Paradoxus

Das ruinas de Minas, tempo e movimento entrelaçam a série fotográfica Paradoxus ,em uma amplitude do olhar que ressalta o ver e o enxergar, para além do estado convencional das coisas no mundo. Com as possibilidade dos recursos técnicos e estéticos, surge uma poética visual (de)marcada pela experiência do olhar. Seria observar o tempo e seu respectivo movimento, em deslocamentos e desdobramentos. Por assim dizer, trocam-se as posições de ângulo, enquadramento, luz, sombra etc. O exercício criativo seria (in/re)verter a lógica formal para equacionar a proposta de ver o invisível, como ler o ilegível e/ou dizer o indizível. Criada em dezembro/2014, esta série fotográfica tenta recolher elementos do cotidiano no paradoxo de contradições (inter)cambiantes, entre presença e ausência, do sujeito na cena retratada. As escolhas fotográficas, aqui, exploram uma subjetividade da luz diurna que recorta imagens em breves momentos ambientados pela paisagem recorrente de determinado barroco mineiro. A velha cidade de Ouro Preto é (re)descoberta pela atualização dessa experiência do olhar que, estrategicamente, traduz resultados fotográficos emblemáticos como: o cão, o passante, o morador ou o turista. São personagens circunstanciais que encenam um calmo viver