fpinho
mourisca-Faralhão- Setúbal
Saveiros e Bateiras
Como os Meias-Luas da Caparica, são embarcações de duas proas, originárias da Ria de Aveiro, não sendo portanto características do Sado. Têm em comum o serem muito alongados, com extremidades em bico, fundo chato e encolamento de aresta.
Os Meias-Luas, que figuram numa fotografia na Praia da Saúde e, 1895, tinham proa e popa alongadas, muito curvas e altas com extremidades a 3 metros do fundo, próprias para costa com rebentação. As suas dimensões (na Caparica) eram:
Comprimento fora a fora (comp. total) cerca de 9 metros
Boca (largura máxima) cerca de 2,4 metros
Pontal (altura do casco) cerca de 0,9 metros
Eram movidos por 3 a 4 remos por borda armados em toletes e com estrovos. Eram governados com um leme de esparela, isto é, um remo maior pela popa. Pescavam pela arte de Xávega, uma arte de arrastar para terra, na Costa da Galé ou na Figueirinha. Deixou de ser usado nesta costa há muito tempo, sendo substituído na mesma pelo saveiro.
O Saveiro da Arte era semelhante ao meia-lua, mas com as extremidades menos alongadas, menos curvas e mais baixas. As dimensões e os remos eram semelhantes. Com ventos de feição armavam uma vela de pendão amurada ao mastro ou à vante. Tal como os meias-luas, eram usados nas mesmas praias sem pedras na arte da Xávega, até cerca de 1960.
As Bateiras são mais usadas no rio ou zonas abrigadas próximas. Por isso têm extremidades menos alongadas e baixas. As dimensões são aproximadamente:
Comprimento fora a fora (comp. total) 7,2 metros
Boca (largura máxima) 1,7 metros
Pontal (altura do casco) 0,7 metros
O leme era de charolo (cruzeta) e armavam vela de pendão. Tinham um único par de remos movidos por um a dois remadores, no primeiro caso com os remos cruzados. Continuam a existir, mas quase todas para adaptação para motor de popa.
Texto de Henrique Cabeçadas in livro " Embarcações tradicionais do Rio Sado "
mourisca-Faralhão- Setúbal
Saveiros e Bateiras
Como os Meias-Luas da Caparica, são embarcações de duas proas, originárias da Ria de Aveiro, não sendo portanto características do Sado. Têm em comum o serem muito alongados, com extremidades em bico, fundo chato e encolamento de aresta.
Os Meias-Luas, que figuram numa fotografia na Praia da Saúde e, 1895, tinham proa e popa alongadas, muito curvas e altas com extremidades a 3 metros do fundo, próprias para costa com rebentação. As suas dimensões (na Caparica) eram:
Comprimento fora a fora (comp. total) cerca de 9 metros
Boca (largura máxima) cerca de 2,4 metros
Pontal (altura do casco) cerca de 0,9 metros
Eram movidos por 3 a 4 remos por borda armados em toletes e com estrovos. Eram governados com um leme de esparela, isto é, um remo maior pela popa. Pescavam pela arte de Xávega, uma arte de arrastar para terra, na Costa da Galé ou na Figueirinha. Deixou de ser usado nesta costa há muito tempo, sendo substituído na mesma pelo saveiro.
O Saveiro da Arte era semelhante ao meia-lua, mas com as extremidades menos alongadas, menos curvas e mais baixas. As dimensões e os remos eram semelhantes. Com ventos de feição armavam uma vela de pendão amurada ao mastro ou à vante. Tal como os meias-luas, eram usados nas mesmas praias sem pedras na arte da Xávega, até cerca de 1960.
As Bateiras são mais usadas no rio ou zonas abrigadas próximas. Por isso têm extremidades menos alongadas e baixas. As dimensões são aproximadamente:
Comprimento fora a fora (comp. total) 7,2 metros
Boca (largura máxima) 1,7 metros
Pontal (altura do casco) 0,7 metros
O leme era de charolo (cruzeta) e armavam vela de pendão. Tinham um único par de remos movidos por um a dois remadores, no primeiro caso com os remos cruzados. Continuam a existir, mas quase todas para adaptação para motor de popa.
Texto de Henrique Cabeçadas in livro " Embarcações tradicionais do Rio Sado "