"...E tu, madama Lucrécia, flor dos Bórgias, se um poeta te pintou como a Messalina católica, apareceu um Gregorovius incrédulo que te apagou muito essa qualidade, e, se não vieste a lírio, também não ficaste pântano. Eu deixo-me estar entre o poeta e o sábio.

Viva pois a história, a volúvel história que dá para tudo;"

(In Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis)

  

Branca Dias

(Edu Lobo/Cacaso)

 

Esse soluço que ouço, que ouço

Será o vento passando, passando

Pela garganta da noite, da noite

A sua lâmina fria, tão fria

 

Será o vento cortando, cortando

Com sua foice macia, macia

Será um poço profundo, profundo

Alvoroço, agonia

 

Será a fúria do vento querendo

Levar teu corpo de moça tão puro

Pelo caminho mais longo e escuro

Pela viagem mais fria e sombria

 

Esse seu corpo de moça tão branco

Que no clarão do luar se despia

Será o vento noturno clamando

Alvoroço, agonia

 

Será o espanto do vento querendo

Levar teu corpo de moça tão puro

Pelo caminho mais longo e escuro

Pela viagem mais fria e sombria

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