Quando você olha pela primeira vez, algo paira na mente. É quase que obrigatório. Você já viu algo parecido em algum lugar. Uma atriz famosa, um ditador morto, um ídolo religioso. Quem disse? Nada disso faz parte das gravuras que habitam este espaço. Aqui está tudo o que você jamais viu. O inovador, o impensável, a nova releitura do que nunca se fez.

Eis que você caminha pelas estradas tortas de nanquim. Eis que você cumprimenta as meninas de bochechas vermelhas e os rapazes de pupilas dilatadas. Com um esforço a mais você chega a escutar a marchinha psicótica que inspirou toda aquela explosão de cores, de traços, de tons.

E ali está o mundo que você nunca viu. Exposto num aquário cibernético.

Filipe Duarte.