FOTOGRAFIAS COM HISTÓRIA
Portugal - Pombal e o seu castelo - Uma Relíquia Templária da qual Portugal muito se pode orgulhar visto tratar-se de uma obra mandada erguer por Gualdim Pais, mestre da Ordem do Templo em Portugal.
Pombal é terra de história, de lendas e de gente ilustre. Do grande Marquês de Pombal, do historiador e escritor João de Barros, do político Mota Pinto, da poetisa Martel Patrício, do médico e escritor Amadeu da Cunha, entre tantos outros. A construção do castelo de Pombal é atribuída aos Templários, a quem D. Afonso Henriques doou esta região, todavia há provas da existência de uma fortificação romana neste local, que os árabes terão ocupado até à reconquista cristã da península. Com a extinção da Ordem do Templo, em 1311, o rei D. Dinis, entregou este castelo à Ordem de Cristo e já no início do século XV, D. João I doou-o ao conde de Castelo Melhor. D. Manuel I, por volta de 1500, decide fazer obras de recuperação do castelo, algo degradado, e no século XVII, o conde de Castelo Melhor adaptou-o para a sua residência. Durante as invasões francesas foi saqueado e incendiado, o que ditou o seu posterior abandono e ruína. Classificado como Monumento Nacional, beneficiou de obras de consolidação e restauro, por parte da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.
Edificado sobre uma planta em forma de escudo, destaca-se no seu interior, a Torre de Menagem, vestígios da primitiva igreja românica de São Miguel e a alcáçova Manuelina. A vila de Pombal viu ser erguido, na sua mais elevada e rochosa colina, um castelo pela iniciativa de Gualdim Pais, mestre da Ordem do Templo em Portugal, corria o ano de 1160. Esta seria uma zona defendida pelos Templários, numa época em que se temiam as incursões muçulmanas nas inseguras terras situadas a sul do Rio Mondego. Ao mesmo tempo que se valorizava a defesa territorial, as novas construções militares abrigavam populações recentes, essenciais para assegurar uma eficaz política de repovoamento do território conquistado. A fortaleza foi implantada segundo uma orientação noroeste-sudoeste, com a primeira zona defendida por uma muralha rectilínea e ameada, enquanto as partes restantes se articulavam segundo os ângulos das suas torres defensivas. Algumas áreas da barbacã ainda sobrevivem, bem como as ruínas de diversas estruturas arquitectónicas de diferentes épocas e que formavam o interior da praça de armas - tais como alicerces, pavimentos, paredes, arcos e ruínas da primitiva igreja românica de S. Miguel.
Na zona ocidental da muralha ergueu-se a alcáçova quinhentista, subsistindo da época manuelina os brasões reais e uma janela geminada. Extramuros, próximo da ala sul, situava-se a arruinada e antiga igreja matriz de Pombal, a Igreja de Santa Maria do Castelo. Poupada às vicissitudes da guerra durante alguns séculos, a população de Pombal viria a sofrer uma cruel e trágica devastação na época das Invasões Francesas. Com efeito, momentos de drama e horror foram vividos em 1811, por alturas da terceira invasão, sob o comando de Massena, que regressava derrotado das Linhas de Torres Vedras. A brutalidade e a vingança abateram-se sobre a indefesa população de Pombal. Na sua espiral de violência, os franceses destruíram igrejas e conventos, roubaram e maltrataram tudo que encontravam pela frente, para, finalmente, incendiarem toda a vila e o seu austero e pacífico castelo. São mentes destas que nunca deveriam ter tido a oportunidade sequer de viver… Mas como todos nós sabemos o mundo perfeito é uma perfeita Utopia…
Lenda do Mouro Al-Pal-Omar
Aqui habitava um senhor mouro de nome Al-Pal-Omar (de onde derivaria o nome de Pombal). Vivia no alto do morro do castelo, onde tinha o seu palácio subterrâneo. A lenda começa assim: Há muito tempo nas margens do rio Quabruncas vivia um belo jovem mouro de olhos verdes, cor de esmeralda traiçoeira, que procurava encantar todas as mais belas mulheres para o seu harém. A sua fama estendia-se desde as margens do Mondego até às margens do Tejo em vagas de simpatia e acanhado respeito. Certo dia os Templários guiados pelo Arcanjo D. Miguel deram-lhe um combate de morte que durou até ao luar de Agosto. No momento, viram-no desaparecer na gruta encantada do seu palácio. Taparam-lhe todas as entradas e construíram-lhe em cima um Castelo. As raparigas desta terra ainda guardam na memória a fama deste mouro encantador, contada de mães para filhas em singela advertência. Toda a menina que for ao Castelo depois do Sol se pôr, ouvirá uma música harmoniosa quase impercetível, e se ficarem curiosas a ouvi-la, serão encantadas por um belo rapaz que lhes cantará:” Menina vem ter comigo, vem o meu encanto quebrar, sou um mouro teu amigo, que só te quer namorar…
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Portugal - Pombal e o seu castelo - Uma Relíquia Templária da qual Portugal muito se pode orgulhar visto tratar-se de uma obra mandada erguer por Gualdim Pais, mestre da Ordem do Templo em Portugal.
Pombal é terra de história, de lendas e de gente ilustre. Do grande Marquês de Pombal, do historiador e escritor João de Barros, do político Mota Pinto, da poetisa Martel Patrício, do médico e escritor Amadeu da Cunha, entre tantos outros. A construção do castelo de Pombal é atribuída aos Templários, a quem D. Afonso Henriques doou esta região, todavia há provas da existência de uma fortificação romana neste local, que os árabes terão ocupado até à reconquista cristã da península. Com a extinção da Ordem do Templo, em 1311, o rei D. Dinis, entregou este castelo à Ordem de Cristo e já no início do século XV, D. João I doou-o ao conde de Castelo Melhor. D. Manuel I, por volta de 1500, decide fazer obras de recuperação do castelo, algo degradado, e no século XVII, o conde de Castelo Melhor adaptou-o para a sua residência. Durante as invasões francesas foi saqueado e incendiado, o que ditou o seu posterior abandono e ruína. Classificado como Monumento Nacional, beneficiou de obras de consolidação e restauro, por parte da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.
Edificado sobre uma planta em forma de escudo, destaca-se no seu interior, a Torre de Menagem, vestígios da primitiva igreja românica de São Miguel e a alcáçova Manuelina. A vila de Pombal viu ser erguido, na sua mais elevada e rochosa colina, um castelo pela iniciativa de Gualdim Pais, mestre da Ordem do Templo em Portugal, corria o ano de 1160. Esta seria uma zona defendida pelos Templários, numa época em que se temiam as incursões muçulmanas nas inseguras terras situadas a sul do Rio Mondego. Ao mesmo tempo que se valorizava a defesa territorial, as novas construções militares abrigavam populações recentes, essenciais para assegurar uma eficaz política de repovoamento do território conquistado. A fortaleza foi implantada segundo uma orientação noroeste-sudoeste, com a primeira zona defendida por uma muralha rectilínea e ameada, enquanto as partes restantes se articulavam segundo os ângulos das suas torres defensivas. Algumas áreas da barbacã ainda sobrevivem, bem como as ruínas de diversas estruturas arquitectónicas de diferentes épocas e que formavam o interior da praça de armas - tais como alicerces, pavimentos, paredes, arcos e ruínas da primitiva igreja românica de S. Miguel.
Na zona ocidental da muralha ergueu-se a alcáçova quinhentista, subsistindo da época manuelina os brasões reais e uma janela geminada. Extramuros, próximo da ala sul, situava-se a arruinada e antiga igreja matriz de Pombal, a Igreja de Santa Maria do Castelo. Poupada às vicissitudes da guerra durante alguns séculos, a população de Pombal viria a sofrer uma cruel e trágica devastação na época das Invasões Francesas. Com efeito, momentos de drama e horror foram vividos em 1811, por alturas da terceira invasão, sob o comando de Massena, que regressava derrotado das Linhas de Torres Vedras. A brutalidade e a vingança abateram-se sobre a indefesa população de Pombal. Na sua espiral de violência, os franceses destruíram igrejas e conventos, roubaram e maltrataram tudo que encontravam pela frente, para, finalmente, incendiarem toda a vila e o seu austero e pacífico castelo. São mentes destas que nunca deveriam ter tido a oportunidade sequer de viver… Mas como todos nós sabemos o mundo perfeito é uma perfeita Utopia…
Lenda do Mouro Al-Pal-Omar
Aqui habitava um senhor mouro de nome Al-Pal-Omar (de onde derivaria o nome de Pombal). Vivia no alto do morro do castelo, onde tinha o seu palácio subterrâneo. A lenda começa assim: Há muito tempo nas margens do rio Quabruncas vivia um belo jovem mouro de olhos verdes, cor de esmeralda traiçoeira, que procurava encantar todas as mais belas mulheres para o seu harém. A sua fama estendia-se desde as margens do Mondego até às margens do Tejo em vagas de simpatia e acanhado respeito. Certo dia os Templários guiados pelo Arcanjo D. Miguel deram-lhe um combate de morte que durou até ao luar de Agosto. No momento, viram-no desaparecer na gruta encantada do seu palácio. Taparam-lhe todas as entradas e construíram-lhe em cima um Castelo. As raparigas desta terra ainda guardam na memória a fama deste mouro encantador, contada de mães para filhas em singela advertência. Toda a menina que for ao Castelo depois do Sol se pôr, ouvirá uma música harmoniosa quase impercetível, e se ficarem curiosas a ouvi-la, serão encantadas por um belo rapaz que lhes cantará:” Menina vem ter comigo, vem o meu encanto quebrar, sou um mouro teu amigo, que só te quer namorar…
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