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Leila Pinheiro - Verde
Tom:G
Intro: Cm7 Ab7+ Fm7 Bb4/7 G6
G6 Go G6 Go
Quem pergunta por mim, já deve saber, do riso no fim
F11+/6 E4/7 E9-/7 A/C#
De tanto sofrer, que eu não desisti, das minhas bandeiras,
C7+ D9-/7
Caminho, trincheiras, da noite
G6 Go G6
Eu, que sempre apostei, na minha paixão
Go F11+/6 E4/7 E9-/7 A/C#
Guardei um país no meu coração, um foco de luz, seduz a razão
C7+ D9-/7 Gm7 Dm7
De repente a visão da esperança, quis esse sonhador
G7/5+ Ab7+ Ab4/7 Db7+ Dm7/5-
Aprendiz de tanto suor, ser feliz num gesto de amor
G9-/7
Meu país acendeu a cor
REFRÃO:
Cm7 F7 Cm7 Cm7+
Verde, as matas no olhar, ver de perto
Bb7+ Bbo
Ver de novo um lugar, ver adiante
Dm7/5- G4/7 G7/5+ C9/7
Sede de navegar, verdejantes tempos
Eb/F F7 Bb7+
Mudança dos ventos no meu coração
G7/5+ C9/7 Eb/F F7 Bb7+
Verdejantes tempos, mudança dos ventos no meu coração
F7 Bb7+ F7 Bb7+
No meu coração, no meu coração.....
Uma pedra quando se incendeia
transforma-se numa ideia.
Deixa de se ver.
Uma ideia é uma labareda
mas labareda íntima
invisível.
O nosso cérebro é um céu
onde estalam
pétalas de estrelas.
O céu é um tecto de ideias.
O cérebro uma abóbada de estrelas.
As ideias vão até ao húmus.
As estrelas até ao sangue.
Lembrar é estar cego
e imaginar o mundo.
Lembrar é amar.
E amar é compreender
as coisas que se imaginam.
Viver é ter luz.
Amar é tornar sensível
o invisível.
Esquecer é ver.
De noite nada vejo
porque nada existe.
Que dizer de Andrómeda?
Na escuridão
os olhos são inúteis.
De dia nada imagino.
Tudo é opaco.
À noite
só restam memórias.
Trajectos abstractos.
Rastilhos brancos.
Suores translatos.
Imaginações.
Estrelas.
Sonhos.
Tudo é transparente.
Não vejo por isso.
Visiono.
Ver é só receber imagens.
Visionar é já criá-las.
De noite
quando as coisas são memória
uma pedra afIora aos lábios.
Já não é pedra
mas só imagem.
Imagem interior.
No negrume da noite
a pedra perdeu matéria.
Côa-se nas margens.
Deposita-se na minha boca.
É só lembrança.
Só saudade.
Saudade branca.
Luz humana.
Humana luz de um nome.
António Cândido Franco