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Não é fácil renascer...

Os girinos do sapo-comum estão entre os mais pequenos dos anfíbios portugueses... no entanto o adulto, se for fêmea, será o maior anfíbio sem cauda em Portugal e poderá atingir os 22 cm de comprimento.

 

O girino ou larva, nascido na água, nunca ultrapassa os 3,5 cm. Ao atingir esse tamanho sofre uma metamorfose que se prolonga por umas horas e durante a qual perde a cauda e os seus membros se desenvolvem. Ao mesmo tempo, as suas brânquias deixam de funcionar e o jovem metamórfico é forçado a usar os seus pulmões, para com eles retirar da atmosfera o ar que antes retirava da água com as brânquias.

 

Durante a metamorfose o consumo de energia é elevado e o que acontece é que o massa total diminui. O metamórfico da foto ainda mostra resquícios da cauda que o ajudava a movimentar-se na água. Mas agora, que tem 4 patas e respira por pulmões, o seu corpo não é maior do que o de uma mosca.

 

Encontrei-o a regressar ao berço, à grande piscina no ribeiro, com a sua cascata... "mãe, ainda não estou pronto para o novo mundo!"

 

Sapo-comum, metamórfico / Common Toad, metamorphic (Bufo spinosus)

Mafra, Portugal. (23/06/2017)

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Uploaded on June 24, 2017
Taken on June 22, 2017