Assento de óbito de 1887 Antonio Godinho da Silva 27-02-1887 R. de Santana, São Salvador de Matosinhos, Bouças
Antonio GODINHO da Silva nasceu na aldeia de Linhares de Cima da então freguesia de Sam Salvador de Bouças de Matosinhos a 30/11/1807, sendo filho de João Godinho (natural da freguesia de São Cristovão no concelho de Ovar) e de D. Maria Moreira (natural da freguesia de Romariz no concelho da Feira), neto paterno de Manoel Jose da Cunha e Rosa Godinho, e neto materno de Manoel Caetano e Rosa Moreira (ambos naturais de Romariz).
foi batizado na Igreja do Sam Salvador de Bouças de Matosinhos a 02/12/1807 pelo padre Coadjutor Francisco Alvares de Carvalho, tendo sido seus padrinhos Jose Antonio Aroso (de Nevogilde) e Jozefa Maria (de Cimo de Vila) casada com João Martins.
Casou com D. Anna Augusta de Lima.
Inteligente e empreendedor, emigrou para o Brasil onde adquiriu consideráveis meios de fortuna.
Regressado muito rico do Brasil, António Godinho da Silva habitou no palacete que mandou construir na R. de Santana, onde tinha, contíguo à sua moradia, o Campo do Chouso.
Possuía ainda na povoação de Fafiães, em Leça do Balio, uma extensa propriedade rural, a Quinta do Chantre, com campos, bouças, minas de água e casa de moradia.
Em outubro de 1867, adquiriu e expropriou terrenos para prolongar até à faixa marítima a concorrida artéria de 500 metros de comprimento por 10 de largura (a atual R. do Godinho) desde a R. de Santana até à R. do Juncal de Cima (atual R. Brito Capelo desde 18/12/1890), oferecendo-a à Câmara depois de traçada e macadamizada:
a 08/06/1874, essa artéria era prolongada, devido ainda à sua generosidade e iniciativa.
Um grupo de amigos seus, atendendo às suas nobres virtudes, conseguiu que o Ministro do Reino de então lhe concedesse o título de Conde de Santana que ele recusou usar.
No salão nobre da Confraria do Bom Jesus de Matosinhos, encontra-se o seu retrato a óleo homenageando-o.
Vinculou o seu nome à terra natal, pelo abnegado e incansável fervor em promover o bem:
o seu altruísmo firmou-se largamente em relevantes serviços prestados tendo sido o seu testamento um hino de filantropia e de abnegação, dificilmente igualado.
Faleceu na sua casa da R. de Santana em Matosinhos a 27 /02/1887 por volta das 05:00, sem descendência, tendo deixado à Confraria do Bom Jesus de Matosinhos um importante legado para património daquela instituição de fins religiosos e benemerentes, com a determinação expressa de cuidar da manutenção das Escolas por ela criadas e de instituir prémios pecuniários aos seus alunos;
além dos legados destinados à Confraria, dotou a sua terra com um dos melhores prédios que ela ainda hoje possui, conhecido pelo Palacete do Godinho e situado na então R. de Santana (depois, Av. Vitória e, finalmente, Av. D. Afonso Henriques).
Este grande benemérito encontrava-se sepultado em jazigo de família no 1.º Cemitério Municipal de Matosinhos:
porém, em 1930, o seu cadáver e o de sua esposa foram desrespeitosamente lançados na vala comum, ou ainda na vala mais comum do esquecimento público, por ter sido posto em almoeda o mausoléu mandado erigir por Godinho da Silva;
com grata saudade e respeitoso acatamento, foi remediado, como era de inteira justiça, este ultraje à memória de 2 vultos de fé inquebrantável nos destinos de Matosinhos, faltando porém uma indicação no jazigo que assinale os filantropos que ali repousam.
Assento de óbito de 1887 Antonio Godinho da Silva 27-02-1887 R. de Santana, São Salvador de Matosinhos, Bouças
Antonio GODINHO da Silva nasceu na aldeia de Linhares de Cima da então freguesia de Sam Salvador de Bouças de Matosinhos a 30/11/1807, sendo filho de João Godinho (natural da freguesia de São Cristovão no concelho de Ovar) e de D. Maria Moreira (natural da freguesia de Romariz no concelho da Feira), neto paterno de Manoel Jose da Cunha e Rosa Godinho, e neto materno de Manoel Caetano e Rosa Moreira (ambos naturais de Romariz).
foi batizado na Igreja do Sam Salvador de Bouças de Matosinhos a 02/12/1807 pelo padre Coadjutor Francisco Alvares de Carvalho, tendo sido seus padrinhos Jose Antonio Aroso (de Nevogilde) e Jozefa Maria (de Cimo de Vila) casada com João Martins.
Casou com D. Anna Augusta de Lima.
Inteligente e empreendedor, emigrou para o Brasil onde adquiriu consideráveis meios de fortuna.
Regressado muito rico do Brasil, António Godinho da Silva habitou no palacete que mandou construir na R. de Santana, onde tinha, contíguo à sua moradia, o Campo do Chouso.
Possuía ainda na povoação de Fafiães, em Leça do Balio, uma extensa propriedade rural, a Quinta do Chantre, com campos, bouças, minas de água e casa de moradia.
Em outubro de 1867, adquiriu e expropriou terrenos para prolongar até à faixa marítima a concorrida artéria de 500 metros de comprimento por 10 de largura (a atual R. do Godinho) desde a R. de Santana até à R. do Juncal de Cima (atual R. Brito Capelo desde 18/12/1890), oferecendo-a à Câmara depois de traçada e macadamizada:
a 08/06/1874, essa artéria era prolongada, devido ainda à sua generosidade e iniciativa.
Um grupo de amigos seus, atendendo às suas nobres virtudes, conseguiu que o Ministro do Reino de então lhe concedesse o título de Conde de Santana que ele recusou usar.
No salão nobre da Confraria do Bom Jesus de Matosinhos, encontra-se o seu retrato a óleo homenageando-o.
Vinculou o seu nome à terra natal, pelo abnegado e incansável fervor em promover o bem:
o seu altruísmo firmou-se largamente em relevantes serviços prestados tendo sido o seu testamento um hino de filantropia e de abnegação, dificilmente igualado.
Faleceu na sua casa da R. de Santana em Matosinhos a 27 /02/1887 por volta das 05:00, sem descendência, tendo deixado à Confraria do Bom Jesus de Matosinhos um importante legado para património daquela instituição de fins religiosos e benemerentes, com a determinação expressa de cuidar da manutenção das Escolas por ela criadas e de instituir prémios pecuniários aos seus alunos;
além dos legados destinados à Confraria, dotou a sua terra com um dos melhores prédios que ela ainda hoje possui, conhecido pelo Palacete do Godinho e situado na então R. de Santana (depois, Av. Vitória e, finalmente, Av. D. Afonso Henriques).
Este grande benemérito encontrava-se sepultado em jazigo de família no 1.º Cemitério Municipal de Matosinhos:
porém, em 1930, o seu cadáver e o de sua esposa foram desrespeitosamente lançados na vala comum, ou ainda na vala mais comum do esquecimento público, por ter sido posto em almoeda o mausoléu mandado erigir por Godinho da Silva;
com grata saudade e respeitoso acatamento, foi remediado, como era de inteira justiça, este ultraje à memória de 2 vultos de fé inquebrantável nos destinos de Matosinhos, faltando porém uma indicação no jazigo que assinale os filantropos que ali repousam.