Fechado devido à reabertura
Marcel Duchamp tinha, em 1927, criado a famosa porta que era aberta e fechada no seu apartamento-oficina na rue Larrey:
“Eu morava num apartamento minúsculo em Paris. Para aproveitar ao máximo este escasso espaço, imaginei utilizar uma única folha de porta que se dobrasse alternadamente sobre dois batentes colocados em ângulo reto.
Mostrei a coisa a amigos, dizendo-lhes que o provérbio “uma porta deve estar aberta ou fechada” foi apanhado em flagrante delito de imprecisão.
Mas esquecemos a razão prática que me ditou esta medida e apenas mantivemos o desafio dadaísta.” Uma porta deve estar aberta ou fechada, o velho provérbio forneceu a Alfred de Musset o argumento para uma comédia de um ato publicada em 1845.
Oito anos mais tarde, Balzac relatou, na sua Teoria da Abordagem: “Um homem enlouqueceu por ter pensado demasiado profundamente sobre a ação de abrir ou fechar uma porta. Ele começou a comparar a conclusão das discussões humanas a esse movimento que, em ambos os casos, é absolutamente o mesmo, embora com resultados tão diversos.
A afirmação de Balzac inspirou Pol Bury a criar uma cinetização litográfica em 1973, na qual Dotremont intervém (num dos quinhentos exemplares) com o seguinte comentário, em forma de logograma: “Pensamento que revela toda a beleza da inscrição que por vezes aparece numa porta: Fechada por reabertura”.
Fechado devido à reabertura
Marcel Duchamp tinha, em 1927, criado a famosa porta que era aberta e fechada no seu apartamento-oficina na rue Larrey:
“Eu morava num apartamento minúsculo em Paris. Para aproveitar ao máximo este escasso espaço, imaginei utilizar uma única folha de porta que se dobrasse alternadamente sobre dois batentes colocados em ângulo reto.
Mostrei a coisa a amigos, dizendo-lhes que o provérbio “uma porta deve estar aberta ou fechada” foi apanhado em flagrante delito de imprecisão.
Mas esquecemos a razão prática que me ditou esta medida e apenas mantivemos o desafio dadaísta.” Uma porta deve estar aberta ou fechada, o velho provérbio forneceu a Alfred de Musset o argumento para uma comédia de um ato publicada em 1845.
Oito anos mais tarde, Balzac relatou, na sua Teoria da Abordagem: “Um homem enlouqueceu por ter pensado demasiado profundamente sobre a ação de abrir ou fechar uma porta. Ele começou a comparar a conclusão das discussões humanas a esse movimento que, em ambos os casos, é absolutamente o mesmo, embora com resultados tão diversos.
A afirmação de Balzac inspirou Pol Bury a criar uma cinetização litográfica em 1973, na qual Dotremont intervém (num dos quinhentos exemplares) com o seguinte comentário, em forma de logograma: “Pensamento que revela toda a beleza da inscrição que por vezes aparece numa porta: Fechada por reabertura”.