"Natureza morta - Outono"
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A fotografia de Mário Silva, intitulada "Natureza morta - Outono", é uma composição rica em texturas e cores que celebra a abundância do final do ano agrícola.
A imagem, capturada de perto, exibe vários elementos rústicos e frutos da época sobre uma superfície de madeira.
Em destaque, cachos de uvas, tanto brancas (amareladas e douradas) quanto pretas (azul-escuras), dominam o fundo.
Em primeiro plano, dois figos — um verde-claro e um roxo-avermelhado — juntam-se à composição.
O elemento central e inesperado é uma ferradura de ferro antiga e enferrujada, colocada no meio, ligando o ambiente rural à simbologia da sorte e do trabalho no campo.
O contraste entre o doce dos frutos e o rústico do ferro e da madeira define a atmosfera outonal.
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Frutos de Ouro e Púrpura: A Celebração dos Frutos Outonais em Portugal
O outono em Portugal não é apenas a estação das folhas douradas; é, acima de tudo, a época da abundância e do fecho de um ciclo de trabalho.
É o tempo em que a terra generosa oferece os seus frutos mais ricos e saborosos, tornando-se uma verdadeira festa para os sentidos.
A fotografia de Mário Silva, com a sua natureza morta, é um retrato fiel desta transição, onde os frutos outonais assumem o papel principal.
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As Uvas: A Coroa da Vindima
As uvas são, inegavelmente, o símbolo máximo do outono e do fim da vindima.
Sejam elas brancas, que se transformam em vinhos frescos e dourados, ou pretas, que dão origem aos tintos encorpados, as uvas são a recompensa do trabalho árduo.
O seu sabor, que varia do doce e melado ao levemente ácido, anuncia a transformação em vinho, a bebida que une as gentes transmontanas e portuguesas em todas as celebrações.
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Os Figos: Doçura e Tradição
O figo, com a sua pele delicada e polpa doce, é outro fruto emblemático do outono.
Em muitas regiões, como o Algarve e o Alentejo, a sua colheita marca o final do verão.
Consumido fresco, seco ou em doces, o figo faz parte da dieta tradicional e é frequentemente associado à fartura e à memória da infância.
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Um Banquete de Sabor e História
Para além das uvas e dos figos, o outono traz um leque de outros frutos e sabores que definem a estação:
Castanhas: Talvez o fruto outonal mais icónico, celebradas no Dia de São Martinho, onde são assadas no fogo e comidas com água-pé ou jeropiga.
Nozes e Amêndoas: Ricas em energia, estas oleaginosas são usadas em inúmeras sobremesas tradicionais e servem como reservas nutritivas para o inverno.
Dióspiros e Romãs: Com as suas cores quentes e formas exóticas, estes frutos dão um toque final à paleta da estação.
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A natureza morta de Mário Silva capta a essência desta época: o contraste entre a doçura da vida e a aspereza do trabalho no campo (simbolizada pela ferradura rústica), e a promessa de fartura antes da chegada do frio.
É uma celebração do que a terra nos oferece e um relembrar do valor dos ciclos da natureza.
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Texto & Fotografia: ©MárioSilva
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"Natureza morta - Outono"
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A fotografia de Mário Silva, intitulada "Natureza morta - Outono", é uma composição rica em texturas e cores que celebra a abundância do final do ano agrícola.
A imagem, capturada de perto, exibe vários elementos rústicos e frutos da época sobre uma superfície de madeira.
Em destaque, cachos de uvas, tanto brancas (amareladas e douradas) quanto pretas (azul-escuras), dominam o fundo.
Em primeiro plano, dois figos — um verde-claro e um roxo-avermelhado — juntam-se à composição.
O elemento central e inesperado é uma ferradura de ferro antiga e enferrujada, colocada no meio, ligando o ambiente rural à simbologia da sorte e do trabalho no campo.
O contraste entre o doce dos frutos e o rústico do ferro e da madeira define a atmosfera outonal.
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Frutos de Ouro e Púrpura: A Celebração dos Frutos Outonais em Portugal
O outono em Portugal não é apenas a estação das folhas douradas; é, acima de tudo, a época da abundância e do fecho de um ciclo de trabalho.
É o tempo em que a terra generosa oferece os seus frutos mais ricos e saborosos, tornando-se uma verdadeira festa para os sentidos.
A fotografia de Mário Silva, com a sua natureza morta, é um retrato fiel desta transição, onde os frutos outonais assumem o papel principal.
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As Uvas: A Coroa da Vindima
As uvas são, inegavelmente, o símbolo máximo do outono e do fim da vindima.
Sejam elas brancas, que se transformam em vinhos frescos e dourados, ou pretas, que dão origem aos tintos encorpados, as uvas são a recompensa do trabalho árduo.
O seu sabor, que varia do doce e melado ao levemente ácido, anuncia a transformação em vinho, a bebida que une as gentes transmontanas e portuguesas em todas as celebrações.
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Os Figos: Doçura e Tradição
O figo, com a sua pele delicada e polpa doce, é outro fruto emblemático do outono.
Em muitas regiões, como o Algarve e o Alentejo, a sua colheita marca o final do verão.
Consumido fresco, seco ou em doces, o figo faz parte da dieta tradicional e é frequentemente associado à fartura e à memória da infância.
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Um Banquete de Sabor e História
Para além das uvas e dos figos, o outono traz um leque de outros frutos e sabores que definem a estação:
Castanhas: Talvez o fruto outonal mais icónico, celebradas no Dia de São Martinho, onde são assadas no fogo e comidas com água-pé ou jeropiga.
Nozes e Amêndoas: Ricas em energia, estas oleaginosas são usadas em inúmeras sobremesas tradicionais e servem como reservas nutritivas para o inverno.
Dióspiros e Romãs: Com as suas cores quentes e formas exóticas, estes frutos dão um toque final à paleta da estação.
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A natureza morta de Mário Silva capta a essência desta época: o contraste entre a doçura da vida e a aspereza do trabalho no campo (simbolizada pela ferradura rústica), e a promessa de fartura antes da chegada do frio.
É uma celebração do que a terra nos oferece e um relembrar do valor dos ciclos da natureza.
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Texto & Fotografia: ©MárioSilva
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