Quero expressar um merecido testemunho sobre esta admirável pessoa que é a Neusí. Não estou aqui para enaltecer o seu dom de ver o mundo, como tão sensivelmente vê, através das lentes, mas para enaltecer algo muito maior, que, meramente, esta minudência de nossas vidas. Após muito caminhar, através do FlickrMail, em b… Read more

Quero expressar um merecido testemunho sobre esta admirável pessoa que é a Neusí. Não estou aqui para enaltecer o seu dom de ver o mundo, como tão sensivelmente vê, através das lentes, mas para enaltecer algo muito maior, que, meramente, esta minudência de nossas vidas. Após muito caminhar, através do FlickrMail, em busca de uma ajuda, e quase por desistir, me abrolhou, do nada, este ser desprendido e com a alma daqueles que nos faz crer que não há obstáculos e distância quando se tem a alma graúda. Este é o exemplo de pessoa que faz deste nosso mundo, um lugar melhor para se viver. Não deslembrarei a lição de que devemos, sempre, mesmo estando distante, lançar as nossas mãos em solidariedade. Obrigado, Neusí, por existir. Neusí, conhecê-la, mesmo estando longe, foi, e continuará sendo, um presente de Deus. Não pelo que você fez, mas por tê-lo feito, com tanto amor. Que Deus continue sempre iluminando estes seus ternos olhos e embalando este seu admirável coração. Do amigo, Flávio Jota de Paula, em eterno aprender e agradecer. Para você, minha eterna amiga, inda, sem rosto, só alma: Não sei quantas almas tenho. Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei. De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma. Quem vê é só o que vê, Quem sente não é quem é, Atento ao que sou e vejo, Torno-me eles e não eu. Cada meu sonho ou desejo É do que nasce e não meu. Sou minha própria paisagem, Assisto à minha passagem, Diverso, móbil e só, Não sei sentir-me onde estou. Por isso, alheio, vou lendo Como páginas, meu ser. O que segue não prevendo, O que passou a esquecer. Noto à margem do que li O que julguei que senti. Releio e digo: Deus sabe, porque o escreveu. Fernando Pessoa