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Máquina electrostática de Winshurst

Escola Secundária Passos Manuel

 

Instrumento científico utilizado nas aulas de física.

A máquina consiste em dois discos em ebonite, cortados e balanceados de forma precisa, que giram em sentidos opostos sobre um mesmo eixo horizontal tendo um pequeno afastamento. Os discos estão montados, aparafusados, sobre duas pernas em metal, que giram livremente sobre um eixo fixo. O eixo está preso, por porcas nas extremidades, a dois suportes verticais em ferro, fixados à base de madeira da máquina. Nas pernas existem duas pequenas polias, montadas sobre outro eixo abaixo dos discos, que são accionadas por outras polias maiores que, por sua vez, são accionadas por uma manivela. As polias (grandes e pequenas) estão ligadas por cordões em couro. Um dos cordões é montado cruzado, para que os discos girem em sentidos opostos. Colados às faces exteriores dos discos, há séries de sectores metálicos - construídos com folhas de alumínio não muito finas - , formando um padrão simétrico. Estes sectores possuem bordas arredondadas para minimizar perdas de carga, e são mais largos nas bordas que no interior, de modo a manterem distâncias constantes entre as suas bordas laterais.Duas barras metálicas neutralizadoras estão dispostas uma em frente a cada disco, cruzadas um em relação à outra, num ângulo de aproximadamente 60 graus com a horizontal. Estas barras estão fixadas em anéis metálicos montados no mesmo eixo dos discos, e devem poder ser ajustadas em diversos ângulos de inclinação, sendo fixadas no lugar pela pressão de parafusos nos anéis. Nas pontas das barras neutralizadoras, estão montadas escovas de finos fios metálicos, que tocam levemente os sectores metálicos nos discos.Os colectores de carga são duas peças metálicas em formato de U que circundam os discos nas laterais da máquina. Estas peças possuem pontas voltadas na direcção dos discos, que terminam numa esfera metálica a uma pequena distância destes, mas sem nunca os tocar. Os colectores são suportados por uma barra transversal, em ebonite, presa ao centro dos discos. No mesmo suporte estão também fixados os terminais do faiscador, que devem poder girar, movimentados pelos longos cabos isolantes. O faiscador termina em esferas metálicas que possuem, por sua vez, bolas menores montadas sobre elas. Estas bolas menores permitem a geração de faíscas maiores que o normal se uma bola menor estiver no pólo positivo, com os terminais inclinados na direcção do pólo negativo. Para a obtenção de faíscas ainda mais fortes, dois condensadores tipo garrafa de Leyden, são conectados aos terminais, através de pontes removíveis. São longos tubos isolantes fechados na parte inferior, como tubos de ensaio, possuindo folhas de metal coladas nas faces interior e exterior, na parte inferior. As folhas interiores conectam-se através de varetas de metal que cruzam as tampas das garrafas às pontes removíveis. As folhas externas conectam-se aos suportes das garrafas, através de fios a uma chave, que as interconecta. Com a chave fechada, os dois condensadores estão ligados em série. Com a chave aberta, a alta resistência eléctrica da base de madeira fica no meio do circuito, o que produz curiosas faíscas enfraquecidas.

 

Local de execução: Alemanha,

1888-1914

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Uploaded on April 11, 2008
Taken on April 11, 2008