Few years ago I´ve suffered a severe foot accident that I still not had recovered totally (unfortunetelly a full recover is impossible). That´s why I did not have posted any pictures since that.
Also the occasions are even and even more scarce for several reasons, so these photos are a sweet souvenir of very happy momments that are now past times.
For the wonderful people I add as contacts, or kindly visit this place, please forgive for not having much to offer. I am really sorry for that!
Here a little story I wrote in portuguese that it´s not enterely fiction neither a pure biography:
Nos seus 2 anos de idade era um rapazito igual aos outros. Ao colo da mãe fixava-se, fascinado e hipnotizado, nos seus cabelos longos e lisos e acariciava-os lenta e repetidamente, enrolando-os nos dedos ou apenas deslizando um qualquer brinquedo por entre os fios de cabelo dela.
Atento a tudo, enquanto ia crescendo, observava e apreendia a realidade que o rodeava, feita quer de novidade, quer de rotinas.
Naturalmente, começava a questionar os porquês, a compreender os limites e a dedicar cada vez mais atenção aos comportamentos e actividades dos pais, que doravante, começava a tentar copiar.
Assim tanto reparava no pai a fazer a barba e a ajeitar o nó da gravata, como na mãe a maquilhar-se e a vestir-se.
Edipianamente despertava para a beleza da mãe, reparando na forma como ela se transformava antes de, diariamente, sair de casa.
Aos 4 ou 5 anos já tinha um claro discernimento de que o mundo das pessoas se dividia em meninas e meninos e em mulheres e homens, aos quais competiam brinquedos, roupas e tarefas perfeitamente distintas.
Em grupo, na escola, começava a mostrar superioridade e desprezo pelo sexo oposto, o qual era perfeitamente correspondido, em igual medida, pelos grupos de meninas.
Tudo parecia claramente dividido, as pistolas de plástico e os “Action Man” eram nitidamente superiores àquelas estúpidas bonecas louras, escanzeladas, sem músculos, com ridículas roupas douradas e acessórios cor-de-rosa, ou seja, sem qualquer poder ou arma potente.
Os super heróis e os blindados de plástico eram bem mais fortes e poderosos que as Anitas ou as Heidis de sorriso idiota e olhar parvo e o brincar às guerras bem mais inteligente do que fazer pulseiras e colares de contas ou brincar com cozinhas de miniatura.
Claro que, quando havia oportunidade de brincarem juntos, descobria que o “Action Man” até simpatizava com a “Barbie”, na mesma medida em que o pai gostava da mãe, e fingir que se fazia um bolo até era giro, claro, desde que as miúdas soubessem sempre quem mandava, nem que para isso fossem precisos um ou outro grito de fúria, ou ameaça de murro ou pontapé.
Em casa, contudo, interessava-se cada vez mais pela pessoa que lhe dava total e incondicional amor e começava a idolatrar cada vez mais a mãe e os objectos a ela ligados, que como ela lhe dizia, quando perguntava o porquê do seu indispensável uso, serviam para “ficar mais bonita”. Por vezes brincava com os seus chinelos de quarto, pegava no baton para fazer uns traços de índio na cara ou esborratar a boca, ou assoprava o pó de arroz enquanto a mãe se pintava Também achava piada ser tudo tão diferente, desde o cheiro do verniz das unhas ou do habitual perfume até à quantidade de escovas para o cabelo, sim o mesmo cabelo comprido que o continuava a fascinar.
Aos 6 anos de idade percebia já que o relacionamento entre os pais começava a ser algo diferente de até então. As discussões tornaram-se frequentes e o pai passava a ausentar-se por períodos cada vez maiores, até à separação.
Porque ainda se permitia, em virtude da idade, a alguma estupidez e ignorância, tinha sentimentos contraditórios, sentindo-se algo culpado pela nova situação, mas também pensando que agora passaria a ficar com todas as atenções da mãe para ele, ainda por cima a receber mais presentes do pai, ao Sábado, do que os que ele dava num mês inteiro.
Foi crescendo normalmente, a brincar e a estudar, e começou a ter um “fraquinho” ora pela irmã mais velha de um amigo, ora pela filha de uma vizinha, com a mesma idade, mas que o tratava como uma criança.
Sentia que elas estavam em universos separados, os quais só entrava, a medo, quando, a jogar às escondidas, se escondia acidentalmente no quarto delas.
A atenção que estava a dar ao jogo não o impedia de reparar em alguns pormenores daquele universo completamente diferente, fosse a mini-saia escocesa pendurada na cadeira, os jeans boca de sino bordados no chão, o soutien azul claro atirado para cima da cama, as bonecas condenadas a um abandono próximo, sentadas, alinhadamente ao lado dos peluches, na prateleira da estante, ou o frasco de perfume lavanda em cima da mesa. Ou ainda quando se escondia debaixo da cama, frente a frente às sandálias rasas de tiras.
Pelos 10 ou 11 anos os fraquinhos começaram a dar lugar a paixões cada vez maiores, alimentadas por filmes e telenovelas (agora importantes fontes de padrões comportamentais) e ainda pela crescente curiosidade e sensação de proibido que despertava o corpo do sexo oposto, mas, ainda assim continuava muito agarrado ao universo da brincadeira, que passava cada vez mais a contar com raparigas, puxadas para o grupo pelos companheiros ou pelo próprio, na esperança de resultasse alguma faísca.
Afinal, como os pais tinham explicado e documentado através de livros, com tanto de pedagógico como de desinteressante, era tudo uma questão de química.
Pouco tempo antes, quando procurava alguma coisa gira na arrecadação, tinha encontrado as “Playboy” e “Penthouse” de solteiro do pai, que as guardara, escondidas no armário, ao pé da banda desenhada.
Desde início aquela leitura parecia-lhe deslumbrante, quer pelos “cartoons”, quer pelos artigos e anuncios sobre carros fantásticos, e, alem disso a revista indispensável para um homem de barba rija, do qual ainda era projecto.
Nenhuma das raparigas que lá aparecia nua era sequer parecida com a filha da vizinha, e se de início, as achava todas iguais (para quê gastarem tanta página), começou aos poucos a interessar-se mais pela anatomia e menos pela técnica automóvel.
Ainda era um gosto predominantemente estético, lá encontrava e fixava-se no que ainda eram pedaços de um conjunto, cabelos, olhos, bocas, seios, umbigos, coxas, pernas e pés, não esquecendo, obviamente, uma outra parte que merecia um estudo mais aprofundado com recurso a lupa, pois, nunca se percebia bem o que o tufinho triangular escondia.
Em todas as fotografias irradiava um ambiente de luxo e beleza, e o rapaz sonhava em ser o tipo da “Marlboro” que andava no Porsche descapotável com uma loira daquelas, loira que depois se deitaria numa cama dourada com lençóis de cetim, sorriso Colgate, soutien e cinto de ligas de renda de calais preta, meias de seda, sapatos de salto alto, brincos e colar de pérolas, para depois fazer o que ele não sabia ainda bem o quê.
Era um modo de vida interessante ao qual tinha que juntar algum tipo de retribuição, fosse ela proveniente da advocacia, da medicina, da política ou da gestão de empresas.
Deitado no sofá, encostado ao ombro da mãe enquanto ela folheava as “Madame Fígaro” ou “Jours de France” do mês, via repetidamente as mesmas mulheres deslumbrantes, apenas um pouco mais vestidas do que as outras. Ia despertando progressivamente para as várias formas que o vestuário podia assumir, e recebia com atenção todos os ensinamentos maternais sobre combinações de cores e origens dos materiais.
Tudo era atraente, apelativo e harmonioso, e aqueles momentos proporcionavam um bem-estar considerável.
Entretanto a mãe começava timidamente a incluir no universo das conversas, um nome novo, que de colega muito simpático e prestável, passava, a passos largos, à categoria de amigo chegado.
Este passou a ser presença, ainda que discreta, na casa. Assim, num jantar em que esse novo amigo da família se mostrava esforçadamente simpático para ambos, ele começou a falar em idas a espectáculos e a lugares imperdíveis.
E assim foi, pouco tempo depois, só que sozinhos.
Foi num desses momentos, sózinho em casa, alimentado cheio de todas as recomendações possíveis e imaginárias, para não fazer asneiras e uma revista de BD nova, que, sem se lembrar de nada mais aliciante, levou a dita para a casa de banho, juntando o agradável ao útil, algo que os seus 12 anos já permitiam avaliar.
Como habitualmente, a casa de banho contava com alguma roupa interior pendurada, mas desta vez, estranhamente ou apenas por curiosidade, o rapaz sentia uma irresistível vontade de tocar nas meias de nylon.
O toque macio, desconhecido, e a forma como escorregavam nos dedos, o cheiro a sabão de seda e o perigo do fruto proibido desarmavam qualquer resistência. Levou-as para o quarto da mãe, despiu o pijama e calçou-as cuidadosamente, com medo de as estragar.
O turbilhão de sensações começara. Macias, suaves, envolventes tornavam as pernas instantaneamente belas e bronzeadas, iguais às da mãe, mas teimosamente escorregavam, indomáveis, pelas pernas abaixo.
Tantas vezes vira a mãe pintar-se, na casa de banho, de soutien e cinta de ligas, mas nunca percebera, até aí, como as coisas se complementavam.
Foram certamente a loucura momentânea, a curiosidade irresistível e o desejo de descoberta, que o impulsionaram a abrir a gaveta de lingerie do roupeiro e retirar uma cinta e um soutien de renda (o que lhe parecia mais bonito).
Com todo o cuidado do mundo vestiu-se, tremendo e a sentir um calor de prazer que percorria todo o corpo. Tinha os sentidos ao rubro e, também, um rol de novas sensações, fossem elas os exóticos apertos localizados do soutien e da cinta e a forma como envolviam e aderiam à pele, ou a pressão das meias presas nas ligas e a fricção completamente estranha e electrizante que o contacto das pernas uma na outra provocam.
Mais estranho ainda foi como os pés deslizavam para dentro dos sapatos pretos de salto alto e ali encaixavam na perfeição. Eram de um número a menos mas, extraordinariamente, serviam, embora andar com eles fosse uma coisa completamente diferente.
O peso do corpo era empurrado para a ponta dos pés, e, de desequilibro em desequilíbrio, agarrando-se onde calhava, tentou dar uns passos curtos (como era possível aquele andar tão certinho e seguro da mãe).
Olhou para o espelho e quase ia morrendo… que magia! Era igual não só à sua mãe, que sempre achara o expoente da beleza, como também às raparigas das revistas, e bem mais bonito que as miúdas do liceu, incluindo as por quem tinha os fraquinhos mais fortes.
Uma sensação de felicidade inundou-lhe a alma, e ainda tremia corado. A sua imagem reflectida tinha uma espécie de aura, era ele mas não era, era o que seria se fosse rapariga, o que queria ser? Ou ter? Os gestos e as expressões tinham-se espontaneamente tornado femininas, ou pareciam-lhe como tal.
Um turbilhão de dúvidas e confusões…porquê aquela sensação de bem-estar completamente inédito… a Caixa de Pandora tinha sido aberta e começava a aparecer um sentimento de culpa e a sensação de que tinha feito uma grande asneira.
Apesar da muita confusão, sentiu-se impelido a continuar. Era um misto de sensações, visuais, tácteis e emocionais, diversão e gratificação que não compreendia bem mas que obrigavam a ir até ao fim.
Descalçou-se, e foi ao roupeiro, instintivamente tirou o vestido que achava mais bonito e sentiu o perfume da sua mãe e a seda fresca a descair lentamente pelo corpo.
Era leve, delicado e macio, e o andar revelava-lhe uma sensação de frescura nas pernas que nunca tinha sentido… era tudo estranhamente envolvente, macio e confortável, tudo completamente diferente e muitíssimo mais bonito do que as suas roupas.
Andou, um pouco mais equilibrado nos saltos, com uma dor fininha nos dedos dos pés, em direcção ao espelho.
A sua imagem era agora, a de uma mulher linda, tudo menos ele, desde os olhos brilhantes, a boca ruborizada que, estranhamente, parecia pintada de baton, o corpo ligeiramente curvilíneo e as pernas esguias, altas e lindas.
Esta imagem dava-lhe um pico de felicidade estranha e completa, quase não suportável sozinho.
Sentiu, nesse momento, ao espelho, a primeira e tímida erecção que lutava contra a barreira elástica da cinta. De sexual apenas tinha o ser reflexo de prazer intenso, pois a ejaculação viria uns anos depois.
Contudo em tanta novidade e este facto novo assustaram-no muito, e pesou ainda mais na culpabilidade que sentia.
Com o mesmo cuidado despiu as roupas e arrumou-as tal como estavam.
O cansaço feliz fê-lo atirar-se, derreado, para a cama. Mesmo assim, levantava-se, de vez em quando, para ver se tinha deixado tudo tal como estava.
Os momentos felizes tinham deixado raízes mas a culpa e o medo também.
- JoinedOctober 2005
Most popular photos
Testimonials
Nothing to show.