o jogo [+zero] iniciou-se em 2007 e não terminou até hoje, mantendo a proposta de discutir as bases empíricas e filosóficas utilizadas nos processos espirais e labirínticos de recombinação utilizados nas experiências áudio-visuais contemporâneas, mediadas por aparelhos computacionais.
o que interessa saber é que o jogo do [+zero] está aberto, ininterruptamente e continuamente, a dialogia não hierárquica que reflete sobre a contradição e sobre as experiências de alteridade. o jogo não deve, portanto, deter-se ao discurso do método como modo de diretriz estética rumo a verdade. deve, sim, tomar como exemplo a dúvida flusseriana de maneira que possibilite o espelhamento e a contemplação, tomando-a como modelo para o pensamento categorial contemporâneo e considerando a dúvida em oposição às certezas metodológicas modernas, observando-a como fundamento para a investigação intelectual e artística.
o homem enquanto ser que reflete, é um ser em oposição. é um ser que não permite que aquilo que sobre ele incide (as coisas que nos cercam) passe por ele. formula sentenças que negam. e pode fazê-lo graças ao nada que o fundamenta. o homem é um ser fundamentado pelo nada. o nada é o nitrato de prata que faz do homem o que ele é: espelho. o espelho é um ser que assumiu uma posição que é oposição: uma posição negativa. é por isso que reflete. não permite que aquilo que sobre ele incide passe por ele. refletir é negar, e isto é a sua estrutura. as respostas que o espelho articula são inversões das perguntas que o demandam. as equações da ótica confirmam essa afirmativa. e também o confirmarão as análises do pensamento reflexivo. o fundamento da reflexão (pensamento) é o nada: bodenlos. o aparelho é, assim como o espelho, um ser em oposição. e é como tal que funciona: aparelho-fera. é um ser que nega. é por isso que reflete o real. as respostas que o aparelho articula em seu jogo são todas negativas. refletir é negar, e isto é a sua estrutura. os códigos programados em seu programa confirmam esta afirmativa: o real nega. as possibilidades distribuídas fortuitamente pelo acaso também negam. não deve portanto surpreender que o fundamento do aparelho seja o nada, essa fonte de toda negação possível. o [+zero] é, assim como o aparelho, um ser em oposição. e é como tal que funciona. é um ser que nega. é por isso que reflete o real. reflete, nega e engana; seduz. não deve portanto surpreender que o fundamento do [+zero] seja o nada, essa fonte de toda negação possível.
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