Não sei quem sou, que alma tenho.

Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.

Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...

Sinto crenças que não tenho.

Enlevam-me ânsias que repudio.

A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta

traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,

nem ela julga que eu tenho.

Sinto-me múltiplo.

Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos

que torcem para reflexões falsas

uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.

Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,

eu sinto-me vários seres.

Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,

como se o meu ser participasse de todos os homens,

incompletamente de cada (?),

por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço."

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