Harmada é a união de alguns músicos da cena independente carioca da primeira década desse século. Já integraram bandas como Polar e Columbia e também passaram pelos principais festivais do país, como o Claro Que É Rock!. A idéia é fazer de 'Música vulgar para corações Surdos', o primeiro trabalho, um disco pesado. Com raiva do mundo, sem cortes, sem sono, com fome, com ódio e todo o afeto que nasce do ódio. Um disco de músicas diretas, pedaços de contos sobre o desperdício de tempo nesses nossos dias estranhos.
Falar de salas de espera, hospitais psiquiátricos, pessoas, carros, noites com chuva no trânsito, cinemas, feriados, falta absoluta de carinho com o outro, peso de suportar, esquecimento do que possa nos transformar em alguém. Um disco patológico. Agressivo. Nervoso e movido a remédios tarja-preta, sem samba, sem pausa, sem espaços agudos, só o vazio ou o que pode ficar cheio demais, sem meio termo, nem coisas mornas.
Desistir até de alguns instrumentos adicionais, de certas cores, do ócio, tudo em troca da urgência. Um disco de carne, cor de carne, talvez capa negra com coração vermelho. Pulp de histórias sobre o dia-a-dia nas metrópoles. Capa-negra-com-micro-linhas-de-coração-vermelho. Pulsando no preto, perdido, mas vivo. O resto. Dos dias, dos tempos, da vida, do amor, de qualquer coisa que ainda exista contra a vontade. Um coração batendo no vazio e contra a vontade.
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