Dan C. Oliveira (também conhecido como DPRAZ em suas assinaturas), é um pintor, ilustrador, e interventor urbano. Nos seus trabalhos e intervenções assina como DPRAZ em referencia a origem de seu nome de batismo (Daniel) e nome que era chamado dentro do universo do Graffiti (Praz, também em referência ao ex-rapper do grupo The Fugees, Pras Michel e também o nome PRAZ se tornou uma Sigla criado pelo mesmo que signigica "Preto Rueiro Arteiro de Zambi") .

Natural de São Paulo, nasceu, cresceu e vive na zona leste da capital paulista, região esta que é considerada uma das regiões mais afastadas do centro urbano da cidade, esta que é considerada a maior do país.

Em meio da região periférica onde o mesmo passou sua infância e adolescência, apesar de morar um período em um dos bairros que fica na região extrema da zona leste como Cidade Tiradentes e Cidade Líder, sua vivência entre a infância e adolescência não se aderiu aos padrões estatísticos referente a jovem população negra e periférica na época. Na sua infância foi crescendo e morando com a sua mãe, que na época era trabalhava em dois empregos como auxiliar de enfermagem, e com sua irmã mais velha, que na época era bancária. Apesar de seus pais serem divorciados, o seu pai sempre fez questão de estar próximo do seu então filho caçula, isso contribuiu muito pelo fato de os dois se darem muito bem nos dias de hoje.

Daniel (ou Dan, ou Praz se preferir), ainda criança, começou a desenhar aos poucos com o passar do tempo na sua infância, ele era muito vibrado com desenhos animados, histórias em quadrinhos, vídeo-games da época... isso o ajudou muito a despertar curiosidade e interesse em se envolver no universo de criação e desenvolvimento artístico, ao mesmo tempo isso servia de refúgio para distração, pois era uma época que a sua família estava passando por um momento muito difícil, e conforme ele via essa fase de perto, ele tinha como passatempo fazer desenhos dos seus personagens favoritos na época como “Os Cavaleiros do Zodíaco”, “Turma da Mônica, “Sonic The Hedgehog”, etc. Conforme ele foi crescendo, aos poucos passou a fazer criações próprias de personagens, inspirados nos seus personagens famosos favoritos da época como Wolverine e Batman, passou a fazer algumas ilustrações e tirinhas em quadrinhos.

Enquanto isso, no inicio da pré-adolescência, ele passou a conhecer a cultura Hip-Hop e os seus elementos. Ao mesmo tempo ele gostava de desenhos animados e HQ’s, o mesmo sempre teve a música (pela influência de seus pais e irmãos) como um dos seus maiores companheiros da sua vida, quando ele passou a ouvir o porta-voz do movimento Hip-Hop, o Rap, ele começou a se identificar com as letras dos artistas consagrados na época como Racionais MC’s, Gabriel O Pensador, Doctor MC’s, Thaíde & DJ Hum, Xis entre outros, passou a identificar com o conteúdo desses ícones, se identificava muito com a estética e pensamentos dos Rappers na época, e principalmente pela ideologia que muitos deles passavam naquela ocasião: os temas que eram abordados em letras de muitos MC’s da época: a questão racial, de orgulho negro, questões sociais e etc.

Isso tudo ajudou muito a ele fazer o que ele faz até hoje. Naquela época, conforme ele conhecendo outros elementos da cultura suburbana Hip-Hop, quando conheceu o Graffiti (elemento este que está mais próximo dos seus trabalhos realizados até os dias de hoje), ele passou a fundir a estética desta Arte Visual nos seus desenhos, ilustrações e histórias em quadrinhos, até pintar pela primeira vez nas Ruas, em 2004.

Já na adolescência, na época já amante do Hip-Hop, afixionado por esporte radical e urbano como Skate e Basquete de Rua (Streetball), já estava voltado a se envolver mais na Arte e Cultura das Ruas, foi ai que ele decidiu entrar ao Universo do Graffiti, através de influências de seus amigos escritores e de um amigo aerógrafo da época como o Seco (seu vizinho), e de seus amigos que tinha um Coletivo naquela ocasião – “Turma dos Figura Crew”: Snen, Oren (hoje Rude), Agon, MNO, Sapiens (Rincón Sapiência) entre outros. O Daniel, já conhecido como Praz, chegou a fazer parte deste coletivo.

Após ele ter terminado os estudos no colégio, ele percebeu que não se via fazer outra coisa além das Artes Visuais. Tendo esse pensamento, ele passou a se aprofundar nas técnicas relacionado as Artes Visuais. Passou a Fazer oficinas e cursos, entre eles: Histórias em Quadrinhos, Desenho, Comunicação Visual, Arte Urbana, entre outros.

E conforme ele foi fazendo estudos, cursos e oficinas, ele foi começando a produzir ilustrações e pinturas desenvolvendo traços próprios, mas ao mesmo tempo não deixando de lado suas influências e referências passadas.

Já nesta época ele já abordava questões étnicas, passou a abordar o Negro como tema principal de seus trabalhos, desenvolvendo várias pinturas em série desde então.

Em 2008, entrou na Faculdade de Artes Visuais na Universidade Camilo Castelo Branco. Foi um período muito bom pelo fato de ele ter ampliado a sua Visão sobre o Universo Artístico e principalmente pelo fato de conhecer amigos que também são artistas, alguns desses amigos que ele conheceu tem (ou teve) parceria em Coletivos e projetos que eles desenvolviam naquela época até os dias de hoje. Foi lá que ele conheceu Artistas como David Johnny (Beegoo, que foi um dos que mais incentivou a voltar a fazer intervenção nas ruas, que até nesta época ele tinha dado uma pausa), João de Alencar (Todyone), Adilson Fernandes (Camarão), Marcio Gonçalves, Marcos Gomes, entre outros.

E nesta mesma época passou participar em várias exposições desde então como os Sarais que foram Realizado na Universidade, Eventos que foi realizado na Grande São Paulo, entre outros.

Em 2010, foi o ano que o Praz estava terminando a faculdade, um ano que dava início de uma nova década e também um inicio de uma nova fase na vida artística de Dan. Como ele já tinha uma referencia na cultura Afro dentro dos seus trabalhos de pinturas e ilustrações, ele resolveu ir muito mais além dentro do Universo Afro-Brasileiro através das intervenções dos Grupos de Cultura Popular de São Paulo. Neste ano ele, através do seu amigo Adilson Fernandes (Camarão), conheceu a Cia Porto de Luanda, grupo que promove ensaios e oficinas de Percussão e Maracatu de Baque-Virado, que se apresentam através de cortejos e arrastões através do Maracatu, e conforme as presenças nas oficinas e ensaios, passou a fazer parte da Cia por 2 anos. Lá ele conheceu outros amigos e artistas como Silvio Ribeiro (Pirulão), Gelson Santos, Soraia Aparecida, Kelly Santos e Jefferson Cristino, esse último citado, é um dos fundadores e coordenadores do Cordão Folclórico de Itaquera Sucatas Ambulantes, que é um grupo de pesquisa e valorização da cultura popular paulista que confecciona Bonecos de Rua e estuda ritmos com foco principal no Samba de Bumbo (um tipo de samba rural paulista). Quando o Dan conheceu o Jefferson e os Sucatas Ambulantes, foi convidado a fazer uma ilustração para a divulgação da festa de aniversário do grupo, além de fazer uma exposição durante o evento.

No ano seguinte, ele fez mais uma ilustração para divulgar o “Bloco do Pavão Encantado” (bloco realizado todo o primeiro domingo após o carnaval junto com a Cia Porto de Luanda), e desde então passou a ser membro e um dos coordenadores dos Sucatas Ambulantes. Nesta mesma época fez pós-graduação em animação no Centro Universitário Senac, já que um dos seus maiores sonhos de infância era saber como era realizado o processo de elaboração de animação em curtas e longa-metragens, resolveu abraçar essa oportunidade de estudo, finalizado em 2012.

A partir dessa vivências, pesquisas e estudos com esses grupos e coletivos, seus trabalhos foram se firmando cada vez mais desde então e foi criando corpo, ampliando horizonte e atraindo e cativando novos públicos que se cativam e identificam com os temas e composições tratados.

Em 2013, Dan fez trabalhos socioeducativos em um Centro de Juventude da Prefeitura de São Paulo, o “CJ União Cidade Líder”. Lá ele fez oficinas de “Introdução ao Desenho Artístico”, “Introdução de História em Quadrinhos” e “Oficina de Arte Urbana (Stencil)”. Em 2014, Dan passou ter mais visibilidade com os seus trabalhos através de uma série Exposições em eventos que celebra a Cultura Afro-Brasileira como BatucAfro e Feira Preta... além de outras exposições temáticas. Recentemente, DPRAZ faz parte da comissão do Ponto de Cultura Humaitá (Núcleo Sóciocultural que desenvolve projetos e oficinas voluntárias para crianças, adolescentes e idosos das comunidades carentes), colabora com os projetos e participa da coordenação do Cordão Folclórico de Itaquera Sucatas Ambulantes, faz produções de ilustrações, quadros, série de pinturas em camisetas, pinturas em bonecos de rua e sempre que possível faz intervenções urbanas e graffitis na cidade.

  

"...Antigamente, EU tinha medo deles... Atualmente, ELES tem medo de mim... mas é questão de tempo de descobrir quem são os verdadeiros Heróis e os verdadeiros Vilões que cercam este mundo... e eu só faço a minha, fica ao seu critério se sou um Herói ou Vilão!!!..."

 

DPRAZ.

 

Instagram: @dprazarts

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