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INSTITUTO RICARDO BRENNAND - Recife/BRA

CASTELO SÃO JOÃO

O Instituto detém o título de “Melhor Museu do Brasil”, e eleito pelo site TripAdvisor, como o melhor Museu da América do Sul, assim como um dos 25 melhores Museus do mundo.

 

LUTO!

(O Governo de Pernambuco, decretou luto de três dias; “uma lacuna irreparável na história de Pernambuco... sempre preocupado com o desenvolvimento econômico, mas também no âmbito social e cultural”, disse o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSD).

 

Vítima da Covid-19, Ricardo Coimbra de Almeida Brennand (1927-2020), fundador do IRB, falecera no Recife (na cidade que ele tanto amou), na madrugada do dia 25 de abril de 2020. Ricardo Brennand, era primo do ceramista e artista plástico Francisco Brennand, que também falecera em dezembro de 2019, mas não pela Covid-19. Ricardo Brennand, nascera no município do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. Empresário, engenheiro, incentivador das artes e colecionador, criou o Instituto (Museu), reconhecido mundialmente, nas terras do antigo Engenho São João, no bairro da Várzea - Recife.

 

Aos 12 anos de idade, Ricardo Brennand ganhara um canivete do tio homônimo, e desde então, passou a colecionar armas e obras de arte. Uma Igreja em estilo gótico, foi construída para homenagear sua esposa Graça: Igreja de Nossa Senhora das Graças. Em 2017, Ricardo Brennand recebera a “Medalha do Mérito Capibaribe”, a mais alta honraria concedida pela prefeitura da capital pernambucana. Para se chegar ao IRB, localizado no bairro da Várzea (partindo da Praia de Boa Viagem), a distância é de aproximadamente 15 km, 40/50 min de viagem. Av. Antônio Brennand, Zona Oeste de Recife.

 

Inaugurado em 12 de setembro de 2002, o Instituto Ricardo Brennand (IRB), contou com a presença do príncipe herdeiro da Dinamarca, Frederick Terceiro. O Castelo/Museu, também recebeu a visita da Rainha Beatrix, da Holanda, acompanhada do filho William Alexander e da sua noiva, que se tornariam rei e rainha dos Países Baixos. Na ocasião, foi inaugurada a maior coleção particular de quatros de Frans Post no mundo, composta de 15 pinturas. Post, transferiu para as telas as primeiras paisagens do Brasil do século XVII. O Instituto reúne o maior acervo do período da ocupação holandesa no país, chefiada por João Maurício de Nassau. O Instituto detém o título de “Melhor Museu do Brasil”, e eleito pelo site TripAdvisor, como o melhor Museu da América do Sul, assim como um dos 25 melhores Museus do mundo.

 

O IRB, nasceu da paixão de Ricardo Brennand por colecionar obras-de-arte provenientes de diversas partes do mundo. A peça mais antiga do Museu é o sarcófago do século II originário de Roma/ITA. O Instituto está numa cópia de um Castelo Medieval, numa adorável área arborizada, possui um significativo percentual de mata atlântica preservada, jardins exuberantes, lagos artificiais... são 77 mil m² de área construída, em 180 mil m² de terreno. Conferir todo o Castelo, e demais complexos, como por exemplo: a bela Igreja em estilo gótico (altar originário do barroco espanhol do século XVII) de Nossa Senhora das Graças, construída em homenagem à Graça Brennand - sua esposa, a Galeria de Eventos, Biblioteca (com mais de 60 mil volumes datados do século XVI em diante), Auditório, Restaurante Castelus, Jardins... seria necessário um dia, ou mais.

 

O “Castelo São João”, além de abrigar um grande acervo de arte europeia, abriga também uma excelente coleção de armaduras e armas medievais. Abriga ainda um extenso arquivo de pinturas e documentos dos anos de dominação holandesa no Brasil; uma Pinacoteca, que mostra uma rica coleção de pinturas e desenhos do século 17, feitos pelos artistas Albert Eckhout e Frans Post - ambos contratados por Maurício de Nassau para retratar a fauna e a flora do Brasil, assim como cenas do cotidiano, além de mapas, peças sacras, esculturas...

 

O Instituto Ricardo Brennand, e um pouco de suas “joias”.

1.Na entrada, dois leões de mármore que pertenceram ao majestoso Palácio Monroe, ex-Senado Federal (demolido em 1976), no Rio de Janeiro.

2.Na Praça, em frente ao Castelo, uma das cinco réplicas da estátua de David (de Michelangelo), a única réplica exposta na América do Sul, feita utilizando mármore retirados da mesma pedreira da original.

3.Nos jardins, escultura “A Dama e o Cavalo”, do colombiano Fernando Botero, entre outras esculturas: rinocerontes, felinos... feitas pela gaúcha Sonia Ebling.

4.“O Pensador”, de Rodin. Uma das 25 réplicas, utilizando um molde do original.

5.Na Sala das Armas, espadas do Rei Faruk I, o último Rei do Egito. Espingardas de D. Pedro I e D. Pedro II. Armaduras, espadas, lanças... da Europa e do Oriente, e o “Cachorro com Armadura”, talvez algo assim exista apenas no Castelo São João.

6.Na Pinacoteca, relíquias do Brasil Holandês: moedas, e o primeiro livro produzido no Brasil sobre medicina, de 1654. Ainda, pinturas de Frans Post, que veio para o Brasil com Maurício de Nassau, é o maior acervo de Post fora da Europa.

7.Tapeçarias, com desenhos do holandês Albert Eckhout (1610-1665). E pra lanchar... depois de tanta cultura, o tradicional “Bolo de Rolo” do Castelo, é o melhor da cidade, não há outro igual em toda Recife!

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Uploaded on June 8, 2020
Taken on May 20, 2017