"Para todos aqueles realmente capazes de ver, a fotografia tirada por você, representa o testemunho da sua existência."

 

Paulo Straub

 

   

" Fotografia é Arte ?

 

Uma foto comumente é usada para mostrar a nossa realidade: um momento, um lugar, uma situação. Isto dificulta o entendimento da fotografia artística. Há uma distinção que é necessária ser feita quando se trabalha na criação de uma imagem.

 

Três analogias me vêm a mente para tratar do assunto.

 

Pode-se imaginar a foto como um texto jornalístico. A busca pela representação de um tema específico com o mínimo possível de interferência de quem o mostra. Tal imparcialidade anula o senso artístico da imagem. Não há estética que tente causar uma nova interpretação da realidade, mas apenas a retratação desta.

 

Há também a prova. Um depoimento tomado, uma carta. A foto está para o leitor como uma escritura que vem para lembrar algo. Diferente da foto jornalística, ela não retrata um acontecimento amplo, mas um fato específico àqueles que participam da situação envolvendo a figura. A imagem se torna um documento, o que importa não é ela em si, mas, como no foto-jornalismo, o que representa.

 

Por fim, a fotografia como uma pintura. O fotografo procura, através de seu equipamento dar as cores, e posicionamento dos elementos de sua composição de forma que haja o impacto não apenas ou não pelo seu conteúdo, mas pela imagem. Não é só mostrar o que existe, mas apresentar no filme as idéias antes existentes apenas na mente do artista.

 

Fotografia é sim uma forma de se fazer arte, mas, apesar de que toda imagem assim produzida possa ter suas nuanças artísticas, nem toda foto é assim plenamente considerada. Fotos documentais que apresentem um belo cenário em parte de seu plano não causará um impacto forte aos que não a associarem com uma experiência de vida. No caso de uma foto artística a estética se apresentaria para causar a forte impressão naquele que a vê, independente de estar acostumado com o conteúdo da imagem ou de nunca tê-la visto.

 

Aos que procuram trabalhar mais com este fascinante ramo, vai um conselho bem simples: mostrem suas fotos a desconhecidos e estranhos, a pessoas de diferentes culturas. No começo não somos aptos a analisar nossa própria criação, nem ver o quão ela é interessante, por estarmos envolvidos com cada foto que fazemos. Desenvolver este senso crítico é uma tarefa árdua e prolongada... E que, ao bom fotografo, nunca acaba. "

 

Matheus Gaudencio

    

  

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