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Itália – Roma - Castelo de Sant'Angelo, este imponente edifício na margem direita do rio Tibre teve uma história turbulenta, mesmo para os padrões da Roma antiga. Hoje é visitado por turistas de todo o mundo…

Na foto acima, vemos o rio Tibre em Roma, com a ponte que conduz ao castelo de Sant´Angelo. Ao longo dessa ponte monumental, construída para resistir aos séculos, encontram-se imagens de anjos, os fiéis que transpõem lentamente a ponte, rezando diante dessas imagens certas orações prescritas pela Igreja, ganham indulgência plenária, desde que depois visitem o castelo. Os antigos imperadores romanos pagãos tinham o hábito de construir para si monumentos nos quais se faziam sepultar. E este, inserido na cidade de Roma, que serviu de base para o futuro castelo de Sant'Angelo, foi mandado construir pelo Imperador Adriano (78 – 138), a partir do ano de 135. Na época dos romanos, chamava-se Mole Adriana (Mole significa algo com grande massa). Apresenta um diâmetro colossal e é uma afirmação do poder romano. Na Idade Média, devido às contínuas guerras, este monumento passou a ter diversas finalidades.

 

Quem olha de fora o palácio do Vaticano percebe que, em determinada altura, parte um corredor construído sobre arcadas, que atravessa o Tibre e atinge o castelo. Qual a finalidade desse corredor? Quando havia perigo iminente de um Papa ser aprisionado, ele utilizava-o para atingir o castelo. Era a suprema defesa do Pontífice. Não era simpático um Papa morar numa fortaleza, mas era muito cômodo ele ter uma à sua disposição para escapar de seus inimigos.

 

Com o seu contorno inconfundível cilíndrico e posição particularmente cênica ao longo da costa do Rio Tibre, o Castelo Sant'Angelo é um dos mais famosos marcos da cidade de Roma. A sua aparência atual é o resultado de uma longa série de transformações que, na realidade, não deixaram vestígios da gloriosa Roma "Hadrianeum", o mausoléu que o imperador Adriano construiu para si e os seus sucessores. No centro, na cúpula da torre central, houve provavelmente uma estátua de bronze do imperador sob o disfarce do Sol, a comandar uma quadriga. Mas, nos tempos medievais, o mausoléu mudou a sua função de túmulo imperial. Torres e muralhas foram erguidas durante o reinado do imperador Aureliano e um bastião defensivo foi aqui construído durante as invasões bárbaras.

 

Na Idade Média, o Castelo Sant'Angelo tinha-se transformado numa fortaleza praticamente inexpugnável numa posição particularmente estratégica que defendeu a entrada norte da cidade. O Vaticano encomendou a construção de um corredor coberto e fortificado que ligava ao Palácio do Vaticano, com a finalidade de ser usado em caso de perigo, como uma rota de fuga extrema. O Castelo Sant'Angelo também serviu para guardar a riqueza dos papas: a sala do tesouro no centro do forte foi uma espécie de seguro para Roma durante o Renascimento. O castelo também foi usado para armazenar enormes reservas de alimentos, que eram para ser utilizados em caso de um ataque ou cerco prolongado. Havia conjuntos de odres nas paredes, caixas d'água enormes, celeiros e até um moinho.

 

No entanto, no passado, Sant'Angelo foi tristemente usado para funções de natureza muito mais graves, os seus pátios foram palco de execuções por decapitação e os chefes dos condenados foram então tristemente pendurados um por dia ao longo da ponte como uma terrível advertência. Nas pequenas, celas húmidas e escuras, os prisioneiros morreram de fome e sede ou devido a terríveis torturas. Foi aqui que Benvenuto Cellini, Cagliostro e Giordano Bruno foram presos antes de serem queimados na fogueira na praça Campo dei Fiori. Mais tarde, após o estabelecimento do Estado italiano, a estrutura foi transformada num quartel militar.

 

Hoje é visitado por turistas de todo o mundo e é o lar do Museu Nacional de Castelo Sant'Angelo. Um marco muito querido da cidade é a estátua do Arcanjo São Miguel, erguida no enorme terraço, da qual o castelo tem o seu nome. Foi criado em memória de uma antiga lenda que fala da terrível praga que atingiu Roma em 590 a.C. e que terminou graças à aparição de um anjo por cima do castelo concedendo este, a graça à cidade quando embainhou a sua espada. Terá sido uma lenda?

 

A lendo do Castelo de Sant'Angelo …Ou não será lenda?

 

No início da Idade Média disseminou-se uma epidemia muito grave em Roma. O Papa São Gregório Magno (590 – 604) ordenou missas e procissões na cidade em louvor a São Miguel Arcanjo, para afugentar a peste. Pouco depois, no ano de 590 o Arcanjo São Miguel apareceu ao Papa anunciando o fim da epidemia. E viu-se também o Arcanjo em cima da Mole Adriana, transformando assim a suprema glória de um Papa. É por isso que foi colocada no alto do edifício a imagem de São Miguel. Na história da Igreja são mencionadas duas aparições de S. Miguel: Uma ao Papa Gelásio I no monte Gargano embora a mais conhecida seja esta, de que foi dignado o Papa S. Gregório, o Grande. S. Miguel apareceu ao Papa no Castelo de Sant'Angelo e em sinal do fim da epidemia, meteu a espada na bainha. Realmente a epidemia sessou imediatamente de fazer vítimas.

 

 

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Uploaded on April 5, 2013
Taken on August 7, 2011