slangrj
A Sentença
Obra baseada na canção A Sentença de Vinicius Castro
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Gabi Carrera
Formada em publicidade pela UFRJ, Gabi ingressou na fotografia em 2007 e, desde então, trabalhou para nomes como Rosângela Rennó, Vik Muniz, Tunga, Otavio Schipper e Filipe Jardim. Recentemente, se uniu a Thiago Barros e Cesar Barreto para juntos explorarem as possibilidades digitais para fine prints. No campo artístico seu curta Intenso nevoeiro teve a primeira exibição na EAV (Parque Lage) em 2008 e a exposição Babel no Papel integrou o circuito OFF Paraty em Foco com curadoria de Claudia Buzzetti, co-diretora do Ateliê da Imagem.
gabicarrera.carbonmade.com
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A Sentença
(Vinicius Castro)
O nosso verbo sempre teve ligação
E eu pedia a Deus pra não quebrar nossa oração
Tudo nosso sempre teve alguma explicação...
Aposto que o aposto agora é só contradição.
Parecia até um mandamento, tão normal...
Você sempre ser meu complemento nominal
Parecia até o meu pilar fundamental:
Eu era sempre no plural.
Quem escreveu nossa sentença assim?
Com dois sujeitos, predicado, enfim...
Nosso passado tão perfeito, ai de mim,
Hoje chegou ao fim.
Foram tantas regras, e eu buscando a exceção
Feito um objeto indireto em tuas mãos
Falta concordância, falta comunicação
Aposto que o aposto agora é mera distração.
Pelas entrelinhas, meus pronomes são iguais,
Sempre possessivos, relativos e banais
Foram tantas vírgulas, hiatos... menos mal:
Agora é só ponto final.
Quem escreveu nossa sentença assim?
Com dois sujeitos, predicado, enfim...
Nosso passado tão perfeito, ai de mim,
Hoje chegou ao fim.
Amor reflexivo sempre vai além:
Indicativo de que sigo bem
Desconstruindo o que a paixão ergueu
Amor, o vocativo hoje é ninguém
Não tão altivo, mas eu sigo bem
Desconstruindo o que a paixão ergueu
Ontem só nós, hoje só eu.
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Quer mandar sua visão de A Sentença? Envie sua ilustração/foto/vídeo/escultura/etc para slangrj@gmail.com e participe do projeto Eu era sempre no plural!
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A Sentença
Obra baseada na canção A Sentença de Vinicius Castro
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Gabi Carrera
Formada em publicidade pela UFRJ, Gabi ingressou na fotografia em 2007 e, desde então, trabalhou para nomes como Rosângela Rennó, Vik Muniz, Tunga, Otavio Schipper e Filipe Jardim. Recentemente, se uniu a Thiago Barros e Cesar Barreto para juntos explorarem as possibilidades digitais para fine prints. No campo artístico seu curta Intenso nevoeiro teve a primeira exibição na EAV (Parque Lage) em 2008 e a exposição Babel no Papel integrou o circuito OFF Paraty em Foco com curadoria de Claudia Buzzetti, co-diretora do Ateliê da Imagem.
gabicarrera.carbonmade.com
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A Sentença
(Vinicius Castro)
O nosso verbo sempre teve ligação
E eu pedia a Deus pra não quebrar nossa oração
Tudo nosso sempre teve alguma explicação...
Aposto que o aposto agora é só contradição.
Parecia até um mandamento, tão normal...
Você sempre ser meu complemento nominal
Parecia até o meu pilar fundamental:
Eu era sempre no plural.
Quem escreveu nossa sentença assim?
Com dois sujeitos, predicado, enfim...
Nosso passado tão perfeito, ai de mim,
Hoje chegou ao fim.
Foram tantas regras, e eu buscando a exceção
Feito um objeto indireto em tuas mãos
Falta concordância, falta comunicação
Aposto que o aposto agora é mera distração.
Pelas entrelinhas, meus pronomes são iguais,
Sempre possessivos, relativos e banais
Foram tantas vírgulas, hiatos... menos mal:
Agora é só ponto final.
Quem escreveu nossa sentença assim?
Com dois sujeitos, predicado, enfim...
Nosso passado tão perfeito, ai de mim,
Hoje chegou ao fim.
Amor reflexivo sempre vai além:
Indicativo de que sigo bem
Desconstruindo o que a paixão ergueu
Amor, o vocativo hoje é ninguém
Não tão altivo, mas eu sigo bem
Desconstruindo o que a paixão ergueu
Ontem só nós, hoje só eu.
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Quer mandar sua visão de A Sentença? Envie sua ilustração/foto/vídeo/escultura/etc para slangrj@gmail.com e participe do projeto Eu era sempre no plural!
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