati, Amodio, Giarda e Illuminati, hanno espresso “perplessità e preoccupazione di fronte alla elisione del vincolo funzionale fra il rappresentante dell'accusa e la polizia giudiziaria, anche sotto il profilo di legittimità costituzionale”.
Dicono che è incostituzionale, questa porcheria. E poi dicono che “questo orientamento ribalta completamente la prospettiva recepita dal nostro codice, ponendo numerosi interrogativi anche sul piano dell'efficienza del lavoro investigativo. Non foss'altro, perché affida a un organo dipendente all'Esecutivo – cioè la Polizia – l'iniziativa investigativa e le consequenziali scelte di indirizzo”.
Sono parole un po' tecniche per dire che rischiamo grosso togliendo la polizia dal controllo della magistratura e lasciandola esclusivamente sotto la direzione del governo, e i risultati li stiamo vedendo proprio in questi giorni quando una parte della magistratura, quella più servile, si è già messa a fare l'avvocato della Polizia.
La Polizia ti dice che lo stupro della Caffarella è stato fatto da quei due, Racz e Loyos? Perfetto, senza star lì a discutere quelli vengono ficcati dentro e una volta dentro devono rimanere dentro, un'accusa vale l'altra; l'importante è che restino lì per non smentire la Polizia.
Ma quando mai il magistrato deve adagiarsi supinamente sulle tesi delle forze dell'ordine? Le forze dell'ordine fanno il loro giusto e sacrosanto lavoro, ma poi la magistratura deve raffinarlo, verificarlo e spesso deve calmare le forze di Polizia dicendo “attenzione, c'è questo, questo e quest'altro”.
Pensate a quello che è successo per gli altri stupri: qui non c'è uno stupro, di quelli avvenuti a Roma, di cui si sia venuto a capo. Adesso si scopre pure che lo stupro di Capodanno forse non era nemmeno uno stupro, ma un tentativo di rapporto consenziente fra due ragazzi che erano pieni di droga e alcool, talmente pieni che non sono riusciti nemmeno ad avere un rapporto, per cui poi è successa una rissa e il maschio ha picchiato la ragazza.
Cosa deplorevolissima, naturalmente, ma non è uno stupro; tant'è che il tizio che era stato messo ai domiciliari ora è tornato pure a casa perché non ha fatto uno stupro.
E stanno crollando quasi tutte queste indagini fatte negli ultimi mesi sull'onda dell'emozione, con il governo che spingeva per dimostrare una risposta immediata ai cittadini, la Polizia che assecondava il governo e la magistratura che assecondava la Polizia.
E dov'è il controllo terzo, imparziale della magistratura? Ci sarebbe ancora, perché non l'hanno ancora abolito per legge, ma c'è già chi ne fa a meno, chi fa come se non ci fosse più il dovere della magistratura di un controllo imparziale.
Come con Genchi e De Magistris
Guardate che la stessa identica cosa sta avvenendo con i casi che ormai conosciamo abbastanza bene di Gioacchino Genchi e De Magistris.
La procura di Roma ha sempre avvertito questa vicinanza con il potere politico: ci lavorano splendidi magistrati alla procura di Roma, ma anche qualcuno che evidentemente avverte certi venticelli dei palazzi del potere vicini. E guardate cos'è successo con Genchi: la procura di Salerno, competente a indagare sulle attività di Genchi e De Magistris a Catanzaro, aveva già stabilito con una richiesta di archiviazione per De Magistris, che tutta la faccenda del telefonino di Mastella non conteneva reati perché loro non sapevano niente sulla titolarità di quel telefonino fino a che non hanno ricevuto i tabulati.
Allora cos'è successo? Che il Ros dei Carabinieri, non essendo riuscito a far passare le proprie accuse a Genchi e indirettamente a De Magistris, presso la procura di Salerno è andata a cantare in un altro cortile, a Roma e alla procura di Roma hanno aperto un duplicato dell'indagine di cui a Salerno si era già chiesta l'archiviazione, e hanno incriminato Genchi per quei due reati ridicoli che abbiamo descritto la settimana scorsa.
Adesso, nel giorno in cui De Magistris annuncia la sua candidatura alle europee nell'Italia dei Valori, il mattino c'è la conferenza stampa con Di Pietro, al pomeriggio escono le agenzie con la notizia che De Magistris è iscritto dalla procura di Roma nel registro degli indagati.
Naturalmente se si fosse trattato di Berlusconi o di un suo uomo, apriti cielo! Ma come, al mattino annuncio la candidatura e al pomeriggio fai sapere che sono iscritto nel registro degli indagati? E' giustizia a orologeria, avrebbero detto quelli là. Noi non lo diciamo perché non siamo quelli là.
Segnalo, però, che l'iscrizione nel registro degli indagati è uno dei pochi atti segreti. Non l'avviso di garanzia, non l'invito a comparire, non il mandato di perquisizione, il mandato di arresto, il mandato di sequestro. Quelli sono tutti atti pubblici, ma l'iscrizione sul registro degli indagati è un atto segreto; dopodiché a volte i giornalisti lo vengono a sapere, ben venga... possibile che siano venuti a saperlo proprio il pomeriggio dell'annuncio della candidatura?
Abbiamo anche dei giornali che ignorano la consecutio temporum, come questo che titola: “Il PM è indagato e Di Pietro lo candida”.
In realtà la consecutio temporum esatta è: Di Pietro lo candida e la procura di Roma annuncia che è indagato, perché questa è la reale consecutio.
Dopodiché tutti si possono sbizzarrire dicendo che ci sono quei fanatici di Travaglio, Grillo e tutti gli altri che hanno sempre detto che non si devono candidare gli indagati.
Attenzione, siamo seri: se io volessi impedire a chicchessia di essere candidato, presenterei denunce in tutte le procure d'Italia nei confronti di tutti quelli che so che vogliono candidarsi. Nove su dieci, chi viene denunciato viene iscritto come atto dovuto nel registro degli indagati e quindi potrei dire “quello è indagato, non si deve candidare”. Nessuno di noi ha mai sostenuto una sciocchezza del genere, abbiamo sostenuto che se ci sono dei rinvii a giudizio, delle condanne, sarebbe bene farsi da parte; se ci sono delle condanne definitive sarebbe bene che ci fosse una legge che impedisce la candidatura; se uno è indagato bisogna andare a vedere per che cosa lo è.
Potrebbe essere indagato per avere fatto un blocco ferroviario per bloccare un treno che portava delle armi, per esempio: è un reato ma non c'è nulla di indecente moralmente, stiamo parlando di altro.
Il complice De Magistris
Qui di che cosa si tratta? L'indagine su De Magistris è abuso d'ufficio e interruzione di pubblico servizio, non per avere bloccato un'autostrada o una ferrovia. Sapete qual è la colpa di De Magistris? Pensate a come una parte della magistratura ormai va incontro ai desiderata del potere politico nel giorno giusto e nel momento giusto: l'accusa nasce dalla denuncia della procura di Catanzaro contro quella di Salerno che aveva fatto la famosa perquisizione ai magistrati di Catanzaro, e i magistrati di Catanzaro appena indagati e perquisiti da quelli di Salerno avevano contro sequestrato le carte che gli avevano portato via e avevano incriminato, senza avere nessuna competenza per farlo, i loro colleghi di Salerno per abuso d'ufficio e interruzione di pubblico servizio.
L'interruzione di pubblico servizio era dovuta al fatto che quelli di Salerno gli avevano preso l'originale del fascicolo Why Not, impedendo a quelli di Catanzaro di proseguire nelle indagini, che peraltro languivano da mesi e che sarebbero rimaste bloccate uno o due giorni, il tempo di fare le fotocopie e di restituirlo ai titolari dell'indagine.
In ogni caso i magistrati di Salerno vengono denunciati da quelli di Catanzaro per avere fatto quella perquisizione e avere interrotto quell'importantissimo pubblico servizio.
A questo punto, dato che la procura di Catanzaro è incompetente a fare quella iscrizione nel registro degli indagati, l'inchiesta passa poi alla procura competente, che è quella che deve occuparsi degli eventuali reati commessi a Salerno ed è quella di Napoli.
Ma quella di Napoli non può occuparsene perché nel frattempo il CSM ha trasferito De Magistris proprio a Napoli, allora si va nella procura competente a giudicare i magistrati di Napoli, cioè Roma. Ma anche quella di Roma non è competente, perché a Roma lavorano due dei tre magistrati di Salerno che il CSM nel frattempo ha trasferito per avere fatto la perquisizione a Catanzaro, la dottoressa Nuzzi e il dott. Verasani.
Allora, da Roma questa indagine passerà a Perugia, questa è l'indagine: perché c'è dentro De Magistris? Perché è stato De Magistris, con le sue denunce nei confronti dei colleghi di Catanzaro, a innescare quell'indagine che poi ha portato i magistrati di Salerno a fare la perquisizione a Catanzaro. Anche De Magistris è complice dei magistrati di Salerno per essere poi andati a Catanzaro a portar via le carte di Why Not interrompendo il pubblico servizio.
Questo è il reato che gli viene contestato: “Indagato, eppure lo candidano lo stesso”...
Per essere andato a Salerno a difendere il lavoro che lui riteneva buono – poi nessuna sa se era buono o se era cattivo perché non gli hanno fatto concludere le indagini – e segnalato, com'era suo dovere, gli insabbiamenti e gli ostacoli che aveva incontrato presso i colleghi e i superiori di Catanzaro, De Magistris è indagato.
Quante possibilità ci sono che venga processato per delle cose così assurde? Ecco perché noi siamo sempre affezionati alle carte, ai fatti: perché bisogna grattare dietro la parola “indagato” e andare a vedere cosa c'è. Se fosse indagato perché l'han beccato in un'intercettazione mentre parla con un mafioso, basterebbe e avanzerebbe l'iscrizione nel registro degli indagati per rendere inopportuna la sua candidatura; ma visto che è indagato per quello che vi ho detto, probabilmente avere difeso il proprio lavoro non è una cosa – anche se costituisse reato, cosa di cui dubito – sia infamante e incompatibile con una candidatura.
In ogni caso, resta il problema che dicevo prima: ci sono magistrati della procura più importante d'Italia che tengono in galera gente che non ha commesso lo stupro del il quale erano stati arrestati, continua a tenerli in galera anche se sono stati arrestati i presunti colpevoli veri e nello stesso tempo attiva e comunica, anche violando i segreti, indagini nei confronti di persone che sono entrate nel mirino di tutta la politica, come Genchi e De Magistris, che se avessero commesso dei fatti riprovevoli giustamente dovrebbero essere perseguiti, ma come abbiamo visto vengono accusati di reati molto strani, fumosi di cui non si vede dove sia la consistenza mentre si vede dove sta l'interesse nel colpirli con indagini per poi poter dire “sono indagati”.
L'uno per evitare che gli vengano conferiti ancora degli incarichi di consulenza, l'altro per evitare che possa fare la sua campagna elettorale come è suo diritto.
Ultima cosa, e poi mi taccio: avrete notato che sono stati arrestati i “veri” colpevoli, così ci è stato detto, dello stupro della Caffarella, altri due romeni, e sono stati arrestati come? Con metodi tradizionali, quelli di Maigret e del questore Caruso? No, sono stati arrestati grazie a un incrocio complicatissimo di tracce telefoniche, tabulati telefonici, schede che passano da cellulare a cellulare, a partire dalla scheda dei telefoni che sono stati rubati ai due ragazzini durante il famigerato stupro. Schede che poi hanno cambiato vari titolari, vari cellulari... alla fine si è arrivati al mercato nero dove erano stati rivenduti e ricettati e si è riusciti a risalire a chi poi li aveva comprati, venduti e infine si è arrivati a scoprire, si spera, i veri stupratori della Caffarella.
Questo metodo di lavoro, incrociare i dati telefonici, i tabulati e le intercettazioni, vi ricorda qualcuno? Vi ricorda qualcosa? A me ricorda il metodo Genchi. Mi ricorda il famigerato metodo Genchi, che quando viene usato nei confronti dei rumeni va benissimo, applausi a scena aperta; quando viene usato nei confronti dei politici apriti cielo!
Passate parola."
Amor deteriorado por el Tormento
Inmoralidad flotando en el espacio
El combate terminado
Infame pasa el tiempo
PRIMER ARTICULO DE PRENSA QUE EMPLEO' LA PALABRA "GRAFFITI" EN LA HISTORIA DE NUESTRA CULTURA. "Semi-Retired Graffiti Scrawlers Paint Mural at C.C.N.Y. 133" David Shirley. The New York Times. December 8, 1972
En NYC, nosotros los que empezamos a ESCRIBIR nombres en 1970,
llamabamos lo que haciamos WRITIN'.
Jamas llamamos lo que haciamos "graffiti."
Esa infame y denigranbte palabra "g" fue el bautizo que el periodico New York Times le aplico a nuestro arte y Cultura con este articulo en el 1972.
"Graffiti" es el plural del italiano ""graffito," lo cual traducido al Espan~ol, es "garabatos" o "rayones."
Como se evidencia en las miles de imagenes que existen del WRITIN' de la ESCUELA ORIGINAL DE NUEVA YORK (antes del Old Skool), nosotros haciamos MASTERPIECES, u obras maestras en los subways.
Es mi planteamiento que si esta Cultura hubiese sido inventada por jovenes de apellidos como Trump, Rockefeller, Bloomberg o Kennedy, entonces el New York Times le hubiese dado a la misma una titulo mas formal, algo asi como "avant garde-pop art."
Pero como esta Cultura fue inventada y popularizada por jovenes, hijos de la clase trabajadora con apellidos como Rodriguez, Dent, Ramirez y Hernandez, pues ese pilar del racismo en la sociedad de USA, el mundo del arte, tenia que denigrar la nueva Cultura inventada NO por los hijos de la burgesia norteamericana.
MICO LATIN PRIDE
Er Cane e la Luna
C’era ‘na vorta un Cane, in mezzo a un vicolo,
che abbajava a la Luna. Passò un Gatto.
Lasciala perde! - disse. - Che t’ha fatto?
Perché te guarda? Quanto sei ridicolo!
La luna guarda tutti, ma nun bada
a quelli che s’ammazzeno pe’ strada.
E pe’ questo ce sformo! - disse er Cane. -
In mezzo a tante infamie e a tanti guai,
ecchela lì! Nun s’è cambiata mai
e rimane impassibbile, rimane…
Me piacerebbe ch’aggricciasse er naso,
che stralunasse l’occhi…Nun c’è caso!
Perché ’ste cose qui l’ha viste spesso:
rispose er Gatto - er monno è sempre quello.
Quanno Caino sbudellò er fratello
la Luna rise tale e quale adesso:
ha riso sempre e riderà perfino
se un giorno Abele scannerà Caino…
Trilussa (Carlo Alberto Salustri, Roma, 26.10.1871 – 21.12.1950)
Fundada en 1976 por alumnos y frailes Agustinos.
El 13 de julio del año 1976 se aprueban los Estatutos de la Hermandad. La primera salida procesional se realizó el 8 de abril de 1977,como invitados de la Sangre de Cristo en la Procesión del Santo Entierro de Zaragoza. Es la única cofradía de Zaragoza que no es filial de la Sangre de Cristo. El domingo de Resurrección de ese mismo año se realizó la primera procesión de Pascua por el interior del Colegio de San Agustín , todavía sin imágenes.
Ese mismo año se crea la sección de instrumentos: tambores, timbales y bombos. En 1989 se añaden cornetas y heraldos a la sección.
En sus orígenes todas las secciones de la Hermandad llevaban cubierto el rostro mediante capirote o tercerol indistintamente, excepto la de instrumentos que llevaba tercerol exclusivamente. En 1980 se acordó definitivamente que todos los hermanos portasen tercerol.
El Domingo de Resurrección de 1979 se realizó el primer Encuentro delante de la Basílica de Santa Engracia, donde se encontraron Cristo Resucitado con una Virgen propiedad de dicha Basílica.
El Jueves Santo de 1981 procesionó por primera vez la imagen de la Virgen de la Esperanza y del Consuelo en un Vía Crucis junto a la Cofradía de Jesús Camino del Calvario. El Domingo de Resurrección de dicho año fue la primera vez que realiza el Encuentro Glorioso en la Plaza del Pilar, donde se encontraron la Virgen de la Esperanza, en procesión desde el Convento de San Agustín (Hnas. Agustinas), con el Cristo Resucitado, desde el Colegio de los PP. Agustinos. En el momento del encuentro los hermanos se descubren el rostro como signo de alegría y gozo por la Resurrección del Señor, volviendo de esta forma hasta el Colegio de San Agustín. Este acto se repitió en esta forma hasta el año 1.984, en que fueron invitados a colaborar con el Arzobispado en la celebración de la Vigilia Pascual en la Basilica del Pilar, estando presente la Imagen del Cristo Resucitado y presidida por el Excmo. Arzobispo de Zaragoza. Al tener el gran honor de poder pernoctar el Cristo Resucitado dentro de la Basílica, se realizaron los cambios procesionales necesarios para poder celebrar el Encuentro Glorioso, en la Plaza del Pilar el Domingo de Resurrección a mediodía.
En 1990, se incorpora la Imagen del Cristo del Buen Amor; la primera vez salió a la calle para celebrar un Vía Crucis el Viernes de Dolor. Posteriormente, este Via Crucis se realiza por el interior de la Iglesia Parroquial de Santa Rita de Casia con la colaboración de todos los grupos parroquiales. Dejando su salida procesional en Peana a hombros de 8 hermanos y hermanas el Jueves Santo.
Esta Hermandad, estrena en la Semana Santa del año 2003 una nueva Cruz Inmemorian.
SEDE CANONICA: Iglesia de Sta. Rita de Casia (PP Agustinos).
PASOS: Sacan procesionalmente dos pasos Cristo Resucitado (1977) y Nuestra Sra. de la Esperanza (1981), realizados por D. Jorge Albareda.
Paso del Cristo Resucitado. Dimensiones: 3 m.x 2 m. Procesiona sobre ruedas empujado por 10 hermanos (hombres). Peso aprox. desconocido. Lleva grecas de tipo neoclásico muy sencillas, y faldas de terciopelo azul desde las grecas hasta el suelo. Lleva 4 faroles dorados, con cristales translúcidos, en los que se ha grabado el escudo de la Hermandad. Cuatro barras doradas sirven para empujar el paso.
La imagen del Cristo Resucitado fue tallada por Jorge Albareda en el año 1978. Mide 2,5 metros, es de madera de cedro finlandés ligeramente policromada, y representa a Nuestro Señor en actitud de elevarse hacia los cielos, con los brazos ligeramente extendidos y mirando hacia arriba.
Paso de Nuestra Señora de la Esperanza. Dimensiones: 3 m.x 2 m. Procesiona empujado por 10 hermanas (mujeres). Al igual que el anterior, tiene unas sencillas grecas y un farol plateado - de 3 brazos - en cada una de las cuatro esquinas. También lleva faldas, del mismo color azul que las del Paso del Cristo. Cuatro barras, en este caso plateadas, sirven para empujar el paso.
La imagen de Nuestra Señora de la Esperanza y del Consuelo, también tallada por Jorge Albareda, data del año 1980. Es de madera policromada, y representa a una mujer de unos 40 años -la Virgen- caminando con los brazos abiertos y con un gesto de dulzura en el rostro.
Peana del Cristo del Buen Amor. Es llevada a hombros por 8 hermanas/os. Sobre un soporte metálico se levanta el armazón de madera (que sostiene al Cristo Crucificado), decorado con grecas sencillas y faldas de terciopelo azul. Las dos barras que sirven para portar la peana, provistas de 8 almohadillas, se apoyan en los hombros de los portadores/as. Un pequeño foco halógeno ilumina el rostro del Crucificado.
El Cristo del Buen Amor es una imagen, de autor desconocido, que probablemente date de los años 30, época en la que fue fundado el Colegio de San Agustín. Es de dimensiones reducidas (1,5 metros) y representa a Cristo crucificado.
ANAGRAMA: Formado por las letras H, C y R, iniciales de Hermandad de Cristo Resucitado, en color azul. Alrededor, en forma de orla, aparece la inscripcion: "Santa Maria de la Esperanza y del Consuelo-Zaragoza", bordada en color amarillo. Se remata el conjunto con una cruz de color marron, de donde surgen rayos dorados. Simboliza la cruz desnuda que recibe los rayos del sol en el alba del Domingo de Pascua y nos recuerda la Resurreccion del Señor.
La Real Hermandad de Cristo Resucitado decidió, en Capítulo General celebrado el pasado diciembre, la sustitución de su escudo. El nuevo diseño está compuesto por una cruz florenzada radiante en color oro, timbrada por la corona real española, sobre cuya cruceta se entrecruzan las iniciales H, C, R (de Hermandad de Cristo Resucitado), formando un anagrama de diseño curvo de color azul. A los pies de la cruz, en una cinta, aparece el lema “Resurrexit sicut dixit” (Lc 21, 40). Tanto la cruz radiante como el versículo bíblico aluden a la Resurrección del Señor, tras la cual, la cruz pasó de ser infamante instrumento de tortura a ser signo glorioso de Redención. Desde ella irradia la luz de Cristo que “libra de la tiniebla que cubría el orbe entero” (de la liturgia de la Vigilia Pascual). La corona real cerrando el escudo por la parte superior recuerda el título de Real concedido el 18 de diciembre de 2001 por S.M. D. Juan Carlos I.
HABITO: Visten túnica blanca, cíngulo blanco y tercerol azul claro.
ESTANDARTE: Es de raso blanco bordado con hilos de seda y oro, fue realizado en 1977 por algunas hermanas, para lo que aprovecharon bordados procedentes de una bandera que se encontraba en el Colegio de San Agustin y que debia de ser de los años 40.
En 1994 se cambio la tela y se restauro.
En su anverso figura el anagrama de la Hermandad y en el reverso el escudo de San Agustin y la inscripcion: "PP. Agustinos - 1977".
ATRIBUTOS: Guion (Hermanas de la Hermandad 1977), Cruz guia (1983), Guion de la Virgen (Hermanas de la Hermandad 1983), Guion de tambores (Hermanas de la Hermandad 1984), Pebeteros (2) (1985, Cruz In-memorian (Jose Felez, 1985 y reformada por Marzal-Sierra 20034), Mazas de cierre (4) (Talleres Juste 1991), Cetros (8) (Arte Religioso "El Angel" Madrid 2002), Reposteros (7) (Hermanas de la Hermandad 1988).
Más sobre la Semana Santa de Zaragoza, en mi web: www.capirotesyterceroles.com
English
Rafael Bordalo Pinheiro (21 March 1846 - 23 January 1905) was a Portuguese artist known for his illustration, caricatures, sculpture and ceramics designs, and is considered the first Portuguese comics creator.
Life
He was a disciple of his father, the painter Manuel Maria Bordalo Pinheiro, and brother of painter Columbano and mother D. Maria Augusta do Ó Carvalho Prostes. He started publishing illustrations and caricatures in humoristic magazines such as A Berlinda and O Calcanhar de Aquiles, frequently demonstrating a sarcastic humour with a political or social message.
In 1875 he travelled to Brazil to work as an illustrator and cartoonist for the publication Mosquito (and later,another publication called O Besouro), which was also employing the Italian/Brazilian illustrator Angelo Agostini, until then the unrivaled cartooning authority of Brazil. Pinheiro eventually became editor of other humorous, politically critical magazines. His fame as a caricaturist led the Illustrated London News to become one of his collaborators.
In 1875, Bordalo Pinheiro created the cartoon character Zé Povinho, a Portuguese everyman, portrayed as a poor peasant. Zé Povinho became, and still is, the most popular character in Portugal.
In Zé Povinho, as in his other works, Bordalo Pinheiro's drawing style was innovative and influential, making extensive use of onomatopoeia, graphical signs (such as those to used represent movement), strong images (the manguito), and his unique style of mixing punctuation marks, such as brackets, with drawing.
In 1885, he founded a ceramics factory in Caldas da Rainha, where he created many of the pottery designs for which this city is known. The factory is still in business.
Português
Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro (Lisboa, 21 de Março de 1846 — 23 de Janeiro de 1905) foi um artista português, de obra vasta dispersa por largas dezenas de livros e publicações, precursor do cartaz artístico em Portugal, desenhador, aguarelista, ilustrador, decorador, caricaturista político e social, jornalista, ceramista e professor. O seu nome está intimamente ligado à caricatura portuguesa, à qual deu um grande impulso, imprimindo-lhe um estilo próprio que a levou a uma visibilidade nunca antes atingida. É o autor da representação popular do Zé Povinho, que se veio a tornar num símbolo do povo português. Entre seus irmãos estava o pintor Columbano Bordalo Pinheiro.
O Museu Rafael Bordalo Pinheiro, em Lisboa, reúne a sua obra.
Biografia
Nascido Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro , filho de Manuel Maria Bordalo Pinheiro (1815-1880) e D. Maria Augusta do Ó Carvalho Prostes, em família de artistas, cedo ganhou o gosto pelas artes. Em 1860 inscreveu-se no Conservatório e posteriormente matriculou-se sucessivamente na Academia de Belas Artes (desenho de arquitectura civil, desenho antigo e modelo vivo), no Curso Superior de Letras e na Escola de Arte Dramática, para logo de seguida desistir. Estreou-se no Teatro Garrett embora nunca tenha vindo a fazer carreira como actor.
Em 1863, o pai arranjou-lhe um lugar na Câmara dos Pares, onde acabou por descobrir a sua verdadeira vocação, derivado das intrigas políticas dos bastidores.
Desposou Elvira Ferreira de Almeida em 1866 e no ano seguinte nasceu o seu filho Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro.
Começou por tentar ganhar a vida como artista plástico com composições realistas apresentando pela primeira vez trabalhos seus em 1868 na exposição promovida pela Sociedade Promotora de Belas-Artes, onde apresentou oito aguarelas inspiradas nos costumes e tipos populares, com preferência pelos campinos de trajes vistosos. Em 1871 recebeu um prémio na Exposição Internacional de Madrid. Paralelamente foi desenvolvendo a sua faceta de ilustrador e decorador.
Em 1875 criou a figura do Zé Povinho, publicada n'A Lanterna Mágica. Nesse mesmo ano, partiu para o Brasil onde colaborou em alguns jornais e enviava a sua colaboração para Lisboa, voltando a Portugal em 1879, tendo lançado O António Maria.
Experimentou trabalhar o barro em 1885 e começou a produção de louça artística na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.
Faleceu a 23 de Janeiro de 1905 em Lisboa, no nº 28 da rua da Abegoaria (actual Largo Raphael Bordallo-Pinheiro), no Chiado, freguesia do Sacramento, em Lisboa.
O desenhador
Raphael Bordallo-Pinheiro deixou um legado iconográfico verdadeiramente notável,tendo produzido dezenas de litografias. Compôs inúmeros desenhos para almanaques, anúncios e revistas estrangeiras como El Mundo Comico (1873-74), Ilustrated London News, Ilustracion Española y Americana (1873), L'Univers Illustré e El Bazar. Fez desenhos em álbuns de senhoras, foi o autor de capas e de centenas de ilustrações em livros, e em folhas soltas deixou portraits-charge de diversas personalidades. Começou a fazer caricatura por brincadeira como aconteceu nas paredes dos claustros do edifício onde dava aulas o Professor Jaime Moniz, onde apareceram, desenhados a ponta de charuto, as caricaturas dos mestres. Mas é a partir do êxito alcançado pel'O Dente da Baronesa (1870), folha de propaganda a uma comédia em 3 actos de Teixeira de Vasconcelos, que Bordalo entra definitivamente para a cena do humorismo gráfico.
Dotado de um grande sentido de humor mas também de uma crítica social bastante apurada e sempre em cima do acontecimento, caricaturou todas as personalidades de relevo da política, da Igreja e da cultura da sociedade portuguesa. Apesar da crítica demolidora de muitos dos seus desenhos, as suas características pessoais e artísticas cedo conquistaram a admiração e o respeito público que tiveram expressão notória num grande jantar em sua homenagem realizado na sala do Teatro Nacional D. Maria II, em 6 de Junho de 1903 que, de forma inédita, congregou à mesma mesa praticamente todas as figuras que o artista tinha caricaturado.
Na sua figura mais popular, o Zé Povinho, conseguiu projectar a imagem do povo português de uma forma simples mas simultaneamente fabulosa, atribuindo um rosto ao país. O Zé Povinho continua ainda hoje a ser retratado e utilizado por diversos caricaturistas para revelar de uma forma humorística os podres da sociedade.
Foi ele que se fez "ouvir" com as suas caricaturas da queda da monarquia.
O ceramista
Tendo aceitado o convite para chefiar o setor artístico da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha (1884), aí criou o segundo momento de renovação da cerâmica Caldense. Raphael Bordallo-Pinheiro dedicou-se à produção de peças de cerâmica que, nas suas mãos, rapidamente, adquiriram um cunho original. Jarras, vasos, bilhas, jarrões, pratos e outras peças demonstram um labor tão frenético e criativo quanto barroco e decorativista, características, aliás, também presentes nos seus trabalhos gráficos. Mas Bordalo não se restringiu apenas à fabricação de loiça ornamental. Além de ter desenhado uma baixela de prata da qual se destaca um originalíssimo faqueiro que executou para o 3º visconde de S. João da Pesqueira, satisfez dezenas de pequenas e grandes encomendas para a decoração de palacetes: azulejos, painéis, frisos, placas decorativas, floreiras, fontes-lavatório, centros de mesa, bustos, molduras, caixas, e também broches, alfinetes, perfumadores, etc.
No entanto, a cerâmica também não poderia excluir as figuras do seu repertório. A par das esculturas que modelou para as capelas do Buçaco representando cinquenta e duas figuras da Via Sacra, Bordalo apostou sobretudo nas que lhe eram mais gratas: O Zé Povinho (que será representado em inúmeras atitudes), a Maria Paciência, a mamuda ama das Caldas, o polícia, o padre tomando rapé e o sacristão de incensório nas mãos, a par de muitos outros.
Embora financeiramente, a fábrica se ter revelado um fracasso, a genialidade deste trabalho notável teve expressão nos prémios conquistados: uma medalha de ouro na Exposição Colombiana de Madrid em 1892, em Antuérpia (1894), novamente em Madrid (1895), em Paris (1900), e nos Estados Unidos, em St. Louis (1904).
O Jornalista
Raphael Bordallo-Pinheiro destacou-se sobretudo como um homem de imprensa. Durante cerca de 35 anos (de 1870 a 1905) foi a alma de todos os periódicos que dirigiu quer em Portugal, quer nos três anos que trabalhou em terras brasileiras.
Semanalmente, durante as décadas referidas, os seus periódicos debruçaram-se sobre a sociedade portuguesa nos mais diversos quadrantes, de uma forma sistemática e pertinente.
Em 1870 lançou três publicações: "O Calcanhar de Aquiles", "A Berlinda" e "O Binóculo", este último, um semanário de caricaturas sobre espectáculos e literatura, talvez o primeiro jornal, em Portugal, a ser vendido dentro dos teatros. Seguiu-se o "M J ou a História Tétrica de uma Empresa Lírica", em 1873. Todavia, foi "A Lanterna Mágica", em 1875, que inaugurou a época da actividade regular deste jornalista "sui generis" que, com todo o desembaraço, ao longo da sua actividade, fez surgir e também desaparecer inúmeras publicações. Seduzido pelo Brasil, também aí (de 1875 a 1879) animou "O Mosquito", o "Psit!!!" e "O Besouro", tendo tido tanto impacto que, numa obra recente, intitulada "Caricaturistas Brasileiros", Pedro Corrêa do Lago lhe dedica diversas páginas, enfatizando o seu papel,,,,
"O António Maria", nas suas duas séries (1879-1885 e 1891-1898), abarcando quinze anos de actividade jornalística, constitui a sua publicação de referência. Ainda fruto do seu intenso labor, "Pontos nos ii" são editados entre 1885-1891 e "A Paródia", o seu último jornal, surge em 1900.
A seu lado, nos periódicos, estiveram Guilherme de Azevedo, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão, João Chagas, Marcelino Mesquita e muitos outros, com contributos de acentuada qualidade literária. Daí que estas publicações constituam um espaço harmonioso em que o material textual e o material icónico se cruzam de uma forma polifónica.
Vivendo numa época caracterizada pela crise económica e política, Raphael enquanto homem de imprensa soube manter uma indiscutível independência face aos poderes instituídos, nunca calando a voz, pautando-se sempre pela isenção de pensamento e praticando o livre exercício de opinião. Esta atitude granjeou um apoio público tal que, não obstante as tentativas, a censura nunca logrou silenciá-lo. E, todas as quintas-feiras, dia habitual da saída do jornal, o leitor e observador podia contar com os piparotes costumeiros, com uma crítica a que se juntava o divertimento. Mas como era natural, essa independência e o enfrentar dos poderes instituídos originaram-lhe alguns problemas como por exemplo o retirar do financiamento d'O António Maria como represália pela crítica ao partido do seu financiador. Também no Brasil arranjou problemas, onde chegou mesmo a receber um cheque em branco para se calar com a história de um ministro conservador metido com contrabandistas. Quando percebe que a sua vida começa a correr perigo, volta a Portugal, não sem antes deixar uma mensagem:
".... não estamos filiados em nenhum partido; se o estivéssemos, não seríamos decerto conservadores nem liberais. A nossa bandeira é a VERDADE. Não recebemos inspirações de quem quer que seja e se alguém se serve do nosso nome para oferecer serviços, que só prestamos à nossa consciência e ao nosso dever, - esse alguém é um infame impostor que mente." ( O Besouro, 1878)
O Homem e o Teatro
Com 14 anos apenas, integrado num grupo de amadores, pisou como actor o palco do teatro Garrett, inscrevendo-se depois na Escola de Arte Dramática que, devido à pressão da parte do pai, acabou por abandonar. Estes inícios — se revelaram que o talento de Raphael Bordallo-Pinheiro não se direccionava propriamente para a carreira de actor — selaram, porém, uma relação com a arte teatral que não mais abandonou.
Tendo esporadicamente desenhado figurinos e trabalhado em cenários, Raphael Bordallo-Pinheiro foi sobretudo um amante do teatro. Era espectador habitual das peças levadas à cena na capital, frequentava assiduamente os camarins dos artistas, participava nas tertúlias constituídas por críticos, dramaturgos e actores. E transpunha, semana a semana, o que via e sentia, graficamente, nos jornais que dirigia. O material iconográfico legado por Raphael Bordallo-Pinheiro adquire, neste contexto, uma importância extrema porque permite perceber muito do que foi o teatro, em Portugal, nessas décadas.
Em centenas de caricaturas, Raphael Bordallo-Pinheiro faz aparecer o espectáculo, do ponto de vista da produção: desenha cenários, revela figurinos, exibe as personagens em acção, comenta prestações e critica 'gaffes'. A par disso, pelo seu lápis passam também as mais variadas reacções do público: as palmas aos sucessos, muitos deles obra de artistas estrangeiros, já que Lisboa fazia parte do circuito internacional das companhias; as pateadas estrondosas quando o público se sentia defraudado; os ecos dos bastidores; as anedotas que circulavam; as bisbilhotices dos camarotes enfim, todo um conjunto de aspectos que têm a ver com a recepção do espectáculo e que ajudam a compreender o que era o teatro e qual o seu papel na Lisboa oitocentista.
OURO PRETO - Minas Gerais
A Cidade... pelas ruas da cidade.
A origem de Ouro Preto está no arraial do Padre Faria, fundado pelo Bandeirante Antônio Dias de Oliveira, pelo Padre João de Faria Fialho e pelo Coronel Tomás Lopes de Camargo e um irmão deste, por volta de 1698.
A cidade tem o nome de Ouro Preto devido a uma característica do mineral aqui encontrado na época: o ouro era escurecido por uma camada de paládio, dando-lhe tonalidade diferente da normal, com uma especial qualidade.
E o ouro começou a chegar em Portugal. Em 1697, o embaixador francês Rouillé menciona chegada de ouro "peruano", cita 115,2 quilos. Godinho, sem citar a fonte, menciona 725 quilos para 1699. E em 1701, a chegada de 1.785 quilos de ouro em Portugal, extraídos desta cidade.
Nenhum outro município brasileiro acumulou tantos fatos históricos relevantes à construção da memória nacional como este vasto município. Destacam-se, marcos importantes da história brasileira. Foi sede do movimento revolucionário conhecido como “Inconfidência Mineira”. Foi a primeira cidade brasileira a ser declarada pela UNESCO, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, no ano de 1980. A cidade de Ouro Preto também reúne um dos conjuntos mais homogêneos e completos de arte barroca do mundo.
DADOS:
1.Localização: Serra do Espinhaço - Zona Metalúrgica de Minas Gerais (Quadrilátero Ferrífero).
2.Ponto mais alto do município: Pico do Itacolomi, com 1.772 metros.
3.Distância de: Belo Horizonte (96 Km) - Rio de Janeiro (482 Km) - São Paulo (696 Km) - Brasília (860 Km) - Natal (2.444 Km)
4.Altitude: 1.179 metros.
5.População: 70.227 habitantes (IBGE -2010)
6.Clima: Úmido, característico das regiões montanhosas, com chuvas durante os meses de dezembro e março.
7.Temperatura média: Mínima 6º (Julho) - Máxima 28º (Janeiro) – Média anual 17º.
8.Rios: Nascente do Rio das Velhas, Piracicaba, Gualacho, Mainart e Ribeirão do Funil.
9.Datas Importantes:
24 de Junho de 1698 - Fundação do arraial, o Bandeirante Antônio Dias chegava na região.
08 de Julho de 1711 - Elevação à Vila (Vila Rica).
24 de Fevereiro de 1823 - Elevação à Cidade (Imperial Cidade de Ouro Preto).
1839 - Foi criado a Escola de Farmácia, a primeira da América do Sul.
12 de outubro de 1876 - A pedido de D. Pedro II do Brasil, Claude Henri Gorceix fundou a Escola de Minas em Ouro Preto. Esta foi a primeira escola de estudos mineralógicos, geológicos e metalúrgicos do Brasil, que hoje é uma das principais instituições de engenharia do País.
1897 - Ouro Preto perde o status de capital mineira.
12 de Julho de 1966 - Tombamento pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN).
05 de setembro de 1980 - Tombamento pela UNESCO (Monumento Mundial da Humanidade.)
10.Gentílico: Ouropretano.
NOTA:
Joaquim José da Silva Xavier - o Tiradentes (12/Nov.1746 - 21/Abr.1792), executado e esquartejado, ora se encontra a Praça Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro, com seu sangue se lavrou a certidão de que estava cumprida a sentença, tendo sido declarados infames a sua memória e os seus descendentes. Por ordem da Rainha Dona Maria I, sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica (Ouro Preto), tendo sido rapidamente cooptada e nunca mais localizada; os demais restos mortais foram distribuídos ao longo do Caminho Novo: Santana de Cebolas (atual Inconfidência, distrito de Paraíba do Sul), Varginha do Lourenço, Barbacena e Queluz (antiga Carijós, atual Conselheiro Lafaiete), lugares onde fizera seus discursos revolucionários. Arrasaram a casa em que morava, jogando-se sal ao terreno para que nada lá germinasse.
A Carta... a Sentença da execução de Tiradentes, encontra-se na Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica (Ouro Preto), atual Museu da Inconfidência. O conteúdo é de arrepiar, mas devo confessar que a caligrafia, é uma das coisas mais linda. A Sentença diz:
“... seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca, e nela morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica, onde no lugar mais público dela, será pregada em um poste alto, até que o tempo a consuma, e o seu corpo será dividido em quatro quartos, e pregados em postes, pelo caminho de Minas, no sítio da Varginha e das Cebolas, onde o réu teve as suas infames práticas, e os mais nos sítios das maiores povoações, até que o tempo também os consuma, declaram o réu infame, e seus filhos e netos tendo-os, e os seus bens aplicam para o Fisco e Câmara Real, e a casa em que vivia em Vila Rica será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão se edifique, e não sendo própria será avaliada e paga a seu dono pelos bens confiscados, e mesmo chão se levantará um padrão pelo qual se conserve em memória a infâmia deste abominável réu... “
Assinado: Rainha Dona Maria I
E assim, numa manhã de sábado, 21 de abril de 1792, Tiradentes percorreu em procissão as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e onde fora armado o patíbulo. O Governo Geral tratou de transformar aquela numa demonstração de força da Coroa Portuguesa, fazendo verdadeira encenação. A leitura da sentença estendeu-se por dezoito horas, após a qual houve discursos de aclamação à rainha, e o cortejo munido de verdadeira fanfarra e composta por toda a tropa local.
Atualmente, onde se encontrava sua prisão, funcionou a Câmara dos Deputados na chamada "Cadeia Velha", que foi demolida e no local foi erguido o "Palácio Tiradentes" que funcionava como Câmara dos Deputados até a transferência da capital federal para Brasília. Tiradentes é considerado atualmente Patrono Cívico do Brasil, sendo a data de sua morte, 21 de abril, feriado nacional. Seu nome consta no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade - em Brasília, sendo considerado Herói Nacional.
A Praça Tiradentes em Ouro Preto - a principal da cidade, ponto de convergência, onde se reúnem os jovens e todos da cidade para contemplar a magnífica arquitetura em sua volta ou apenas para passar o tempo, refletir sobre o presente & passado, namorar... me fez "lembrar" a Piazza del Popolo (Roma). Não querendo comparar e “comparando”.
English
Rafael Bordalo Pinheiro (21 March 1846 - 23 January 1905) was a Portuguese artist known for his illustration, caricatures, sculpture and ceramics designs, and is considered the first Portuguese comics creator.
Life
He was a disciple of his father, the painter Manuel Maria Bordalo Pinheiro, and brother of painter Columbano and mother D. Maria Augusta do Ó Carvalho Prostes. He started publishing illustrations and caricatures in humoristic magazines such as A Berlinda and O Calcanhar de Aquiles, frequently demonstrating a sarcastic humour with a political or social message.
In 1875 he travelled to Brazil to work as an illustrator and cartoonist for the publication Mosquito (and later,another publication called O Besouro), which was also employing the Italian/Brazilian illustrator Angelo Agostini, until then the unrivaled cartooning authority of Brazil. Pinheiro eventually became editor of other humorous, politically critical magazines. His fame as a caricaturist led the Illustrated London News to become one of his collaborators.
In 1875, Bordalo Pinheiro created the cartoon character Zé Povinho, a Portuguese everyman, portrayed as a poor peasant. Zé Povinho became, and still is, the most popular character in Portugal.
In Zé Povinho, as in his other works, Bordalo Pinheiro's drawing style was innovative and influential, making extensive use of onomatopoeia, graphical signs (such as those to used represent movement), strong images (the manguito), and his unique style of mixing punctuation marks, such as brackets, with drawing.
In 1885, he founded a ceramics factory in Caldas da Rainha, where he created many of the pottery designs for which this city is known. The factory is still in business.
Português
Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro (Lisboa, 21 de Março de 1846 — 23 de Janeiro de 1905) foi um artista português, de obra vasta dispersa por largas dezenas de livros e publicações, precursor do cartaz artístico em Portugal, desenhador, aguarelista, ilustrador, decorador, caricaturista político e social, jornalista, ceramista e professor. O seu nome está intimamente ligado à caricatura portuguesa, à qual deu um grande impulso, imprimindo-lhe um estilo próprio que a levou a uma visibilidade nunca antes atingida. É o autor da representação popular do Zé Povinho, que se veio a tornar num símbolo do povo português. Entre seus irmãos estava o pintor Columbano Bordalo Pinheiro.
O Museu Rafael Bordalo Pinheiro, em Lisboa, reúne a sua obra.
Biografia
Nascido Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro , filho de Manuel Maria Bordalo Pinheiro (1815-1880) e D. Maria Augusta do Ó Carvalho Prostes, em família de artistas, cedo ganhou o gosto pelas artes. Em 1860 inscreveu-se no Conservatório e posteriormente matriculou-se sucessivamente na Academia de Belas Artes (desenho de arquitectura civil, desenho antigo e modelo vivo), no Curso Superior de Letras e na Escola de Arte Dramática, para logo de seguida desistir. Estreou-se no Teatro Garrett embora nunca tenha vindo a fazer carreira como actor.
Em 1863, o pai arranjou-lhe um lugar na Câmara dos Pares, onde acabou por descobrir a sua verdadeira vocação, derivado das intrigas políticas dos bastidores.
Desposou Elvira Ferreira de Almeida em 1866 e no ano seguinte nasceu o seu filho Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro.
Começou por tentar ganhar a vida como artista plástico com composições realistas apresentando pela primeira vez trabalhos seus em 1868 na exposição promovida pela Sociedade Promotora de Belas-Artes, onde apresentou oito aguarelas inspiradas nos costumes e tipos populares, com preferência pelos campinos de trajes vistosos. Em 1871 recebeu um prémio na Exposição Internacional de Madrid. Paralelamente foi desenvolvendo a sua faceta de ilustrador e decorador.
Em 1875 criou a figura do Zé Povinho, publicada n'A Lanterna Mágica. Nesse mesmo ano, partiu para o Brasil onde colaborou em alguns jornais e enviava a sua colaboração para Lisboa, voltando a Portugal em 1879, tendo lançado O António Maria.
Experimentou trabalhar o barro em 1885 e começou a produção de louça artística na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.
Faleceu a 23 de Janeiro de 1905 em Lisboa, no nº 28 da rua da Abegoaria (actual Largo Raphael Bordallo-Pinheiro), no Chiado, freguesia do Sacramento, em Lisboa.
O desenhador
Raphael Bordallo-Pinheiro deixou um legado iconográfico verdadeiramente notável,tendo produzido dezenas de litografias. Compôs inúmeros desenhos para almanaques, anúncios e revistas estrangeiras como El Mundo Comico (1873-74), Ilustrated London News, Ilustracion Española y Americana (1873), L'Univers Illustré e El Bazar. Fez desenhos em álbuns de senhoras, foi o autor de capas e de centenas de ilustrações em livros, e em folhas soltas deixou portraits-charge de diversas personalidades. Começou a fazer caricatura por brincadeira como aconteceu nas paredes dos claustros do edifício onde dava aulas o Professor Jaime Moniz, onde apareceram, desenhados a ponta de charuto, as caricaturas dos mestres. Mas é a partir do êxito alcançado pel'O Dente da Baronesa (1870), folha de propaganda a uma comédia em 3 actos de Teixeira de Vasconcelos, que Bordalo entra definitivamente para a cena do humorismo gráfico.
Dotado de um grande sentido de humor mas também de uma crítica social bastante apurada e sempre em cima do acontecimento, caricaturou todas as personalidades de relevo da política, da Igreja e da cultura da sociedade portuguesa. Apesar da crítica demolidora de muitos dos seus desenhos, as suas características pessoais e artísticas cedo conquistaram a admiração e o respeito público que tiveram expressão notória num grande jantar em sua homenagem realizado na sala do Teatro Nacional D. Maria II, em 6 de Junho de 1903 que, de forma inédita, congregou à mesma mesa praticamente todas as figuras que o artista tinha caricaturado.
Na sua figura mais popular, o Zé Povinho, conseguiu projectar a imagem do povo português de uma forma simples mas simultaneamente fabulosa, atribuindo um rosto ao país. O Zé Povinho continua ainda hoje a ser retratado e utilizado por diversos caricaturistas para revelar de uma forma humorística os podres da sociedade.
Foi ele que se fez "ouvir" com as suas caricaturas da queda da monarquia.
O ceramista
Tendo aceitado o convite para chefiar o setor artístico da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha (1884), aí criou o segundo momento de renovação da cerâmica Caldense. Raphael Bordallo-Pinheiro dedicou-se à produção de peças de cerâmica que, nas suas mãos, rapidamente, adquiriram um cunho original. Jarras, vasos, bilhas, jarrões, pratos e outras peças demonstram um labor tão frenético e criativo quanto barroco e decorativista, características, aliás, também presentes nos seus trabalhos gráficos. Mas Bordalo não se restringiu apenas à fabricação de loiça ornamental. Além de ter desenhado uma baixela de prata da qual se destaca um originalíssimo faqueiro que executou para o 3º visconde de S. João da Pesqueira, satisfez dezenas de pequenas e grandes encomendas para a decoração de palacetes: azulejos, painéis, frisos, placas decorativas, floreiras, fontes-lavatório, centros de mesa, bustos, molduras, caixas, e também broches, alfinetes, perfumadores, etc.
No entanto, a cerâmica também não poderia excluir as figuras do seu repertório. A par das esculturas que modelou para as capelas do Buçaco representando cinquenta e duas figuras da Via Sacra, Bordalo apostou sobretudo nas que lhe eram mais gratas: O Zé Povinho (que será representado em inúmeras atitudes), a Maria Paciência, a mamuda ama das Caldas, o polícia, o padre tomando rapé e o sacristão de incensório nas mãos, a par de muitos outros.
Embora financeiramente, a fábrica se ter revelado um fracasso, a genialidade deste trabalho notável teve expressão nos prémios conquistados: uma medalha de ouro na Exposição Colombiana de Madrid em 1892, em Antuérpia (1894), novamente em Madrid (1895), em Paris (1900), e nos Estados Unidos, em St. Louis (1904).
O Jornalista
Raphael Bordallo-Pinheiro destacou-se sobretudo como um homem de imprensa. Durante cerca de 35 anos (de 1870 a 1905) foi a alma de todos os periódicos que dirigiu quer em Portugal, quer nos três anos que trabalhou em terras brasileiras.
Semanalmente, durante as décadas referidas, os seus periódicos debruçaram-se sobre a sociedade portuguesa nos mais diversos quadrantes, de uma forma sistemática e pertinente.
Em 1870 lançou três publicações: "O Calcanhar de Aquiles", "A Berlinda" e "O Binóculo", este último, um semanário de caricaturas sobre espectáculos e literatura, talvez o primeiro jornal, em Portugal, a ser vendido dentro dos teatros. Seguiu-se o "M J ou a História Tétrica de uma Empresa Lírica", em 1873. Todavia, foi "A Lanterna Mágica", em 1875, que inaugurou a época da actividade regular deste jornalista "sui generis" que, com todo o desembaraço, ao longo da sua actividade, fez surgir e também desaparecer inúmeras publicações. Seduzido pelo Brasil, também aí (de 1875 a 1879) animou "O Mosquito", o "Psit!!!" e "O Besouro", tendo tido tanto impacto que, numa obra recente, intitulada "Caricaturistas Brasileiros", Pedro Corrêa do Lago lhe dedica diversas páginas, enfatizando o seu papel,,,,
"O António Maria", nas suas duas séries (1879-1885 e 1891-1898), abarcando quinze anos de actividade jornalística, constitui a sua publicação de referência. Ainda fruto do seu intenso labor, "Pontos nos ii" são editados entre 1885-1891 e "A Paródia", o seu último jornal, surge em 1900.
A seu lado, nos periódicos, estiveram Guilherme de Azevedo, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão, João Chagas, Marcelino Mesquita e muitos outros, com contributos de acentuada qualidade literária. Daí que estas publicações constituam um espaço harmonioso em que o material textual e o material icónico se cruzam de uma forma polifónica.
Vivendo numa época caracterizada pela crise económica e política, Raphael enquanto homem de imprensa soube manter uma indiscutível independência face aos poderes instituídos, nunca calando a voz, pautando-se sempre pela isenção de pensamento e praticando o livre exercício de opinião. Esta atitude granjeou um apoio público tal que, não obstante as tentativas, a censura nunca logrou silenciá-lo. E, todas as quintas-feiras, dia habitual da saída do jornal, o leitor e observador podia contar com os piparotes costumeiros, com uma crítica a que se juntava o divertimento. Mas como era natural, essa independência e o enfrentar dos poderes instituídos originaram-lhe alguns problemas como por exemplo o retirar do financiamento d'O António Maria como represália pela crítica ao partido do seu financiador. Também no Brasil arranjou problemas, onde chegou mesmo a receber um cheque em branco para se calar com a história de um ministro conservador metido com contrabandistas. Quando percebe que a sua vida começa a correr perigo, volta a Portugal, não sem antes deixar uma mensagem:
".... não estamos filiados em nenhum partido; se o estivéssemos, não seríamos decerto conservadores nem liberais. A nossa bandeira é a VERDADE. Não recebemos inspirações de quem quer que seja e se alguém se serve do nosso nome para oferecer serviços, que só prestamos à nossa consciência e ao nosso dever, - esse alguém é um infame impostor que mente." ( O Besouro, 1878)
O Homem e o Teatro
Com 14 anos apenas, integrado num grupo de amadores, pisou como actor o palco do teatro Garrett, inscrevendo-se depois na Escola de Arte Dramática que, devido à pressão da parte do pai, acabou por abandonar. Estes inícios — se revelaram que o talento de Raphael Bordallo-Pinheiro não se direccionava propriamente para a carreira de actor — selaram, porém, uma relação com a arte teatral que não mais abandonou.
Tendo esporadicamente desenhado figurinos e trabalhado em cenários, Raphael Bordallo-Pinheiro foi sobretudo um amante do teatro. Era espectador habitual das peças levadas à cena na capital, frequentava assiduamente os camarins dos artistas, participava nas tertúlias constituídas por críticos, dramaturgos e actores. E transpunha, semana a semana, o que via e sentia, graficamente, nos jornais que dirigia. O material iconográfico legado por Raphael Bordallo-Pinheiro adquire, neste contexto, uma importância extrema porque permite perceber muito do que foi o teatro, em Portugal, nessas décadas.
Em centenas de caricaturas, Raphael Bordallo-Pinheiro faz aparecer o espectáculo, do ponto de vista da produção: desenha cenários, revela figurinos, exibe as personagens em acção, comenta prestações e critica 'gaffes'. A par disso, pelo seu lápis passam também as mais variadas reacções do público: as palmas aos sucessos, muitos deles obra de artistas estrangeiros, já que Lisboa fazia parte do circuito internacional das companhias; as pateadas estrondosas quando o público se sentia defraudado; os ecos dos bastidores; as anedotas que circulavam; as bisbilhotices dos camarotes enfim, todo um conjunto de aspectos que têm a ver com a recepção do espectáculo e que ajudam a compreender o que era o teatro e qual o seu papel na Lisboa oitocentista.
[Pretemporada USA] Encuentro amistoso CF América vs Puebla FC San José California
Redacción: Héctor Padilla Lozano @HPADILLALOZANO | LAE Manuel Vela Flickr – Facebook // Fotografía Mara González / Manuel Vela para Mv Fotografía Profesional / Edición y retoque www.pueblaexpres.com / en Twitter @Mv_ManuelVela
Puebla., Puebla a 12 de Julio de 2013
YA ES PREOCUPANTE
El Puebla de la franja perdió por goleada de 5 a 1 ante el campeón del futbol mexicano América, quien cabe decirlo, presentó un cuadro alternativo, ya que jugadores como Molina y Rodríguez, no vieron acción en éste cotejo de pretemporada efectuado en San José California, Estados Unidos.
El encuentro en principio lució con gran ritmo por parte de ambas escuadras, percibiéndose que el partido sería más que interesante, pero ello sólo se vio reflejado en el transcurso del primer tercio de las acciones cuando al 11 América por medio de Gutiérrez, remató de cabeza y el esférico lo contuvo bien Villalpando. La respuesta camotera se dio al minuto 15 de forma contundente, cuando Diego de Buen, realizó desde fuera del área un tiro potente pero sin dirección, el cual, le cayó a Luis Miguel Noriega, quien se perfiló de derecha y cruzó su tiro para vencer al arquero azulcrema y decretar el 1 a 0, que en ese momento causaba asombro a la concurrencia americanista, pues el campeón mexicano tenía el control del balón.
Ello, sólo sirvió para herir el orgullo del monarca azteca, para que iniciara con desbordes por ambas bandas un candidato a talón de Aquiles para la franja, esperemos no. En uno de esos arribos, el ex River Rubens Sambueza, al 19 desbordó y centró retrasado a Luis Gabriel Rey, quien golpeó mal con tanta buena suerte que la de gajos le quedó a Mendoza, quien estiró la pierna para vencer al cancerbero Villalpando y empatar los cartones.
La franja al 23 respondió con gran tiro de zurda de Alustiza que salió apenas a un costado del lado izquierdo de la meta águila. En toma y daca que se convertía el juego, Rey al 28 quedó frente a Villa y le estrelló el balón en su pecho, evitando el arquero la anotación del ex jaguar.
Pero al 35 un ex franja, Tony López remató dentro del área, tendiéndose para pegarle de cabeza a la pelota que fue por el centro del arco camotero donde Villalpando, medio tocó el vinil pero iba tan fuerte que se fue al fondo del arco para mandar al Ame arriba 2 a 1.
La franja insistió y al 37 Brayan Martínez, recibió balón filtrado, donde sacó al meta González, quien lo trompicó con su pierna derecha, decretándose la pena máxima, para que viniera “el chavo” Alustiza y cobrara de forma infame, pegándole muy abajo al balón y mandándolo muy por arriba de la cabaña amarilla, donde todavía se espera aterrice la bola.
Ya en tiempo de compensación con saque de esquina cobrado casi a media altura a favor del equipo televiso, Tony López, se adelantó a Villalpando para rematar de testa y colocar un categórico 3-1, con el cual se fueron al descanso.
Al inicio de la segunda mitad, la franja empezó a tener el balón en media cancha, tratando de generar acciones de peligro que nunca llegaron, pues la delantera camotera se vio en éste lapso muy “chata”. En contraste, América cuando tenía la pelota, se respiraba peligro y ello se reflejó de nuevo al 56, cuando nuevamente el “dolor de cabeza” de la lenta defensiva poblana, Rubens Sambueza, desbordó por izquierda y ante la salida del cancerbero poblano, sólo “cuchareó” el balón por arriba para que “canguro” Rey empujara lentamente para el 4 a 1.
La franja, se vio con esto dominada no sólo en el marcador, sino también en el accionar, buscando más las individualidades de Borja o Alustiza, quienes en solitario trataban de hacer algo al frente. Sin embargo, la estocada final se dio con un soberbio gol de Oswaldo Martínez, al 78 quien de derecha tomó el balón fuera del área grande y mando su tiro de derecha, justo al ángulo superior izquierdo de la portería poblana, para un categórico y contundente 5 a 1 a favor de América y un marcador humillante, aunque hasta cierto punto normal para la franja.
América pudo llenar de más vinil al Puebla, pero entre las fallas de Mina y los pocos aciertos de Villalpando, evitaron que el marcador fuera no de escándalo, sino de terror
Y como si no faltara más, Oscar Rojas, fue expulsado, viéndose corriente, pues su entrada fue más de impotencia que de disputa, mal, eso refleja que al equipo le están pesando los resultados de la pretemporada, junto con el accionar, Puebla sumó su quinta derrota de la pretemporada por un empate, anotando 6 veces y recibiendo ¡17 tantos!, una barbaridad.
Esta pretemporada en la afición no sólo ha generado dudas, también una gran preocupación por lo que se tiene en el cuadro, la dirección técnica, la actitud de algunos jugadores y mejor ya le paro.
Lo bueno que en la primera jornada de la liga MX que arranca la próxima semana, se recibe a la UNAM, quien tampoco ha tenido buena pretemporada, un consuelo: será un juego donde se demostrará quien será el menos malo.
Por último los equipos iniciaron así:
Puebla: Villalpando, Rojas, Lacerda, Chávez, Durán, Noriega, de Buen, Alustiza, Brayan, Borja, González.
América: González, Gutiérrez, Mosquera, Leal, Aguilar, Pimentel, Mendoza, Martínez, Sambueza, López, Rey
La opinión expresada en esta columna es responsabilidad de quien la escribe y no busca generar conflictos entre los involucrados, si no generar conciencia en cada lector.
[Manuel Vela Photography Copyright©] This image is protected under International Copyright laws and may not be downloaded, reproduced, copied, transmitted or manipulated without written permission. / Esta imagen se protege conforme a leyes de Derechos de Autor internacionales y no se puede transferir, reproducir, copiar, transmitir o manipular sin el permiso de escritura.]
"¿Quien es "La Chingada"? Ante todo, es la madre. No una madre de carne y hueso sino una figura mítica. La Chingada es una de las representaciones mexicanas de la maternidad, como la Llorona o la "sufrida madre mexicana" que frestejamos el 10 de mayo. La Chingada es la madre que ha sufrido, metaforica o realmente, la accion corrosiva e infame implícita en el verbo que le da nombre." (Octavio Paz)
Y, a pesar de Paz, cada mujer particular es, en relacion con los hombres, en la sociedad y en la cultura, la personificacion real de La Chingada.
En "todas en Juarez seguras"...un foro de puras chingaderas...
Cuadrilla de golfos apandadores, unos y otros. Refraneros casticistas analfabetos de la derecha. Demagogos iletrados de la izquierda. Presidente de este Gobierno. Ex presidente del otro. Jefe de la patética oposición. Secretarios generales de partidos nacionales o de partidos autonómicos. Ministros y ex ministros –aquí matizaré ministros y ministras– de Educación y Cultura. Consejeros varios. Etcétera. No quiero que acabe el mes sin mentaros –el tuteo es deliberado– a la madre. Y me refiero a la madre de todos cuantos habéis tenido en vuestras manos infames la enseñanza pública en los últimos veinte o treinta años. De cuantos hacéis posible que este autocomplaciente país de mierda sea un país de más mierda todavía. De vosotros, torpes irresponsables, que extirpasteis de las aulas el latín, el griego, la Historia, la Literatura, la Geografía, el análisis inteligente, la capacidad de leer y por tanto de comprender el mundo, ciencias incluidas. De quienes, por incompetencia y desvergüenza, sois culpables de que España figure entre los países más incultos de Europa, nuestros jóvenes carezcan de comprensión lectora, los colegios privados se distancien cada vez más de los públicos en calidad de enseñanza, y los alumnos estén por debajo de la media en todas las materias evaluadas.
Pero lo peor no es eso. Lo que me hace hervir la sangre es vuestra arrogante impunidad, vuestra ausencia de autocrítica y vuestra cateta contumacia. Aquí, como de costumbre, nadie asume la culpa de nada. Hace menos de un mes, al publicarse los desoladores datos del informe Pisa 2006, a los meapilas del Pepé les faltó tiempo para echar la culpa de todo a la Logse de Maravall y Solana –que, es cierto, deberían ser ahorcados tras un juicio de Nuremberg cultural–, pasando por alto que durante dos legislaturas, o sea, ocho años de posterior gobierno, el amigo Ansar y sus secuaces se estuvieron tocando literalmente la flor en materia de Educación, destrozando la enseñanza pública en beneficio de la privada y permitiendo, a cambio de pasteleo electoral, que cada cacique de pueblo hiciera su negocio en diecisiete sistemas educativos distintos, ajenos unos a otros, con efectos devastadores en el País Vasco y Cataluña. Y en cuanto al Pesoe que ahora nos conduce a la Arcadia feliz, ahí están las reacciones oficiales, con una consejera de Educación de la Junta de Andalucía, por ejemplo, que tras veinte años de gobierno ininterrumpido en su feudo, donde la cultura roza el subdesarrollo, tiene la desfachatez de cargarle el muerto al «retraso histórico». O una ministra de Educación, la señora Cabrera, capaz de afirmar impávida que los datos están fuera de contexto, que los alumnos españoles funcionan de maravilla, que «el sistema educativo español no sólo lo hace bien, sino que lo hace muy bien» y que éste no ha fracasado porque «es capaz de responder a los retos que tiene la sociedad», entre ellos el de que «los jóvenes tienen su propio lenguaje: el chat y el sms». Con dos cojones.
Pero lo mejor ha sido lo tuyo, presidente –recuérdame que te lo comente la próxima vez que vayas a hacerte una foto a la Real Academia Española–. Deslumbrante, lo juro, eso de que «lo que más determina la educación de cada generación es la educación de sus padres» , aunque tampoco estuvo mal lo de «hemos tenido muchas generaciones en España con un bajo rendimiento educativo, fruto del país que tenemos». Dicho de otro modo, lumbrera: que después de dos mil años de Hispania grecorromana, de Quintiliano a Miguel Delibes pasando por Cervantes, Quevedo, Galdós, Clarín o Machado, la gente buena, la culta, la preparada, la que por fin va a sacar a España del hoyo, vendrá en los próximos años, al fin, gracias a futuros padres felizmente formados por tus ministros y ministras, tus Loes, tus educaciones para la ciudadanía, tu género y génera, tus pedagogos cantamañanas, tu falta de autoridad en las aulas, tu igualitarismo escolar en la mediocridad y falta de incentivo al esfuerzo, tus universitarios apáticos y tus alumnos de cuatro suspensos y tira p'alante. Pues la culpa de que ahora la cosa ande chunga, la causa de tanto disparate, descoordinación, confusión y agrafía, no la tenéis los políticos culturalmente planos. Niet. La tiene el bajo rendimiento educativo de Ortega y Gasset, Unamuno, Cajal, Menéndez Pidal, Manuel Seco, Julián Marías o Gregorio Salvador, o el de la gente que estudió bajo el franquismo: Juan Marsé, Muñoz Molina, Carmen Iglesias, José Manuel Sánchez Ron, Ignacio Bosque, Margarita Salas, Luis Mateo Díez, Álvaro Pombo, Francisco Rico y algunos otros analfabetos, padres o no, entre los que generacionalmente me incluyo.
Qué miedo me dais algunos, rediós. En serio. Cuánto más peligro tiene un imbécil que un malvado.
OURO PRETO - Minas Gerais
A Cidade... pelas ruas da cidade.
A origem de Ouro Preto está no arraial do Padre Faria, fundado pelo Bandeirante Antônio Dias de Oliveira, pelo Padre João de Faria Fialho e pelo Coronel Tomás Lopes de Camargo e um irmão deste, por volta de 1698.
A cidade tem o nome de Ouro Preto devido a uma característica do mineral aqui encontrado na época: o ouro era escurecido por uma camada de paládio, dando-lhe tonalidade diferente da normal, com uma especial qualidade.
E o ouro começou a chegar em Portugal. Em 1697, o embaixador francês Rouillé menciona chegada de ouro "peruano", cita 115,2 quilos. Godinho, sem citar a fonte, menciona 725 quilos para 1699. E em 1701, a chegada de 1.785 quilos de ouro em Portugal, extraídos desta cidade.
Nenhum outro município brasileiro acumulou tantos fatos históricos relevantes à construção da memória nacional como este vasto município. Destacam-se, marcos importantes da história brasileira. Foi sede do movimento revolucionário conhecido como “Inconfidência Mineira”. Foi a primeira cidade brasileira a ser declarada pela UNESCO, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, no ano de 1980. A cidade de Ouro Preto também reúne um dos conjuntos mais homogêneos e completos de arte barroca do mundo.
DADOS:
1.Localização: Serra do Espinhaço - Zona Metalúrgica de Minas Gerais (Quadrilátero Ferrífero).
2.Ponto mais alto do município: Pico do Itacolomi, com 1.772 metros.
3.Distância de: Belo Horizonte (96 Km) - Rio de Janeiro (482 Km) - São Paulo (696 Km) - Brasília (860 Km) - Natal (2.444 Km)
4.Altitude: 1.179 metros.
5.População: 70.227 habitantes (IBGE -2010)
6.Clima: Úmido, característico das regiões montanhosas, com chuvas durante os meses de dezembro e março.
7.Temperatura média: Mínima 6º (Julho) - Máxima 28º (Janeiro) – Média anual 17º.
8.Rios: Nascente do Rio das Velhas, Piracicaba, Gualacho, Mainart e Ribeirão do Funil.
9.Datas Importantes:
24 de Junho de 1698 - Fundação do arraial, o Bandeirante Antônio Dias chegava na região.
08 de Julho de 1711 - Elevação à Vila (Vila Rica).
24 de Fevereiro de 1823 - Elevação à Cidade (Imperial Cidade de Ouro Preto).
1839 - Foi criado a Escola de Farmácia, a primeira da América do Sul.
12 de outubro de 1876 - A pedido de D. Pedro II do Brasil, Claude Henri Gorceix fundou a Escola de Minas em Ouro Preto. Esta foi a primeira escola de estudos mineralógicos, geológicos e metalúrgicos do Brasil, que hoje é uma das principais instituições de engenharia do País.
1897 - Ouro Preto perde o status de capital mineira.
12 de Julho de 1966 - Tombamento pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN).
05 de setembro de 1980 - Tombamento pela UNESCO (Monumento Mundial da Humanidade.)
10.Gentílico: Ouropretano.
NOTA:
Joaquim José da Silva Xavier - o Tiradentes (12/Nov.1746 - 21/Abr.1792), executado e esquartejado, ora se encontra a Praça Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro, com seu sangue se lavrou a certidão de que estava cumprida a sentença, tendo sido declarados infames a sua memória e os seus descendentes. Por ordem da Rainha Dona Maria I, sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica (Ouro Preto), tendo sido rapidamente cooptada e nunca mais localizada; os demais restos mortais foram distribuídos ao longo do Caminho Novo: Santana de Cebolas (atual Inconfidência, distrito de Paraíba do Sul), Varginha do Lourenço, Barbacena e Queluz (antiga Carijós, atual Conselheiro Lafaiete), lugares onde fizera seus discursos revolucionários. Arrasaram a casa em que morava, jogando-se sal ao terreno para que nada lá germinasse.
A Carta... a Sentença da execução de Tiradentes, encontra-se na Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica (Ouro Preto), atual Museu da Inconfidência. O conteúdo é de arrepiar, mas devo confessar que a caligrafia, é uma das coisas mais linda. A Sentença diz:
“... seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca, e nela morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica, onde no lugar mais público dela, será pregada em um poste alto, até que o tempo a consuma, e o seu corpo será dividido em quatro quartos, e pregados em postes, pelo caminho de Minas, no sítio da Varginha e das Cebolas, onde o réu teve as suas infames práticas, e os mais nos sítios das maiores povoações, até que o tempo também os consuma, declaram o réu infame, e seus filhos e netos tendo-os, e os seus bens aplicam para o Fisco e Câmara Real, e a casa em que vivia em Vila Rica será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão se edifique, e não sendo própria será avaliada e paga a seu dono pelos bens confiscados, e mesmo chão se levantará um padrão pelo qual se conserve em memória a infâmia deste abominável réu... “
Assinado: Rainha Dona Maria I
E assim, numa manhã de sábado, 21 de abril de 1792, Tiradentes percorreu em procissão as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e onde fora armado o patíbulo. O Governo Geral tratou de transformar aquela numa demonstração de força da Coroa Portuguesa, fazendo verdadeira encenação. A leitura da sentença estendeu-se por dezoito horas, após a qual houve discursos de aclamação à rainha, e o cortejo munido de verdadeira fanfarra e composta por toda a tropa local.
Atualmente, onde se encontrava sua prisão, funcionou a Câmara dos Deputados na chamada "Cadeia Velha", que foi demolida e no local foi erguido o "Palácio Tiradentes" que funcionava como Câmara dos Deputados até a transferência da capital federal para Brasília. Tiradentes é considerado atualmente Patrono Cívico do Brasil, sendo a data de sua morte, 21 de abril, feriado nacional. Seu nome consta no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade - em Brasília, sendo considerado Herói Nacional.
A Praça Tiradentes em Ouro Preto - a principal da cidade, ponto de convergência, onde se reúnem os jovens e todos da cidade para contemplar a magnífica arquitetura em sua volta ou apenas para passar o tempo, refletir sobre o presente & passado, namorar... me fez "lembrar" a Piazza del Popolo (Roma). Não querendo comparar e “comparando”.
Concours Mini-Courts Grrif
Vous vous appelez Marinade et Davignon. Le thème du concours de mini-courts organisé par 2300 Plan 9 et GRRIF est « Je suis trop vieux pour ces conneries », et ça tombe bien :
c’est exactement ce que vous vous dites. Alors, jamais à court d’idées bêtes et avec la conviction que vous ne pouvez pas faire pire que les autres participants, vous vous emparez du caméscope familial tout moisi qui traîne entre votre vieux lecteur Betacam et votre coffret intégral des aventures de Derrick, et torchez un film de moins d’1min30 abordant le sujet difficile des descentes d’organes explosives chez les prostitués grabataires. Vous rendez le tout à l’arrache le mercredi 17 avril à 23h54, ultime délai, puis une version director’s cut sur clef USB à la caisse du festival le jeudi même de la projection, après avoir passé la nuit à sublimer votre oeuvre. Si avec ça vous ne gagnez pas l’abo-binche pour bien finir la semaine…
La Nuit des Courts-Mais-Trash
Tu t’appelles Turlupinette. Tu as ramené moult potes à cette soirée, la plupart sans trop d’effort, quelque-un·e·s en menaçant leur famille. Tu leur as sorti tout ton argumentaire de fan absolue : meilleure soirée de l’année, ambiance de fou furieux, quatre sessions bourrées de courts-métrages hautement qualitatifs… Il paraîtrait même que les films reçus par l’équipe de la prog étaient tellement bons qu’ils se sont vus obligés d’en écarter quelques-uns pour laisser un peu de place à des merdes infâmes. 2300 Plan 9 a une réputation à tenir. Toujours est-il que cette année encore, la sélection est épatante. Arnaud-Fütur te fait remarquer que tu as un peu de sang au coin de la bouche, provenant probablement de l’oreille que tu as arrachée avec les dents au malotru qui a tenté de te doubler dans la file d’attente. On ne rigole pas avec ça, le jeudi est souvent sold out, et bien que tout le monde ait finalement pu entrer, on n’est jamais trop prudent·e. Tu tiens fermement le carton te permettant de voter pour le prix du public, tu jettes un regard méchant au prestigieux jury pour lui rappeler à qui il doit décerner le grand prix sous peine de finir brûlé vif, et tu prépares ton arbalète pour qui osera se barrer avant la fin. Ça va être une super soirée.
21h15 Première série « Ta gueule ! »
Zombie Time | Alfonso Fulgencio | Espagne | 2018
Gridlock | Ian Hunt Duffy | Irlande | 2016
Bavure | Donato Sansone | France | 2018
Life Goes On | Nicolas Monfort | Belgique | 2018
Dispersion | Basile Vuillemin | Suisse – Belgique | 2018
Monsters Walking | Diego Porral Soldevilla | Espagne | 2018
Strike | Maxime | Chefdeville | France | 2018
23h00 Deuxième série « Miaou ! »
The Cheese That Brewenn Built | Aurélien Digard, Tristan Guiader, Mathias Scherrer, Hugo Blanche | France | 2018
Blue Vulvettes | Le Sexe Féminin Existe | Camille de Pietro | Suisse | 2018
Follower | Jonathan Benedict Behr | Allemagne | 2018
À en Perdre la Raison | Kam Duv | France | 2018
Héroes | Pablo Manchado Cascón, Santiago Cardelús Ruiz-Alberdi | Espagne | 2018
Lendemains Funèbres | Ambroise Michel | France | 2018
00h45 Troisième série « Attention derrière toi ! »
Máscara De Cordura Fran Casanova | Espagne | 2018
Je Suis Albert Aurélia Raoull | France | 2017
Estigma | David Velduque | Espagne | 2018
Maelstrøm | Carlos Gómez-Trigo | Espagne | 2017
Comme Tous Les Matins | Cédric Dupuis | France | 2018
02:30 Quatrième série « Y reste du café ? »
Hellphone | William Ouy-Lim Do | Suisse | 2018
Birth | Ozlem Altingoz | États-Unis | 2018
Mon Premier Jour | Mr. Bouhaïk | France | 2017
Rabbid Jacob Donovan Alonso-Garcia | France | 2018
L’invasion Des Hyperescargots | Les Hyperartistes | Suisse | 2019
Ded. to Ayyat...Ila Ayyat
Palestinian Refugee Camp of Dheheishe (Betlemme), West Bank
27 marzo 2002
last demostration before carfew, shouting in the rain!
pioveva quel giorno....e da quel giorno non ha mai piu smesso, ma nemmeno abbiamo piu avuto la fortuna di sentirla sulla nostra pelle, cadere.
coprifuoco, solo vita strisciante sotto le finestre, solo cannonate, rumori di cingoli dei tank. Solo quell'infame cecchino a dettar legge.
Echando pan a los patos.
Me pregunto a qué están esperando en España, con lo aficionados que somos a correr delante de la locomotora, y al que no quiera correr, obligarlo por decreto. A más de un político aficionado a la psicopedagogía de laboratorio y a la lengua hablada y escrita controlada por ley, debería gotearle el colmillo: hay más humo con el que marear la perdiz. Más posibilidades de que la peña, propensa a desviarse de pitones cuando le agitan un capote desde la barrera, no piense en lo que debe pensar, la que está cayendo y va a caer. Buenos ratos echando pan a los patos.
Hace un par de meses, una editorial gringa publicó ediciones políticamente correctas del Huckleberry Finn y el Tom Sawyer de Mark Twain en las que, además de retocar crudezas propias del habla de la época, se elimina la palabra nigger, que significa negro. Los alumnos se escandalizaban, arguyó el responsable: un profesor de Alabama que, en vez de explicar a sus escandalizables alumnos que los personajes de Twain usan un lenguaje propio de su época y carácter -Joseph Conrad tituló una novela The nigger of the Narcissus-, prefiere falsear el texto original, infiltrando anacronismos que encajen en las mojigatas maneras de hoy. Convirtiendo el ácido natural, propio de aquellos tiempos, en empalagosa mermelada para tontos del ciruelo y la ciruela.
Coincide la cosa con que el ministerio de Cultura francés, confundiendo la palabra conmemorar con la de celebrar, excluya a Louis-Ferdinand Céline de las conmemoraciones de este año, cuando se cumplen cincuenta del fallecimiento del escritor. Que fue pésima persona, antisemita y colaborador de la Gestapo -como, por otra parte, miles de compatriotas suyos-, y autor de un sucio panfleto antijudío titulado Bagatelle pour un massacre; pero que también es uno de los grandes novelistas del siglo XX, el más importante en Francia junto a Proust, y cuyo Viaje al fin de la noche transforma, con inmenso talento narrativo, una muy turbia sordidez en asombrosa belleza literaria. Eso demuestra, entre otras cosas, que un retorcido miserable puede ser escritor extraordinario; y que un artista no está obligado a ser socialmente correcto, sino que puede, y debe, situarnos en los puntos de vista oscuros. En el pozo negro de la condición humana y sus variadas infamias.
Así que, españoles todos, oído al parche. Suponiendo -tal vez sea mucho suponer- que quienes vigilan a golpe de ley nuestra salud física y moral sepan quiénes son Twain o Céline, imaginen las posibilidades que esto les ofrece para tocarnos un poquito más los cojones... ¿Qué son bagatelas como prohibir el tabaco o convertir en delito el uso correcto de la lengua española, comparadas con reescribir, obligando por decreto, tres mil años de literatura, historia y filosofía éticamente dudosas?... ¿A qué esperan para que en los colegios españoles se revise o prohíba cuanto no encaje en el bosquecito de Bambi?... ¿Qué pasa con esas traducciones fascistas de Moby Dick donde se matan ballenas pese a los convenios internacionales de ahora?... ¿Y con Phileas Fogg, tratando a su criado Passepartout como si desde Julio Verne acá no hubiera habido lucha de clases?... ¿Vamos a dejar que se vaya de rositas el marqués de Sade con sus menores de edad desfloradas y sodomizadas antes de la existencia del telediario?... ¿Y qué pasa con la historia y la literatura españolas?... ¿Hasta cuándo seguirá en las librerías la vida repugnante de un asesino de hombres y animales llamado Pascual Duarte?... ¿Cómo es posible que al genocida de indios Bernal Díaz del Castillo lo estudien en las escuelas?... Y ahora que todos somos iguales ante la ley y el orden, ¿por qué no puede Sancho Panza ser hidalgo como don Quijote; o, mejor todavía, éste plebeyo como Sancho?... ¿A qué esperamos para convertir lo de Fernán González y la batalla de Covarrubias en el tributo de las Cien doncellas y doncellos?... ¿Cómo un machista homófobo y antisemita como Quevedo, que se choteaba de los jorobados y escribió una grosería llamada Gracias y desgracias del ojo del culo, no ha sido apeado todavía de los libros escolares?... En cuanto a la infame frase Viva España, que como todo el mundo sabe fue inventada por Franco en 1936, ¿por qué no se elimina en boca de numerosos personajes de los Episodios nacionales de Galdós, donde afrenta a las múltiples y diversas naciones que, ellas sí, nos conforman y enriquecen?... ¿Y cómo no se ha expurgado todavía El cantar del Cid de las 118 veces que utiliza la palabra moro, sustituyéndola por hispano-magrebí de religión islámica, y buscándole de paso, para no estropear el verso, la rima adecuada?
Por fortuna no leen, ni creo que en el futuro lo hagan. Tranquilos. El peligro es mínimo. Menos mal que esos pretenciosos analfabetos, dueños del Boletín Oficial, no han abierto un libro en su puta vida.
Arturo Pérez Reverte
Saint-Agnant-de-Versillat (Creuse)
Lanterne des morts du XIIe-XIIIe siècle.
Avec ses colonnettes plaquées sur les angles du fût polygonal elle constitue le pendant de celle de La Souterraine.
Toutes les lanternes des morts se présentent sous la forme d'une colonne creuse, ajourée au sommet. L'évidement de la colonne permet l’ascension d’une lampe à huile dont la lueur est visible la nuit à travers les ouvertures du fanal au sommet.
La plus ancienne trace écrite (XIIe siècle) qui évoque une structure semblable est un passage du De miraculis de Pierre le Vénérable*.
Vers 1150, la veille de la Noël. Au prieuré de Charlieu dans la Loire, un jeune oblat voit apparaître son oncle Achard, mort depuis quelques années, qui l’invite à le suivre pour contempler des choses merveilleuses. Après avoir quitté le dortoir et traversé cloître majeur et cloître des malades, ils arrivent au cimetière. Là, dans une clarté indéfinissable, l’enfant voit une foule innombrable d’hommes vêtus de l’habit monastique, assis sur des sièges. La scène se poursuit avec la description d’une véritable lanterne des morts : "Il y a, au centre du cimetière, une construction en pierre, au sommet de laquelle se trouve une place qui peut recevoir une lampe, dont la lumière éclaire toutes les nuits ce lieu sacré, en signe de respect pour les fidèles qui y reposent. Il y a aussi quelques degrés par lesquels on accède à une plate-forme dont l’espace est suffisant pour deux ou trois hommes assis ou debout*."
De manière générale, les lanternes sont concentrées dans le Limousin, le Poitou et la Saintonge.
(Sur le sujet, on peut voir : crm.revues.org/pdf/393)
* Pierre le Vénérable (Pierre de Montboissier), issu d'une des plus puissantes famille noble d'Auvergne par son père. Sa mère obtint du vivant de son mari, la permission de rentrer au couvent une fois les enfants élevés et lui mort. Pierre le vénérable sera abbé de Cluny de 1122 à 1156. Il fera traduire le Coran en latin (pour mieux le réfuter)**. Pierre le Vénérable est aussi l'auteur d'un "Livre des merveilles de Dieu" (De Miraculis). Il apparaît d'un antijudaïsme** fondamental (il propose par exemple de lever un impôt sur les juifs).
** "Qu’on donne à l’erreur mahométane le nom honteux d’hérésie ou celui, infâme, de paganisme, il faut agir contre elle, c’est-à-dire écrire. Mais les latins et surtout les modernes, l’antique culture périssant, suivant le mot des Juifs qui admiraient jadis les apôtres polyglottes, ne savent pas d’autre langue que celle de leur pays natal. Aussi n’ont-ils pu ni reconnaître l’énormité de cette erreur ni lui barrer la route. Aussi mon cœur s’est enflammé et un feu m’a brûlé dans ma méditation. Je me suis indigné de voir les Latins ignorer la cause d’une telle perdition et leur ignorance leur ôter le pouvoir d’y résister ; car personne ne répondait, car personne ne savait. Je suis donc allé trouver des spécialistes de la langue arabe qui a permis à ce poison mortel d’infester plus de la moitié du globe. Je les ai persuadés à force de prières et d’argent de traduire d’arabe en latin l’histoire et la doctrine de ce malheureux et sa loi même qu’on appelle Coran. Et pour que la fidélité de la traduction soit entière et qu’aucune erreur ne vienne fausser la plénitude de notre compréhension, aux traducteurs chrétiens j’en ai adjoint un Sarrasin. Voici les noms des chrétiens : Robert de Chester, Hermann le Dalmate, Pierre de Tolède ; le Sarrasin s’appelait Mohammed. Cette équipe après avoir fouillé à fond les bibliothèques de ce peuple barbare en a tiré un gros livre qu’ils ont publié pour les lecteurs latins. Ce travail a été fait l’année où je suis allé en Espagne et où j’ai eu une entrevue avec le seigneur Alphonse, empereur victorieux des Espagnes, c’est-à-dire en l’année du Seigneur 1141". Pierre le vénérable, cité par Jacques le Goff, Les Intellectuels au Moyen Age, "Le temps qui court", Le Seuil, 1957.
** "Les Juifs, qui vivent au milieu de nous sont bien plus mauvais que les Sarrazins : ils blasphèment librement, audacieusement, foulent au pied et souillent le Christ et les sacrements divins. Les Juifs sont les plus grands ennemis des chrétiens; s'ils s'en sortent indemnes, Dieu se détournera de nous. En effet, les Juifs doivent être haïs parce qu'ils haïssent Dieu. Les Sarrazins doivent être haïs parce que bien qu'ils reconnaissent que le Christ est né d'une vierge et sentent beaucoup de choses comme nous, ils nient la mort du Christ et sa résurrection, dans lequel réside notre salut. Or les Juifs doivent être d'autant plus détestés, eux qui ne sont d'accord en rien sur le Christ et la foi chrétienne, et qui rejettent tous les sacrements de la Rédemption humaine, les blasphèment et s'en moquent. Mais les Juifs ne doivent pas être tués, comme l'a dit le prophète : « Dieu me montre mes ennemis pour que je ne les tue pas » [Psal. 58. 2]; ils doivent être asservis à une vie pire que la mort, pour leurs plus grands tourments et leur plus grande ignominie, comme Caïn. Ils doivent être damnés par le Seigneur, preuve de la sévérité très juste de Dieu, qui s'exerce depuis la Passion et s’exercera jusqu'à la fin des temps : ils sont répandus sur toute la terre parce qu'ils ont répandu le sang du Christ sur la terre. Ainsi les Juifs ne doivent pas être tués, mais leurs vices doivent être punis. […] Certes ce que j'ai présenté peut suffire à tout homme, par la certitude de la chose elle-même. Mais, avec le Juif, dont j'ignore s'il est un homme, je dois continuer mon argumentation. Vraiment j'ignore si le Juif est un être humain, parce qu'il ne cède ni à la raison humaine, ni aux autorités divines, ni à ses propres écritures : je ne sais pas s'il est un homme, lui dont le coeur de pierre n'a pas été enlevé à sa chair, qui n'a pas reçu un coeur de chair, chez qui l'Esprit de Dieu n'a pas été encore placé. Sans cet esprit, aucun Juif ne peut être converti.” Pierre le Vénérable : Epistulae, 130 ,(lettre à Louis VII), 189, (vers 1150)
* Obtinet autem medium coemeterii locum, structura quaedam lapidea, habens in summitate sui quantitatem unius lampadis capacem, quae ob reverentiam fidelium ibi quiescentium totis noctibus fulgore suo locum illum sacratum illustrat. Sunt et gradus per quos illuc ascenditur, supraque spatium duobus vel tribus ad standum vel sedendum hominibus sufficiens. Éd. D. Bouthillier (op. cit. n. 2), p. 160.
Niš, Yugoslavia, 7 May 99 - A woman lies dead beside a bag of carrots May 7 after a NATO daylight air raid near a market over the town of Nis some 200 kilometres south of Belgrade. Two residential areas and a hospital were hit by what appears to be cluster bombs killing 15 people, injuring scores with shrapnel and destroying some 30 homes. db/Photo by Desmond Boylan REUTERS
Una tragedia dell’Occidente: la guerra della NATO contro la Jugoslavia - articolo di Marino Badiale pubblicato su Koiné, NN°6/10 Gennaio/Settembre - 1999
«Parlino gli altri
delle loro vergogne,
Io parlo della mia».
B. Brecht
ETICA DELLE INTENZIONI
CONTRO ETICA DEI RISULTATI
Le azioni umane si possono giudicare dai principi che le animano oppure dagli effetti che ottengono. Etica delle intenzioni contro etica dei risultati. Da entrambi questi punti di vista, la guerra scatenata dalla NATO contro la Jugoslavia appare infame.
Dal punto di vista dei risultati: la prima campagna elettorale di Clinton, che lo portò alla vittoria contro Bush, ebbe come slogan la domanda «Stai meglio o peggio di quattro anni fa?». Per giudicare i risultati dell’azione NATO in Jugoslavia, la cui motivazione ufficiale, ripetuta incessantemente, e la protezione delle popolazioni albanesi del Kosovo, basta porre l’analoga domanda: «Gli albanesi del Kosovo stanno meglio ora, dopo l’inizio dei bombardamenti, di quanto stavano prima?». È ovvio che la risposta è no, ed è ovvio che questo risultato era ampiamente prevedibile. L’esodo in massa degli albanesi, questa «catastrofe umanitaria» che ci viene portata come un argomento per proseguire i bombardamenti stessi. Gli albanesi del Kosovo scappano per sfuggire ai bombardamenti e alla repressione delle milizie serbe. La fuga dai bombardamenti era del tutto ovvia: chi ama vivere sotto le bombe? Ma anche la repressione serba era una conseguenza logica dei bombardamenti stessi.
L’azione militare NATO ha infatti creato tutti i presupposti, materiali, psicologici, militari, della repressione. I presupposti materiali, con l’esodo degli osservatori internazionali. I presupposti psicologici, con la rabbia e la frustrazione delle milizie jugoslave che vedono il loro paese distrutto da un nemico contro cui non possono combattere.
(Questo tipo di reazione, che si configura come una vendetta sui più deboli, per quanto possa ripugnarci, fa parte di ciò che è l’essere umano storicamente dato; non a caso a reazioni simili si sono abbandonati tutti i paesi civili, dagli inglesi che radono al suolo Dresda per vendicare i bombardamenti su Londra alle atomiche USA su Hiroshima e Nagasaki).
Infine, l’azione NATO ha creato i presupposti per la repressione jugoslava in termini di razionalita militare: infatti la particolarita della situazione e la presenza nel Kosovo dell’UÇK, che è effettivamente in grado di approfittare sul piano militare della copertura aerea NATO. Dal punto di vista strettamente «tecnico-militare» per impedire questo l’esercito jugoslavo doveva tentare di liquidare l’UÇK e farlo in fretta, prima che i bombardamenti riducessero seriamente seriamente la propria capacità operativa. Il mezzo più rapido per uccidere il pesce della guerriglia e togliere l’acqua in cui naviga, cioè deportare e terrorizzare le popolazioni. Tutto ciò ci ripugna, ma ripeto, si tratta di conseguenze prevedibili delle azioni NATO, ed è questo il piano sul quale stiamo adesso discutendo. Se anche non si condivide questa opinione sulla relativa „normalità” e „prevedibilità” della repressione jugoslava (sia chiaro: normalità del male) e si vuole sostenere, assieme al coro dei media, la particolare violenza e inumanità delle azioni serbe, ebbene in tal caso la critica da fare all’azione NATO non ne viene indebolita ma rafforzata: se davvero i serbi sono un popolo particolarmente violento e repressore, allora a maggior ragione non bisognava offrire loro un’occasione come questa, a maggior ragione bisognava sforzarsi di non creare le condizioni, materiali, psicologiche, militari, per la repressione sui civili albanesi.
Giudicando dai suoi risultati, l’azione della NATO appare respnsabile di una immane tragedia.
Dal punto di vista dei principi: il principio invocato dai governi occidentali è quello del rispetto dei diritti umani. L’Occidente afferma di essere la parte che fa rispettare i fondamentali diritti degli individui e dei popoli. Ora, questa affermazioni e banalmente falsa. «Far rispettare un diritto, un legge, un principio» significa farlo rispettare sempre e dovunque (nei limiti delle possibilità). Come una legge naturale è vera quando è sempre vera (per cui se la legge di gravità valesse un giorno si è uno no allora a rigore dovremmo dire che essa non vale, e che la vera legge è un’altra, da determinare), così può affermare di far rispettare la legge chi si sforza di farla rispettare sempre e dovunque. Questo principio dell’universalità della legge è il punto principale che separa democrazia e tirannide, crimine e diritto, Totò Riina e Giovanni Falcone.
È infatti del tutto ovvio che anche la mafia, in certi casi, reprime il crimine, e lo fa anzi con molto maggior rigore della polizia: se per caso io andassi a trafficare eroina a Palermo, finirei dissolto nell’acido molto prima di essere arrestato dalla polizia. Anche la mafia si oppone a certi crimini: quelli compiuti al di fuori del suo controllo e delle sue regole.
Qual è allora la differenza fra mafia e polizia, se non il fatto che la polizia reprime tutti crimini, mentre la mafia reprime i crimini degli altri ma non i propri e quelli dei propri alleati? Allo stesso modo, i regimi totalitari del Novecento non avevano certo abrogato del tutto l’osservanza del diritto, e neppure avevano eliminato del tutto i „diritti umani”: semplicemente avevano reso questi diritti non universali, ma passibili di „momentanea sospensione” secondo gli interessi del potere politico. Ma sospendere „ogni tanto e in certi casi” i diritti umani significa sospenderli del tutto. L’universalità del diritto non è aggiunta estrinseca, è la sostanza stessa del diritto.
Se esaminiamo la condotta dell’Occidente armati di questi principi, il giudizio da dare è chiarissimo: non solo l’Occidente è ben lungi dallo sforzarsi di far rispettare „sempre e dovunque” i diritti umani invocati per bombardare la Jugoslavia, ma è spesso attivo complice della repressione dei diritti umani stessi; per fare solo i primi due esempi che ci vengono in mente, paesi alleati dell’Occidente come la Turchia e Israele compiono da anni chiarissime violazioni dei diritti degli individui e dei popoli. Con il sostegno e l’appoggio dell’Occidente stesso.
Se abbiamo chiaro tutto questo, è evidente la falsità della tesi citata all’inizio, secondo la quale l’Occidente fa rispettare i diritti degli individui e dei popoli.
Questa tesi è in contraddizione con la realtà. Ma qual è allora il principio che regola le azioni dell’Occidente? Esso è chiarissimo: noi, paesi dell’Occidente, con i nostri alleati e amici, possiamo fare quello che vogliamo. I nostri avversari no. Ma allora, per tornare alle opposizioni esposte sopra, in questo modo, nella sua azione internazionale, l’Occidente assomiglia a un democrazia o a una dittatura? Ci ricorda Giovanni Falcone e Totò Riina?
È chiara la risposta. Anche dal punto di vista dei principi sui quali si basa, l’azione della NATO contro la Jugoslavia appare dunque un’infamia.
UNA TRAGEDIA DELL’OCCIDENTE
Questa tragedia non si traduce soltanto in sofferenza, morte, imbarbarimento per popolazioni a noi così vicine, che ne sono, naturalmente, le principali vittime. Questa vicenda è una tragedia anche per l’Occidente. Pagheremo tutto questo. Forse non noi, forse i nostri figli o nipoti, ma pagheremo. In due modi diversi. Innanzitutto, non si può continuare a rovesciare sul resto del mondo violenza, arroganza, cinico disprezzo di ogni principio, senza subirne prima o poi le conseguenze. Non si può mostrare ripetutamente a tutto il mondo che la forza è l’unico diritto e sperare che, appena la nostra forza sarà minore, qualcuno si astenga dall’usare con noi le stesse massime da noi applicate agli altri. Non si può continuare a mandare al mondo il messaggio «io faccio quello che voglio perché ho le legioni, o i panzer, o gli stealth», e poi sperare che qualcuno non te la faccia pagare, la volta che ti ritrovi senza legioni o panzer o stealth. Nessun impero è eterno, nessuna supremaziona militare dura per sempre.
Ma c’è un altro motivo di angoscia, ancora più serio. Perché la barbarie dell’Occidente non agisce solo sulle sue vittime, agisce su di noi. Rendendoci tutti un poco più barbari. Ciascuno di noi è oggi diverso da ciò che era ieri. Oggi siamo cittadini di un paese che si è reso complice di un’infamia, e questo solo fatto, il fatto che questo è avvenuto e le nostre vite continuano come ieri, questo solo fatto rende ciascuno di noi un po’ complice, un po’ infame. Per evitare questa coscienza dovremo tutti raccontarci qualche tipo di menzogna, anche solo distogliendo lo sguardo dalle notizie che arrivano dalla Jugoslavia. E questa è la profonda tragedia che tali vicende portano con sé. La catastrofe della coscienza, l’oscuramento del pensiero. Effetto esimbolo di questa catastrofe è la notizia, che mi agghiaccia quasi quanto i bombardamenti, delle masse di curiosi che dai campi attorno ad Aviano assistono allo «spettacolo» della partenza degli aerei. Il solo fatto che una cosa del genere possa essere vissuta come uno spettacolo, il fatto che uomini e donne «normali» non riescono a vedere in quegli «oggetti volanti» la morte che recano con sé, e non se ne ritraggano con pietoso orrore (atteggiamento che, nella mia ingenuità mi aspetterei anche e soprattutto da chi fosse d’accordo con l’azione NATO): questi fatti indicano una catastrofe delle coscienze che sicuramente ha origini lontane ma ha trovato in questa occasione la sua espressione più agghiacciante.
Non possiamo sperare che questa barbarie da cui ci siamo fatti invadere sparisca, quando finirà la guerra. Ce la ritroveremo attorno, nell’insensatezza della cultura, nella violenza quotidiana sempre crescente, nello svuotamento delle anime. Risalire questa corrente sarà difficile, forse impossibile. L’unico modo per non perdere ogni speranza è accendere un lume di verità in questo crepuscolo, dare il suo nome all’infamia che stiamo vivendo, e chiamare per nome (D’Alema Veltroni Dini Scognamiglio Cossutta Manconi, si allunghi la lista a piacimento) gli irresponsabili cialtroni che si rendono, ci rendono, complici di questa infamia.
Orixás do Dique do Tororó - Salvador
Esculturas de Tati Moreno
Representa São Gerônimo, é o Deus do Fogo e Trovão. Seu dia é quarta feira. Esse deus é viril, violento e justiceiro. Sua personalidade é atrevida e prepotente. Xangô é viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Por esse motivo, a morte pelo raio é considerada infamante. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de xangô. O elemento fundamental de Xangô é o fogo.
Orixá mais cultuado e respeitado no Brasil. Isso porque foi ele o primeiro deus iorubano, por assim dizer, que pisou em terras brasileiras. É, portanto, o principal tronco dos candomblés do Brasil. Xangô é o rei das pedreiras, Senhor dos coriscos e do trovão, Pai de justiça e o Orixá da política. Guerreiro, bravo e conquistador, Xangô também é conhecido como o Orixá mais vaidoso, entre os deuses masculinos africanos.
Ele está presente nos trabalhos de jornalistas, escritores, advogados, juízes, promotores, delegados, investigadores, deputados, senadores, vereadores, sindicalistas, líderes comunitários, administradores, etc. Encontramos Xangô nas lideranças de sindicatos, associações, movimentos políticos, nos partidos políticos, nas campanhas políticas, enfim, em tudo que gera habilidade no trato das relações humanas ou nos governos, de um modo geral.
Seus filhos são pessoas que possuem um elevado sentido da sua própria dignidade e das suas obrigações, o que as leva a se comportarem com um misto de severidade e benevolência, segundo o humor do momento, mas sabendo guardar, geralmente, um profundo e constante sentimento de justiça. Dia: quarta-feira;
Data: 29 de junho;
Metal: cobre, ouro e chumbo;
Cor: Vermelho e branco ou branco e marrom;
OURO PRETO - Minas Gerais
A Cidade... pelas ruas da cidade.
A origem de Ouro Preto está no arraial do Padre Faria, fundado pelo Bandeirante Antônio Dias de Oliveira, pelo Padre João de Faria Fialho e pelo Coronel Tomás Lopes de Camargo e um irmão deste, por volta de 1698.
A cidade tem o nome de Ouro Preto devido a uma característica do mineral aqui encontrado na época: o ouro era escurecido por uma camada de paládio, dando-lhe tonalidade diferente da normal, com uma especial qualidade.
E o ouro começou a chegar em Portugal. Em 1697, o embaixador francês Rouillé menciona chegada de ouro "peruano", cita 115,2 quilos. Godinho, sem citar a fonte, menciona 725 quilos para 1699. E em 1701, a chegada de 1.785 quilos de ouro em Portugal, extraídos desta cidade.
Nenhum outro município brasileiro acumulou tantos fatos históricos relevantes à construção da memória nacional como este vasto município. Destacam-se, marcos importantes da história brasileira. Foi sede do movimento revolucionário conhecido como “Inconfidência Mineira”. Foi a primeira cidade brasileira a ser declarada pela UNESCO, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, no ano de 1980. A cidade de Ouro Preto também reúne um dos conjuntos mais homogêneos e completos de arte barroca do mundo.
DADOS:
1.Localização: Serra do Espinhaço - Zona Metalúrgica de Minas Gerais (Quadrilátero Ferrífero).
2.Ponto mais alto do município: Pico do Itacolomi, com 1.772 metros.
3.Distância de: Belo Horizonte (96 Km) - Rio de Janeiro (482 Km) - São Paulo (696 Km) - Brasília (860 Km) - Natal (2.444 Km)
4.Altitude: 1.179 metros.
5.População: 70.227 habitantes (IBGE -2010)
6.Clima: Úmido, característico das regiões montanhosas, com chuvas durante os meses de dezembro e março.
7.Temperatura média: Mínima 6º (Julho) - Máxima 28º (Janeiro) – Média anual 17º.
8.Rios: Nascente do Rio das Velhas, Piracicaba, Gualacho, Mainart e Ribeirão do Funil.
9.Datas Importantes:
24 de Junho de 1698 - Fundação do arraial, o Bandeirante Antônio Dias chegava na região.
08 de Julho de 1711 - Elevação à Vila (Vila Rica).
24 de Fevereiro de 1823 - Elevação à Cidade (Imperial Cidade de Ouro Preto).
1839 - Foi criado a Escola de Farmácia, a primeira da América do Sul.
12 de outubro de 1876 - A pedido de D. Pedro II do Brasil, Claude Henri Gorceix fundou a Escola de Minas em Ouro Preto. Esta foi a primeira escola de estudos mineralógicos, geológicos e metalúrgicos do Brasil, que hoje é uma das principais instituições de engenharia do País.
1897 - Ouro Preto perde o status de capital mineira.
12 de Julho de 1966 - Tombamento pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN).
05 de setembro de 1980 - Tombamento pela UNESCO (Monumento Mundial da Humanidade.)
10.Gentílico: Ouropretano.
NOTA:
Joaquim José da Silva Xavier - o Tiradentes (12/Nov.1746 - 21/Abr.1792), executado e esquartejado, ora se encontra a Praça Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro, com seu sangue se lavrou a certidão de que estava cumprida a sentença, tendo sido declarados infames a sua memória e os seus descendentes. Por ordem da Rainha Dona Maria I, sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica (Ouro Preto), tendo sido rapidamente cooptada e nunca mais localizada; os demais restos mortais foram distribuídos ao longo do Caminho Novo: Santana de Cebolas (atual Inconfidência, distrito de Paraíba do Sul), Varginha do Lourenço, Barbacena e Queluz (antiga Carijós, atual Conselheiro Lafaiete), lugares onde fizera seus discursos revolucionários. Arrasaram a casa em que morava, jogando-se sal ao terreno para que nada lá germinasse.
A Carta... a Sentença da execução de Tiradentes, encontra-se na Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica (Ouro Preto), atual Museu da Inconfidência. O conteúdo é de arrepiar, mas devo confessar que a caligrafia, é uma das coisas mais linda. A Sentença diz:
“... seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca, e nela morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica, onde no lugar mais público dela, será pregada em um poste alto, até que o tempo a consuma, e o seu corpo será dividido em quatro quartos, e pregados em postes, pelo caminho de Minas, no sítio da Varginha e das Cebolas, onde o réu teve as suas infames práticas, e os mais nos sítios das maiores povoações, até que o tempo também os consuma, declaram o réu infame, e seus filhos e netos tendo-os, e os seus bens aplicam para o Fisco e Câmara Real, e a casa em que vivia em Vila Rica será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão se edifique, e não sendo própria será avaliada e paga a seu dono pelos bens confiscados, e mesmo chão se levantará um padrão pelo qual se conserve em memória a infâmia deste abominável réu... “
Assinado: Rainha Dona Maria I
E assim, numa manhã de sábado, 21 de abril de 1792, Tiradentes percorreu em procissão as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e onde fora armado o patíbulo. O Governo Geral tratou de transformar aquela numa demonstração de força da Coroa Portuguesa, fazendo verdadeira encenação. A leitura da sentença estendeu-se por dezoito horas, após a qual houve discursos de aclamação à rainha, e o cortejo munido de verdadeira fanfarra e composta por toda a tropa local.
Atualmente, onde se encontrava sua prisão, funcionou a Câmara dos Deputados na chamada "Cadeia Velha", que foi demolida e no local foi erguido o "Palácio Tiradentes" que funcionava como Câmara dos Deputados até a transferência da capital federal para Brasília. Tiradentes é considerado atualmente Patrono Cívico do Brasil, sendo a data de sua morte, 21 de abril, feriado nacional. Seu nome consta no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade - em Brasília, sendo considerado Herói Nacional.
A Praça Tiradentes em Ouro Preto - a principal da cidade, ponto de convergência, onde se reúnem os jovens e todos da cidade para contemplar a magnífica arquitetura em sua volta ou apenas para passar o tempo, refletir sobre o presente & passado, namorar... me fez "lembrar" a Piazza del Popolo (Roma). Não querendo comparar e “comparando”.
Alcune ricerche smentiscono l’immagine tradizionale, diffusa dal clero, dei vincoli matrimoniali sacri e indissolubili, unioni di fatto, la storia di sempre. Lo sentiamo dire tanto spesso che rischiamo di crederci. Bombardati dai sermoni vaticani sul matrimonio come «unione indissolubile tra un uomo e una donna», storditi dalla propaganda bigotta dei Family Days, colpevolizzati dal discorso pubblico laico intorno ai devastanti effetti sociali della «crisi della coppia», rischiamo di credere davvero nella favola di un bel tempo andato in cui la famiglia era un’istituzione armoniosa, stabile, coesa: papà-mamma- bambini felicemente riuniti sotto lo stesso tetto, senza tentazioni peccaminose né grilli per la testa, come Dio comanda. Giunge allora opportuno il lavoro degli storici, che non si accontentano di racconti favolosi. In una Storia del matrimonio (Il Mulino) appena pubblicata, Daniela Lombardi ci insegna a riconoscere come false le leggende più correnti sulla differenza tra il nostro oggi e lo ieri, o l’altro ieri. Falso che il celibato e il nubilato siano fenomeni caratteristici della modernità (nella Bologna del 1796, per esempio, quasi il 40 per cento degli adulti non era sposato). Falso che la sessualità fosse circoscritta entro i confini del matrimonio (in certe grandi città, il numero di nascite illegittime sfiorava il 50 per cento). E falso, in generale, il cliché della famigliola «tradizionale», non foss’altro perché la precarietà delle esistenze (epidemie, guerre, migrazioni) rendeva la vita di coppia costituzionalmente instabile, a rischio.
Con buona pace dei presuli di ogni tempo e dei teodem d’oggidì, gli studiosi insegnano sia la volatilità delle unioni coniugali del passato, sia la varietà dei modi storicamente praticati per metter su famiglia: insegnano la flessibilità — quasi l’elasticità — che per secoli ha contraddistinto la formazione delle coppie e le relazioni tra i sessi, in Italia come altrove in Europa. Coppie di fatto? Non c’è da attendere il Novecento, chissà quale Sessantotto, per incontrare uomini e donne che sceglievano di amarsi e di riprodursi fuori da ogni vincolo matrimoniale, senza «regolarizzare» la propria situazione davanti a un notaio né davanti a un prete. Le coppie di fatto rappresentavano una realtà diffusa già nell’Italia del Cinque e Seicento, come lo storico Giovanni Romeo dimostra bene nel libro Amori proibiti (Laterza).
Fino a quando la Chiesa della Controriforma non decise di rimediare drasticamente al problema, maestri del concubinato erano i sacerdoti. Nel primo Cinquecento, forse metà dei preti viveva more uxorio con la rispettiva perpetua, senza d’altronde che i parrocchiani si scandalizzassero più di tanto. E ancora dopo il Concilio di Trento, vinta la terribile guerra contro i «lutherani d’Italia», le autorità centrali e periferiche della Chiesa si concentrarono nella lotta contro la magia, la bestemmia, la bigamia, piuttosto che contro le coppie di fatto. Soltanto a partire dal Seicento la battaglia contro i concubini divenne prioritaria, per gerarchie vaticane sempre più ossessionate dall’idea di dover sorvegliare la sessualità delle donne.
Specialista di storia religiosa del Mezzogiorno, Romeo si concentra sulla più popolata, la più variopinta e (già allora) la più ingovernabile delle città italiane: Napoli. Un proverbiale porto di mare, una capitale abituata a fare i conti con genti diverse e usanze multiformi, baroni della terra e cortigiani di Spagna, chierici e artisti, puttane e vagabondi, marinai e soldati, musulmani ed ebrei. Una polveriera della carne e dello spirito, dove zelanti arcivescovi venuti da Roma cercarono di imporre le nuove regole della Controriforma: oltre all’obbligo di confessarsi regolarmente e di comunicarsi a Pasqua, il divieto di vivere da concubini.
Fossero le prostitute dei Quartieri spagnoli che coabitavano con il loro sfruttatore, o fossero le popolane troppo indigenti per presentarsi con una dote sul mercato dei matrimoni combinati, ma capaci lo stesso di rimediare un’anima gemella, migliaia di donne del Seicento vennero sottoposte a un articolato sistema di misure sanzionatorie (convocazioni in parrocchia, blitz nelle case, cartelli infamanti, minacce di scomunica) affinché ponessero fine allo scandalo del loro accoppiamento di fatto. Salvo trovare, il più delle volte, un modo per resistere. Urlando a squarciagola come Popa Mazza, la cortigiana calabrese che nel 1639 spiegò al vicinato che la scomunica della Chiesa lei la «teneva in culo». Oppure facendo finta di nulla, aspettando che la tempesta passasse…
Durante l’antico regime, le convenzioni sociali restringevano enormemente la libertà di scelta matrimoniale per uomini e donne. E tanto più nell’alta società, dove la posta in gioco, oltre a un titolo nobiliare, era un patrimonio che si voleva trasmettere integro ai discendenti. Da qui — all’opposto della piramide sociale rispetto alle coppie «’nnammecate » della Napoli plebea — un’altra forma di antidoto al regolatissimo mercato del matrimonio: la curiosa istituzione che è stata, nel tardo Seicento e soprattutto nel Settecento, il sistema del «cavalier servente». Cioè il matrimonio a tre fra una donna aristocratica, un marito di analoga condizione, e l’accompagnatore ufficiale della donna non sua, cui Roberto Bizzocchi ha dedicato ora uno studio altrettanto colto che godibile, Cicisbei (Laterza).
L’importanza del cicisbeismo nella vita italiana del XVIII secolo è illustrata da tutta una segnaletica artistica e letteraria: le incisioni di Longhi come i quadri di Tiepolo, le commedie di Goldoni come i versi di Parini. Ma Bizzocchi non si è limitato a registrare l’onnipresenza dei cicisbei nell’immaginario figurativo, teatrale, poetico, del secolo dei Lumi. Frugando dentro una gran massa di lettere, diari, memorie, Bizzocchi ha saputo riconoscere in quei lontani «triangoli» (semplicemente mondani, o anche affettivi, o anche sessuali) un pezzo di storia sociale e politica dell’Italia moderna.
In effetti, il cicisbeismo fu ben più che una valvola di sfogo per donne frustrate da un matrimonio di convenienza, e per ruspanti cadetti che le strategie ereditarie destinavano al celibato. Fu un vero e proprio gioco di ruoli inteso alla conservazione del primato nobiliare: non a caso si diffuse particolarmente nelle cosiddette Repubbliche aristocratiche, Venezia, Genova, Lucca. Per un «giovin signore», «servire» una dama senza sposarla, di notte come di giorno, era un buon modo per stare alla larga dai due ambienti che più rischiavano di irretirlo, il mondo delle carte da gioco e il mondo delle donne da strapazzo.
Ma il cicisbeismo ha rivestito, da ultimo, anche una valenza illuministica: è stato un esercizio di libertà personale — maschile e femminile — contro il dispotismo coniugale e familiare. Così capitò di viverlo a personaggi di prima grandezza del nostro Settecento, come Pietro Verri. Che lungamente servì da cicisbeo di Maddalena Isimbardi, la sorella di Cesare Beccaria. Al marito di lei, geloso peggio d’«un eunuco del Serraglio», Verri non riservava che disprezzo; mentre ammirava il temperamento focoso della sua Maddalena, «buona, amabile e selvaggia».
Tre libri appena pubblicati trattano delle relazioni familiari e sessuali nel passato: il saggio di Daniela Lombardi «Storia del matrimonio. Dal Medioevo a oggi» (pp. 296, e 18,50) è edito dal Mulino, mentre da Laterza sono usciti i libri di Giovanni Romeo «Amori proibiti. I concubini tra Chiesa e Inquisizione» (pp. 256, e 18) e di Roberto Bizzocchi «Cicisbei. Morale privata e identità nazionale in Italia» (pp. 360, e 20)
Sergio Luzzatto
Kassim era un hombre enfermizo, joyero de profesión, bien que no
tuviera tienda establecida. Trabajaba para las grandes casas, siendo
su especialidad el montaje de las piedras preciosas. Pocas manos como
las suyas para los engarces delicados. Con más arranque y habilidad
comercial, hubiera sido rico. Pero a los treinta y cinco años
proseguía en su pieza, aderezada en taller bajo la ventana.
Kassim, de cuerpo mezquino, rostro exangüe sombreado por rala barba
negra, tenía una mujer hermosa y fuertemente apasionada. La joven, de
origen callejero, había aspirado con su hermosura a un más alto
enlace. Esperó hasta los veinte años, provocando a los hombres y a sus
vecinas con su cuerpo. Temerosa al fin, aceptó nerviosamente a Kassim.
No más sueños de lujo, sin embargo. Su marido, hábil--artista
aún,--carecía completamente de carácter para hacer una fortuna. Por lo
cual, mientras el joyero trabajaba doblado sobre sus pinzas, ella, de
codos, sostenía sobre su marido una lenta y pesada mirada, para
arrancarse luego bruscamente y seguir con la vista tras los vidrios al
transeunte de posición que podía haber sido su marido.
Cuanto ganaba Kassim, no obstante, era para ella. Los domingos
trabajaba también a fin de poderle ofrecer un suplemento. Cuando María
deseaba una joya--¡y con cuánta pasión deseaba ella!--trabajaba de
noche. Después había tos y puntadas al costado; pero María tenía sus
chispas de brillante.
Poco a poco el trato diario con las gemas llegó a hacerle amar las
tareas del artífice, y seguía con ardor las íntimas delicadezas del
engarce. Pero cuando la joya estaba concluída--debía partir, no era
para ella,--caía más hondamente en la decepción de su matrimonio. Se
probaba la alhaja, deteniéndose ante el espejo. Al fin la dejaba por
ahí, y se iba a su cuarto. Kassim se levantaba al oir sus sollozos, y
la hallaba en la cama, sin querer escucharlo.
--Hago, sin embargo, cuanto puedo por ti,--decía él al fin,
tristemente.
Los sollozos subían con esto, y el joyero se reinstalaba lentamente en
su banco.
Estas cosas se repitieron, tanto que Kassim no se levantaba ya a
consolarla. ¡Consolarla! ¿de qué? Lo cual no obstaba para que Kassim
prolongara más sus veladas a fin de un mayor suplemento.
Era un hombre indeciso, irresoluto y callado. Las miradas de su mujer
se detenían ahora con más pesada fijeza sobre aquella muda
tranquilidad.
--¡Y eres un hombre, tú!--murmuraba.
Kassim, sobre sus engarces, no cesaba de mover los dedos.
--No eres feliz conmigo, María--expresaba al rato.
--¡Feliz! ¡Y tienes el valor de decirlo! ¿Quién puede ser feliz
contigo? ¡Ni la última de las mujeres!... ¡Pobre diablo!--concluía con
risa nerviosa, yéndose.
Kassim trabajaba esa noche hasta las tres de la mañana, y su mujer
tenía luego nuevas chispas que ella consideraba un instante con los
labios apretados.
--Sí... ¡no es una diadema sorprendente!... ¿cuando la hiciste?
--Desde el martes--mirábala él con descolorida ternura--dormías de
noche...
--¡Oh, podías haberte acostado!... ¡Inmensos, los brillantes!
Porque su pasión eran las voluminosas piedras que Kassim montaba.
Seguía el trabajo con loca hambre de que concluyera de una vez, y
apenas aderezada la alhaja, corría con ella al espejo. Luego, un
ataque de sollozos.
--¡Todos, cualquier marido, el último, haría un sacrificio para
halagar a su mujer! Y tú... y tú... ni un miserable vestido que
ponerme, tengo!
Cuando se franquea cierto límite de respeto al varón, la mujer puede
llegar a decir a su marido cosas increíbles.
La mujer de Kassim franqueó ese límite con una pasión igual por lo
menos a la que sentía por los brillantes. Una tarde, al guardar sus
joyas, Kassim notó la falta de un prendedor--cinco mil pesos en dos
solitarios.--Buscó en sus cajones de nuevo.
--¿No has visto el prendedor, María? Lo dejé aquí.
--Sí, lo he visto.
--¿Dónde está?--se volvió extrañado.
--¡Aquí!
Su mujer, los ojos encendidos y la boca burlona, se erguía con el
prendedor puesto.
--Te queda muy bien--dijo Kassim al rato.--Guardémoslo.
María se rió.
--Oh, no! es mío.
--Broma?...
--Sí, es broma! ¡es broma, sí! ¡Cómo te duele pensar que podría ser
mío... Mañana te lo doy. Hoy voy al teatro con él.
Kassim se demudó.
--Haces mal... podrían verte. Perderían toda confianza en mí.
--¡Oh!--cerró ella con rabioso fastidio, golpeando violentamente la
puerta.
Vuelta del teatro, colocó la joya sobre el velador. Kassim se levantó
y la guardó en su taller bajo llave. Al volver, su mujer estaba
sentada en la cama.
--¡Es decir, que temes que te la robe! ¡Qué soy una ladrona!
--No mires así... Has sido imprudente, nada más.
--¡Ah! ¡Y a ti te lo confían! ¡A ti, a ti! ¡Y cuando tu mujer te pide
un poco de halago, y quiere... me llamas ladrona a mí! ¡Infame!
Se durmió al fin. Pero Kassim no durmió.
Entregaron luego a Kassim para montar, un solitario, el brillante más
admirable que hubiera pasado por sus manos.
--Mira, María, qué piedra. No he visto otra igual.
Su mujer no dijo nada; pero Kassim la sintió respirar hondamente sobre
el solitario.
--Una agua admirable...--prosiguió él--costará nueve o diez mil pesos.
--Un anillo!--murmuró María al fin.
--No, es de hombre... Un alfiler.
A compás del montaje del solitario, Kassim recibió sobre su espalda
trabajadora cuanto ardía de rencor y cocotaje frustrado en su mujer.
Diez veces por día interrumpía a su marido para ir con el brillante
ante el espejo. Después se lo probaba con diferentes vestidos.
--Si quieres hacerlo después...--se atrevió Kassim.--Es un trabajo
urgente.
Esperó respuesta en vano; su mujer abría el balcón.
--María, te pueden ver!
--Toma! ¡ahí está tu piedra!
El solitario, violentamente arrancado, rodó por el piso.
Kassim, lívido, lo recogió examinándolo, y alzó luego desde el suelo
la mirada a su mujer.
--Y bueno, ¿por qué me miras así? ¿Se hizo algo tu piedra?
--No--repuso Kassim. Y reanudó en seguida su tarea, aunque las manos
le temblaban hasta dar lástima.
Pero tuvo que levantarse al fin a ver a su mujer en el dormitorio, en
plena crisis de nervios. El pelo se había soltado y los ojos le salían
de las órbitas.
--¡Dame el brillante!--clamó.--¡Dámelo! ¡Nos escaparemos! ¡Para mí!
¡Dámelo!
--María...--tartamudeó Kassim, tratando de desasirse.
--¡Ah!--rugió su mujer enloquecida.--¡Tú eres el ladrón, miserable!
¡Me has robado mi vida, ladrón, ladrón! Y creías que no me iba a
desquitar... cornudo! ¡Ajá! Mírame... no se te había ocurrido nunca,
¿eh? ¡Ah!--y se llevó las dos manos a la garganta ahogada. Pero cuando
Kassim se iba, saltó de la cama y cayó, alcanzando a cogerlo de
un botín.
--¡No importa! ¡El brillante, dámelo! ¡No quiero más que eso! ¡Es mío,
Kassim miserable!
Kassim la ayudó a levantarse, lívido.
--Estás enferma, María. Después hablaremos... acuéstate.
--¡Mi brillante!
--Bueno, veremos si es posible... acuéstate.
--Dámelo!
La bola montó de nuevo a la garganta.
Kassim volvió a trabajar en su solitario. Como sus manos tenían una
seguridad matemática, faltaban pocas horas ya.
María se levantó para comer, y Kassim tuvo la solicitud de siempre con
ella. Al final de la cena su mujer lo miró de frente.
--Es mentira, Kassim--le dijo.
--¡Oh!--repuso Kassim sonriendo--no es nada.
--¡Te juro que es mentira!--insistió ella.
Kassim sonrió de nuevo, tocándole con torpe cariño la mano.
--¡Loca! Te digo que no me acuerdo de nada.
Y se levantó a proseguir su tarea. Su mujer, con la cara entre las
manos, lo siguió con la vista.
--Y no me dice más que eso...--murmuró. Y con una honda náusea por
aquello pegajoso, fofo e inerte que era su marido, se fué a su cuarto.
No durmió bien. Despertó, tarde ya, y vió luz en el taller; su marido
continuaba trabajando. Una hora después, éste oyó un alarido.
--¡Dámelo!
--Sí, es para ti; falta poco, María--repuso presuroso, levantándose.
Pero su mujer, tras ese grito de pesadilla, dormía de nuevo. A las dos
de la mañana Kassim pudo dar por terminada su tarea; el brillante
resplandecía, firme y varonil en su engarce. Con paso silencioso fué
al dormitorio y encendió la veladora. María dormía de espaldas, en la
blancura helada de su camisón y de la sábana.
Fué al taller y volvió de nuevo. Contempló un rato el seno casi
descubierto, y con una descolorida sonrisa apartó un poco más el
camisón desprendido.
Su mujer no lo sintió.
No había mucha luz. El rostro de Kassim adquirió de pronto una dura
inmovilidad, y suspendiendo un instante la joya a flor del seno
desnudo, hundió, firme y perpendicular como un clavo, el alfiler
entero en el corazón de su mujer.
Hubo una brusca apertura de ojos, seguida de una lenta caída de
párpados. Los dedos se arqueron, y nada más.
La joya, sacudida por la convulsión del ganglio herido, tembló un
instante desequilibrada. Kassim esperó un momento; y cuando el
solitario quedó por fin perfectamente inmóvil, pudo entonces
retirarse, cerrando tras de sí la puerta sin hacer ruido.
HoracioQuiroga
Charles BAUDELAIRE
1821 - 1867
La destruction
Sans cesse à mes côtés s'agite le Démon ;
Il nage autour de moi comme un air impalpable ;
Je l'avale et le sens qui brûle mon poumon
Et l'emplit d'un désir éternel et coupable.
Parfois il prend, sachant mon grand amour de l'Art,
La forme de la plus séduisante des femmes,
Et, sous de spécieux prétextes de cafard,
Accoutume ma lèvre à des philtres infâmes.
Il me conduit ainsi, loin du regard de Dieu,
Haletant et brisé de fatigue, au milieu
Des plaines de l'Ennui, profondes et désertes,
Et jette dans mes yeux pleins de confusion
Des vêtements souillés, des blessures ouvertes,
Et l'appareil sanglant de la Destruction !
English
Rafael Bordalo Pinheiro (21 March 1846 - 23 January 1905) was a Portuguese artist known for his illustration, caricatures, sculpture and ceramics designs, and is considered the first Portuguese comics creator.
Life
He was a disciple of his father, the painter Manuel Maria Bordalo Pinheiro, and brother of painter Columbano and mother D. Maria Augusta do Ó Carvalho Prostes. He started publishing illustrations and caricatures in humoristic magazines such as A Berlinda and O Calcanhar de Aquiles, frequently demonstrating a sarcastic humour with a political or social message.
In 1875 he travelled to Brazil to work as an illustrator and cartoonist for the publication Mosquito (and later,another publication called O Besouro), which was also employing the Italian/Brazilian illustrator Angelo Agostini, until then the unrivaled cartooning authority of Brazil. Pinheiro eventually became editor of other humorous, politically critical magazines. His fame as a caricaturist led the Illustrated London News to become one of his collaborators.
In 1875, Bordalo Pinheiro created the cartoon character Zé Povinho, a Portuguese everyman, portrayed as a poor peasant. Zé Povinho became, and still is, the most popular character in Portugal.
In Zé Povinho, as in his other works, Bordalo Pinheiro's drawing style was innovative and influential, making extensive use of onomatopoeia, graphical signs (such as those to used represent movement), strong images (the manguito), and his unique style of mixing punctuation marks, such as brackets, with drawing.
In 1885, he founded a ceramics factory in Caldas da Rainha, where he created many of the pottery designs for which this city is known. The factory is still in business.
Português
Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro (Lisboa, 21 de Março de 1846 — 23 de Janeiro de 1905) foi um artista português, de obra vasta dispersa por largas dezenas de livros e publicações, precursor do cartaz artístico em Portugal, desenhador, aguarelista, ilustrador, decorador, caricaturista político e social, jornalista, ceramista e professor. O seu nome está intimamente ligado à caricatura portuguesa, à qual deu um grande impulso, imprimindo-lhe um estilo próprio que a levou a uma visibilidade nunca antes atingida. É o autor da representação popular do Zé Povinho, que se veio a tornar num símbolo do povo português. Entre seus irmãos estava o pintor Columbano Bordalo Pinheiro.
O Museu Rafael Bordalo Pinheiro, em Lisboa, reúne a sua obra.
Biografia
Nascido Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro , filho de Manuel Maria Bordalo Pinheiro (1815-1880) e D. Maria Augusta do Ó Carvalho Prostes, em família de artistas, cedo ganhou o gosto pelas artes. Em 1860 inscreveu-se no Conservatório e posteriormente matriculou-se sucessivamente na Academia de Belas Artes (desenho de arquitectura civil, desenho antigo e modelo vivo), no Curso Superior de Letras e na Escola de Arte Dramática, para logo de seguida desistir. Estreou-se no Teatro Garrett embora nunca tenha vindo a fazer carreira como actor.
Em 1863, o pai arranjou-lhe um lugar na Câmara dos Pares, onde acabou por descobrir a sua verdadeira vocação, derivado das intrigas políticas dos bastidores.
Desposou Elvira Ferreira de Almeida em 1866 e no ano seguinte nasceu o seu filho Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro.
Começou por tentar ganhar a vida como artista plástico com composições realistas apresentando pela primeira vez trabalhos seus em 1868 na exposição promovida pela Sociedade Promotora de Belas-Artes, onde apresentou oito aguarelas inspiradas nos costumes e tipos populares, com preferência pelos campinos de trajes vistosos. Em 1871 recebeu um prémio na Exposição Internacional de Madrid. Paralelamente foi desenvolvendo a sua faceta de ilustrador e decorador.
Em 1875 criou a figura do Zé Povinho, publicada n'A Lanterna Mágica. Nesse mesmo ano, partiu para o Brasil onde colaborou em alguns jornais e enviava a sua colaboração para Lisboa, voltando a Portugal em 1879, tendo lançado O António Maria.
Experimentou trabalhar o barro em 1885 e começou a produção de louça artística na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.
Faleceu a 23 de Janeiro de 1905 em Lisboa, no nº 28 da rua da Abegoaria (actual Largo Raphael Bordallo-Pinheiro), no Chiado, freguesia do Sacramento, em Lisboa.
O desenhador
Raphael Bordallo-Pinheiro deixou um legado iconográfico verdadeiramente notável,tendo produzido dezenas de litografias. Compôs inúmeros desenhos para almanaques, anúncios e revistas estrangeiras como El Mundo Comico (1873-74), Ilustrated London News, Ilustracion Española y Americana (1873), L'Univers Illustré e El Bazar. Fez desenhos em álbuns de senhoras, foi o autor de capas e de centenas de ilustrações em livros, e em folhas soltas deixou portraits-charge de diversas personalidades. Começou a fazer caricatura por brincadeira como aconteceu nas paredes dos claustros do edifício onde dava aulas o Professor Jaime Moniz, onde apareceram, desenhados a ponta de charuto, as caricaturas dos mestres. Mas é a partir do êxito alcançado pel'O Dente da Baronesa (1870), folha de propaganda a uma comédia em 3 actos de Teixeira de Vasconcelos, que Bordalo entra definitivamente para a cena do humorismo gráfico.
Dotado de um grande sentido de humor mas também de uma crítica social bastante apurada e sempre em cima do acontecimento, caricaturou todas as personalidades de relevo da política, da Igreja e da cultura da sociedade portuguesa. Apesar da crítica demolidora de muitos dos seus desenhos, as suas características pessoais e artísticas cedo conquistaram a admiração e o respeito público que tiveram expressão notória num grande jantar em sua homenagem realizado na sala do Teatro Nacional D. Maria II, em 6 de Junho de 1903 que, de forma inédita, congregou à mesma mesa praticamente todas as figuras que o artista tinha caricaturado.
Na sua figura mais popular, o Zé Povinho, conseguiu projectar a imagem do povo português de uma forma simples mas simultaneamente fabulosa, atribuindo um rosto ao país. O Zé Povinho continua ainda hoje a ser retratado e utilizado por diversos caricaturistas para revelar de uma forma humorística os podres da sociedade.
Foi ele que se fez "ouvir" com as suas caricaturas da queda da monarquia.
O ceramista
Tendo aceitado o convite para chefiar o setor artístico da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha (1884), aí criou o segundo momento de renovação da cerâmica Caldense. Raphael Bordallo-Pinheiro dedicou-se à produção de peças de cerâmica que, nas suas mãos, rapidamente, adquiriram um cunho original. Jarras, vasos, bilhas, jarrões, pratos e outras peças demonstram um labor tão frenético e criativo quanto barroco e decorativista, características, aliás, também presentes nos seus trabalhos gráficos. Mas Bordalo não se restringiu apenas à fabricação de loiça ornamental. Além de ter desenhado uma baixela de prata da qual se destaca um originalíssimo faqueiro que executou para o 3º visconde de S. João da Pesqueira, satisfez dezenas de pequenas e grandes encomendas para a decoração de palacetes: azulejos, painéis, frisos, placas decorativas, floreiras, fontes-lavatório, centros de mesa, bustos, molduras, caixas, e também broches, alfinetes, perfumadores, etc.
No entanto, a cerâmica também não poderia excluir as figuras do seu repertório. A par das esculturas que modelou para as capelas do Buçaco representando cinquenta e duas figuras da Via Sacra, Bordalo apostou sobretudo nas que lhe eram mais gratas: O Zé Povinho (que será representado em inúmeras atitudes), a Maria Paciência, a mamuda ama das Caldas, o polícia, o padre tomando rapé e o sacristão de incensório nas mãos, a par de muitos outros.
Embora financeiramente, a fábrica se ter revelado um fracasso, a genialidade deste trabalho notável teve expressão nos prémios conquistados: uma medalha de ouro na Exposição Colombiana de Madrid em 1892, em Antuérpia (1894), novamente em Madrid (1895), em Paris (1900), e nos Estados Unidos, em St. Louis (1904).
O Jornalista
Raphael Bordallo-Pinheiro destacou-se sobretudo como um homem de imprensa. Durante cerca de 35 anos (de 1870 a 1905) foi a alma de todos os periódicos que dirigiu quer em Portugal, quer nos três anos que trabalhou em terras brasileiras.
Semanalmente, durante as décadas referidas, os seus periódicos debruçaram-se sobre a sociedade portuguesa nos mais diversos quadrantes, de uma forma sistemática e pertinente.
Em 1870 lançou três publicações: "O Calcanhar de Aquiles", "A Berlinda" e "O Binóculo", este último, um semanário de caricaturas sobre espectáculos e literatura, talvez o primeiro jornal, em Portugal, a ser vendido dentro dos teatros. Seguiu-se o "M J ou a História Tétrica de uma Empresa Lírica", em 1873. Todavia, foi "A Lanterna Mágica", em 1875, que inaugurou a época da actividade regular deste jornalista "sui generis" que, com todo o desembaraço, ao longo da sua actividade, fez surgir e também desaparecer inúmeras publicações. Seduzido pelo Brasil, também aí (de 1875 a 1879) animou "O Mosquito", o "Psit!!!" e "O Besouro", tendo tido tanto impacto que, numa obra recente, intitulada "Caricaturistas Brasileiros", Pedro Corrêa do Lago lhe dedica diversas páginas, enfatizando o seu papel,,,,
"O António Maria", nas suas duas séries (1879-1885 e 1891-1898), abarcando quinze anos de actividade jornalística, constitui a sua publicação de referência. Ainda fruto do seu intenso labor, "Pontos nos ii" são editados entre 1885-1891 e "A Paródia", o seu último jornal, surge em 1900.
A seu lado, nos periódicos, estiveram Guilherme de Azevedo, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão, João Chagas, Marcelino Mesquita e muitos outros, com contributos de acentuada qualidade literária. Daí que estas publicações constituam um espaço harmonioso em que o material textual e o material icónico se cruzam de uma forma polifónica.
Vivendo numa época caracterizada pela crise económica e política, Raphael enquanto homem de imprensa soube manter uma indiscutível independência face aos poderes instituídos, nunca calando a voz, pautando-se sempre pela isenção de pensamento e praticando o livre exercício de opinião. Esta atitude granjeou um apoio público tal que, não obstante as tentativas, a censura nunca logrou silenciá-lo. E, todas as quintas-feiras, dia habitual da saída do jornal, o leitor e observador podia contar com os piparotes costumeiros, com uma crítica a que se juntava o divertimento. Mas como era natural, essa independência e o enfrentar dos poderes instituídos originaram-lhe alguns problemas como por exemplo o retirar do financiamento d'O António Maria como represália pela crítica ao partido do seu financiador. Também no Brasil arranjou problemas, onde chegou mesmo a receber um cheque em branco para se calar com a história de um ministro conservador metido com contrabandistas. Quando percebe que a sua vida começa a correr perigo, volta a Portugal, não sem antes deixar uma mensagem:
".... não estamos filiados em nenhum partido; se o estivéssemos, não seríamos decerto conservadores nem liberais. A nossa bandeira é a VERDADE. Não recebemos inspirações de quem quer que seja e se alguém se serve do nosso nome para oferecer serviços, que só prestamos à nossa consciência e ao nosso dever, - esse alguém é um infame impostor que mente." ( O Besouro, 1878)
O Homem e o Teatro
Com 14 anos apenas, integrado num grupo de amadores, pisou como actor o palco do teatro Garrett, inscrevendo-se depois na Escola de Arte Dramática que, devido à pressão da parte do pai, acabou por abandonar. Estes inícios — se revelaram que o talento de Raphael Bordallo-Pinheiro não se direccionava propriamente para a carreira de actor — selaram, porém, uma relação com a arte teatral que não mais abandonou.
Tendo esporadicamente desenhado figurinos e trabalhado em cenários, Raphael Bordallo-Pinheiro foi sobretudo um amante do teatro. Era espectador habitual das peças levadas à cena na capital, frequentava assiduamente os camarins dos artistas, participava nas tertúlias constituídas por críticos, dramaturgos e actores. E transpunha, semana a semana, o que via e sentia, graficamente, nos jornais que dirigia. O material iconográfico legado por Raphael Bordallo-Pinheiro adquire, neste contexto, uma importância extrema porque permite perceber muito do que foi o teatro, em Portugal, nessas décadas.
Em centenas de caricaturas, Raphael Bordallo-Pinheiro faz aparecer o espectáculo, do ponto de vista da produção: desenha cenários, revela figurinos, exibe as personagens em acção, comenta prestações e critica 'gaffes'. A par disso, pelo seu lápis passam também as mais variadas reacções do público: as palmas aos sucessos, muitos deles obra de artistas estrangeiros, já que Lisboa fazia parte do circuito internacional das companhias; as pateadas estrondosas quando o público se sentia defraudado; os ecos dos bastidores; as anedotas que circulavam; as bisbilhotices dos camarotes enfim, todo um conjunto de aspectos que têm a ver com a recepção do espectáculo e que ajudam a compreender o que era o teatro e qual o seu papel na Lisboa oitocentista.
OURO PRETO - Minas Gerais
A Cidade... pelas ruas da cidade.
A origem de Ouro Preto está no arraial do Padre Faria, fundado pelo Bandeirante Antônio Dias de Oliveira, pelo Padre João de Faria Fialho e pelo Coronel Tomás Lopes de Camargo e um irmão deste, por volta de 1698.
A cidade tem o nome de Ouro Preto devido a uma característica do mineral aqui encontrado na época: o ouro era escurecido por uma camada de paládio, dando-lhe tonalidade diferente da normal, com uma especial qualidade.
E o ouro começou a chegar em Portugal. Em 1697, o embaixador francês Rouillé menciona chegada de ouro "peruano", cita 115,2 quilos. Godinho, sem citar a fonte, menciona 725 quilos para 1699. E em 1701, a chegada de 1.785 quilos de ouro em Portugal, extraídos desta cidade.
Nenhum outro município brasileiro acumulou tantos fatos históricos relevantes à construção da memória nacional como este vasto município. Destacam-se, marcos importantes da história brasileira. Foi sede do movimento revolucionário conhecido como “Inconfidência Mineira”. Foi a primeira cidade brasileira a ser declarada pela UNESCO, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, no ano de 1980. A cidade de Ouro Preto também reúne um dos conjuntos mais homogêneos e completos de arte barroca do mundo.
DADOS:
1.Localização: Serra do Espinhaço - Zona Metalúrgica de Minas Gerais (Quadrilátero Ferrífero).
2.Ponto mais alto do município: Pico do Itacolomi, com 1.772 metros.
3.Distância de: Belo Horizonte (96 Km) - Rio de Janeiro (482 Km) - São Paulo (696 Km) - Brasília (860 Km) - Natal (2.444 Km)
4.Altitude: 1.179 metros.
5.População: 70.227 habitantes (IBGE -2010)
6.Clima: Úmido, característico das regiões montanhosas, com chuvas durante os meses de dezembro e março.
7.Temperatura média: Mínima 6º (Julho) - Máxima 28º (Janeiro) – Média anual 17º.
8.Rios: Nascente do Rio das Velhas, Piracicaba, Gualacho, Mainart e Ribeirão do Funil.
9.Datas Importantes:
24 de Junho de 1698 - Fundação do arraial, o Bandeirante Antônio Dias chegava na região.
08 de Julho de 1711 - Elevação à Vila (Vila Rica).
24 de Fevereiro de 1823 - Elevação à Cidade (Imperial Cidade de Ouro Preto).
1839 - Foi criado a Escola de Farmácia, a primeira da América do Sul.
12 de outubro de 1876 - A pedido de D. Pedro II do Brasil, Claude Henri Gorceix fundou a Escola de Minas em Ouro Preto. Esta foi a primeira escola de estudos mineralógicos, geológicos e metalúrgicos do Brasil, que hoje é uma das principais instituições de engenharia do País.
1897 - Ouro Preto perde o status de capital mineira.
12 de Julho de 1966 - Tombamento pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN).
05 de setembro de 1980 - Tombamento pela UNESCO (Monumento Mundial da Humanidade.)
10.Gentílico: Ouropretano.
NOTA:
Joaquim José da Silva Xavier - o Tiradentes (12/Nov.1746 - 21/Abr.1792), executado e esquartejado, ora se encontra a Praça Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro, com seu sangue se lavrou a certidão de que estava cumprida a sentença, tendo sido declarados infames a sua memória e os seus descendentes. Por ordem da Rainha Dona Maria I, sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica (Ouro Preto), tendo sido rapidamente cooptada e nunca mais localizada; os demais restos mortais foram distribuídos ao longo do Caminho Novo: Santana de Cebolas (atual Inconfidência, distrito de Paraíba do Sul), Varginha do Lourenço, Barbacena e Queluz (antiga Carijós, atual Conselheiro Lafaiete), lugares onde fizera seus discursos revolucionários. Arrasaram a casa em que morava, jogando-se sal ao terreno para que nada lá germinasse.
A Carta... a Sentença da execução de Tiradentes, encontra-se na Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica (Ouro Preto), atual Museu da Inconfidência. O conteúdo é de arrepiar, mas devo confessar que a caligrafia, é uma das coisas mais linda. A Sentença diz:
“... seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca, e nela morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica, onde no lugar mais público dela, será pregada em um poste alto, até que o tempo a consuma, e o seu corpo será dividido em quatro quartos, e pregados em postes, pelo caminho de Minas, no sítio da Varginha e das Cebolas, onde o réu teve as suas infames práticas, e os mais nos sítios das maiores povoações, até que o tempo também os consuma, declaram o réu infame, e seus filhos e netos tendo-os, e os seus bens aplicam para o Fisco e Câmara Real, e a casa em que vivia em Vila Rica será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão se edifique, e não sendo própria será avaliada e paga a seu dono pelos bens confiscados, e mesmo chão se levantará um padrão pelo qual se conserve em memória a infâmia deste abominável réu... “
Assinado: Rainha Dona Maria I
E assim, numa manhã de sábado, 21 de abril de 1792, Tiradentes percorreu em procissão as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e onde fora armado o patíbulo. O Governo Geral tratou de transformar aquela numa demonstração de força da Coroa Portuguesa, fazendo verdadeira encenação. A leitura da sentença estendeu-se por dezoito horas, após a qual houve discursos de aclamação à rainha, e o cortejo munido de verdadeira fanfarra e composta por toda a tropa local.
Atualmente, onde se encontrava sua prisão, funcionou a Câmara dos Deputados na chamada "Cadeia Velha", que foi demolida e no local foi erguido o "Palácio Tiradentes" que funcionava como Câmara dos Deputados até a transferência da capital federal para Brasília. Tiradentes é considerado atualmente Patrono Cívico do Brasil, sendo a data de sua morte, 21 de abril, feriado nacional. Seu nome consta no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade - em Brasília, sendo considerado Herói Nacional.
A Praça Tiradentes em Ouro Preto - a principal da cidade, ponto de convergência, onde se reúnem os jovens e todos da cidade para contemplar a magnífica arquitetura em sua volta ou apenas para passar o tempo, refletir sobre o presente & passado, namorar... me fez "lembrar" a Piazza del Popolo (Roma). Não querendo comparar e “comparando”.
Fundada en 1976 por alumnos y frailes Agustinos.
El 13 de julio del año 1976 se aprueban los Estatutos de la Hermandad. La primera salida procesional se realizó el 8 de abril de 1977,como invitados de la Sangre de Cristo en la Procesión del Santo Entierro de Zaragoza. Es la única cofradía de Zaragoza que no es filial de la Sangre de Cristo. El domingo de Resurrección de ese mismo año se realizó la primera procesión de Pascua por el interior del Colegio de San Agustín , todavía sin imágenes.
Ese mismo año se crea la sección de instrumentos: tambores, timbales y bombos. En 1989 se añaden cornetas y heraldos a la sección.
En sus orígenes todas las secciones de la Hermandad llevaban cubierto el rostro mediante capirote o tercerol indistintamente, excepto la de instrumentos que llevaba tercerol exclusivamente. En 1980 se acordó definitivamente que todos los hermanos portasen tercerol.
El Domingo de Resurrección de 1979 se realizó el primer Encuentro delante de la Basílica de Santa Engracia, donde se encontraron Cristo Resucitado con una Virgen propiedad de dicha Basílica.
El Jueves Santo de 1981 procesionó por primera vez la imagen de la Virgen de la Esperanza y del Consuelo en un Vía Crucis junto a la Cofradía de Jesús Camino del Calvario. El Domingo de Resurrección de dicho año fue la primera vez que realiza el Encuentro Glorioso en la Plaza del Pilar, donde se encontraron la Virgen de la Esperanza, en procesión desde el Convento de San Agustín (Hnas. Agustinas), con el Cristo Resucitado, desde el Colegio de los PP. Agustinos. En el momento del encuentro los hermanos se descubren el rostro como signo de alegría y gozo por la Resurrección del Señor, volviendo de esta forma hasta el Colegio de San Agustín. Este acto se repitió en esta forma hasta el año 1.984, en que fueron invitados a colaborar con el Arzobispado en la celebración de la Vigilia Pascual en la Basilica del Pilar, estando presente la Imagen del Cristo Resucitado y presidida por el Excmo. Arzobispo de Zaragoza. Al tener el gran honor de poder pernoctar el Cristo Resucitado dentro de la Basílica, se realizaron los cambios procesionales necesarios para poder celebrar el Encuentro Glorioso, en la Plaza del Pilar el Domingo de Resurrección a mediodía.
En 1990, se incorpora la Imagen del Cristo del Buen Amor; la primera vez salió a la calle para celebrar un Vía Crucis el Viernes de Dolor. Posteriormente, este Via Crucis se realiza por el interior de la Iglesia Parroquial de Santa Rita de Casia con la colaboración de todos los grupos parroquiales. Dejando su salida procesional en Peana a hombros de 8 hermanos y hermanas el Jueves Santo.
Esta Hermandad, estrena en la Semana Santa del año 2003 una nueva Cruz Inmemorian.
SEDE CANONICA: Iglesia de Sta. Rita de Casia (PP Agustinos).
PASOS: Sacan procesionalmente dos pasos Cristo Resucitado (1977) y Nuestra Sra. de la Esperanza (1981), realizados por D. Jorge Albareda.
Paso del Cristo Resucitado. Dimensiones: 3 m.x 2 m. Procesiona sobre ruedas empujado por 10 hermanos (hombres). Peso aprox. desconocido. Lleva grecas de tipo neoclásico muy sencillas, y faldas de terciopelo azul desde las grecas hasta el suelo. Lleva 4 faroles dorados, con cristales translúcidos, en los que se ha grabado el escudo de la Hermandad. Cuatro barras doradas sirven para empujar el paso.
La imagen del Cristo Resucitado fue tallada por Jorge Albareda en el año 1978. Mide 2,5 metros, es de madera de cedro finlandés ligeramente policromada, y representa a Nuestro Señor en actitud de elevarse hacia los cielos, con los brazos ligeramente extendidos y mirando hacia arriba.
Paso de Nuestra Señora de la Esperanza. Dimensiones: 3 m.x 2 m. Procesiona empujado por 10 hermanas (mujeres). Al igual que el anterior, tiene unas sencillas grecas y un farol plateado - de 3 brazos - en cada una de las cuatro esquinas. También lleva faldas, del mismo color azul que las del Paso del Cristo. Cuatro barras, en este caso plateadas, sirven para empujar el paso.
La imagen de Nuestra Señora de la Esperanza y del Consuelo, también tallada por Jorge Albareda, data del año 1980. Es de madera policromada, y representa a una mujer de unos 40 años -la Virgen- caminando con los brazos abiertos y con un gesto de dulzura en el rostro.
Peana del Cristo del Buen Amor. Es llevada a hombros por 8 hermanas/os. Sobre un soporte metálico se levanta el armazón de madera (que sostiene al Cristo Crucificado), decorado con grecas sencillas y faldas de terciopelo azul. Las dos barras que sirven para portar la peana, provistas de 8 almohadillas, se apoyan en los hombros de los portadores/as. Un pequeño foco halógeno ilumina el rostro del Crucificado.
El Cristo del Buen Amor es una imagen, de autor desconocido, que probablemente date de los años 30, época en la que fue fundado el Colegio de San Agustín. Es de dimensiones reducidas (1,5 metros) y representa a Cristo crucificado.
ANAGRAMA: Formado por las letras H, C y R, iniciales de Hermandad de Cristo Resucitado, en color azul. Alrededor, en forma de orla, aparece la inscripcion: "Santa Maria de la Esperanza y del Consuelo-Zaragoza", bordada en color amarillo. Se remata el conjunto con una cruz de color marron, de donde surgen rayos dorados. Simboliza la cruz desnuda que recibe los rayos del sol en el alba del Domingo de Pascua y nos recuerda la Resurreccion del Señor.
La Real Hermandad de Cristo Resucitado decidió, en Capítulo General celebrado el pasado diciembre, la sustitución de su escudo. El nuevo diseño está compuesto por una cruz florenzada radiante en color oro, timbrada por la corona real española, sobre cuya cruceta se entrecruzan las iniciales H, C, R (de Hermandad de Cristo Resucitado), formando un anagrama de diseño curvo de color azul. A los pies de la cruz, en una cinta, aparece el lema “Resurrexit sicut dixit” (Lc 21, 40). Tanto la cruz radiante como el versículo bíblico aluden a la Resurrección del Señor, tras la cual, la cruz pasó de ser infamante instrumento de tortura a ser signo glorioso de Redención. Desde ella irradia la luz de Cristo que “libra de la tiniebla que cubría el orbe entero” (de la liturgia de la Vigilia Pascual). La corona real cerrando el escudo por la parte superior recuerda el título de Real concedido el 18 de diciembre de 2001 por S.M. D. Juan Carlos I.
HABITO: Visten túnica blanca, cíngulo blanco y tercerol azul claro.
ESTANDARTE: Es de raso blanco bordado con hilos de seda y oro, fue realizado en 1977 por algunas hermanas, para lo que aprovecharon bordados procedentes de una bandera que se encontraba en el Colegio de San Agustin y que debia de ser de los años 40.
En 1994 se cambio la tela y se restauro.
En su anverso figura el anagrama de la Hermandad y en el reverso el escudo de San Agustin y la inscripcion: "PP. Agustinos - 1977".
ATRIBUTOS: Guion (Hermanas de la Hermandad 1977), Cruz guia (1983), Guion de la Virgen (Hermanas de la Hermandad 1983), Guion de tambores (Hermanas de la Hermandad 1984), Pebeteros (2) (1985, Cruz In-memorian (Jose Felez, 1985 y reformada por Marzal-Sierra 20034), Mazas de cierre (4) (Talleres Juste 1991), Cetros (8) (Arte Religioso "El Angel" Madrid 2002), Reposteros (7) (Hermanas de la Hermandad 1988).
Más sobre la Semana Santa de Zaragoza, en mi web: www.capirotesyterceroles.com
ROMA ARCHEOLOGIA, ARCHITETTURA e BENI CULTURALI: Dr. Arch. Sergio Cardone, "Via dei Fori, via dai Fori," La torre di Babele ( 17 agosto 2013).
Via dei Fori, via dai Fori
Nei giorni scorsi il sindaco di Roma, Ignazio Marino, ha dichiarato di voler avviare un progetto finalizzato a “far scomparire” quella strada tanto vituperata che è Via dei Fori imperiali[1]. Si tratta di una delle strade attualmente più rappresentative e identitarie della città che ha fatto parlare di sé da sempre, da quando è stata realizzata in pieno ventennio fascista secondo un preciso programma di uso pubblico della storia [2], passando per il dibattito della Roma illuminata dei sindaci Argan, Petroselli e Vetere – con tanto di istituzione dell’Assessorato agli interventi sul centro storico guidato da Carlo Aymonino[3] – fino ai nostri giorni con tanto di progetti per la linea metropolitana C e conseguente sistemazione dell’area.
Senza entrare nel merito di quel lungo e acceso dibattito[4], si propone qui qualche riflessione sullo stato presente dei Fori e sul loro ipotetico immediato destino.
Pare ragionevole la trasformazione dell’area – laddove la trasformazione sia intesa come un mezzo per la conservazione - andando incontro alle esigenze di fruibilità, di “godimento”, di contemporaneità; ma allo stesso tempo va messo in luce quello che è probabilmente il più serio dei problemi a monte: la mancanza di un progetto archeologico circa l’area archeologica più grande del mondo, e dunque la mancanza di una precisa assunzione di responsabilità culturale. Vale la pena richiamare le parole di Andreina Ricci: “Ora quest’area […] sembra un campo di macerie incomprensibili; e tale resterà con qualsiasi intervento […] Fintantoché gli archeologi non studieranno un progetto – di archeologia prima che di architettura – per la messa in valore di quell’area, fintantoché non formuleranno proposte chiare su come e dove operare, cosa lasciare in vista, cosa ricoprire, cosa e come integrare per rendere leggibili quelle macerie, fintantoché non si assumeranno delle precise responsabilità scientifico-disciplinari (proponendo ad esempio l’eliminazione dei brandelli delle fasi successive a quella imperiale per rimettere in evidenza i contorni dei fori, oppure, al contrario, in quali zone mantenere resti delle fasi che si sono stratificate successivamente) nessun progetto architettonico-urbanistico potrà essere efficace, nessuna soluzione politica e nessuna scelta architettonica potranno attribuire qualità a quello spazio in assenza dei un’idea progettuale dalla quale amministratori e architetti possano prendere le mosse”[5].
Ciò premesso, cosa significa dunque rimuovere questa cesura fra Foro romano e Fori imperiali? Concettualmente si tratterebbe di ripetere l’operazione del ventennio fascista tanto contestata. La costruzione dell’allora Via dell’Impero, operando un netto giudizio di valore, ha previsto la demolizione e lo sventramento di tutto il tessuto architettonico stratificatosi nei secoli sull’area dei Fori in vista della scelta – questa sì progettata, al di là del fine – di collegare con un’arteria “monumentale” il Colosseo a Piazza Venezia. Giudizio di valore, dunque, che al netto del fine sarebbe assunto decidendo di rimuovere Via dei Fori per riunificare l’intera area archeologica ottenendo un solo, grande parco archeologico, citando ancora il sindaco.
Occorrono a questo punto due precisazioni. La prima riguarda la natura di qualunque intervento su una delle aree archeologiche più delicate del mondo: si tratterebbe certamente di un intervento di restauro, considerando questo come frutto di progetto di architettura con forti specificità, ricordando l’unità di metodo non solo fra le arti ma anche fra le scale stesse del restauro, da quella paesaggistica a quella architettonica e di dettaglio passando per quella urbana. Restauro inteso come restituzione critica di senso a un bene, portatore di precisi valori storico-estetici, da tramandare al futuro in un’ottica di leggibilità, appunto, salvaguardandone l’autenticità materiale e i valori figurativi ma anche rispettandone le stratificazioni: “progettazione di e per il restauro, quindi, ma su precisi binari storico-critici, con intenzionalità eminentemente conservativa e accettando come dato di partenza un concetto d’autenticità diacronico, dove la ‘verità’ storica con la quale confrontarsi è il frutto della stratificazione, spesso plurisecolare […], non la sola presunta facies d’origine; dove la ricerca del sempre più antico, a scapito delle testimonianze accumulatesi nel tempo, non ha senso ed è dilapidazione del patrimonio storico, come lo sarebbe strappare le pagine giudicate meno importanti oppure parzialmente riscritte d’un antico codice”[6].
La seconda precisazione riguarda l’inibizione di molta parte dell’opinione pubblica – e di numerosi operatori – circa la natura del frammento; ciò che appare sconnesso, frammentario, ricco di soluzioni di continuità, viene percepito come qualcosa da riattaccare, ricomporre anche con qualche forzatura, come istintivamente verrebbe da fare con i cocci di un vaso rotto e un tubetto di colla. Ma siamo assolutamente certi che la reintegrazione di un’immagine debba essere necessariamente fisica e debba privilegiare una sola fase storica, scelta accuratamente e non senza rigore “filologico” ma pur sempre arbitrariamente? Né può trattarsi di recuperare la bellezza dispersa di un centro antico, imperiale in questo caso: non siamo né dèi né imperatori; non è un caso che Raffaello e, ancor più, Giulio Romano abbiano rielaborato criticamente – e non senza una dose di raffinata ironia – codici e linguaggio del passato senza riproporli pedissequamente.
Tutto ciò pone dei dubbi sul perché rimuovere Via dei Fori. Non da meno sono le perplessità sul come. Ancora Marino pensa saggiamente a un comitato internazionale per la scelta delle modalità tecniche dell’intervento ipotizzando al contempo diversi scenari: rimozione totale, rimozione parziale lasciando un lacerto come percorso ciclopedonale e mostrando le stratificazioni dell’arteria stradale (a questo proposito il sindaco allude a una TAC, essendo più avvezzo al campo medico; tuttavia una TAC non richiede lo sventramento di un paziente per analizzarne in profondità i tessuti, in altri termini è un’indagine non distruttiva – per rimanere nel gergo architettonico – e non una stratificazione scelta anche in questo caso arbitrariamente e mostrata a beneficio di futura memoria, quasi a volersi ripulire la coscienza: quello che c’era non c’è più ma sappiate che era così …). Dubbi, incertezze enormi sulle modalità tecniche, per non parlare di quelle economiche in un Paese, qual è il nostro, che certamente non sembra al momento affidabile circa operazioni imponenti di questo tipo nonostante gli sforzi del ministro Bray.
Accettata la pedonalizzazione della strada e sottratto il Colosseo al ruolo di gigantesco, per quanto prestigioso, spartitraffico, cosa bisogna aspettarsi? Se Via dei Fori fosse eliminata, ne risulterebbe davvero più leggibile il più grande parco archeologico del mondo che si verrebbe così a configurare? O ci si ritroverebbe davanti a una quantità sterminata di nude pietre [7], coperte di tanto in tanto da strutture provvisorie, ammassate le une accanto alle altre senza rendere giustizia alla loro storia oltre che alla loro estetica? E Via dei Fori non è essa stessa un elemento fortemente identitario della città contemporanea?
L'ex soprintendente Adriano La Regina, dichiaratosi favorevole oggi al progetto di Marino[8], scriveva in passato che “il grande parco archeologico compreso entro il perimetro delle Mura aureliane di fatto esiste già... e occorre solamente organizzarlo diversamente. Occorre in primo luogo sottrarlo alla sua condizione di spazio utilizzato per l’attraversamento veicolare e, in alcuni ambiti, come riserva di esclusivo interesse turistico. [...] Si dovranno nuovamente rendere agibili gli spazi già in antico destinati all’uso pubblico: le piazze quali luoghi di sosta e di attraversamento, le strade come viabilità ordinaria pedonale”[9].
Senza avviare operazioni titaniche dalle premesse già fragili e dagli esiti altamente incerti, sarebbe prudente accettare il frammento, la cesura, la storia di quest’arteria stradale sfruttandola come percorso di conoscenza dei Fori, attrezzandola opportunamente (al contrario di quanto accade oggi). Ne risulterebbe un percorso narrante in grado di far leggere le storie – non un’unica storia – dei Fori, non una strada trafficata com’era fino a pochi giorni fa né un marchio infame da rimuovere a tutti i costi. Per tornare ai principi informatori del restauro, il minimo intervento appunto. Questo sì sarebbe un accorto uso pubblico della storia, oltre che dei finanziamenti.
1. Intervista di Lucia Annunziata a Ignazio Marino per Huffington Post, 10 agosto 2013.
2. Si fa riferimento all'efficace espressione utilizzata da Andreina Ricci nel saggio Attorno alla nuda pietra. Archeologia e città tra identità e progetto, Donzelli Editore, Roma, 2006.
3. Carlo Aymonino, Progettare Roma capitale, Editori Laterza, Bari, 1990 e Raffaele Panella, Roma. Città e Foro, Officina Edizioni, Roma, 1989.
4. La storia "moderna" dei Fori è tracciata in Italo Insolera, Francesco Perego, Archeologia e città. Storia moderna dei Fori di Roma, Editori Laterza, Bari, 1983, con significativi aggiornamenti nelle edizioni successive. Una sintesi efficace del dibattito è rintracciabile nella postfazione di Mauro Baioni al libro di Antonio Cederna, Mussolini urbanista. Lo sventramento di roma negli anni del consenso, 2^ edizione, Corte del Fontego, Venezia, 2006, pubblicata su Eddyburg, il blog di Edoardo Salzano.
5. Intervista di Silvia Moretti ad Andreina Ricci, in D'Architettura n.33, agosto 2007.
6. Giovanni Carbonara, Restauro architettonico: principi e metodo, Mancosu Editore, Roma, 2012.
7. L'espressione è ancora di Andreina Ricci nel già citato saggio.
8. Intervista ad Adriano La Regina, Corriere della Sera, 3 agosto 2013.
9. Si veda Maria Bugli, Roma: continuità dell'antico. I Fori imperiali nel progetto della città, Electa, Milano, 1981.
Fonte | source:
-- Dr. Arch. Sergio Cardone, "Via dei Fori, via dai Fori," La torre di Babele ( 17 agosto 2013). Sono laureato in Architettura presso l'IUAV di Venezia.
latorredibabele.blogspot.com/2013/08/via-dei-fori-via-dai...
París, 13 de enero de 1898
Alegato en favor del capitán Alfred Dreyfus, dirigido por Émile Zola mediante una carta abierta al presidente de Francia M. Felix Faure y publicado por el diario L'Aurore el 13 de enero de 1898 en su primera plana.
Carta a M. Félix Faure
Presidente de la República Francesa
Señor: Me permitís que, agradecido por la bondadosa acogida que me dispensasteis, me preocupe de vuestra gloria y os diga que vuestra estrella, tan feliz hasta hoy, esta amenazada por la más vergonzosa e imborrable mancha?
Habéis salido sano y salvo de bajas calumnias, habéis conquistado los corazones. Aparecisteis radiante en la apoteosis de la fiesta patriótica que, para celebrar la alianza rusa, hizo Francia, y os preparáis a presidir el solemne triunfo de nuestra Exposición Universal, que coronará este gran siglo de trabajo, de verdad y de libertad. ¡Pero qué mancha de cieno sobre vuestro nombre —iba a decir sobre vuestro reino— puede imprimir este abominable proceso Dreyfus! Por lo pronto, un consejo de guerra se atreve a absolver a Esterhazy, bofetada suprema a toda verdad, a toda justicia. Y no hay remedio; Francia conserva esa mancha y la historia consignará que semejante crimen social se cometió al amparo de vuestra presidencia.
Puesto que se ha obrado tan sin razón, hablaré. Prometo decir toda la verdad y la diré si antes no lo hace el tribunal con toda claridad.
Es mi deber: no quiero ser cómplice. Todas las noches me desvelaría el espectro del inocente que expía a lo lejos cruelmente torturado, un crimen que no ha cometido.
Por eso me dirijo a vos gritando la verdad con toda la fuerza de mi rebelión de hombre honrado. Estoy convencido de que ignoráis lo que ocurre. ¿Y a quién denunciar las infamias de esa turba malhechora de verdaderos culpables sino al primer magistrado del país?
Ante todo, la verdad acerca del proceso y de la condenación de Dreyfus.
Un hombre nefasto ha conducido la trama; el coronel Paty de Clam, entonces comandante. Él representa por sí solo el asunto Dreyfus; no se le conocerá bien hasta que una investigación leal determine claramente sus actos y sus responsabilidades. Aparece como un espíritu borroso, complicado, lleno de intrigas novelescas, complaciéndose con recursos de folletín, papeles robados, cartas anónimas, citas misteriosas en lugares desiertos, mujeres enmascaradas. Él imaginó lo de dictarle a Dreyfus la nota sospechosa, él concibió la idea de observarlo en una habitación revestida de espejos, es a él a quien nos presenta el comandante Forzineti, armado de una linterna sorda, pretendiendo hacerse conducir junto al acusado, que dormía, para proyectar sobre su rostro un brusco chorro de luz para sorprender su crimen en su angustioso despertar. Y no hay para que diga yo todo: busquen y encontrarán cuanto haga falta. Yo declaro sencillamente que el comandante Paty de Clam, encargado de instruir el proceso Dreyfus y considerado en su misión judicial, es en el orden de fechas y responsabilidades el primer culpable del espantoso error judicial que se ha cometido.
La nota sospechosa estaba ya, desde hace algún tiempo, entre las manos del coronel Sandherr, jefe del Negociado de Informaciones, que murió poco después, de una parálisis general. Hubo fugas, desaparecieron papeles (como siguen desapareciendo aún), y el autor de la nota sospechosa era buscado cuando se afirmó a priori que no podía ser más que un oficial del Estado mayor, y precisamente del cuerpo de artillería; doble error manifiesto que prueba el espíritu superficial con que se estudió la nota sospechosa, puesto que un detenido examen demuestra que no podía tratarse más que de un oficial de infantería.
Se procedió a un minucioso registro; examinándose las escrituras; aquello era como un asunto de familia y se buscaba al traidor en las mismas oficinas para sorprenderlo y expulsarlo. Desde que una sospecha ligera recayó sobre Dreyfus, aparece el comandante Paty de Clam, que se esfuerza en confundirlo y en hacerle declarar a su antojo.
Aparecen también el ministro de la Guerra, el general Mercier, cuya inteligencia debe ser muy mediana, el jefe de Estado Mayor, general Boisdeffre, que habrá cedido a su pasión clerical, y el general Gonse, cuya conciencia elástica pudo acomodarse a muchas cosas.
Pero en el fondo de todo esto no hay más que el comandante Paty de Clam, que a todos los maneja y hasta los hipnotiza, porque se ocupa también de ciencias ocultas, y conversa con los espíritus.
Parecen inverosímiles las pruebas a que se ha sometido al desdichado Dreyfus, los lazos en que se ha querido hacerle caer, las investigaciones desatinadas, las combinaciones monstruosas... ¡qué denuncia tan cruel!
¡Ah! Por lo que respecta a esa primera parte, es una pesadilla insufrible, para quien esta al corriente de sus detalles verdaderos.
El comandante Paty de Clam prende a Dreyfus y lo incomunica. Corre después en busca de la señora de Dreyfus y le infunde terror, previniéndola de que, si habla, su esposo está perdido. Entre tanto, el desdichado se arranca la carne y proclama con alaridos su inocencia, mientras la instrucción del proceso se hace como una crónica del siglo XV, en el misterio, con una terrible complicación de expedientes, todo basado en una sospecha infantil, en la nota sospechosa, imbécil, que no era solamente una traición vulgar, era también un estúpido engaño, porque los famosos secretos vendidos eran tan inútiles que apenas tenían valor. Si yo insisto, es porque veo en este germen, de donde saldrá más adelante el verdadero crimen, la espantosa denegación de justicia, que afecta profundamente a nuestra Francia. Quisiera hacer palpable cómo pudo ser posible el error judicial, cómo nació de las maquinaciones del comandante Paty de Clam y como los generales Mercier, Boisdeffre y Gonse, sorprendidos al principio, han ido comprometiendo poco a poco su responsabilidad en este error, que más tarde impusieron como una verdad santa, una verdad indiscutible, desde luego, solo hubo de su parte incuria y torpeza; cuando más, cedieran a las pasiones religiosas del medio y a prejuicios de sus investiduras. ¡Y vayan siguiendo las torpezas!
Cuando aparece Dreyfus ante el Consejo de Guerra, exigen el secreto más absoluto. Si un traidor hubiese abierto las fronteras al enemigo para conducir al emperador de Alemania hasta Nuestra Señora de París, no se hubieran tomado mayores precauciones de silencio y misterio.
Se murmuran hechos terribles, traiciones monstruosas y, naturalmente, la Nación se inclina llena de estupor, no halla castigo bastante severo, aplaudir la degradación pública, gozar viendo al culpable sobre su roca de infamia devorado por los remordimientos...
¿Luego es verdad que existen cosas indecibles, dañinas, capaces de revolver toda Europa y que ha sido preciso para evitar grandes desdichas enterrar en el mayor secreto? ¡No! Detrás de tanto misterio solo se hallan las imaginaciones románticas y dementes del comandante Paty de Clam. Todo esto no tiene otro objeto que ocultar la más inverosímil novela folletinesca. Para asegurarse, basta estudiar atentamente el acta de acusación leída ante el Consejo de guerra.
¡Ah! ¡Cuánta vaciedad! Parece mentira que con semejante acta pudiese ser condenado un hombre. Dudo que las gentes honradas pudiesen leerlas sin que su alma se llene de indignación y sin que se asome a sus labios un grito de rebeldía, imaginando la expiación desmesurada que sufre la víctima en la Isla del Diablo.
Dreyfus conoce varias lenguas: crimen. En su casa no hallan papeles comprometedores; crimen. Algunas veces visita su país natal; crimen. Es laborioso, tiene ansia de saber; crimen. Si no se turba; crimen. Todo crimen, siempre crimen... Y las ingenuidades de redacción, ¡las formales aserciones en el vacío! Nos habían hablado de catorce acusaciones y no aparece más que una: la nota sospechosa. Es más: averiguamos que los peritos no están de acuerdo y que uno de ellos, M. Gobert, fue atropellado militarmente porque se permitía opinar contra lo que se deseaba. Háblase también de veintitrés oficiales, cuyos testimonios pasarían contra Dreyfus. Desconocemos aún sus interrogatorios, pero lo cierto es que no todos lo acusaron, habiendo que añadir, además, que los veintitrés oficiales pertenecían a las oficinas del Ministerio de la Guerra. Se las arreglan entre ellos como si fuese un proceso de familia, fijaos bien en ello: el Estado Mayor lo hizo, lo juzgó y acaba de juzgarlo por segunda vez.
Así, pues, solo quedaba la nota sospechosa acerca de la cual los peritos no estuvieron de acuerdo. Se dice que, en el Consejo, los jueces iban ya, naturalmente a absolver al reo, y desde entonces, con obstinación desesperada, para justificar la condena, se afirma la existencia de un documento secreto, abrumador; el documento que no se puede publicar, que lo justifica todo y ante el cual todos debemos inclinarnos: ¡el Dios invisible e incognoscible! Ese documento no existe, lo niego con todas mis fuerzas. Un documento ridículo, sí, tal vez el documento en que se habla de mujercillas y de un señor D... que se hace muy exigente, algún marido, sin duda, ¡que juzgaba poco retribuidas las complacencias de su mujer! Pero un documento que interese a la defensa nacional, que no puede hacerse público sin que se declare la guerra inmediatamente, ¡no! ¡No! Es una mentira, tanto mas odiosa y cínica, cuanto que se lanza impunemente sin que nadie pueda combatirla. Los que la fabricaron, conmueven el espíritu francés y se ocultan detrás de una legítima emoción; hacen enmudecer las bocas, angustiando los corazones y pervirtiendo las almas. ¡No conozco en la historia un crimen cívico de tal magnitud!
He aquí, señor Presidente, los hechos que demuestran cómo pudo cometerse un error judicial. Y las pruebas morales, como la posición social de Dreyfus, su fortuna, su continuo clamor de inocencia, la falta de motivos justificados, acaban de ofrecerlo como una víctima de las extraordinarias maquinaciones del medio clerical en que se movía, y del odio a los puercos judíos que deshonran nuestra época.
Y llegamos al asunto Esterhazy. Han pasado tres años y muchas conciencias permanecen turbadas profundamente, se inquietan, buscan, y acaban por convencerse de la inocencia de Dreyfus.
No historiaré las primeras dudas y la final convicción de M. Scheurer-Kestner. Pero mientras él rebuscaba por su parte, acontecían hechos de importancia en el Estado Mayor. Murió el coronel Sandherr y sucedióle como jefe del Negociado de informaciones, el teniente coronel Picquart, quien por esta causa, en ejercicio de sus funciones, tuvo un día ocasión de ver una carta telegrama dirigida al comandante Esterhazy por un agente de una potencia extranjera. Era su deber abrir una información y no lo hizo sin consultar con sus jefes, el general Gonse y el general Boisdeffre y luego con el general Billot, que había sucedido al de la Guerra. El famoso expediente Picquart, de que tanto se ha hablado, no fue más que el expediente Billot, es decir, el expediente instruido por un subordinado cumpliendo las órdenes del ministro, expediente que debe existir aún en el ministerio de la Guerra. Las investigaciones duraron de mayo a septiembre de 1896, y es preciso decir bien alto que el general Gonse estaba convencido de la culpabilidad de Esterhazy y que los generales Boisdeffre y Billot no ponían en duda que la célebre nota sospechosa fuera de Esterhazy. El informe del teniente coronel Picquart había conducido a esta prueba cierta. Pero el sobresalto de todos era grande, porque la condena de Esterhazy obligaba inevitablemente a la revisión del proceso Dreyfus; y el Estado Mayor a ningún precio quería desautorizarse.
Debió haber un momento psicológico de angustia suprema entre todos los que intervinieron en el asunto; pero es preciso notar que, habiendo llegado al ministerio el general Billot, después de la sentencia dictada contra Dreyfus, no estaba comprometido en el error y podía esclarecer la verdad sin desmentirse. Pero no se atrevió, temiendo acaso el juicio de la opinión pública y la responsabilidad en que habían incurrido los generales Boisdeffre y Gonse y todo el Estado Mayor. Fue un combate librado entre su conciencia de hombre y todo lo que suponía el buen nombre militar. Pero luego acabó por comprometerse, y desde entonces, echando sobre sí los crímenes de los otros, se hace tan culpable como ellos; es más culpable aún, porque fue árbitro de la justicia y no fue justo. ¡Comprended esto! Hace un año que los generales Billot, Boisdeffre y Gonse, conociendo la inocencia de Dreyfus, guardan para sí esta espantosa verdad. ¡Y duermen tranquilos, y tienen mujer e hijos que los aman!
El coronel Picquart había cumplido sus deberes de hombre honrado. Insistió cerca de sus jefes, en nombre de la justicia, suplicándoles, diciéndoles que sus tardanzas eran evidentes ante la terrible tormenta que se les venía encima, para estallar, en cuanto la verdad se descubriera. Moinsieur Scheurer-Kestner rogó también al general Billot que por el patriotismo activara el asunto antes de que se convirtiera en desastre nacional. ¡No! El crimen estaba cometido y el Estado Mayor no podía ser culpable de ello. Por eso, el teniente coronel Picquart fue nombrado para una comisión que lo apartaba del ministerio, y poco a poco fueron alejándose hasta el ejército expedicionario de África, donde quisieron honrar un día su bravura, encargándole una misión que le hubiera la vida en los mismos parajes donde el marqués de Mopres encontró la muerte. Pero no había caído aún en desgracia; el general Gonse mantenía con él una correspondencia muy amistosa. Su desdicha era conocer un secreto de los que no debieran conocerse jamás.
En París la verdad se abría camino, y sabemos ya de que modo la tormenta estalló. M. Mathieu Dreyfus denunció al comandante Esterhazy como verdadero autor de la nota sospechosa; mientras M.Scheurer-Kestner depositaba entre las manos del guardasellos una solicitud pidiendo la revisión del proceso. Desde ese punto el comandante Esterhazy entra en juego. Testimonios autorizados lo muestran como loco, dispuesto al suicidio, a la fuga. Luego, todo cambia, y sorprende con la violencia de su audaz actitud. Había recibido refuerzos: un anónimo advirtiéndole los manejos de sus enemigos; una dama misteriosa que se molesta en salir de noche para devolver un documento que había sido robado de las oficinas militares y que le interesaba conservar para su salvación. Comienzan de nuevo las novelerías folletinescas, en la que reconozco los medios ya usados por la fértil imaginación del teniente coronel Paty de Clam. Su obra, la condenación de Dreyfus, peligraba, y sin duda quiso defenderla. La revisión del proceso era el desquiciamiento de su novela folletinesca, tan extravagante como trágica, cuyo espantoso desenlace se realiza en la Isla del Diablo. Y esto no podía consentirlo. Así comienza el duelo entre el teniente coronel Picquart, a cara descubierta, y el teniente coronel Paty de Clam, enmascarado. Pronto se hallarán los dos ante la justicia civil. En el fondo no hay más que una cosa: el Estado Mayor defendiéndose y evitando confesar su crimen, cuya abominación aumenta de hora en hora.
Se ha preguntado con estupor cuáles eran los protectores del comandante Esterhazy. Desde luego, en la sombra, el teniente coronel Paty de Clam, que ha imaginado y conducido todas las maquinaciones, descubriendo su presencia en los procedimientos descabellados. Después los generales Boisdeffre, Gonse y Boillot, obligados a defender al comandante, puesto que no pueden consentir que se pruebe la inocencia de Dreyfus, cuando este acto habría de lanzar contra las oficinas de la Guerra el desprecio del público. Y el resultado de esta situación prodigiosa es que un hombre intachable, Picquart, el único entre todos que ha cumplido con su deber, será la víctima escarnecida y castigada. ¡Oh justicia! ¡Que triste desconsuelo embarga el corazón! Picquart es la víctima, se lo acusa de falsario y se dice que fabricó la carta telegrama para perder a Esterhazy. Pero, ¡Dios mío!, ¿por qué motivo? ¿Con qué objeto? Que indiquen una causa, una sola. ¿Estar pagado por los judíos? Precisamente Picquart es un apasionado antisemita. Verdaderamente asistimos a un espectáculo infame; para proclamar la inocencia de los hombres cubiertos de vicios, deudas y crímenes, acusan un hombre de vida ejemplar. Cuando un pueblo desciende a esas infamias, esta próximo a corromperse y aniquilarse.
A esto se reduce, señor Presidente de la república, el asunto Esterhazy, un culpable a quien se trata de salvar haciéndole parecer inocente, hace dos meses que no perdemos de vista esa interesante labor. Y abrevio porque solo quise hacer el resumen, a grandes rasgos, de la historia cuyas ardientes páginas un día serán escritas con toda extensión. Hemos visto al general Pellieux, primero, y al comandante Ravary, mas tarde, hacer una información infame, de la cual han de salir transfigurados los bribones y perdidas las gentes honradas. Después se ha convocado al Consejo de Guerra. ¿Cómo se pudo suponer que un Consejo de Guerra deshiciese lo que había hecho un Consejo de Guerra?
Aparte la fácil elección de los jueces, la elevada idea de disciplina que llevan esos militares en el espíritu, bastaría para debilitar su rectitud. Quien dice disciplina dice obediencia. Cuando el ministro de la guerra, jefe supremo, ha declarado públicamente y entre las aclamaciones de la representación nacional, la inviolabilidad absoluta de la cosa juzgada, ¿queréis que un Consejo de Guerra
se determine a desmentirlo formalmente? Jerárquicamente no es posible tal cosa. El general Billot, con sus declaraciones, ha sugestionado a los jueces que han juzgado como entrarían en fuego a una orden sencilla de su jefe: sin titubear. La opinión preconcebida que llevaron al tribunal fue sin duda esta: "Dreyfus ha sido condenado por crimen de traición ante un Consejo de Guerra; luego es culpable y nosotros, formando un Consejo de Guerra, no podemos declararlo inocente. Y como suponer culpable a Esterhazy, sería proclamar la inocencia de Dreyfus, Esterhazy debe ser inocente".
Y dieron el inocuo fallo que pesará siempre sobre nuestros Consejos de Guerra, que hará en adelante sospechosas todas sus deliberaciones. El primer Consejo de guerra pudo equivocarse; pero el segundo ha mentido. El jefe supremo había declarado la cosa juzgada inatacable, santa, superior a los hombres, y ninguno se atrevió a decir lo contrario. Se nos habla del honor del ejército; se nos induce a respetarlo y amarlo. Cierto que sí; el ejército que se alzará en cuanto se nos dirija la menor amenaza, que defenderá el territorio francés, lo forma todo el pueblo, y solo tenemos para el ternura y veneración. Pero ahora no se trata del ejército, cuya dignidad justamente mantenemos en el ansia de justicia que nos devora; se trata del sable, del señor que nos darán acaso mañana. Y besar devotamente la empuñadura del sable del ídolo. ¡No, eso no!
Por lo demás queda demostrado que el proceso Dreyfus no era mas que un asunto particular de las oficinas de guerra; un individuo del Estado Mayor, denunciado por sus camaradas del mismo cuerpo, y condenado, bajo la presión de sus jefes.
Por lo tanto, lo repito, no puede aparecer inocente sin que todo el Estado mayor aparezca culpable. Por esto las oficinas militares, usando todos los medios que les ha sugerido su imaginación y que les permiten sus influencias, defienden a Esterhazy para hundir de nuevo a Dreyfus. ¡Ah!, que gran barrido debe hacer el Gobierno republicano en esa cueva jesuítica (frase del mismo general Billot). ¿Cuándo vendrá el ministerio verdaderamente fuerte y patriota, que se atreva de una vez a refundirlo, y renovarlo todo? Conozco a muchas gentes que, suponiendo posible una guerra, tiemblan de angustia, ¡porque saben en qué manos esta la defensa nacional! ¡En qué albergue de intrigas, chismes y dilapidaciones se ha convertido el sagrado asilo donde se decide la suerte de la patria! Espanta la terrible claridad que arroja sobre aquel antro el asunto Dreyfus; el sacrificio humano de un infeliz, de un puerco judío. ¡Ah! se han agitado allí la demencia y la estupidez, maquinaciones locas, prácticas de baja policía, costumbres inquisitoriales; el placer de algunos tiranos que pisotean la nación, ahogando en su garganta el grito de verdad y de justicia bajo el pretexto, falso y sacrílego, de razón de estado.
Y es un crimen más apoyarse con la persona inmunda, dejarse defender por todos los bribones de París, de manera que los bribones triunfen insolentemente, derrotando el derecho y la probidad. Es un crimen haber acusado como perturbadores de Francia a cuantos quieren verla generosa y noble a la cabeza de las naciones libres y justas, mientras los canallas urden impunemente el error que tratan de imponer al mundo entero. Es un crimen extraviar la opinión con tareas mortíferas que la pervierten y la conducen al delirio. Es un crimen envenenar a los pequeños y a los humildes, exasperando las pasiones de reacción y de intolerancia, y cubriéndose con el antisemitismo, de cuyo mal morirá sin duda la Francia libre, si no sabe curarse a tiempo. Es un crimen explotar el patriotismo para trabajos de odio; y es un crimen, en fin, hacer del sable un dios moderno, mientras toda la ciencia humana emplea sus trabajos en una obra de verdad y de justicia.
!Esa verdad, esa justicia que nosotros buscamos apasionadamente, las vemos ahora humilladas y desconocidas! Imagino el desencanto que padecerá sin duda el alma de M. Scheurer-Kestner, y lo creo atormentado por los remordimientos de no haber procedido revolucionariamente el día de la interpelación en el Senado, desembarazándose de su carga, para derribarlo todo de una vez. Creyó que la verdad brilla por si sola, que se lo tendría por honrado y leal, y esta confianza lo ha castigado cruelmente. Lo mismo le ocurre al teniente coronel Picquart que, por un sentimiento de dignidad elevada, no ha querido publicar las cartas del general Gonse; escrúpulos que lo honran de tal modo que, mientras permanecía respetuoso y disciplinado, sus jefes lo hicieron cubrir de lodo instruyéndole un proceso de la manera mas desusada y ultrajante. Hay, pues, dos víctimas; dos hombres honrados y leales, dos corazones nobles y sencillos, que confiaban en Dios, mientras el diablo hacia de las suyas. Y hasta hemos visto contra el teniente coronel Picquart este acto innoble: un tribunal francés consentir que se acusara públicamente a un testigo y cerrar los ojos cuando el testigo se presentaba para explicar y defenderse. Afirmo que esto es un crimen más, un crimen que subleva la conciencia universal. Decididamente, los tribunales militares tienen una idea muy extraña de la justicia.
Tal es la verdad, señor Presidente, verdad tan espantosa, que no dudo quede como una mancha en vuestro gobierno. Supongo que no tengáis ningún poder en este asunto, que seáis un prisionero de la Constitución y de la gente que os rodea; pero tenéis un deber de hombre en el cual meditaréis cumpliéndolo, sin duda honradamente. No creáis que desespero del triunfo; lo repito con una certeza que no permite la menor vacilación; la verdad avanza y nadie podrá contenerla.
Hasta hoy no principia el proceso, pues hasta hoy no han quedado deslindadas las posiciones de cada uno; a un lado los culpables, que no quieren la luz; al otro los justicieros que daremos la vida porque la luz se haga. Cuanto más duramente se oprime la verdad, más fuerza toma, y la explosión será terrible. Veremos como se prepara el más ruidoso de los desastres.
Señor Presidente, concluyamos, que ya es tiempo.
Yo acuso al teniente coronel Paty de Clam como laborante —quiero suponer inconsciente— del error judicial, y por haber defendido su obra nefasta tres años después con maquinaciones descabelladas y culpables.
Acuso al general Mercier por haberse hecho cómplice, al menos por debilidad, de una de las mayores iniquidades del siglo.
Acuso al general Billot de haber tenido en sus manos las pruebas de la inocencia de Dreyfus, y no haberlas utilizado, haciéndose por lo tanto culpable del crimen de lesa humanidad y de lesa justicia con un fin político y para salvar al Estado Mayor comprometido.
Acuso al general Boisdeffre y al general Gonse por haberse hecho cómplices del mismo crimen, el uno por fanatismo clerical, el otro por espíritu de cuerpo, que hace de las oficinas de Guerra un arca santa, inatacable.
Acuso al general Pellieux y al comandante Ravary por haber hecho una información infame, una información parcialmente monstruosa, en la cual el segundo ha labrado el imperecedero monumento de su torpe audacia.
Acuso a los tres peritos calígrafos, los señores Belhomme, Varinard y Couard por sus informes engañadores y fraudulentos, a menos que un examen facultativo los declare víctimas de una ceguera de los ojos y del juicio.
Acuso a las oficinas de Guerra por haber hecho en la prensa, particularmente en L'Éclair y en L'Echo de París una campaña abominable para cubrir su falta, extraviando a la opinión pública.
Y por último: acuso al primer Consejo de Guerra, por haber condenado a un acusado, fundándose en un documento secreto, y al segundo Consejo de Guerra, por haber cubierto esta ilegalidad, cometiendo el crimen jurídico de absolver conscientemente a un culpable.
No ignoro que, al formular estas acusaciones, arrojo sobre mí los artículos 30 y 31 de la Ley de Prensa del 29 de julio de 1881, que se refieren a los delitos de difamación. Y voluntariamente me pongo a disposición de los Tribunales.
En cuanto a las personas a quienes acuso, debo decir que ni las conozco ni las he visto nunca, ni siento particularmente por ellas rencor ni odio. Las considero como entidades, como espíritus de maleficencia social. Y el acto que realizo aquí, no es más que un medio revolucionario de activar la explosión de la verdad y de la justicia.
Sólo un sentimiento me mueve, sólo deseo que la luz se haga, y lo imploro en nombre de la humanidad, que ha sufrido tanto y que tiene derecho a ser feliz. Mi ardiente protesta no es más que un grito de mi alma. Que se atrevan a llevarme a los Tribunales y que me juzguen públicamente.
Así lo espero.
Émile Zola
París, 13 de enero de 1898
"YO CON USTEDES SIEMPRE" Para mis damas de todas las Edades, ideologias, que son MADRES, HIJAS, HERMANAS, AMIGAS, PAREJA, CREADORAS,ARTISTAS, formas de pensar, de amar, les dedico esta imagen desde el fondo de mi corazón y las apoyo y nos apoyo en este movimiento en contra de la violencia contra las mujeres y que tendra su epicento el 9 de MARZO UN DIA DES DESPUES DEL DIA INTERNACIONAL DE MAUJER, en el que se busca de manera pacifica de una vez por todas se haga conciencia y se aplique el RESPETO ya que todos estos actos infames en contra de ustedes y de nosotros porque todos estos actos no solo afectan y duelen a las mujeres sino tambien a los hombres, es momento de cambiar ideas preconcebidas o aprendidas, el respeto mutuo parte del amor propio y de la culturización e información.
Sinceramente su amigo El Lemus.
#9demarzo #8demarzo #women #woman #mujer #bajacalifornia #mexico
Aventures de Carlos Valdès.
Toute existence se définit par ses détails…
Carlos Valdès a vu Edwarda Jancarza pour la première fois aux obsèques d'Elizabeth Hawkins un samedi de juin en 1999.
La dernière fois que Carlos Valdès a vu Mustapha Azuela c'était à Leipzig un jour de mai de 2004.
Une matinée de 1991 Carlos Valdès rencontra Salvador Novo.
Après 1992 diverses personnes auraient été sur le point de quitter L'Escarène.
Un mercredi de mars en 1985 vers dix heures Juan Garcia Ponce ne fut pas considéré comme compétent dans son travail.
Un matin d'août 1986 vers cinq heures rien, pendant l'hiver 1983 rien, un vendredi de mars en 2005 vers vingt heures, éternellement, rien… rien… rien…
Un dimanche d'avril en 1993 Carlos Valdès a tué son amant d'un coup de revolver.
En 1995, dans une brume violette, Carlos Valdès a épouvanté un sanglier dans les forêts de Saint-Bonnet-le-désert.
Au printemps 1996 Carlos Valdès amena Cindy Glücksman dans un restaurant chinois, ils y ont discuté plusieurs heures.
Un lundi de 1981 il y aurait eu diverses infamies à L'Escarène.
Le roman policier "probably anticipated" de Claudette Fuentes a été un de ses plaisirs de l'année 1982.
En 1997, par une journée de grand vent, Carlos Valdès retrouva un souvenir plein de panique.
Vers le milieu de son existence Carlos Valdès rencontra Elizabeth Black - cette rencontre fut pour lui fondamentale.
C'est dans une rue de Salerne nommée "collective suicide" que Carlos Valdès a retrouvé Manuel Orozco un matin de février 1980 vers huit heures.
Depuis décembre 1998 il y aurait quelque chose de détraqué dans les villages de la région de L'Escarène.
Un matin de juillet 1994 quelque chose manqua à la fois dans son temps et dans son espace.
Après octobre 2003 Carlos Valdès n'était plus quelqu'un d'honorable.
Cabalgata de Reyes Magos
Ciudad de Granada
Enero, 2017
Desde Granada contemplamos atónitos el fundamentalismo desatado en torno a la Cabalgata de Reyes Magos de Madrid: que si había una "reina maga y todo el mundo sabe que los Reyes Magos eran hombres", que si iban vestidos demasiado modernos, que si los niños madrileños se aterrorizan por unas "mariposas maléficas de Carmena"...
Aquí somos más abiertos, más relajados.
¿Un ejemplo? hace años que un matadero de gallinas tiene su propia carroza, con una decoración surrealista que incluye gallinas voladoras ¡¡¡¿¿???!!!, que desfila mientras suena machaconamente "La Gallina Turuleta" a un volumen infame....
Source:
blog.mondediplo.net/de-la-republique-policiere-a-la-repub...
De la république policière à la république fasciste ?
par Frédéric Lordon, 26 juillet 2023
On savait déjà très exactement où en est le signifiant « républicain » après un communiqué ouvertement raciste et factieux de syndicats policiers d’extrême droite, invoquant comme il se doit « l’ordre républicain » pour lancer la chasse à l’homme, plus précisément à ceux des hommes considérés comme des « nuisibles ». Tout à son habitude de confondre modération et aveuglement, le journal Le Monde avait jugé le communiqué « révélateur de l’exaspération des troupes », là où il aurait plutôt fallu y voir la fascisation caractérisée de l’appareil de force — et en concevoir un chouïa plus d’inquiétude.
"
Lire aussi Benoît Bréville, « La religion sécuritaire », Le Monde diplomatique, août 2023. "
Mais jamais Le Monde ne dira un mot de la fascisation en cours : consentir à l’aveu qu’elle se déroule sous les auspices d’un pouvoir qu’il a si longtemps encensé, c’est sans doute trop lui demander. Le Monde peut à la rigueur comprendre le fascisme comme malheureuse irruption venue de nulle part, ou comme curiosité historique sans suite possible, mais jamais n’accédera à l’idée que le fascisme naît « du dedans ». Car notre « dedans », pour Le Monde, c’est « la république » et « la démocratie ». Or comment la république et la démocratie pourraient-elles accoucher du fascisme puisqu’elles en représentent le principe opposé ? Voilà la bouillie qui traîne dans les têtes formées à l’Institut d’Études Politiques, école où l’on n’a notoirement jamais rien compris à ce qu’est la politique.
L’idéalisme éditorialiste qui, se plaisant à répéter « république-démocratie », tient les mots pour des forces réelles et agissantes, ajoute généralement l’inculture historique à l’ineptie intellectuelle. Il ne sait pas que, si elle a été brève, il y a eu une République de Salò et que c’était une république fasciste. Il n’a pas lu Brecht et ne sait pas que « le fascisme n’est pas le contraire de la démocratie mais son évolution en temps de crise ». Tout ce que nous voyons aujourd’hui confirme pourtant la justesse de cette idée.
Avec la sortie du DGPN réclamant l’extraterritorialité légale pour la police, reprise à son compte par le préfet de police Nuñez, avec la bénédiction du ministre de l’intérieur, un cran supplémentaire a été franchi. Même le besoin de s’envelopper de l’oripeau républicain est tombé. On ne veut plus qu’une chose, celle qu’on a toujours voulue d’ailleurs, et maintenant on ne s’embarrasse plus de circonlocutions pour la dire : l’exception permanente et la licence intégrale.
Passée dans une économie morale séparée, la police a totalement perdu de vue la nature exorbitante des prérogatives qui sont les siennes dans une société : être mandatée pour détenir des armes et possiblement s’en servir. Des prérogatives aussi extraordinaires ne sauraient aller sans la conscience d’une responsabilité extraordinaire. Mais non : la police veut pouvoir tirer à tuer sans être empêchée, ou cogner jusqu’à laisser pour mort sans être réprimandée. De responsabilité spéciale, la police, entièrement adonnée à ses pulsions violentes, ne veut plus entendre parler — « nous avons les armes, nous nous en servons, fin de la discussion ». Et ceci maintenant — c’est bien la nouveauté effrayante — jusqu’au sommet de la hiérarchie. Ministre compris.
Hypothèses
Ici commence la divergence des interprétations possibles — pour maintenant ou pour plus tard.
Première lecture : la tétanie – comme il se doit pour un pouvoir qui, tout à sa passion d’offenser socialement et symboliquement la population, n’a plus aucune légitimité politique et ne tient plus que suspendu à sa police. On demande à Dupond-Moretti ce qu’il pense du communiqué syndical policier raciste et factieux. Réponse : « rien ». Du cœur de l’État surgit un discours d’un immonde racisme, et tout ce que le garde des Sceaux, c’est-à-dire le conservateur de la Constitution et de sa Déclaration des droits de l’homme, trouve à répondre, c’est : « rien ».
Deuxième lecture : le coup. Darmanin, pour dire le moins, arme un dispositif : laisser faire (hypothèse haute : encourager en sous-main) le grand débrayage de la police ; le pouvoir de Macron, cette fois-ci à poil pour de bon, à la merci du moindre trouble ; Darmanin indispensable pour rebrancher la police – Macron connaît son maître. Peut servir pour Matignon si une crise aigüe se redéclenche, voire le cran d’après.
À la confluence de la première et de la deuxième hypothèse, on notera l’évaporation soudaine de l’éditorialisme, qui avait sali son linge à hurler « Jupiter » pendant six ans, mais n’a pas un commentaire au moment où Jupiter se fait rouler dessus par deux sous-fifres du ministère de l’intérieur qui lui dictent leur nouvelle lecture des institutions. Il faut que la peur au sommet de l’État soit saisissante pour que le président avale ainsi de se faire dépouiller de toute souveraineté régalienne, camouflet sans précédent dans la Ve République. Mais on a encore rien vu avant d’apprendre que Macron est tombé d’une carafe en découvrant que tout ceci avait été orchestré dans son dos par son ministre de l’intérieur, humiliation elle aussi sans précédent, qui aurait valu normalement limogeage instantané du ministre, et devrait mettre en ébullition tous les fondus de la « popol » (1). Ne connaissant de la politique que les « chocs d’egos », les coulisses et les manœuvres, ne sont-ils pas ici servis au-delà de toute espérance — cette fois d’ailleurs pour une bonne raison ? Et cependant regardent ailleurs. Les menées ouvertes du ministre de l’intérieur contre son président devraient être à la une de tous les médias, tourner en boucle. Rien.
Troisième lecture : la bascule délibérée. De l’observation passive de la dérive autoritaire jusqu’ici, le régime passe à l’accompagnement actif — prend la tête du processus et, selon son expression favorite, l’« assume ». La pensée se remanie en temps réel pour s’ajuster, ce qui est d’autant plus facile que la clique est inculte et sans principe : l’ordre est bon, l’ordre est désirable, l’ordre est même le seul désirable, rien ne doit venir en atténuer l’exercice. Que la logique des institutions y périsse n’a aucune importance — au bout de cette logique, n’y a-t-il pas d’ailleurs l’article 16, alors ? « L’ordre, l’ordre, l’ordre » : la république policière a trouvé sa devise.
Les vrais territoires perdus de la république
Il n’y a plus que le maintien du signifiant « républicain », dans une fuite en avant qui abolit la république, pour poser encore quelques problèmes, mais essentiellement cosmétiques. Au reste on peut toujours compter sur la veulerie, la complaisance et l’inculture (toujours la même) de l’éditorialisme capitaliste pour continuer de tenir l’intenable. La vérité est qu’il n’est plus un usage du mot « républicain » qui ne soit frauduleux.
Dès le départ, il faut l’avouer, la confusion était installée. Car « république » n’ayant jamais rien dit d’autre que « chose publique », elle est en elle-même une catégorie qui ne préjuge rien quant à sa forme, et peut tout aussi bien s’accommoder, selon les catégories usuelles de la philosophie politique, de la monarchie, de l’oligarchie ou de la démocratie — et même de Salò. Sans doute en France, le mot a-t-il reçu sa signification de la Révolution. Au moins la « république » d’alors, à défaut du tour qu’elle prit ensuite, était toute marquée des idéaux de démocratie et d’égalité, dont il est patent que la Ve République finissante leur est devenue totalement étrangère.
"
Lire aussi Tristan de Bourbon-Parme, « Banlieues, sermonner et punir », Le Monde diplomatique, août 2023. "
C’est bien pourquoi, sans aucun contresens conceptuel ni aucune contradiction, nous pouvons nous rendre au constat irréfragable que nous sommes passés dans une république policière. En réalité nous connaissons désormais parfaitement les vrais territoires perdus de la république : ce sont les commissariats, les fourgons de police, la préfecture et l’IGPN, mais aussi le bureau du garde des sceaux d’où sortent des circulaires de talion, les tribunaux qui les exécutent en leur donnant la forme d’une justice d’abattage, dont les minutes sidèrent d’ignominie, les instituts médico-légaux qui falsifient les comptes-rendus, comme celui d’Adama Traoré, les prisons et les CRA bien sûr, et l’on pourrait y ajouter tous ces médias où le racisme a pris la consistance d’une ligne éditoriale. Voilà les vrais territoires perdus de la république — à l’exact envers de ceux qui sont usuellement donnés pour tels, ces quartiers d’où monte pourtant la demande d’égalité la plus authentiquement républicaine, où la valeur de la république — car dans une république démocratique et sociale il n’y en a qu’une : l’égalité — est prise au sérieux.
La bascule
Dans l’état actuel de violence dégondée et de racisme incrusté où se trouve la police, il y a tout lieu de craindre que la république policière ne soit qu’une configuration transitoire dans un mouvement appelé à se poursuivre : vers la république fasciste. On a longtemps réfléchi aux formes nouvelles que pourrait prendre un fascisme contemporain, qui permettraient de le qualifier sans qu’il ait à ressembler trait pour trait à celui des années 1930 — à l’image d’Orwell qui l’imaginait possiblement en chapeau melon et parapluie roulé. Ces exercices d’imagination sont en voie de devenir superflus. Quand des milices d’extrême droite prennent la rue pour y faire régner la terreur avec la bénédiction des forces de police qui regardent ailleurs, si elles ne les accompagnent pas, y en a-t-il encore à qui il faut faire un dessin ? Y a t-il encore beaucoup de questions à se poser quand ces mêmes forces de police votent à plus des deux tiers pour un parti d’extrême droite raciste, ou quand s’y répandent des insignes ouvertement fascistes voire néo-nazis ? Quand elles sont surreprésentées dans les projets d’attentats d’extrême droite ? Quand par ailleurs des éléments nazis s’affichent en toute décontraction autour du parti d’extrême droite promis au pouvoir ?
Car c’est sans doute ce qu’il y a de plus terrifiant dans la situation présente, à savoir la convergence d’une police raciste hors de contrôle et des groupes de rue fascistes, convergence de deux milices en quelque sorte, qui signe le possible devenir « république fasciste » de la désormais bien établie république policière.
"
Lire aussi Ulrike Lune Riboni, « “Sans les images ?” », Le Monde diplomatique, août 2023. "
« La police qui protège » était depuis un moment déjà une fiction en lambeaux, elle est complètement en cendres maintenant que nous avons vu le Raid, supposément nos « sauveurs » des jours d’attentat, tirant de bon cœur au fusil à pompe sur des émeutiers racisés. La confirmation est venue de Jean-Michel Fauvergues lui-même, ancien commandant du Raid devenu député Renaissance, et qui réclame lui aussi une « excuse de violence » pour le confort psychologique des cogneurs. Sauf l’aveuglement des forcenés, il saute maintenant aux yeux que la police, dans un nombre croissant de ses unités, n’est plus qu’une milice sadique ivre de violence, livrée à ses vendettas personnelles, contre la famille Traoré par exemple ou contre des journalistes, se faisant un point d’honneur et de provocation de médailler, de promouvoir en son sein, les cogneurs et les racistes patentés, totalement autonomisée, ne répondant plus de rien à personne. « Police républicaine » est devenu le plus sinistre des oxymores.
L’État hors les libertés et hors la loi
Mais c’est bien le bâtiment entier de la Ve « République », dans toutes ses structures, qui est en train de s’effondrer. Dans la main de la police, le gouvernement, croyant trouver son salut dans la fuite en avant, ne cesse plus d’installer un climat qui resserre la main de la police, dont l’intervention est en train de devenir la première des politiques publiques, en tout cas l’adjuvant nécessaire de toutes les autres. Alors le registre « policier » imprègne et sature toute la vie publique — et c’est bien ainsi que se qualifie une république policière.
L’une des tendances les plus frappantes de ce climat général réside bien sûr dans la destruction avancée des libertés fondamentales. La restriction de fait du droit de manifester par l’intimidation policière violente, qui depuis longtemps aurait dû à soi seule scandaliser n’importe quel démocrate, s’accompagne des interdictions par arrêtés à des fins manifestes d’étouffer toute démonstration critique, comme le prouvent par ailleurs les arrestations ahurissantes qui suivent même la plus bénigne des atteintes symboliques à la majesté gouvernementale, présidentielle en tête.
Sans surprise la restriction des libertés politiques fondamentales prend de plus en plus souvent la forme d’une illégalité d’État — entre arrêtés d’interdiction manifestement abusifs, ou bien publiés après coup, interventions policières totalement hors droit, comme la censure de la devanture d’une librairie au prétexte que le ministre de l’intérieur ne pouvait supporter son contenu. La partie de la justice qui ne s’est pas entièrement rendue à la ligne de répression totale finit par condamner, mais combien de temps encore ? Les redispositions légales suivront de près les abus extralégaux, à l’image des drones, de la reconnaissance faciale ou de la censure des réseaux sociaux, « manières de faire » qui rangent donc la France de Macron au côté de l’Égypte, du Pakistan ou de la Chine. Et de nouveau : comment appelle-t-on un pouvoir qui veut que le silence règne ? Dans un lapsus fameux, au tout début de son premier mandat, Macron voulant parler de la sortie de l’état d’urgence, avait dit : « Nous sortirons de l’État de droit ». Voilà.
La bourgeoisie et ses partis
Mais le séisme est total, emporte tout. Tel un immeuble effondré, tous les étages de la politique institutionnelle se sont écroulés les uns sur les autres, et tous sur le Rassemblement National. Nul ne pourrait plus dire en quoi Les Républicains s’en distinguent. Ni, par transitivité, la fausse majorité LREM qui d’une part aspire à s’allier avec LR, d’autre part traite avec la dernière complaisance le RN à l’Assemblée. Ainsi s’est constitué un bloc quasi-unifié, en tout cas idéologiquement, de la droite extrême : même idéologie économique et sociale, même racisme — et que ceux dans ses rangs qui ne disent mot sur une matière aussi grave sachent qu’ils sont comptés comme consentants —, même tropisme pour la conduite policière de la société, même mépris pour les réels principes d’une démocratie libérale.
Alors la présidente Braun-Pivet offre au RN sa sympathie en plus des vice-présidences, le député Sitzenstuhl ne pense pas du tout qu’on puisse dire que CNews est d’extrême droite, le ministre Guérini non plus à propos d’Europe 1, la députée Petel demande qu’on dise « le jeune délinquant » plutôt que « le petit Nahel ». En fait tout Renaissance passe à l’extrême droite et sa base électorale avec.
On mesure très exactement la dérive générale vers l’extrême droite quand la qualification d’« extrême-gauche » pour un parti aussi platement social-démocrate (au sens historique du terme) que la FI devient une sorte de cela va de soi — abondamment propagé par les journalistes comme il se doit. Logiquement, dans ce complet dérèglement des catégories, l’un des ilotes de France Info explique qu’un important leader du « Centre » vient de disparaître en Italie — il s’agissait de Berlusconi.
La fusion de toutes les droites dans l’extrême droite devient en tout cas patente à l’effort de faire de la FI une sorte de paria institutionnel au motif d’un « arc républicain », appellation renversante de ce qui est plutôt en train de s’affirmer comme arc autoritaire-fasciste. Disons tout de même à ces gens que mettre du rouge à lèvre à un cochon ne fait pas oublier qu’on a affaire à un cochon. De fait, il n’est plus que la FI qui se différencie clairement de cet agglomérat infâme, où l’on trouve en position de satellite, c’est à peine un paradoxe, le PC de Roussel, passé sans l’ombre d’une hésitation du côté de la république policière, ainsi que la fraction du PS typique de la gauche d’extrême droite — Cazeneuve, Valls et consorts.
Mais le lieu où le renversement des catégories et des valeurs, l’abolition des principes et le déni d’humanité font des ravages, c’est la bourgeoisie elle-même. En réalité elle n’a jamais trouvé personnage si adéquat que Macron pour la représenter. C’est qu’il fallait un individu particulièrement « libéré » pour lui autoriser un tel retour du refoulé. Car Macron a verbalisé le fond de sa pensée en explicitant la différence « de ceux qui ont réussi et de ceux qui ne sont rien », c’est-à-dire en installant formellement la catégorie des « riens ». D’où suit que, dessinant au passage en creux le traitement possible des « riens », il a posé la structure élémentaire de la pensée raciste : une sous-humanité expendable.
S’il faut en passer par la pure ignominie politique pour défendre l’ordre bourgeois, ainsi sera-t-il.
On comprend que la bourgeoisie y verse tête première, racisme tout court à la suite du racisme social, quand la crise organique s’aiguise, que l’ambiance xénophobe se répand dans le pays, et que tous les éléments de la conjoncture viennent se solidariser avec la défense aveugle de son ordre : régime policier, police raciste, acclamations racistes. Selon une configuration qui n’a rien d’une nouveauté historique, s’il faut en passer par la pure ignominie politique pour défendre l’ordre bourgeois, ainsi sera-t-il. Tout ce que la situation générale offre est bon à prendre, sans distinction, sans réserve. Voilà donc la bourgeoisie qui, sur les réseaux sociaux ou dans les médias, hurle de rage et de jouissance contre les Arabes et les Noirs — en plus de se déverser par contributions à centaines, voire milliers d’euros, dans la cagnotte de la honte pour un meurtrier d’enfant. Arabe.
Le « courage de la nuance »
Mais dira-t-on, tout ceci est très exagéré. Car il y a une bourgeoisie éclairée, une bourgeoisie humaniste et cultivée — une bourgeoisie-de-gauche. C’est vrai : statufiée dans le déni. On se souvient de cette séquence récente, c’était au printemps, où le mot maudit, « illibéralisme », a commencé à émerger, pour la première fois dans une application possible à la France de Macron. La séquence est également connue sous le nom de « bal des cocus » puisque c’est à la même époque, en effet, qu’on a commencé aussi à faire parler les « intellectuels déçus du macronisme » — manière de voir où en était leur enthousiasme libéral après un 49.3, une répression féroce des manifestations, la chasse aux casseroles, aux cartons rouges et l’entrée dans les arrêtés d’interdiction tombés de la lune.
Bien sûr tous ces aigles de la pensée, de Jean Viard (sociologue de France Info) jusqu’à Jean Garrigues (historien de télé) sont un peu gênés aux entournures mais tout de même nous appellent, comme Leila Slimani, Jean Birnbaum et tout le journal Le Monde à avoir « le courage de la nuance ». Marc Lazar, invité giratoire des médias raisonnables s’alarme presque sur C Ce soir : « illibéralisme », et puis quoi encore ? pourquoi pas dictature pendant qu’on y est. « Dictature » : c’est le motif de s’esclaffer grassement de toute la bourgeoisie macroniste, qui pense que « élections formelles » et « presse privée » épuisent tout ce qu’il y a à entendre par démocratie. Le reste n’existe pas. « Allez donc voir en Corée du nord ». Le macronisme n’est pas que la république policière en voie de fascisation : c’est aussi l’empire des débiles.
Malheureusement, ils ne sont pas les seuls à qui il faut faire comprendre la différence entre un état et une évolution, un point et une trajectoire — et une vitesse de parcours de la trajectoire à partir du point. Le problème avec les emplois du mot fascisme contraints de coller parfaitement à la situation du moment et à elle seulement, c’est qu’en effet avant l’heure c’est pas l’heure, mais qu’après l’heure c’est trop tard.
Ça n’est pas en lisant La Nuance qu’on se réveillera à temps. Françoise Fressoz qui y chronique sa passion du macronisme tire des émeutes la conclusion qu’on attendait d’elle : « La gravité des faits, combinée à la forte demande de l’opinion, commande [à Macron] d’aller plus loin pour contrer la surenchère sécuritaire de la droite et de l’extrême droite ». Comme c’est brillant, comme c’est bien pensé : pour empêcher la survenue de l’extrême droite, menons nous-mêmes la politique de l’extrême droite — soyons nous-mêmes l’extrême droite. Aveugle, dénégatrice et possédée : la bourgeoisie macronienne.
On reconnaît la « pensée » bourgeoise à ce qu’aucune méditation sérieuse de l’histoire — c’est-à-dire porteuse de leçons — ne peut y trouver sa place. Pire encore, toute évocation de l’histoire y fonctionne presque nécessairement comme une neutralisation, quand ça n’est pas comme une complète défiguration. Gageons qu’aucun des grands esprits qui éditorialisent à La Nuance ne manque d’avoir les années 1930 en tête. Celles-ci n’y figurent cependant que comme une pièce de musée dont il n’y a rien à tirer pour le temps présent. Admettons qu’entre la bourgeoisie ouvertement raciste qui fait activement advenir le pire, et la bourgeoisie pharisienne incapable de voir le pire advenir, nous ne sommes pas très bien partis.
On ne dirait pas sans abus que le macronisme en tant que tel est un fascisme. On peut en revanche affirmer avec certitude qu’il aura tout installé, et tout préparé. Les régimes monstrueux ne prennent jamais que sur des terreaux adéquats. En six ans, le macronisme, totalement ignorant de ce qu’est une société, des forces qui la composent, de ce qui peut s’y réveiller, répandant partout une violence inouïe, aura déposé une épaisse et confortable couche de fumier. Tout va y pousser avec une déconcertante facilité.
Macron, dit-on, aspire à entrer dans l’Histoire. Qu’il se rassure, il y a désormais matière. « Antichambre », c’est assurément une position dans l’Histoire. Il suffit d’avoir vu parader sa BRAV, cette unité antonyme faite de lâches, garde prétorienne devenue la métonymie de tout un régime, pour savoir très exactement dans quoi nous vivons et vers où nous allons.
Frédéric Lordon